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  1.  # 1

    Estive a ver na RTP1 uma entrevista com José Ribeiro, proprietário, editor e gestor da Livraria Ulmeiro. Mais uma loja de referência em Lisboa que está prestes a encerrar. Um dos motivos é o brutal aumento da renda da loja, e a quebra das vendas. A continuar assim, Lisboa, o país e a cultura ficam mais pobres.
    Dito isto, no início dos anos 70, ainda moço, trabalhei no ramo livreiro. A Ulmeiro, publicava e distribuía muitos dos livros que a Pide se entretinha a apreender. Bastava que o título tivesse um qualquer nome que lhe cheira-se a comunismo, ou não, para ser motivo de apreensão. Esqueciam-se, que, depois do livro ser proibido, as vendas aumentavam exponencialmente. Não estavam expostos, mas o passa a palavra vendia muito. Algumas das vezes, havia alguém dentro da organização que nos informava da visita e, sendo assim, o prejuízo era menor. Nesta onda de proibições nem o humorista José Vilhena escapava! Tudo isto aconteceu no Portugal do antes do 25 de Abril de 1974.
    Oxalá a Ulmeiro sobreviva à crise e possa continuar a fomentar a cultura. Porque, como alguém disse, quem lê sabe mais...
    Concordam com este comentário: CMartin
  2.  # 2

    Talvez aliar ao espaço um museu e o negócio dos livros
    Concordam com este comentário: marco1
  3.  # 3

    concordo

    a livraria não vai sobreviver se apenas tiver livros.
    poderia ser um espaço com livros mas também com um espaço informático onde as pessoas poderiam consultar ou ver artigos antigos sobre literatura e não só.
 
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