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  1.  # 1

    Está-se a falar muito nos programas de facturação que permitem aos utilizadores fugir ao fisco e as empresas muito chateadas por terem de desembolsar dezenas de euros. Acredito que muitas agiram de boa fé, mas também haverá algumas que os compraram para poder fugir ao fisco. Eu sei do que falo porque trabalhei muitos anos como motorista de pesados de mercadoria, tanto no transporte porta a porta como a transportar entre empresas e estaleiro, sei que existe um programa muito conhecido e usado neste sector que permite anular as facturas, existem outros que o permitem indirectamente. Não posso dar indicações precisas como compreendem, mas dou outro exemplo para chegarem lá.
    Se quiserem espiar alguém pelo telemóvel o smartfone basta comprar um programa de espionagem. Como é ilegal as empresas que o vendem dão a volta a questão e dizem que é um programa de segurança que pode utilizar para monitorizar os filhos etc, até publicam o decreto de lei que diz que é proibido espiar alguém, mas como o objectivo com que o programa foi feito foi mesmo para espiar, eles ensinam a quem compra, pessoas, empresas, etc a oferecer os equipamentos com esses equipamentos, instalados em nome de quem ofereceu, oferecem códigos que permitem que não seja possível ter acesso físico ao equipamento (isto só para algumas pessoas, e estes códigos são proibidos).
    Estes códigos são proibidos porque em vez de um programa de segurança passava a ser um programa de espionagem, mas o intuito com que foram feitos foi para espionar.
    Agora traduzam isso para os programas de facturação.
    Directa ou indirectamente devem existir vários que permitem, e as pessoas ou empresas que mais se vão queixar secalhar foram as que o compraram a pensar nisso.
    Não me vou alongar mais senão ainda sobra para mim.
  2.  # 2

    o que eu acho.....

    que a AT devia contratar alguns eng. informáticos para tratar da certificação dos software de facturação. o que aconteceu agora é o próprio reconhecimento que eles são incompetentes.

    em relação ás empresas que usam o dito software, não há aqui inocentes, e se os há, é uma minoria muito pequena. Se o dito software era muito popular, era exactamente pela função de apagar facturas.
  3.  # 3

    Colocado por: pauloagsantosque a AT devia contratar alguns eng. informáticos para tratar da certificação dos software de facturação. o que aconteceu agora é o próprio reconhecimento que eles são incompetentes.

    Por esta frase vê-se logo que você não percebe da poda.
    A única forma de eliminar esse problema é a AT fornecer o software, ter acesso às maquinas instaladas e estar constantemente à procura de infratores.
    Concordam com este comentário: emad
  4.  # 4

    Inicialmente os programas permitiam que se anulasse uma fatura, caso fosse engano.
    Eu na empresa que trabalhava e colegas meus de outras empresas passavam-nos as facturas, se encontrássemos os fiscais e as facturas fossem carimbadas com aquela fatura não havia nada a fazer, se não encontrássemos ninguém era anulada como se fosse engano. Com a certificação dos programas isso deixou de ser possível directamente, mas pode ser feito indirectamente como mencionei em cima, quando isto se torna prática corrente, o estado mais cedo ou mais tarde vem a descobrir.
    Também dava para fazer outra coisa: Quando existiam cargas iguais todas seguidas, isto é, um cliente pede 4 cargas de cimento por exemplo e a obra fica a 5km, passa-se a factura para uma carga e leva-se a mesma para as restantes, caso o carro e o motorista seja o mesmo.
    Outra coisa que se passava era por exemplo empresas que não podiam facturar muito para receber apoios do estado, quem passava a factura era a empresa compradora e caso fossemos pegos pelos fiscais dizíamos que foi uma carga que o cliente devolveu ou não estava em casa. (isto combinado com a empresa)
    Devo ressalvar que eu deixei de trabalhar na empresa apenas para trabalhar por minha conta e tenho uma excelente relação com o meu ex. patrão isto foi apenas para dizer que há muito para descobrir e muita ponta por onde se pegar.
  5.  # 5

    Os tacógrafos dos camiões antigos passava-se o mesmo, para não haver tempo de descanso trocava-se de motorista a meio do percurso. Ex: Um camião da mesma empresa fazia o percurso Portugal espanha e outro espanha Portugal, então a meio do caminho o que vinha de Espanha para Portugal voltava com o camião do colega para Espanha e o outro colega voltava para Portugal com o camião do outro colega.( Não excedendo os tempos de paragem)
  6.  # 6

    Colocado por: nielskyPor esta frase vê-se logo que você não percebe da poda.


    pq? quer especificar?
  7.  # 7

    Colocado por: pauloagsantospq? quer especificar?


    Vamos lá.
    Tente-se colocar na posição do "bandido", neste caso o fabricante de software.
    Para a certificação envia uma versão que não permite trafulhices.
    Para a venda disponibiliza uma versão que permite fazer todas e mais algumas trafulhices.

    É obvio que essas trafulhices teriam de ser disponibilizadas ou com um menu escondido ou como era anteriormente com o perfil de teste.

    Agora a grande questão:
    Partindo do princípio que todos os atuais softwares disponibilizados permitem essas trafulhices, qual a ferramenta que a AT tem para combater tais atos?
    Só mesmo controlando o software.

    Agora mais, e pensando sempre nas teorias de conspiração:
    Se a AT disponibilizasse um software, teoricamente, à prova de trafulhice, quanto tempo demoraria para aparecer no mercado negro uma pessoa a vender um software que permitisse fazer tudo teoricamente legal e que no final do dia permitisse eliminar, manualmente, algumas faturas.

    No mundo da informática tudo é possível. Apenas é necessário imaginação e mão de obra para concretizar.

    Espero ter sido claro.
    Cumprimentos.
  8.  # 8

    Colocado por: nielsky
    No mundo da informática tudo é possível. Apenas é necessário imaginação e mão de obra para concretizar.

    Espero ter sido claro.
    Cumprimentos.


    Isto.
    Tecnicamente a única forma de ter garantias nem é o software ser fornecido pela AT, o que por si só já era melhor que a AT certificar vários softwares.

    Para haver garantias tinha que ser a AT a fornecer as máquinas de facturação, seladas, sem entradas externas [usb,..] e com obrigatoriedade de ligação à AT via Internet.
  9.  # 9

    bastava a AT obrigar a todas as facturas serem emitidas online nos servidores da propria AT, simples e á prova de falcatruas dos utilizadores, tal como acontece com os recibos verdes e de arrendamento.
  10.  # 10

    Colocado por: Mk PtIsto.
    Tecnicamente a única forma de ter garantias nem é o software ser fornecido pela AT, o que por si só já era melhor que a AT certificar vários softwares.

    Para haver garantias tinha que ser a AT a fornecer as máquinas de facturação, seladas, sem entradas externas [usb,..] e com obrigatoriedade de ligação à AT via Internet.


    Técnica e teoricamente sim.
    No entanto relembro que nada é infalível. É tudo uma questão de tempo e de haver interessados.
 
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