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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 181

    Estou aqui a ler isto (wiki):

    "Guerra Colonial ou Guerra do Ultramar?
    Muitos comentadores usam a expressão “Guerra Colonial" (Portuguesa) e, no mesmo discurso, fazem comparações com a Guerra da Indochina, a Guerra da Argélia, a Guerra da Independência da Índia, a Guerra do Quénia ou até a Guerra da Independência dos Estados Unidos, o que constitui uma incongruência. Afinal o que é mais correcto: “Guerra do Ultramar” ou “Guerra Colonial”? Em 1960/61, a própria ONU designava os territórios ultramarinos portugueses por “Territórios não Autónomos”. A designação “Guerra Colonial” tem a ver com “Colonialismo” e pertence à gramática marxista-leninista. O termo “colonialismo” é entendido pejorativamente como a exploração de um povo por outro povo ocupante e assume uma conotação muito negativa. Em contraponto ao “colonialismo” existe o conceito de “colonização”, isto é, a transferência de cultura, de desenvolvimento económico e a sucessiva integração das populações tidas por indígenas por outros povos mais avançados, com quem contactaram ou em cujo território se estabeleceram.
    A posição do governo português face ao Ultramar estava do lado da “colonização” e a Guerra do Ultramar português nada tinha a ver com o colonialismo, nunca foi uma invasão, e a sua génese prendeu-se antes com a conhecida teoria leninista segundo a qual para derrotar os Estados Unidos da América, no contexto da Guerra Fria, havia primeiro que dominar a Europa, que serviria de trampolim, e o modo de dominar a Europa era atacá-la nas suas colónias, que era o elo mais longínquo, logo o mais fraco."
  1.  # 182

    Colocado por: CMartinSabe explicar-me J.Fernandes, esse acordo entre os diversos grupos e o que aconteceu ?
    Portugal ajudou nos acordos, fez essa transição ?
    Eu diria que sim, que Portugal ajudou nos acordos.
    O Acordo do ALVOR foi, essencialmente, um acordo entre o MPLA+FNLA+UNITA.
    Segundo rezam as crónicas, Portugal (Mário Soares e Almeida Santos) limitou-se a "limar" o acordo - que os 3 movimentos tinham começado a cozinhar uma semana antes, creio que em Lusaka.
    Mas, naquela altura (Janeiro 1975), já andava tudo aos tiros em Luanda...

    No wikipedia:
    «A perspectiva da independência provocada pela Revolução dos Cravos em Portugal, em Abril de 1974, e a cessação imediata dos combates por parte das forças militares portuguesas em Angola, levou a uma acirrada luta armada pelo poder entre os três movimentos e os seus aliados: a FNLA entrou em Angola com um exército regular, treinado e equipado pelas forças armadas do Zaire, com o apoio dos EUA; o MPLA conseguiu mobilizar rapidamente a intervenção de milhares de soldados cubanos, com o apoio logístico da União Soviética; a UNITA obteve o apoio das forças armadas do regime de apartheid então reinante na África do Sul. Esforços do novo regime português para que se constituísse um governo de unidade nacional não tiveram êxito. Entretanto, a luta da liderança do MPLA pelo poder, antes e depois da declaração da independência, causou inúmeras vítimas.

    O conflito armado levou à saída - com destino a Portugal, mas também à África do Sul e ao Brasil - da maior parte dos cerca de 350 000 portugueses que na altura estavam radicados em Angola. Em consequência da política colonial, estes constituíam a maior parte dos quadros do território, o que levou a que a administração pública, a indústria, a agricultura e o comércio caíssem em colapso. Por outro lado os Ovimbundu que tinham sido recrutados pela administração colonial para trabalhar nas plantações de café e tabaco e nas minas de diamantes do Norte, também decidiram voltar às suas terras de origem no planalto central. A outrora próspera economia angolana caiu assim em decadência.

    No dia 11 de novembro de 1975 foi proclamada a independência de Angola, pelo MPLA em Luanda, e pela FNLA e UNITA, em conjunto no Huambo. As forças armadas Portuguesas que ainda permaneciam no território regressaram a Portugal.»
    Concordam com este comentário: CMartin
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 183

    Pois.
    Parece-me um trabalho muito mal feito.
    Parecem-me claros também os interesses dos EUA, União Soviética (África de Sul assumo quase como uma atitude defesa)

    «A perspectiva da independência provocada pela Revolução dos Cravos em Portugal, em Abril de 1974, e a cessação imediata dos combates por parte das forças militares portuguesas em Angola, levou a uma acirrada luta armada pelo poder entre os três movimentos e os seus aliados"
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 184

    E agora estou a ler isto (wiki).

    "A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
    Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS"
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 185

    Mario Soares

    Percurso governativo
    Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, de Maio de 1974 a Março de 1975, e um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas, tendo sido responsável por parte desse processo.
    A partir de Março de 1977 colaborou no processo de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), vindo a subscrever, como primeiro-ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.
    Foi primeiro-ministro de Portugal nos seguintes períodos:
    I Governo Constitucional entre 1976 e 1977;
    II Governo Constitucional em 1978;
    IX Governo Constitucional entre 1983 e 1985.
    Presidente da República
    Presidente da República entre 1986 e 1996 (1.º mandato de 9 de Março de 1986 a 9 de Março de 1991; 2.º mandato de 9 de Março de 1991 a 9 de Março de 1996).
    Pós-Presidência da República
    O percurso político de Mário Soares depois dos dez anos de Presidência da República foram orientados para a intervenção a nível internacional.
    Depois de ter assumido, em dezembro de 1995, a presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos, seria escolhido em setembro de 1997 para a presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água.
    Também em 1997 assumiu a presidência da Fundação Portugal África — fundada pelo Banco de Fomento e Exterior (posteriormente integrado no Banco Português de Investimento — e a presidência do Movimento Europeu Internacional, uma ONGD cuja fundação remonta ao pós-Segunda Grande Guerra e que foi impulsionadora da fundação do Conselho da Europa, em 1949.
    Subsequentemente, em 1999, três anos depois de terminar o seu mandato como Presidente, Mário Soares foi o cabeça-de-lista do PS às eleições europeias de 1999. Uma vez eleito foi logo de seguida candidato a presidente do Parlamento Europeu, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve pejo em afirmar que tinha «um discurso de dona de casa», no sentido pejorativo do termo.
    Essa derrota na corrida à presidência do Parlamento Europeu acabou por retirar expetativa à ambição de Soares em desempenhar um cargo importante na política internacional.
    Candidato a um terceiro mandato como Presidente da República
    Longe da política ativa, sem deixar de assumir como figura de maior referência do PS, Soares surpreendeu o país ao aceitar, em 2005, um regresso à disputa pelo cargo de Presidente da República. Foi assim, aos 81 anos, o segundo candidato anunciado — após Jerónimo de Sousa, candidato apoiado pelo PCP — o que seria um inédito terceiro mandato.
    O motivo da sua entrada na corrida era nem mais nem menos do que impedir que José Sócrates, então secretário-geral do PS tivesse de apoiar o candidato Manuel Alegre, após algumas crispações deste histórico do PS com as hostes do seu próprio partido — de resto, Alegre havia sido adversário de Sócrates nas eleições internas do PS em 2004, representando uma corrente ideológica completamente oposta à de Sócrates.
    Na eleição presidencial, realizada a 22 de Fevereiro de 2006, Soares obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos, ficando inclusive atrás da candidatura (que acabou por não ter apoio partidário) de Manuel Alegre.
    As eleições foram vencidas com maioria absoluta (e, portanto, à primeira volta) por Aníbal Cavaco Silva."
  2.  # 186

    Contra o adversário Manuel Alegre, o maniento intelectual, qualquer pé rapado em política ganhava, é óbvio.
  3.  # 187

    Ainda não acabou a discussão do Mário Soares. Já mete nojo
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 188

    Valtere,
    Por acaso, eu estou a tentar perceber que condições de transição se garantiram entre o estado de colónia e o estado de independência, e se os interesses dos portugueses foram salvaguardados de alguma forma entre um e o outro.
    Os mais velhos poderão saber de outra forma aquilo que eu sei, ou penso saber.
    É uma conversa apenas mais abrangente. Não apenas reduzida ao falar do politico Màrio Soares.
  4.  # 189

    Colocado por: valtereAinda não acabou a discussão do Mário Soares. Já mete nojo

    Não gosta?? não come, não quer partilhar?? não partilhe, deixe trabalhar quem trabalha..
    Concordam com este comentário: zeto, Paio, Bricoleiro
  5.  # 190

    Tanta coisa pra discutir . Andam a falar dessa gente que rouba a todos os portugueses. Qd o dinheiro acabar dos bancos depois dizem q eu tava certo.
  6.  # 191

    Ouvi na TSF as palavras da filha e gostei de a ouvir.
  7.  # 192

    Colocado por: CMartinMario Soares


    Candidato a um terceiro mandato como Presidente da República
    Longe da política ativa, sem deixar de assumir como figura de maior referência do PS, Soares surpreendeu o país ao aceitar, em 2005, um regresso à disputa pelo cargo de Presidente da República. Foi assim, aos 81 anos, o segundo candidato anunciado — após Jerónimo de Sousa, candidato apoiado pelo PCP — o que seria um inédito terceiro mandato.
    O motivo da sua entrada na corrida era nem mais nem menos do que impedir que José Sócrates, então secretário-geral do PS tivesse de apoiar o candidato Manuel Alegre



    A verdadeira razão segundo me disse uma pessoa que trabalha na RTP foi a tentativa de na sua sede de ambição fazer com que o aeroporto fosse para a Ota onde MS teria vários hectares de terreno que urbanizados dariam lucros astronómicos.

    Mas afinal,
    Como viveu ele?
    Que luxos teria?

    Não percebo a sua arreigada defesa perante o caso Sócrates...expor-se dessa forma.
    Concordam com este comentário: CMartin, Bricoleiro
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 193

    E concordo consigo Alexandre, foi esse o interesse pela OTA.
    Mas claramente isso não vai ficar escrito na wikipedia.

    Não percebe mesmo a defesa arreigada a Sócrates..ou suspeita ? Eu suspeito. É muito mau dizer isto mas é o que eu penso, antes não pensasse.
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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 194

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      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 195

    "Pro Dignitate Fundação de Direitos Humanos
    A Pro Dignitate – Fundação de Direitos Humanos foi fundada em 1994, pela Dra. Maria de Jesus Barroso Soares, acompanhada por um grupo de personalidades, que desde o início dos anos noventa tinham a seu convite participado em iniciativas visando combater a violência, em particular a veiculada pela Televisão. A Pro Dignitate tem fins humanitários e sociais, visando, sem fins lucrativos, a promoção dos direitos humanos. Na actividade da Fundação podem-se distinguir claramente 3 áreas principais:

    Promoção da Paz e Prevenção da Violência
    Ajuda Solidária (nacional) – acompanhamento individualizado e profissional aos pedidos de apoio
    Ajuda Humanitária e Cultural a todos os países de expressão portuguesa, através das Campanhas e Projectos na área da Educação e dos Direitos Humanos"
    >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
  8.  # 196

    No jornal Público.



    Estado paga obras da sede da Fundação Pro Dignitate
    JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 27/10/2000 - 00:00

    Um serviço do Estado cedeu uma jóia do barroco à Fundação Pro Dignitate. No contrato de cedência previa-se que essa entidade pagasse as obras necessárias à sua instalação. Os trabalhos estão em curso, mas quem os está a fazer e pagar é outro serviço do Estado. A fundação, presidida por Maria de Jesus Barroso, diz que as obras eram demasiado volumosas para o seu orçamento.

    A Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) está a suportar um conjunto de obras, no valor de 111 mil contos mais IVA, cuja realização constitui uma obrigação contratual da Fundação Pro Dignitate - uma instituição com fins humanitários e sociais presidida por Maria de Jesus Barroso. A empreitada visa a instalação da Pro Dignitate no convento setecentista anexo à Basílica da Estrela, classificado como monumento nacional e parcialmente cedido pelo Estado à fundação. Segundo a Direcção-Geral do Património (DGP), a intervenção da DGEMN contraria o disposto no contrato de cessão do imóvel à fundação. Criada em Julho de 1994, por escritura pública celebrada no Palácio de Belém, a Pro Dignitate outorgou em Dezembro de 1997, juntamente com a Paróquia da Lapa, um documento através do qual a DGP cede a ambas as entidades o Convento do Sagrado Coração de Jesus, à excepção das áreas que permanecem afectas ao Instituto Português de Cartografia e Cadastro (IPCC). As cedências têm a validade de 25 anos e são prorrogáveis por períodos de dez anos. Como única contrapartida, nos termos do auto assinado por todas as partes, "as entidades cessionárias [fundação e paróquia] e o IPCC comprometem-se a assegurar a recuperação e manutenção do imóvel", nos moldes estabelecidos no próprio documento. Assim, "cada entidade será responsável pela recuperação e manutenção das áreas destinadas ao seu uso exclusivo (...) e pelos encargos daí advenientes". Além disso, "a recuperação e manutenção das partes comuns do imóvel (...) será da responsabilidade conjunta das três entidades, que ficam com o encargo de custear as despesas daí advenientes, na proporção das áreas destinadas ao seu uso exclusivo". Para concretizar estas obrigações, e ainda segundo o mesmo auto de cessão, "as entidades cessionárias comprometem-se a apresentar à DGP os projectos no prazo de dois anos". Previamente à outorga deste auto, em Abril de 1997, uma informação da DGP descreve as dez salas que vão ser atribuídas à fundação, refere que "a designada Sala da Rainha será destinada a gabinete da presidência", enumera os principais trabalhos a realizar e conclui, reafirmando um princípio omnipresente em todo o processo de cedência: "A fundação deverá suportar o ónus das despesas com as obras acima referidas (...)"De acordo com um painel informativo afixado à entrada do convento, os trabalhos actualmente em curso são, porém, da responsabilidade do Estado. Lá se diz que a empreitada é da DGEMN, que respeita a "obras de adaptação e beneficiação para a instalação da Fundação dos Direitos Humanos - Pro Dignitate" e que o projectista é a própria Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.Contactado pelo PÚBLICO, o director-geral dos Monumentos Nacionais, Vasco Costa, confirmou: "Trata-se de uma obra que corre por nós e que está dentro das nossas atribuições."Posto perante a contradição entre o que determina o auto de cessão do imóvel e o facto de ser a DGEMN a projectar e pagar as obras da fundação, Vasco Costa afirmou desconhecer as condições da cedência feita pela DGP, sustentando, contudo, que se trata de "disposições genéricas que se cumprem quando não é a DGEMN a intervir". De acordo com este director-geral, "as entidades cessionárias são dispensadas de fazer as obras se elas forem feitas pela DGEMN". Vasco Costa não explicou, contudo, por que razão a sua direcção-geral só está a fazer obras na parte do convento que foi entregue à Pro Dignitate, sem tocar nas que estão a cargo da paróquia e do IPCC. Quem não partilha da opinião de que a fundação fica desresponsabilizada dos seus compromissos pelo facto de o organismo estatal lhe arranjar a sede é a subdirectora-geral do Património. "Se a empreitada é paga pelo orçamento da DGEMN, isso não está de acordo com o que foi desenhado no auto de cessão", afirmou Ana Maria Tavares. E acrescentou, depois de garantir que não há nenhuma comunicação formal da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais a informar a DGP de que fez os projectos e vai iniciar os trabalhos: "Deveria ter sido a fundação a custear as obras, ainda que elas fossem feitas através da DGEMN." Sucede ainda que a empreitada da DGEMN não se prende com o que poderia ser considerado como uma intervenção urgente num monumento nacional em risco. Isto porque, segundo a memória descritiva das obras, o edifício "chegou até nós em apreciável estado de conservação". De acordo com o mesmo documento, elaborado pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais em Julho de 1999, as obras em execução foram projectadas "segundo programa preliminar oportunamente fornecido pela Fundação dos Direitos Humanos" e têm os seguintes objectivos essenciais: "Criar novas infra-estruturas essenciais - electricidade, electrónica, águas, esgotos e climatização"; remover paredes divisórias e caixilharias "postiças à obra original"; construir "novas divisórias de alvenaria e divisões destinadas a instalações sanitárias" e recuperar as pinturas decorativas, os azulejos, as cantarias, os pavimentos, as caixilharias de madeira exótica, os lambris, as sancas e o claustro situado junto à zona da fundação, onde serão repostos os "canteiros ajardinados, segundo o risco original".A memória descritiva esclarece que os pavimentos de madeira devem ficar com um "acabamento encerado", que a sanca do Gabinete do Presidente da Fundação "deverá ser acrescentada para receber iluminação indirecta" e que as paredes e tecto abobadados desta mesma Sala da Rainha - também denominada "de D. Maria I"-, "inteiramente recobertos com pinturas decorativas polícromas", serão objecto de "criterioso restauro". Isto, para lá de uma infinidade de outros pormenores, que vão permitir a transformação do velho convento num confortável espaço de trabalho.A nível de equipamento, a DGEMN encarregou-se mesmo de executar uma "planta de distribuição de mobiliário", prevendo-se a utilização dos móveis conventuais existentes no edifício. Com esse objectivo, a presidente da Pro Dignitate escreveu em Maio de 1997, ainda antes de assinar o auto de cessão, uma carta onde transmite à DGP o seguinte desejo: "Muito gostaria esta fundação de poder utilizar os bens móveis que fazem parte do edifício, nomeadamente os da Sala da Rainha."No total, após a conclusão da obra da DGEMN, a parte do convento entregue à fundação será composta por quatro salas para os serviços, três gabinetes, uma biblioteca/auditório, duas salas de reuniões, cada qual com 24 lugares em torno de uma mesa oblonga, e dois blocos sanitários. O conjunto ocupará uma área de 970 metros quadrados."
  9.  # 197

    Afinal. São 2 as fundações.
  10.  # 198

    2.1. A Maçonaria durante o Estado Novo
    Com a implantação do Estado Novo, o deputado José Cabral, então director-geral dos serviços prisionais, apresentou em 19 de Janeiro de 1935 na Assembleia Nacional um Projecto de Lei visando a extinção das associações secretas. O projecto adoptava uma definição de associação secreta que tinha em vista atingir a Maçonaria e a Carbonária, sendo que esta última provavelmente já não existiria.
    Surgiu assim a Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, que ilegalizou e dissolveu as sociedades secretas em Portugal.
    O Projecto de Lei também previa sanções aos que pertencessem a qualquer tipo de associação secreta independente das finalidades da organização.
    2.2. A Maçonaria no pós 25 de Abril
    Alguns meses depois do 25 de Abril de 1974, a 7 de Novembro, é publicado o Decreto-Lei n.º 594/74 que revoga expressamente a Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, legalizando as sociedades secretas.
    Os bens confiscados durante a Ditadura foram devolvidos às sociedades então extintas.
    3. Organizações maçónicas
    3.1. Grande Oriente Lusitano
    É a organização maçónica mais antiga em Portugal, tendo sido fundada em 1802.
    É apontada como a organização com maior número de membros, um número superior a 2.000, verificando-se, no que diz respeito aos membros mais conhecidos, uma participação predominante da esquerda portuguesa, em particular do Partido Socialista.
  11.  # 199

    A Fundação Mário Soares constituída em 12 de Setembro de 1991, é uma instituição de direito privado e utilidade pública sem fins lucrativos, tem por fim realizar, promover e patrocinar acções de carácter cultural, científico e educativo nos domínios dos direitos humanos, da ciência política e das relações internacionais. Está instalada, em Lisboa, na Rua de S. Bento, nº 176 e 178.

    Entre outras actividades a Fundação Mário Soares organizou e montou uma biblioteca e um centro de documentação, que têm por base o arquivo pessoal de Mário Soares, antigo Presidente da República e primeiro-ministro português.

    A Fundação Mário Soares tem financiado estudos e trabalhos de investigação nas áreas da ciência política e dos negócios estrangeiros. Entre outras tarefas, organizou os arquivos da resistência timorense e participou na organização do Arquivo Amílcar Cabral, na Guiné-Bissau. Entre os académicos cujos trabalhos têm sido apoiados pela Fundação constam nomes como os dos professores universitários José Mattoso e Adriano Moreira.

    A fundação recebeu mais de 1,2 milhões de euros do Estado, entre 2008 e 2010.
    Em 2012 teve uma redução de 30% nos apoios financeiros do Estado.

    Fonte : wiki
    • RCF
    • 11 janeiro 2017

     # 200

    Foi curioso ver ontem, nas notícias, que a adesão popular ao cortejo e cerimónia fúnebres, foi reduzida. O povo não acompanhou a pompa e circunstância da cerimónia (muito bem preparada e executada, diga-se).
    Para mim, esteve na morte como na vida, julgando-se acima de todos e vivendo e morrendo à custa do Estado. O Estado que lhe suportou a vida faustosa, lhe pagou até ao fim secretárias, motoristas, seguranças, carros, fundações (até as multas de excesso de velocidade do seu motorista, ele reclamou que o Estado pagasse), também lhe pagou um funeral que não pode ter ficado barato.
    Mas, adiante!

    Mário Soares foi o primeiro presidente eleito no pós 25 de abril, a falecer. Teve funeral com honras de Estado.
    E agora, o que se segue? Os próximos a falecer também terão funeral com honras de Estado?
    Ramalho Eanes? Jorge Sampaio? Cavaco Silva?
    Concordam com este comentário: Alexandre Silva
 
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