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  1.  # 161

    Colocado por: maria rodriguesCuriosamente estou a lembrar-me de um certo governo que, durante quatro anos em funções (ainda hoje, na oposição, aponta o dedo...), se queixou da «bancarrota» herdada do governo que o precedeu.

    E com razão. Quem é que assinou o memorando com a troika? Não foi o Sócrates?

    Colocado por: maria rodriguesPortanto, parece que os governos precedentes é que são os responsáveis, pelo descalabro do que acontece no nosso país!

    Acusar este ou aquele de descalabro é sempre discutível. Mas quem pede empréstimos ao FMI e à troika e os assina não tem como os negar, e esses governos foram dois do Soares e um do Sócrates.
  2.  # 162

    Colocado por: maria rodriguesCuriosamente estou a lembrar-me de um certo governo que, durante quatro anos em funções (ainda hoje, na oposição, aponta o dedo...), se queixou da «bancarrota» herdada do governo que o precedeu. Portanto, parece que os governos precedentes é que são os responsáveis, pelo descalabro do que acontece no nosso país!


    E não é sempre assim? Com qualquer governo?
    Para o Zé que vai votar pelas promessas que ouve em campanha a conclusão que tira disso é que quem desce impostos e dá dias à função pública é que são os bonzinhos e os que vêm a seguir tapar o buraco são os maus.
    Para o cidadão com bom senso é precisamente o inverso, os primeiros iludem o povo, os segundos não têm outra forma de dar a volta.
  3.  # 163

    Colocado por: maria rodriguessinto grande curiosidade (interesse ?) pela figura (sinistra?...) de Oliveira Salazar, que muitos descrevem como um homem inteligentíssimo.


    Creio que essa curiosidade é comum a muitos incluindo eu. Há toda uma história a marcar-nos (portugueses) que segue esse caminho.
    A inevitável comparação do antigo regime com a democracia, a inevitável comparação do que se tira melhor e pior que cada um deles.
    Uma coisa é certa, em democracia há mais corrupção e menos interesse pela pátria.
  4.  # 164

    Quando se acusa o Soares da miserável descolonização - e eu não atribuo as culpas ao Soares, pelo menos não todas - os seus defensores vêm logo dizer que era uma coisa inevitável e uma questão de tempo.
    Já quanto à democracia e integração europeia dizem que são obras dele. Mas acham sinceramente, que se não fosse o Soares continuaríamos como uma espécie de Albânia da Europa Ocidental, fechada e sem liberdade? Não acham que também isso era inevitável e uma questão de tempo, quem quer que fosse que estivesse a governar?
    Concordam com este comentário: CMartin, 21papaleguas, André Barros
  5.  # 165

    Colocado por: J.FernandesPortanto, para si não havia nenhuma possibilidade de se ter feito uma transição mais tranquila, num prazo de três ou quatro anos, com acordos que salvaguardassem minimamente algum do património dos brancos, evitando a fuga em massa que se veio a registar, sem vantagem, aliás, para nenhum dos lados?!
    Com o regime anterior ao 25 de Abril, não.
    Iriam levar aquilo até ao extremo, exigir o sacrifício de soldados e populações, como fizeram na Índia.

    Depois de 25 de Abril, também não.
    o Conselho de Estado (Junho/1974) incluindo o PR António de Spínola, proclamou o direito à autodeterminação e independência das colónias.
    a Junta de Salvação Nacional (Agosto/1974), proclamou a futura independência de Angola.
    A partir daqui, foi o descalabro em Angola. Os soldados deixaram de querer combater. "Nem mais-um só-soldado p'rás colónias". E os 3 movimentos começaram a tentar ganhar posições que lhes desse vantagem nas futuras negociações para a independência.

    Depois disto, que capacidade tinha o Governo Português para negociar fosse o que fosse?
    No Alvor (Janeiro/1975), Almeida Santos e Mário Soares limitaram-se a "limar" o acordo a que MPLA+FNLA+UNITA já tinham chegado (em Mombasa? uma semana antes).
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    Estas pessoas agradeceram este comentário: A. Madeira
  6.  # 166

    Colocado por: Luis K. W.Depois de 25 de Abril, também não.
    o Conselho de Estado (Junho/1974) incluindo o PR António de Spínola, proclamou o direito à autodeterminação e independência das colónias.
    a Junta de Salvação Nacional (Agosto/1974), proclamou a futura independência de Angola.

    Está a ver como era possível fazer muito melhor, bastava que em vez dessas proclamações que meteram o carro à frente dos bois, ter aberto antes de mais nada um processo negocial com os movimentos independentistas.
  7.  # 167

    Colocado por: J.FernandesEstá a ver como era possível fazer muito melhor, bastava que em vez dessas proclamações que meteram o carro à frente dos bois, ter aberto antes de mais nada um processo negocial com os movimentos independentistas.
    Ok...
    A gaita é que se vivia um período "revolucionário", e falava-se mais do que se devia.
    Há que não esquecer que tanto no Conselho de Estado como na Junta de Salvação Nacional, se sentavam muitas pessoas culta, inteligentes, ponderadas, razoáveis... e de direita. O que não impediu que (com aquelas proclamações) escancarassem as portas à confusão que se seguiu nas colónias.

    Mas, lá está. NISTO, o Mário Soares teve pouca ou nenhuma responsabilidade...

    Por outro lado, REPITO, um dos lados da negociação calma e tranquila seriam os "colonos"- os tais que em 1972/1973 me diziam sem qualquer vergonha (de estarem a atraiçoar a "Pátria"), que nos Jogos Olímpicos de 1976 os angolanos já lá não iriam sob a bandeira "das Quinas". Isto é, teriam a oposição dos que pretendiam uma independência branca, tipo Rodésia (e que deu no que deu).
    •  
      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 168

    Colocado por: Bricoleiro
    Uma coisa é certa, em democracia há mais corrupção e menos interesse pela pátria.


    Essa é outra. Uma coisa que não percebo é porque se dá tantos privilégios aos membros de governo.
    Penso que poderia-se usar um pouco o modelo dos países nórdicos por exemplo, e outros, em que se trata de um emprego e não de uma benesse, para o qual recebem um salário.
    Uma vez coloquei a questão e foi-me respondido que se assim fosse não iria ninguém para o governo, pois não teria grande interesse (!).

    Para mim, seria de tanto interesse como se querer ser engenheiro, médico, professor, etc. - é uma profissão, tem-se a vocação (ou pelo menos o objectivo), tem-se um salário, e executa-se a profissão e vai-se subindo conforme progresso na carreira. Depois de concluída a carreira reformavam-se como todo e qualquer funcionário do Estado.

    Parece-me que seria mais democrático.
    •  
      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 169

    Luis K W,

    E o que acha da independência de Macau ? Foi em 1999, certo ?
  8.  # 170

    Colocado por: Luis K. W.um dos lados da negociação calma e tranquila seriam os "colonos"

    O mais natural é que também tivessem a sua oportunidade de dizer de sua justiça, como parte interessada no futuro de Angola, ou não? E depois não eram assim tão radicais esses tais colonos que queriam a independência branca, é que a guerra, ou guerrilha, era entre os exércitos de Portugal e os dos movimentos negros, os colonos não eram parte beligerante, quando muito organizavam-se localmente para proteger as suas propriedades.
  9.  # 171

    Colocado por: CMartinLuis K W,

    E o que acha da independência de Macau ?


    Macau é independente?
    •  
      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 172

    Colocado por: macal

    Macau é independente?

    Foi entregue à China em 1999 por Portugal, pronto corrijo.
    •  
      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 173

    Porque não houve pressa em entregar também Macau à China, nessa mesma altura da independência de Angola e Moçambique e Guine e São Tomé, .. (?).

    É uma pergunta mesmo, não é argumento, quero saber. Alguém sabe ?
  10.  # 174

    Colocado por: CMartinLuis K W,
    E o que acha da independência de Macau ? Foi em 1999, certo ?
    Macau não era uma "colónia", ao contrário do que a propaganda dizia.
    Macau era TERRITÓRIO CHINÊS sob administração portuguesa.

    Aí também tivemos pouco a dizer.
    Os chineses disseram que queriam Macau de volta antes de 2000, e tiveram-na.
  11.  # 175

    Os portugueses que estavam em Macau ficaram lá ou voltaram ?
  12.  # 176

    Continua a ser uma pergunta apenas.
  13.  # 177

    Estou a pensar nisto porque se calhar podia-se separar o 25 de Abril e a descolonização das colónias Africanas.

    Entregariam as colónias depois de formados os governos aos respectivos.

    E assim ter-se-ia evitado as guerras civis ou entre as facções locais/militares.

    Estou a pensar erradamente ?
  14.  # 178

    Colocado por: CMartinEstou a pensar erradamente ?

    Acho que está.
    As guerras civis nas ex-colónias não aconteceram por falta de acordo entre os diversos grupos, mas sim porque depois os decidiram rasgar.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
    •  
      CMartin
    • 10 janeiro 2017 editado

     # 179

    Colocado por: CMartinEstou a pensar nisto porque se calhar podia-se separar o 25 de Abril e a descolonização das colónias Africanas.

    Entregariam as colónias depois de formados os governos aos respectivos.

    E assim ter-se-ia evitado as guerras civis ou entre as facções locais/militares.

    Estou a pensar erradamente ?


    E não teria havido a "grande problemática" dos "retornados".
  15.  # 180

    Colocado por: J.Fernandes
    Acho que está.
    As guerras civis nas ex-colónias não aconteceram por falta de acordo entre os diversos grupos, mas sim porque depois os decidiram rasgar.


    Sabe explicar-me J.Fernandes, esse acordo entre os diversos grupos e o que aconteceu ?
    Portugal ajudou nos acordos, fez essa transição ?
 
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