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  1.  # 1

    ... que eu não me importo :-)

    Atendendo a que fiz anteontem a escritura de uma casa para recuperar, onde pretendo passar a minha reforma antecipada no ideal do Eça de Queiroz "uma quinta com portão para o Chiado" (neste caso o portão é para a Expo, via Linha do Norte), vou começar a registar aqui as vicissitudes de uma reabilitação que vai com certeza dar agua pela barba. A ideia é fazer a coisa por fases, este ano, com alguma pressa, remodelar a parte original de habitação do edificio (uns 9mx10m de area bruta, quero eu dizer, medida por fora das paredes) e depois, com calma, muita calma, ir estudando e mirando e decidindo o que se deve fazer com o resto. Como aparecem poucas reabilitações por aqui, achei que pode ser um exercicio interessante e util para quem pense meter-se neste tipo de assados. Vou com certeza ter de pedir ajuda para pôr aqui ficheiros mais pesados etc e tal, mas para ja posso dizer:

    Trata-se de uma antiga casa agricola no concelho de Tomar, com cerca de 340m2 de implantação (contando com os anexos), com um patio de 85m2, uma ponte sobre uma ribeira que da acesso a 1800m2 de terreno com pomar, horta e um curral em ruinas de uns 70m2 (tenho de verificar). A casa original consta de uma loja, adega e alambique de pedra (o alambique ja foi fechado posteriormente em betão, que eu penso que originalmente era um alpendre aberto sobre a ribeira), a que foram posteriormente acrescentados uns 60m2 de anexos de uma construção muito mais bera); no primeiro andar havia a casa de habitação (originalmente os tais 9m2 a que foram acrescentados mais uns 60m2 com uma sala, um quarto e uma casa de banho. No "quadrado" da loja ha também uma pequena sala e uma cozinha.

    O preço foi 125.000 euros (pediam 155.000). Até agora paguei cerca de 1000 euros pelos alçados (as plantas forma fornecidas pelo vendedor), 285euros de escritura, 200euros de registo e uns 2800 e não sei quê de IMT e imposto de selo (ist começa bem, que ja não sei do papel!). O IMT foi mais do que seria normalmente por não ser habitação propria permanente.

    Depois ponho aqui as plantas e fotografias.
  2.  # 2

    ja comprou lobito? :) parabéns
    não está a dar para colocar ficheiros tentei colocar e ficou a meio.
  3.  # 3

    Obrigada :-) Estive a tentar pôr aqui ficheiros mas não consigo fazer nada deste computador. Vou tentar organizar as coisas e depois peço ajuda ao FD.
    • naar
    • 19 dezembro 2009

     # 4

    Em que freguesia? na Serra?
  4.  # 5

    Não, na freguesia da Madalena, quase na fronteira com o concelho de Torres Novas.

    Ah, so mais um pequeno pormenor que pode eventualmente ser util a alguém: como se tratou de uma venda com autorização judicial (o senhor esta declarado incapaz, e portanto o filho que é tutor teve de pedir autorização ao tribunal para vender), não so demorou cerca de 7 meses entre a promessa e a escritura como, depois da notificação do OK do tribunal ha um periodo qause como nos "banhos" do casamento, em que alguém pode vir dizer que a venda não se devia fazer por isto, aquilo ou aqueloutro. Coisa que todos ignoravamos! Portanto, se vos acontecer, contem com mais um mês para isso (pode-se fazer a escritura na mesma, como nos, mas corre-se sempre um risco...)
    • AnaT
    • 22 dezembro 2009

     # 6

    Parabéns, lobito.

    Obrigada pela partiha.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: lobito
    •  
      FD
    • 22 dezembro 2009 editado

     # 7

    A pedido da lobito, aqui vão alguns ficheiros com fotos. :)
  5.  # 8

    Uma disposição interessante em planta, e fotos? :)
  6.  # 9

    Muito interessante, com muito potêncial.. ainda mais pelas fotos apresentadas. (Fernando, as fotos estão no link do post #7).
    Dá uma belissima recuperação.. se houver dinheiro e "bom gosto".
  7.  # 10

    Estou em mobile, fui agora ver, o 1.pdf aparece em cima da planta escondido :)
    • naar
    • 22 dezembro 2009

     # 11

    Muitos parabéns!

    Acho que foi uma bela compra e com um valor muitoooo simpático!

    Adorei a ponte e a ribeira, espero que de água cristalina!

    Já tem o Antes, agora temos que esperar pelo Depois, :))

    Eu já estou impaciente! :))
  8.  # 12

    Parabens lobito!
    Ficamos à espera de mais elementos.
    Tem ai pano para mangas!... Depende do programa que quer... pois o organigrama da casa parece-me que é perfeitamente ajustável! :)

    PS: se a casa tiver um bom pé direito... não o baixe com tectos falsos... tira todo o volume, espaço e potencial das boas recuperações!
  9.  # 13

    só agora vi as fotografias, muito bom
    gostei no geral, mas principalmente gostei muito do forro de tecto, daquele passadiço, da zona quintal, do lagar,das guardas em tijolo burro, das madeiras, daquelas cadeiras e mesas, das árvores...
    boa compra lobito!
    estou com o Pedro, dá para fazer algo muito interessante.
    • lobito
    • 22 dezembro 2009 editado

     # 14

    Muito obrigada pelo vosso entusiasmo! ;-)

    Como podem calcular, isto é um projecto e peras! Não me teria abalançado se não tivesse uma amiga engenheira civil que adorou o ar de Bruges da fachada sobre a ribeira e, sobretudo, gostou muito da construção "logica" e solida da casa. Sem isso, faz um bocado de medo... sobretudo porque a dita ribeira de vez em quando salta ca para fora! A ultima vez foi uma inundação de 1m de altura em 2006! Tenho a dizer que as pessoas dali dizem que teve a ver com uns colectores mal enjorcados das obras de requalificação da linha que fizeram refluxo, etc. Mas, claro, sera que a REFER alguma vez corrige aquilo? Pelo sim pelo não, adega e loja manter-se-ão em terra batida, o patio tanto quanto possivel em calhau rolado. Acho que um dos meus trabalhos vai ser sentar-me no chao com um escopro e um martelo a dar cabo do cimento que por la anda... a menos que uma das luminarias aqui do forum tenha melhor ideia!

    Como queremos instalarmo-nos la daqui a um ano, a ideia é remodelar o quadrado da habitação primitiva no primeiro andar durante este ano. Porque o tempo é curto, e porque a recuperação total tem de ser bem amadurecida, vamos tentar ficar "aquém" da legislação, o mais possivel. Ou seja na primeira fase, não alterar o telhado (com um bocado de sorte, as obras que for preciso fazer talvez so careçam de uma informação previa, mesmo que a minha amiga queira la fazer um lintel por conta de uma racha que la anda nem fachada nem nada. Vou ter de pôr um elevador (perdão plataforma elevatoria, a diferença é abissal e eu depois explico!) que pode ser que encaixe de tal modo naquela escada esquisita que passe entre os pingos das luzes. O resto é fazer uma cozinha e uma casa de banho em cima, com mais uma sitio para maquina de roupa naqueles 3 quartos que dão para tras. Pelas minhas contas, é so uma parede que vai abaixo ;-)
    • lobito
    • 22 dezembro 2009 editado

     # 15

    Claro que, mesmo com uma primeira fase de recuperação minimalista, é preciso projecta-la para o futuro. So por graça, e para aguçar o dente, eis aqui a maquete que o meu paciente marido esta a fazer. Como ainda somos à manivela, é uma maquete verdadeira, à escala 1:20 (fez-me também uma a 1:12 para a minha cozinha, que eu depois mostro!). So falta aqui o par de playmobils!
      House from South.jpg
      House from Southeast 2.jpg
  10.  # 16

    Excelente..... Os meus parabéns!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: lobito
  11.  # 17

    So para acabar a historia da venda, tenho a dizer que encontrei a casa através de uma imobiliaria, a Chavetejo, que me deixou muito bem impressionada (ao contrario de uma outra com quem lidei anteriormente, que tem um corropio de jovens pouco qualificados e, além disso, não parece fazer o minimo esforço para vender o que quer que seja). Tanto quanto sei, estes pedem normalmente 3% de comissão (outras pedem 5%) e não pedem exclusividade. São além disso extremamente prestaveis e acompanham os clientes nas Finanças e no Registo (além de por vezes mesmo mudança de contratos de agua e luz e outras coisas mais, porque têm muitos clientes estrangeiros que ficariam completamente perdidos sem a ajuda deles). São um bom exemplo de uma empresa que funciona bem e merece ser apontada por isso. Constatei depois que temos aqui uma das socias no forum da casa, a ccgs ;-)

    Apesar de tudo, podendo, é sempre bom mostrar o contrato de promessa, por exemplo a um advogado ou solicitador. Neste caso, tanto o filho e tutor do vendedor (perfeitamente de boa fé, tenho a certeza) como a agência estavam convencidos que a escritura se podia fazer com uma procuração com extensissimos poderes que o vendedor (que alias foi juiz conselheiro) tinha anteriormente dado a dois filhos. Foi o meu irmão, advogado, que insistiu em que seria impossivel fazer a escritura sem autorização do tribunal e que redigiu alias um contrato de promessa em que o sinal seria restituido sem penalização no caso de o tribunal negar a autorização. Faz todo o sentido, claro, e embora seja um processo muito moroso, fica tudo direitinho.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ccgs
    • lobito
    • 25 dezembro 2009 editado

     # 18

    Passemos ao capitulo elevadores:

    A casa de habitação vai ser no primeiro andar, e eu preciso de um elevador, de preferência onde caiba uma cadeira de rodas se for preciso. Fiquei a saber que os elevadores para uso doméstico não são propriamente elevadores mas sim plataformas elevatorias (o que faz toda a diferença, nomeadamente por que não têm de obedecer à Directiva (CE) Elevadores, mas sim à Directiva (CE) Maquinas , que tem requisitos diferentes e mais simples). Grosso modo, têm uma potência de 1500W e não exigem poço (uns 10cm, no maximo) e existem em duas formas, ou autoportantes (que não exigem que o cliente faça quase nada), ou com uma cabine em que o cliente faz o trabalho de alvenaria. Todos os que vi podem ser interiores ou exteriores.

    Posto isto, contactei três firmas: a Thyssenacessibilidades (que, segundo me explicaram, é uma firma separada da Thyssen e so faz isto), a Mobilitec (de que o FD me tinha falado) e a Escada Facil. Qualquer destas duas ultimas se dedica ao mercado mais geral das ajudas técnicas e material para-hospitalar e faz esta coisa dos elevadores um bocado por arrasto da sua actividade mais corrente. Ao ponto de me dizerem ambas (se não me engano), que as cadeiras que se instalam nas escadas têm um IVA de 5% e estes elevadores de 20%, enquanto que a Thyssenacessibilidades conseguiu obviamente convencer as Finanças de que é tudo a mesma coisa e portanto tudo deve ser corrido a 5%. Como eles tinham também 2 alternativas (autoportante e sem ser autoportante), ao contrario dos outros que propunham um tipo unico de elevador (que fica muito bem encostado a uma parede, mas não seria o meu caso e portanto la se iria o beneficio estético), resolvi-me pela Thyssenacessibilidades, que me fez uma proposta de 11500euros+IVA(de 5%), a que eu tenho de acrescentar o trabalho de alvenaria (a que eles deu apoio em termos de projecto). A proposta da Escada (autoportante) era de cerca de 18000euros+IVA(de 20%).

    Ficou combinado que o comercial passara la com o encarregado das obras que se entendera com o pedreiro (eles so precisam de fixar o elevador a uma parede, as outras três so têm é de ser aprumadas, obviamente). Depois da adjudicação, a fabrica manda um desenho pormenorizado, e eles fazem o acompanhamento da obra. O pagamento é faseado (30% na adjudicação, 60% na entrega e 10% no fim), o prazo de entrega é de 9 semanas e a garantia de 2 anos.
  12.  # 19

    Colocado por: lobito...e acompanham os clientes nas Finanças e no Registo (além de por vezes mesmo mudança de contratos de agua e luz e outras coisas mais, porque têm muitos clientes estrangeiros que ficariam completamente perdidos sem a ajuda deles). .
    Sempre achei que as empresas mediadoras imobiliárias tinham a obrigação de acompanhar o comprador em todos os passos da aquisição (e o vendedor na venda).
    Para o dinheiro que cobram, é o mínimo que se deve exigir.

    Parabéns a essa empresa!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ccgs
  13.  # 20

    Colocado por: lobito (eles so precisam de fixar o elevador a uma parede, as outras três so têm é de ser aprumadas, obviamente).
    Está aí a escapar qualquer coisa, não está?

    1. O elevador é hidraulico? Terá de ter espaço em baixo (ou noutro sítio qualquer) para instalar maquinaria, e não me parece que 10cm sejam suficientes.

    2. E se ele vai ficar «fixo» a uma parede, essa parede terá de ter alguma resistência mecânica e uma excelente fundação. Não será uma qualquer parede de alvenaria que suportará essa carga...

    A alternativa à fixação a uma parede é haver um belo maciço de fundação sobre o que assenta toda a estrutura do elevador.

    Como eu até nem tenho muita(s) experiência(s) nesta área, tente informar-se junto de um TÉCNICO (quero dizer ENGENHEIRO, e não VENDEDOR) da Thyssen do que realmente precisam para instalar o elevador - para evitar surpresas depois da adjudicação (quando lhe derem o tal projecto pormenorizado)...
    A impressão que eu tenho é que, se a parede que suporta o elevador mexer 1mm que seja, será uma fonte de avarias sem fim.
 
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