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  1.  # 1

    Boa tarde a todos,

    Aqui, sem qualquer interesse (a defender), digam da vossa justiça:
    Quem é, (e o que é ser), a classe média Portuguesa?

    PS. Não quero influenciar as vossas respostas, apenas sugiro que não vejamos apenas pelo lado do rendimento. Antes pela qualidade de vida do “perfil” (que esse rendimento proporciona).
    PS2. Este tema porque eu o vejo com interesse sócio-cultural. Vamos lá "tirar isto a limpo".


    Aqui junto parte interessantíssima duma notícia do jornal i, de hoje.
      classe média.JPG
    • ES
    • 25 maio 2010

     # 2

    Classe média em Portugal? fácil de identificar :
    - são os que pagam sempre a factura de tudo e todos neste país !!
  2.  # 3

    Colocado por: ESClasse média em Portugal? fácil de identificar :
    - são os que pagam sempre a factura de tudo e todos neste país !!



    Serão, então, na sua opinião, os que não ganham suficientemente mal para receberem subsídios (de apoio do Estado) e/ou de estarem isentos (de impostos) mas também que não ganham suficientemente bem para conseguirem fugir de declará-los( e não pagar impostos)?

    E o que conseguem, nessas circunstâncias, fazer da sua vida os de classe média? Em termos de habitação, saúde, lazer, tempo em família, poupanças, luxos, bens de primeira necessidade. O que é isto para a classe média (os que tão depressa ganham entre os 700 como os 2000)?
  3.  # 4

    Classe média?quem são?

    Facílima resposta... era aquela "classe" onde se enquadravam, á cerca de 20 anos atrás, a maior parte dos contribuintes. Actualmente são cada vez mais e mais os pobres, e os muito pobres.

    Perguntando-me quais são, actualmente? na minha modesta opinião, tendo dinheiro para comer e fazer face ás despesas, e tendo algum patrimonio, já se poderá considerar um priveligiado, portanto, não fazendo parte dos pobres ou muito pobres. Por exclusão partes, será esta a classe média.
  4.  # 5

    Alguns sinais que podem ajudar:
    - Bons carros comprados em ALD com a entrada mínima ou mesmo em renting
    - Férias em tudo incluído, a prestações.
    - Telemóveis XPTO
    - Colégio da moda para os filhos
    - Cotas e bilhetes p/ clube de futebol
    - Muitos almoços e jantares em restaurantes
    - TV LCD, TV cabo (3D?) + NET 100MB + Playstation
    - Netbook (só para ter)
    - Etc.

    Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...
  5.  # 6

    E claro, casas caras ou na moda... :)
  6.  # 7

    Texto do artigo a que me referi anteriormente, no jornal i, de hoje, e que despertou a curiosidade em saber como e quem são os Portugueses classe média.
    Para quem tem paciência de ler, é comprido, mas tão interessante como comprido.
    Nota minha : material possível de se fazer “share”: que é isto que vou fazer:

    Inédito. Um Big Brother com trinta famílias e montes de filhos aos berros
    por Benedict Carey - Exclusivo i/The New York Times, Publicado em 25 de Maio de 2010 | Actualizado há 7 horas

    Na Califórnia, 32 famílias foram observados 24 horas por dia durante três anos a fio. As conclusões traçam um retrato perfeito dos casais americanos, que são muito diferentes dos portugueses.

    "Pega no casaco."
    O pai, de ombros caídos e semblante grave, está de pé junto do filho de 8 anos, e tenta apressá-lo a sair porta fora. O rapaz balança-se, agacha-se um pouco, empata; quer que lhe tragam o casaco.
    "Pega no casaco."
    O rapaz empata mais um pouco e os lábios de pai contraem-se.
    "Pega. No teu. Casaco."
    O rapaz perde a cabeça. "Está sempre a armar-se em mandão!", grita ele, virando-se para se atirar para cima do sofá. "Não vou chamar-lhe nomes nem nada disso, mas o pai está sempre a armar-se em mandão."
    Uma conferência realizada este mês nesta cidade reuniu mais de 70 estudiosos das ciências sociais para encerrar um dos estudos antropológicos mais invulgares e estranhamente voyeurísticos alguma vez concebidos. De 2002 a 2005, antes de os "reality shows" regerem o planeta, os investigadores da Universidade da Califórnia (Los Angeles) recrutaram laboriosamente 32 famílias da zona e gravaram em vídeo uma semana do quotidiano das pessoas, cobrindo praticamente todos os momentos em que elas pessoas estão acordadas - incluindo o Impasse do Casaco.
    O projecto da UCLA constituiu um esforço para captar uma espécie sociológica relativamente recente: a família estado-unidense de classe média, com vários filhos e em que ambos os progenitores trabalham. Os investigadores acabaram há pouco de analisar as 1 540 horas videogravadas, codificando e classificando cada abraço, cada birra, cada procura obsessiva de um sapato de desporto perdido.
    "Esta é a base de dados mais rica, mais pormenorizada e mais completa das família da classe média que existe em todo o mundo", diz Thomas Weisner, professor de Antropologia da UCLA que não participou na investigação. "A base de dados apresenta-se como um espelho que é posto diante das pessoas e que as faz rir, mas também retrair-se de espanto ou vergonha. Mostra a vida como ela de facto é vivida."
    O estudo incidiu sobre um segmento restrito da diversidade de Los Angeles, abrangendo duas famílias negras, uma latino-americana, uma japonesa, alguns casais hetero-étnicos e ainda dois lares com pais homossexuais masculinos. A maioria das famílias vivia bastante longe dos bairros mais prestigiados da cidade, como La Crescenta, na zona Leste, e Westchester, perto do aeroporto.
    Após mais de 9 milhões de dólares e incontáveis horas de visionamento de material, os investigadores constataram que a vida nessas trincheiras é... bem, é exactamente como parece: uma barragem de ansiedade, de sobreposição de tarefas e de zangas inconsequentes. E constataram que havia muito por onde embirrarem uns com os outros.
    As mães continuam a fazer a maior parte do trabalho doméstico: gastam nisso, em média, cerca de 27% do seu tempo, contra 18% dispendido pelos pais e 3% pelas crianças (receberem ou não uma semanada não influi nos resultados).
    Em média, marido e mulher estão em casa ao mesmo tempo apenas cerca de 10% do tempo (em que estão acordados); o tempo em que toda a família está reunida na mesma divisão representa aproximadamente 14%. Os níveis de ansiedade e pressão dispararam e, contudo, as famílias passaram muito pouco tempo no lugar mais calmo, tranquilizador e desimpedido do lar: o jardim.
    "Chamo a isto a nova matemática", diz Kathleen Christensen, da Alfred P. Sloan Foundation, que financiou o projecto. "Duas pessoas. Três empregos a tempo inteiro." Os pais aprenderam de improviso, diz ela - e isso vê-se bem.
    Famílias com filhos e em que ambos os progenitores trabalham existem há anos, especialmente nos bairros de rendimentos mais baixos. Mas os números deram um salto nas últimas décadas (36% em 1975 e 46% em 2008).
    Lyn Repath-Martos e o marido, António, estão nessa situação. Com dois filhos, de 5 e 8 anos, dois empregos fora de casa e a tempo inteiro, passaram a fazer parte do estudo em 2002. Contra um pagamento de 1 000 dólares, preencheram uma resma de questionários, foram exaustivamente entrevistados ao vivo e abriram a porta da sua casa de 87 m2, localizada na zona Leste de Los Angeles, a uma pequena equipa de filmagens que registou todos os momentos do seu quotidiano.
    Um investigador percorria a casa com um computador de bolso, anotando a localização de cada membro da família e as actividades que desenvolviam, com intervalos de 10 minutos.
    "Nunca me ofereceria para fazer parte de um reality show", diz Lyn Repath-Martos, administrativa no NASA Jet Propulsion Laboratory. Ao princípio, a sensação foi a de estar a ser estudada por antropólogos.
    "Eu estava na cozinha a fazer os almoços das crianças e as câmaras estavam a rodar, e eu pensava, 'Bom, está bem, vejam lá então como isto se faz', conta outro participante, Aaron Spicker, homem de negócios residente em Redondo Beach com a mulher, Merrill, contabilista de empresa, e duas filhas.
    Mas, ao fim de um tempo, afirmam, os membros da família passaram a não ligar às câmaras e descontraíram-se.
    O mesmo não se pode dizer dos agentes no terreno, na sua maioria estudantes universitários sem filhos que presenciavam o combate da vida doméstica pela primeira vez.
    "Qual planeamento familiar, qual quê: é a forma mais pura de controlo de natalidade alguma vez inventada", diz um deles, Anthony Graesch, que fazia o pós-doutoramento (Graesch e a mulher acabam de ter o segundo filho.)
    Numa casa, Graesch estava a anotar a localização das pessoas quando uma discussão, a subir de tom, ameaçou tornar-se feia. Bateu em retirada "para apanhar ar" e continuou a acompanhar a posição dos habitantes da casa, espreitando pelas janelas. "Por sorte, era uma casa térrea", diz.
    Os investigadores falavam sobre o que estavam a ver, em reuniões semanais.
    "Sempre que nos encontrávamos, sentia-me como se estivesse na defensiva", diz Tamar Kremer-Sadlik, chefe da investigação, ela própria com dois filhos e um marido que trabalha. "Quer dizer, não é que eu aprovasse tudo o que aqueles pais faziam, mas conseguia sentir-me na pele deles. Sabia exactamente pelo que estavam a passar."
    Negociações contínuas, para começar. Os pais eram geralmente tão flexíveis a distribuir as tarefas e as responsabilidades de tomar conta dos filhos - "um sistema de desenrasca", chamava-lhe um dos pais - que muitas fronteiras ficavam pouco claras, contribuindo para aumentar a ansiedade.
    Os casais que registaram menos stress eram os que tinham divisões de tarefas mais rígidas, independentemente da equidade. "Ela faz o trabalho do interior e eu faço todo o do exterior, e não interferimos" no do outro, disse um dos maridos. Os vídeos revelam as várias facetas dos pais: professores-em-casa, impondo prazos para os trabalhos de casa; treinadores desportivos, fazendo a triagem de pilhas de equipamento; e directores de campos de férias, planeando programas e "tempo de família" aos fins-de-semana. Além da lide doméstica, as mães passavam 19% do tempo a falarem com familiares ao telefone e 11% a fazerem pequenas pausas para recuperarem o fôlego, que o estudo classificou como de "lazer". Os números relativos aos pais eram 20% de conversas e 23% de descanso (também, neste caso, muito fragmentado).
    Ainda assim, os progenitores tinham grandes períodos de tempo a solo com os filhos: em média, um total de 34% para as mães e 25% para os pais.
    Metade dos pais abrangidos pelo estudo passavam tanto ou mais tempo do que a mulher a solo com pelo menos um filho quando estavam em casa, e era mais provável estarem ocupados com alguma actividade como brincar no jardim, revelou o estudo. No caso das mães, eram mais provável estarem a ver televisão com um filho.
    De vez em quando, as equipas de filmagem captaram cenas de membros das famílias a cuspirem para um pequeno tubo de ensaio. Também fazia parte do estudo: os investigadores mediam os níveis, na saliva, de uma hormona do stress chamada cortisol, quatro vezes por dia.
    Esses perfis de cortisol forneceram uma base biológica para a frustração de muitos casamentos. Quanto mais as mulheres interagiam com os maridos ao serão e conversavam sobre o dia de cada um, mais depressa lhes baixava o nível de cortisol. Mas os níveis dos homens que falavam com as mulheres desciam mais lentamente (solução da geração anterior: "hora do drink").
    No interior das casas, os investigadores encontraram quartos atulhados com brinquedos, DVD, vídeos, livros, máquinas para exercício; frigoríficos quase a desaparecerem sob um manto de ímanes; e outros pormenores. A quantidade de tralha a tapar a porta do frigorífico era um bom indicador da que se poderia encontrar pela casa fora.
    Fora das casas, os jardins estavam desimpedidos e verdes - mas "nunca ninguém lá estava", diz Jeanne Arnold, arqueóloga da UCLA que participou no estudo. Uma família tinha um jardim com 1 500 m2, com piscina equipada com trampolim, e nem as crianças o usaram durante o período do estudo.
    Isso, claro, implicaria ter de sair da casa, o que nem sempre é tão simples como possa parecer.
    Junto da porta, depois de ter encontrado o seu casaco, o rapaz de 8 anos do vídeo referido arrasta-se até à porta e exige que alguém lhe ate os atacadores.
    A mãe vem juntar-se ao pai a olhar para baixo, para o petiz, de mãos nas ancas, atirando-lhe o mesmo olhar de olho aberto do marido. Parece terem decorrido horas enquanto a criança lutou com os atacadores, as mangas do casaco e a sua disposição. Finalmente, o pai cede, ajoelhando-se para ajudar o filho.
    E então, sem mais, graças a uma combinação de teimosia, paciência e amor incondicional, a tempestade passou. A roupa está vestida, a porta é aberta, e pai e filho saem para o mundo lá fora.

    Exclusivo i/The New York Times
    Fonte:
    http://www.ionline.pt/conteudo/61430-inedito-um-big-brother-com-trinta-familias-e-montes-filhos-aos-berros#enviar
  7.  # 8

    Aqueles que se encaixam nos 30-40 anos correm o risco de não conseguir manter a qualidade de vida que os pais lhes proporcionaram...
  8.  # 9

    Colocado por: Parreira
    Facílima resposta... era aquela "classe" onde se enquadravam, á cerca de 20 anos atrás, a maior parte dos contribuintes. Actualmente são cada vez mais e mais os pobres, e os muito pobres.

    Perguntando-me quais são, actualmente? na minha modesta opinião, tendo dinheiro para comer e fazer face ás despesas, e tendo algum patrimonio, já se poderá considerar um priveligiado, portanto, não fazendo parte dos pobres ou muito pobres. Por exclusão partes, será esta a classe média.



    São os tais que ganham 700?


    Colocado por: Johny2 Alguns sinais que podem ajudar:
    - Bons carros comprados em ALD com a entrada mínima ou mesmo em renting
    - Férias em tudo incluído, a prestações.
    - Telemóveis XPTO
    - Colégio da moda para os filhos
    - Cotas e bilhetes p/ clube de futebol
    - Muitos almoços e jantares em restaurantes
    - TV LCD, TV cabo (3D?) + NET 100MB + Playstation
    - Netbook (só para ter)
    - Etc.

    Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...


    Estes são os que ganham 2000?
  9.  # 10

    Colocado por: Johny2 Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...


    Não, tem razão, quando disse „não estou a criticar” , não vamos criticar. Até porque, e se eu dissesse que até pode ser uma opção perfeitamente racional recorrer ao crédito em vez de gastar do seu?
    Guarda as poupanças, usa o crédito para o carro, o electrodoméstico.
    Seria totalmente errado eu dizer isto?


    Colocado por: Johny2 Aqueles que se encaixam nos 30-40 anos correm o risco de não conseguir manter a qualidade de vida que os pais lhes proporcionaram...


    Por outro lado, muitos de 30 e 40 anos, têm neste momento uma qualidade de vida que nunca antes lhe tinha sido proporcionada (pelos pais). Falo em qualidade de vida. Seria mentira eu dizer isto?
  10.  # 11

    Rendimentos ( e vs. Gastos com os filhos).
      famila pt vs. familia eua.jpg
  11.  # 12

    Colocado por: Johny2Alguns sinais que podem ajudar:
    - Bons carros comprados em ALD com a entrada mínima ou mesmo em renting
    - Férias em tudo incluído, a prestações.
    - Telemóveis XPTO
    - Colégio da moda para os filhos
    - Cotas e bilhetes p/ clube de futebol
    - Muitos almoços e jantares em restaurantes
    - TV LCD, TV cabo (3D?) + NET 100MB + Playstation
    - Netbook (só para ter)
    - Etc.

    Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...


    O que descreve é sinonimo de POBRETANAS. Não de classe média...
  12.  # 13

    Colocado por: Parreira
    Colocado por: Johny2Alguns sinais que podem ajudar:
    - Bons carros comprados em ALD com a entrada mínima ou mesmo em renting
    - Férias em tudo incluído, a prestações.
    - Telemóveis XPTO
    - Colégio da moda para os filhos
    - Cotas e bilhetes p/ clube de futebol
    - Muitos almoços e jantares em restaurantes
    - TV LCD, TV cabo (3D?) + NET 100MB + Playstation
    - Netbook (só para ter)
    - Etc.

    Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...


    O que descreve é sinonimo de POBRETANAS. Não de classe média...


    Pobretanas?? Desculpe, mas isso é fazer pouco dos verdadeiros pobres...
  13.  # 14

    Colocado por: CMartin Não, tem razão, quando disse „não estou a criticar” , não vamos criticar. Até porque, e se eu dissesse que até pode ser uma opção perfeitamente racional recorrer ao crédito em vez de gastar do seu? Guarda as poupanças, usa o crédito para o carro, o electrodoméstico. Seria totalmente errado eu dizer isto?


    Depende de vários factores, mas esquecendo questões de utilidade e conforto p.ex, se o rendimento das poupanças é superior ao custo do crédito, a escolha é vantajosa.

    Por outro lado, muitos de 30 e 40 anos, têm neste momento uma qualidade de vida que nunca antes lhe tinha sido proporcionada (pelos pais). Falo em qualidade de vida. Seria mentira eu dizer isto?


    De forma geral, sim. Por outro lado, como tem sido sobejamente recordado ultimamente, parte dessa qualidade de vida, medida em consumo, não tem correspondência com riqueza criada - foi conseguida à custa de crédito, que tem que ser pago. E como o crédito não é de graça, o pagamento da factura vem já a caminho, e traduz-se numa redução drástica do consumo.
  14.  # 15

    Já há vários anos que se observa uma tendência (para quem quis observar): Os ordenado de gama média têm estado a desaparecer e como ordenado de gama média, considero ordenados entre os 1000 e 1800€, dividindo-se actualmente os ordenados em 2 grandes grupos: Abaixo de 1000 (a maioria) e acima de 2000 (poucos), pelo que a questão é sempre relativa.

    Se aqui há uns anos considerávamos de classe média quem ganhasse na casa dos 1500€, hoje já se começa a considerar classe média quem ganha nos 1200 e dentro de 3 anos, será classe média quem ganhar 1000€.

    É como as americanas. Há 30 anos, eram consideradas gordas, as que tivessem 15kilos acima do peso, hoje é considerada uma mulher normal. É relativo.

    Bem o mal, a verdadeira classe média, está a desaparecer, entendendo eu como classe média, quem tem rendimentos que lhe permitam pagar alguns luxos (férias por exemplo).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: aquapego
  15.  # 16

    A classe média em Portugal, na minha opinião, está em vias de extinção. Vai passar a haver só 2 classes os pobres e os muito ricos. Infelizmente os que ainda estão, ou pensão que estão na classe média, pelo andar da carruagem, vão descer de categoria. Isto é o que penso mas não o que desejo que aconteça.
  16.  # 17

    Boas

    Confesso que não entendo muito bem os parâmetros que balizam as divisões de classe, mas parece-me difícil que uma família com um rendimento mensal de 700 € possa ser considerada de classe média, da mesma forma que me parece curto o limite máximo indicado 2000 €/mês. Por mim considero de classe média uma família com um rendimento suficiente para prover todas as necessidades - casa, carro, saúde, educação dos filhos, despesas domésticas, etc. Acho também que não é possível dissociar a qualidade de vida do rendimento auferido: não é possível qualidade de vida sem rendimento suficiente, embora seja possível ter o rendimento e não ter qualidade de vida - quanto mais não seja por opção própria. Por outro lado o próprio conceito de qualidade de vida é muito relativo: para alguns férias duas vezes por ano nalgum resort tropical ou numa Serra Nevada qualquer é uma condição essencial ainda que para isso tenham de abdicar por exemplo de comprar livros, ir ao teatro ou outro espectáculo, ir a um bom restaurante, etc.. Para outros qualidade de vida é ter uma casa que possam mostras nalguma revista cor de rosa e um ou mais carros de encher o olho ao transeunte.
    mas isto, claro, é apenas uma opinião de quem nunca entendeu muito bem essa questão, pelo que aguardo com curiosidade o desenvolvimento deste tópico.

    No artigo do The New York Times há vários aspectos que me saltam à vista, ficam estes:

    - " O rapaz perde a cabeça. "Está sempre a armar-se em mandão!", grita ele, virando-se para se atirar para cima do sofá."
    - " Os pais eram geralmente tão flexíveis a distribuir as tarefas e as responsabilidades de tomar conta dos filhos - "um sistema de desenrasca", chamava-lhe um dos pais - que muitas fronteiras ficavam pouco claras"
    - " Além da lide doméstica, as mães passavam 19% do tempo a falarem com familiares ao telefone"
    - " No interior das casas, os investigadores encontraram quartos atulhados com brinquedos, DVD, vídeos, livros, máquinas para exercício"
    - " Fora das casas, os jardins estavam desimpedidos e verdes - mas "nunca ninguém lá estava"
    - " Junto da porta, depois de ter encontrado o seu casaco, o rapaz de 8 anos do vídeo referido arrasta-se até à porta e exige que alguém lhe ate os atacadores."

    cumps
    José Cardoso
  17.  # 18

    A uns 20 anos, visualizei uma sátira humorística extremamente mordaz. Um dos personagens (governante) dizia ao outro: - Meu caro tenho um plano infalível para ver só pessoas ricas neste país! Imediatamente o interlocutor afirma: - Sabíamos que estávamos certos em escolhe-lo. Diga qual é o plano meu presidente?

    Resposta: -Vamos matar a fome ou correr com tudo quanto é pobre que viva neste País.

    Interpretando a sátira ao pé da letra e ao mesmo tempo sentindo a hecatombe de malabarismos maquiavélicos dos sectores monetários, financeiros, governamentais etc e tal, não consigo tirar da cabeça uma acção totalmente reprovável para o meu carácter.

    Da vontade de fugir! Não como rato mas como sobrevivente.

    Giba classe pobre.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: aquapego
  18.  # 19

    Colocado por: Johny2
    Colocado por: Parreira
    Colocado por: Johny2Alguns sinais que podem ajudar:
    - Bons carros comprados em ALD com a entrada mínima ou mesmo em renting
    - Férias em tudo incluído, a prestações.
    - Telemóveis XPTO
    - Colégio da moda para os filhos
    - Cotas e bilhetes p/ clube de futebol
    - Muitos almoços e jantares em restaurantes
    - TV LCD, TV cabo (3D?) + NET 100MB + Playstation
    - Netbook (só para ter)
    - Etc.

    Atenção. Não estou a criticar. Apenas lembro que há muita gente assim...


    O que descreve é sinonimo de POBRETANAS. Não de classe média...


    Pobretanas?? Desculpe, mas isso é fazer pouco dos verdadeiros pobres...


    Vc não entendeu a minha metáfora: esses que referi serem os pobretanas, são aqueles que não tendo NADA, mostram o que não tem, e vao vivendo á custa do credito, e do ""empurrar" custos para mais tarde pagar!
  19.  # 20

    No pós 25 de Abril veio uma delegação alemã a Portugal para perceber o que os revolucionários queriam. Vai dai perguntaram à malta que estava no poder (esquerda) o que pretendiam fazer. Resposta:
    - pretendemos uma sociedade sem classes em que todos sejam iguais
    - e como pretendem alcançar isso?
    - Simples: acabamos com os ricos

    Sabe, retorquiu o alemão, nós pretendemos exactamente o mesmo, mas preferimos outro método.
    - Qual?, perguntaram os revolucionários
    - Preferimos acabar com os pobres.

    Sabemos quem ganhou, cá e lá
    Estas pessoas agradeceram este comentário: aquapego
 
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