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  1.  # 61

    Eu com 12 ou 13 também já me armava em tratorista! O meu pai não estava por perto para deixar ou não, mas tal como o Hall hoje percebo que não tivesse sido a mão de Deus e as consequências nem quero pensar. Não deixarei o meu filho com 10 anos conduzir sozinho o trator, isso é certo. Não o critico e acompanho-o no sentimento de demasiada proteção ser disparate, mas há riscos que prefiro que corra mais tarde.
    Concordam com este comentário: NTORION, HAL_9000, DonaRute
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      NTORION
    • 11 novembro 2020 editado

     # 62

    Colocado por: Anonimo12122020A vida é dura se formos criados cheios de proteções e mimos quando a vida pregar a primeira rasteira é o fim do mundo.
    Claro que ele anda com a maquina em terrenos bons e só anda com os tratores de 35 CV no de 70 ele não pega, ele as vezes pede mas com esse não deixo


    Apesar de concordar e incutir isso ao meu, é preciso reconhecer que tratores é preciso muito muito cuidado, até pq n vá ele um dia decidir pegar nisso sozinho.
    Lembro-me que uma vez, não sei bem q idade tinha, tlv uns 12, levava os meus avós no reboque e numa subida íngreme falhei a redução da mudança, e o trator em vez de subir desceu, o q vale é q a estrada era tão estreita que entre o travar e não travar o reboque encostou logo ao valado... Outra vez andava a fazer n sei o que aos círculos com o trator, a direção apanhou uma leva e perdi o volante, fui direito a umas silvas/vedação que empararam a coisa... De mota, de barco... Uiii, acho q já gastei 4 ou 5 vidas. Mas supostamente naquela geração foi assim com todos.

    A vantagem de saber conduzir o trator, é que mais tarde nos trabalhos de verão na vindima/fruta, eu era o tratorista e os outros lombavam com a carga.
    Concordam com este comentário: Casa da Horta
  2.  # 63

    Eu não me importava nada de lombar com a carga só para "chegar o trator à frente"! Que prazer ouvir esta frase do meu pai, lembro-me tão bem. Adorava ir à azeitona e andava o dia todo entusiasmado com aqueles minutos finais onde alombava com as sacas mas podia "chegar o trator à frente"! Queria tanto que os meus filhos vivessem estas emoções... mas compreendo que é outro mundo. Um marco na minha infância foi a primeira bicicleta. A minha mais velha parece que me fez um favor em aceitá-la!
    Concordam com este comentário: zzonib
  3.  # 64

    Colocado por: Casa da Hortachegar o trator à frente

    Era assim q se começava ahah

    Ia para a estrada em frente à casa com o carro da minha mãe, mas qd ia para entrar no portão nunca sabia se passava (nem via a frente do carro), então saia do carro para ver se passava, e passava sempre. Ora como passava sempre, às tantas deixei de ir ver, ora fiquei com o farol no portão, toma lá...

    Então e as longas tardes passadas com os amigos nos campos de pressão de ar?
    E as caças às rãs?
    E conhecer todos os ninhos num raio de 500m de casa? E ir acompanhando a evolução dos passaroco?
    E assaltar os quintais dos velhotes para comer a melhor fruta?
    E um dos meus primeiros negócios de Verão, apanhar caracóis para vender a 200escudos/kg, e o homem do café q fez tal negócio q tive de arranjar ajudantes para apanhar caracóis comigo!?
    Concordam com este comentário: Casa da Horta, nunos7, Vítor Magalhães
  4.  # 65

    Colocado por: NTORION
    Era assim q se começava ahah

    Ia para a estrada em frente à casa com o carro da minha mãe, mas qd ia para entrar no portão nunca sabia se passava (nem via a frente do carro), então saia do carro para ver se passava, e passava sempre. Ora como passava sempre, às tantas deixei de ir ver, ora fiquei com o farol no portão, toma lá...

    Então e as longas tardes passadas com os amigos nos campos de pressão de ar?
    E as caças às rãs?
    E conhecer todos os ninhos num raio de 500m de casa? E ir acompanhando a evolução dos passaroco?
    Crescer na aldeia na nossa geração foi de uma riqueza que só mesmos nós compreendemos. Agora, mesmo nas aldeias, já anda tudo agarrado ao smartphone.
    E assaltar os quintais dos velhotes para comer a melhor fruta?
    E um dos meus primeiros negócios de Verão, apanhar caracóis para vender a 200escudos/kg, e o homem do café q fez tal negócio q tive de arranjar ajudantes para apanhar caracóis comigo!?
    Concordam com este comentário:Anonimo12122020

    A famosa escopeta (pressão de ar) também faz parte da minha infância. Quando vim para Lisboa trabalhar um dos primeiros ordenados foi para quê? comprar uma e fazer roer de inveja os amigos da aldeia. Uma Diana de 5.5, com mira telescópica e tudo. Um sonho.
    Cerejas, tanta corrida dei à frente do dono da cerejeira. Que era quase sempre o mesmo!
    As corridas com pneus, os peões com ferrão de boi, berlindes, campeonatos do mundo de futebol de caricas, tratores de cortiça...
    Concordam com este comentário: rjmpires
  5.  # 66

    Tbm tive uma Diana, as molas das vizinhas não duravam muito tempo 😂
    Concordam com este comentário: nunos7
  6.  # 67

    Colocado por: Casa da HortaAs corridas com pneus, os peões com ferrão de boi, berlindes, campeonatos do mundo de futebol de caricas, tratores de cortiça...


    E os carrinhos de rolamentos? que tanta pele fizeram deixar no asfalto, aiiiiiiiiiiiiiiiiii.


    Colocado por: Anonimo12122020aí da lá tenho a minha 4.5 está pintadinha e envernizada


    Tb há por lá uma Diana 4.5, porra que era pesada.... mas a minha de tanto uso foi a própria mola que perdeu a força... entretanto há uns bons anos comprei uma substituta.
    Concordam com este comentário: Casa da Horta
  7.  # 68

    Tanta nostalgia boa neste tópico. Foi tão bom ter tido a infância que tive, apesar de não ter transporte para ir à festa da aldeia vizinha ver se sacava uma dança à giraça do sítio, não ter dinheiro para andar nos carrinhos de choque (durante anos e anos sempre que me perguntavam o que queria ser era arrumador de carrinhos de choque - porque tinham aquela ficha mágica e podiam andar o dia todo), ter direito a um corneto por verão a dividir com o meu irmão e comido em 2 dias...
    Mas tudo fez parte do crescimento. Hoje acho que os meus filhos têm tudo demasiado fácil mas não vejo como os criar fora do contexto atual.
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  8.  # 69

    Colocado por: Casa da Hortaarrumador de carrinhos de choque

    A melhor coisa que li hoje 😂😂😂😂
  9.  # 70

    Eu e os vizinhos, colocava-mos duas pedras a fazer de baliza na estrada, os carros tinham q parar para nós tirar-mos as balizas para poderem passar :-D
    Às 2h da manhã ou 3h ao fim de semana levantar para ir armar costelos com os bichos q tinha apanhado durante a semana no milho. Alguém se lembra onde se guardava os bichos qdo um se esquecia de levar um frasco?
    Depois era a tarde toda de domingo e depenar os pardalitos.

    Cheguei a ficar pendurado num pinheiro, para ir ver o ninho de um milhafre.
    De uma só vez criei 14 ou 15 melros, qdo entrava dentro da gaiola, eles voavam todos para cima de nós para ver quem era o primeiro a comer, o pessoal ali de perto já todo me tinha pedido um macho... depois de os criar, qdo fomos a ver, eram só 2 machos, q desilusão.
    Apanhar as minhocas para dar aos melros.
    Criar rolas bravas à mão... aquilo tinha-mos q lhe dar comer com a nossa boca :-D
    Ir apanhar peixe na vala para dar a um guarda-rios, ou então fazer o batuque da vala para apanhar os peixes para se fazer uma caldeirada...

    Tivemos sorte nunca fomos apanhados pelos guardas... falavam q os castigos era depois irmos nós cuidar das valas :-D
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  10.  # 71

    A Guida gostava de grilos.
    Tirá-los da toca com palhinha era uma trabalheira do caraças. A técnica mais rápida era a do xixi.
    Coitada da Guida, tanto grilo mijado que levou para casa.
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  11.  # 72

    Colocado por: zedasilvaA técnica mais rápida era a do xixi.

    É verdade, já nem me lembrava disso...
  12.  # 73

    Colocado por: Anonimo12122020Eu com 10 anos já cozinhava e limpava a casa, não tive irmãos, tocou a nós os 3 e na altura não gostava, hoje em dia percebo os meus pais e não me arrependo de como fui criado.
    Eu também fazia isso tudo cuidava da minha irmã com 1 ano sempre que não estava na escola, mudar fraldas ( das de pano) e essa treta toda. E sim isso da carácter, responsabilidade e acima de todo forma pessoas desenrascadas não vida. Daí eu dizer que concordava consigo, apenas o trator e a retro me deixam reservas por serem máquinas pesadas em que o acidente pode ocorrer. Claro que se o rapaz estiver sempre sob supervisão, é uma manei tá de ele ir aprendendo
  13.  # 74

    Colocado por: DR1982Nao se pode ter tudo, mas acho que vou sempre pensar no outro terreno mais próximo de tudo :)
    Esqueça, mil vezes o seu terreno. Esse espaço exterior é algo que lhe dará uma qualidade de vida que não tem preço. Olhe o seu filho a andar no trator no loteamento
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  14.  # 75

    Colocado por: HAL_9000Esqueça, mil vezes o seu terreno. Esse espaço exterior é algo que lhe dará uma qualidade de vida que não tem preço. Olhe o seu filho a andar no trator no loteamento
    Ambos têm vantagens e desvantagens, a vantagem do outro era que a miuda podia ir para a escola a pé, assim ou a temos de levar ou vai de autocarro!
    Mas dim o espaço exterior que terei compensa a coisa, 1500m2 ou mais(vamos ver) dao para tudo e mais alguma coisa
  15.  # 76

    O DR tem uma menina e a vida na Suíça está a fazê-lo perder as histórias de infância dela. Penso muitas vezes em si DR e sempre com alguma pena porque tecnologia alguma compensará os pequenos acontecimentos que não está a viver com a sua filha. Todos os dias têm acontecimentos que marcam, que ficam. Hoje por exemplo, a caminho do Continente a minha foi o tempo todo a contar coisas da escola. Não ouvi tudo mas estava lá. No regresso, o mais novo começa a chorar atrapalhado porque tinha tirado um macaco do nariz e não sabia o que lhe fazer. A mãe ao telefone com a irmã nem se apercebeu, e fui eu que a olhar para a frente estiquei o braço para lho tirar do dedo. Mais uma vez estava lá para ele. Entende DR, são estes nadas que se perdem com a distância. E falo com esta "amargura" do seu caso porque também os meus pais foram para a França quando tinha 6 anos e só hoje compreendo a verdadeira consequência. A diferença é que na altura não tiveram alternativa.
    Espero que não se ofenda com este meu comentário. Acredite que vem mais de carinho que de outra coisa qualquer.
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  16.  # 77

    Colocado por: Casa da HortaO DR tem uma menina e a vida na Suíça está a fazê-lo perder as histórias de infância dela. Penso muitas vezes em si DR e sempre com alguma pena porque tecnologia alguma compensará os pequenos acontecimentos que não está a viver com a sua filha. Todos os dias têm acontecimentos que marcam, que ficam. Hoje por exemplo, a caminho do Continente a minha foi o tempo todo a contar coisas da escola. Não ouvi tudo mas estava lá. No regresso, o mais novo começa a chorar atrapalhado porque tinha tirado um macaco do nariz e não sabia o que lhe fazer. A mãe ao telefone com a irmã nem se apercebeu, e fui eu que a olhar para a frente estiquei o braço para lho tirar do dedo. Mais uma vez estava lá para ele. Entende DR, são estes nadas que se perdem com a distância. E falo com esta "amargura" do seu caso porque também os meus pais foram para a França quando tinha 6 anos e só hoje compreendo a verdadeira consequência. A diferença é que na altura não tiveram alternativa.
    Espero que não se ofenda com este meu comentário. Acredite que vem mais de carinho que de outra coisa qualquer.
    É verdade que são momentos que se perdem e não voltam... nao perco tudo porque ela passa muito tempo ca tambem, nao passa mais pela situação que estamos a atravessar senao estava ca sempre!
    E eu tambem vou muitos fim de semana a Portugal, nao é a mesma coisa Mas ja faz com que custe menos
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  17.  # 78

    Vou viver (estou a construir) na periferia de uma pequena cidade (que mais parece vila). Estarei a 3/4 km de tudo o que preciso, inclusive o trabalho. Rodeado de campo e floresta, acho que tenho tudo para ser feliz. Só o simples facto de ir à obra e me sentir bem no local em questão e às vezes ficar a apreciar o que me rodeia, acho que diz muito do local.
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  18.  # 79

    Outra coisa boa do meu tempo eram os discos pedidos. Uma vila perto da minha aldeia tinha uma rádio e a gente escrevia para lá a fazer o pedido e dedicatória. Andava embeiçado por uma rapariga e dedicar uma música na rádio tinha um impacto do caraças. O rapaz mais fixe lá da aldeia, normalmente mais velho, o nosso ídolo, como quem gostávamos de ser, ouvia heavy metal e então eu ia pedir à rádio a condizer para fazer boa figura (apesar de gostar mesmo era de Diapasão e Bandalusa). Escrevi a carta a pedir Seventh son of a seventh son dos Iron Maiden e fiz questão de avisar a "amada" que ía ter uma surpresa, para estar atenta. Azar do caraças a rádio ou não percebeu ou não tinha e passou uma música daquelas de beneficência, de angariar fundos para uma boa causa qualquer, uma balelazita meia triste que não terá ajudado nada na conquista. Não sei se foi da música mas a rapariga nunca quis nada comigo.

    A musiqueta que passaram foi A song for Nandim.
  19.  # 80

    Vivo numa aldeia no litoral, perto de Viana, sempre vivi na aldeia, pouco tempo na cidade. Posso ter sido eu que não me adaptei à cidade, mas não troco a minha casa na aldeia. Tenho de pegar no carro todos os dias às 4h da matina para ir trabalhar, tenho de ter 2 carros em casa um para mim outro para a maria, tenho de me deslocar para ter acesso a alguns serviços, entre outras coisa, sim tenho estas "condicionantes todas" mas sou feliz, pré-pandemia podia ir jogar cartas, beber uns copos com amigos num café com pouco movimento, faço o meu quintal, vejo o meu pequeno de 15 meses brincar no meio da terra sujar- se todo, vejo a alegria estampada no rosto dele, tenho um anexo com cerca de 40mt2 onde estou a fazer a minha oficina e onde faço as minhas bricolages ainda por cima com vista para o Rio Neiva onde no verão vou sempre que posso nem que seja só dar um mergulho. Sou feliz na aldeia e acho que por estes e muitos outros não trocaria pela cidade. Mas tudo depende da situação de vida.


    Cumps
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