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    • ssct
    • 1 outubro 2021

     # 1

    Boa tarde a todos!

    A questão é a seguinte: O meu pai tinha um CPCV agendado de uma parte de uma casa que tinha recebido de herança do meu avô. Esta casa tem vários vendedores pois são vários herdeiros que têm uma parte da casa.
    Nove dias antes da data da escritura o meu pai foi atropelado numa passadeira e faleceu.
    A advogada que estava a tratar do procedimento da venda da casa referente ao meu pai e a outro casal de herdeiros entrou logo em contacto com a minha mãe e comigo que não podíamos deixar passar o dia da escritura pois teríamos de devolver em dobro o sinal que o meu pai havia recebido anteriormente.
    A minha questão prende-se em duas vertentes:

    - A veracidade da alegação da advogada quando disse que não podíamos adiar a escritura caso contrario teríamos de pagar o sinal em dobro. A pessoa em questão faleceu. Eu sei que os herdeiros são obrigados a cumprir o CPCV mas em caso de falecimento e tendo em conta os procedimentos burocráticos todos associados ao seu falecimento ainda por cima tão em cima da data da escritura como é que a responsabilidade pode ser imputada aos herdeiros, no sentido de terem de pagar a caução em dobro?
    Não tenho controle sobre os processos burocráticos e o tempo que demoram.

    - A segunda questão: Quando fui contactada pela advogada rapidamente perguntei pelos valores que o meu pai tinha acordado com ela em relação aos serviços que ela lhe estava a facultar referentes á venda da casa (que sinceramente nem sei exatamente quais são, tirando agora uma habilitação de herdeiros devido ao falecimento dele) ao qual ela me disse que não tinham combinado nada.
    Perguntei se tinham feito um contrato de serviços: nada!
    Perguntei então se ela tinha valores tabelados: nada!

    Disse-me que só no fim é que veria o valor a ser pago.

    Conhecendo o meu pai como conheço isto parece-me altamente surreal e suspeito. O meu pai era uma pessoa muito agarrada ao dinheiro e nunca na vida eu o estava a ver fazer um acordo com um advogado sob as bases de 'depois no fim diz quanto é e eu pago'.

    Depois de uma segunda insistência disse á sra que nos tínhamos de programar a nossa vida e que não podíamos ter serviços com valores indefinidos assim, ao qual, com muita relutância ela lá nos disse que o valor dependia de varias coisas mas que não deveria ultrapassar os 4300€!!!

    Eu fiquei petrificada! 4300€?! Sendo que o meu pai é um dos vendedores referentes á casa.. que valores são estes?

    Isto é mesmo assim? Somos obrigados a pagar valores que a advogada diz unilateralmente sem ter sido acordado nada previamente?

    A vossa ajuda por favor.
    Isto parece-me tão surreal e já nem sei o que pensar numa altura destas!
    Obrigada pela ajuda
    • imo
    • 1 outubro 2021 editado

     # 2

    Percebo bem o que diz.

    É habitual no meio os srs advogados não acordarem honorários com os clientes, com o argumento de que não sabem como o processo vai correr e o tempo que vão dedicar-lhe.

    Sugiro que peça à advogada para lhe propor um preço hora.

    Mas não sei se ainda vai a tempo.

    Edit: Relativamente à questão do CPCV, as obrigações contratuais transmitem-se aos herdeiros mas é de esperar que possa haver dilação do prazo para outorga da escritura. Aguarde por mais opiniões.

    Boa sorte
    • ssct
    • 1 outubro 2021

     # 3

    Colocado por: imoPercebo bem o que diz.

    É habitual no meio os srs advogados não acordarem honorários com os clientes, com o argumento de que não sabem como o processo vai correr e o tempo que vão dedicar-lhe.

    Sugiro que peça à advogada para lhe propor um preço hora.

    Mas não sei se ainda vai a tempo.

    Boa sorte



    Percebo que possa ser comum mas, no entanto, não acredito que o meu pai tenha aceite esse tipo de regime uma vez que era pessoa para meter o Condomínio em tribunal por terem cobrado 2€ a mais. Era esse tipo de pessoa que o meu pai era. Muito agarrado ao dinheiro. não o consigo a imaginar a aceitar qualquer valor que o advogado lhe comunicasse no fim.

    E que margem de manobra é que nós, família, temos em relação aos honorários e pagamento do advogado se nunca foi acordado nada?
    Eu assumo que se não foi acordado nada é porque ainda falta acordar e não pode ser decidido unilateralmente sem acordo de ambas as partes certo?

    Obrigada
    • imo
    • 1 outubro 2021

     # 4

    Colocado por: ssctEra esse tipo de pessoa que o meu pai era

    Pois, esse aspeto pode ter jogado contra ele

    Colocado por: ssctE que margem de manobra é que nós, família, temos em relação aos honorários e pagamento do advogado se nunca foi acordado nada?

    Terá naturalmente que por a questão à advogada. Na pior das hipóteses, acertar contas pelo trabalho realizado (não deverá ser muito) e partir para outra (ou outro)

    Boa sorte
    • ssct
    • 1 outubro 2021

     # 5

    Colocado por: imo
    Pois, esse aspeto pode ter jogado contra ele



    Este facto era só uma das coisas que me fazem desconfiar do que a advogada alega, de que não foi combinado nada em termos de valores pelo serviço. O meu pai nunca iria deixar estas coisas sem estarem bem definidas quanto iria pagar. Ele era pessoa para não aceitar serviços sem comparar orçamentos em tudo e qualquer coisa. Nunca ele iria aceitar estes termos de serviço, muito menos em coisas de valor. Nunca ele iria aceitar 4300€ por mediar uma venda e tratar de uns papeis.
    • eu
    • 1 outubro 2021

     # 6

    Se não há contrato com a advogada, como é que ela pretende cobrar a dívida?

    Essa advogada parece ser uma aldrabona, fuja dela a sete pés.

    E não lhe pague nada.
    Concordam com este comentário: RicardoPorto, Pobretanas90
  1.  # 7

    Antes de mais os meus sentimentos.
    Sobre a questão do CPCV fazendo uma pesquisa na net penso que direitos/deveres se transmitem

    https://trabalhador.pt/contrato-de-promessa-de-compra-e-venda-regras-e-minuta/#O_que_acontece_em_caso_de_morte

    Contudo acho que é um assunto sério demais para se estar a dar uma opinião em virtude de pesquisas na net. O ideal é mesmo contactar um advogado e ver a questão do CPCV e dos honorários exigidos.
  2.  # 8

    Se calhar vai pagar a outro advogado, para dizer que o colega provavelmente está a cobrar muito de honorários.
  3.  # 9

    Não havendo provas de qualquer vinculo eu não pagava nada
    Concordam com este comentário: eu
  4.  # 10

    Mas porque não pergunta aos restantes co-proprietários, sobre o processo que a advogada está a tratar em conjunto?
  5.  # 11

    Honorários tão altos!

    A minha levou 2 mil por uma escritura, que teve vários registos e complicações associados. E já achei muito.

    O imóvel é assim tão valioso?
    Ou o assunto é assim tão complicado?
    • eu
    • 3 outubro 2021

     # 12

    Colocado por: Alexandre SilvaHonorários tão altos!

    Chama-se "atirar o barro à parede".

    Se me fizessem uma coisa dessas eu não pagava um cêntimo antes de ver o contrato de prestação de serviços assinado com o meu Pai.

    Para aldrabões, temos que ser piores que eles.
  6.  # 13

    Contrato de prestação de serviços com advogado? Já tratei de alguns assuntos com advogados e nunca fiz contrato de prestação de serviços.
    • eu
    • 4 outubro 2021 editado

     # 14

    Não estabeleceram o custo?

    O advogado cobrou o que queria?
    • ssct
    • 4 outubro 2021

     # 15

    Colocado por: VarejoteMas porque não pergunta aos restantes co-proprietários, sobre o processo que a advogada está a tratar em conjunto?


    Esta advogada representa a parte do meu pai e de outro irmão (os descendentes dele) e pelo que eu percebi este advogado surgiu porque era amigo/conhecido dos descendentes do outro irmão que o advogado também representa.
    Eles são amigos. Não sei até que ponto iriam ser honestos ou não.
    • ssct
    • 4 outubro 2021

     # 16

    Colocado por: Alexandre SilvaHonorários tão altos!

    A minha levou 2 mil por uma escritura, que teve vários registos e complicações associados. E já achei muito.

    O imóvel é assim tão valioso?
    Ou o assunto é assim tão complicado?


    Eu também achei extremamente elevado e as pessoas com quem tenho falado que já passarem por situações semelhantes também têm todos essa opinião. O imóvel esta a ser vendido por 350k sendo que a parte referente á parte do meu pai são uns 80k.
    • ssct
    • 4 outubro 2021

     # 17

    Colocado por: euNão estabeleceram o custo?

    O advogado cobrou o que queria?


    Eu não sei o que acordaram.
    Foi o meu pai que falou com a advogada e ninguém sabe o que foi acordado nem a minha mãe.

    Quando o meu pai faleceu e esta advogada me contactou por causa desta escritura perguntei-lhe o que tinha sido acordado e ela disse que nao tinha sido nada acordado. Perguntei se havia contrato ou se ela tinha tabela de honorários e ela disse que nem um nem outro.

    O meu pai era uma pessoa extremamente agarrada ao dinheiro. As despesas lá em casa eram divididas milimetricamente com a minha mãe e nem mais 1€ ele dava. Pelo que a minha primeira reação quando a advogada me disse que não tinham sido acordados honorários nem valores foi logo de suspeita.

    O meu pai nunca na vida se ia meter numa situação de se meter num serviço sem valores falados e bem falados de antemão. E era pessoa de ir procurar 1001 orçamentos para comparar e só ai decidir o mais económico.

    A advogada desde o primeiro dia que se mostra com muita pressa para finalizar a escritura.
    Quando ela soube que o meu pai tinha tido o acidente e se encontrava no hospital a primeira atitude dela foi perguntar a minha mãe se ele estava consciente para se poder fazer uma procuração para se tratar da escritura.

    A a primeira vez que falei com ela ao telefone em que ela me ligou sempre com o intuito de tratar das coisas necessárias á escritura devido ao acidente do meu pai eu pedi-lhe desculpa mas que a prioridade para nós naquele momento não era escritura nenhuma (nessa altura o meu pai ainda não tinha falecido e ainda estava no hospital) ao qual ela retorquiu logo que se não finalizássemos a escritura que a minha mãe teria de devolver 20k e que era impossível adiar, senão teríamos de pagar 20k.

    No dia da escritura depois houve um problema com uma procuração de outro herdeiro e não foi possível fazer naquele dia tendo sido adiada. O que só me leva a concluir que afinal sempre dava para ter sido adiada e a advogada não teve a melhor das intenções.
    • eu
    • 4 outubro 2021

     # 18

    A minha pergunta não era para si, era para o Varejote.

    No seu caso, parece-me evidente que essa advogada não está de boa fé...
    • ssct
    • 4 outubro 2021

     # 19

    Colocado por: euA minha pergunta não era para si, era para o Varejote.

    No seu caso, parece-me evidente que essa advogada não está de boa fé...


    Pois eu ando desconfiada que ela se poderá estar a aproveitar da situação sim para tirar mais qualquer coisa e que está com pressa de receber não vá nós ainda descobrirmos algum papel ou documento que contrarie a sua versão de 'não combinamos honorários nenhuns'.
    Concordam com este comentário: eu
  7.  # 20

    Colocado por: euNão estabeleceram o custo?

    O advogado cobrou o que queria?


    Estabelecemos uma previsão de custo, praticamente de "boca", depois no final do processo emitiu a fatura com o valor acordado e fizemos o pagamento.

    Neste caso do tópico, tem de haver aproximadamente um valor previsto para os honorários do advogado, mesmo de "boca", porque existem mais pessoas envolvidas no processo, sem ser o falecido, os familiares envolvidos no processo deveriam saber .
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
 
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