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  1.  # 1

    A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) defende a aposta na reabilitação urbana e a readaptação das verbas do QREN para evitar que o sector perca 140 mil trabalhadores.

    O presidente da CPCI, Reis Campos, disse à Lusa que "a reabilitação urbana tem de ser definida como uma efectiva prioridade" para contrariar a crise que o sector atravessa e defendeu a readaptação das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

    "Há 15 mil milhões de euros, cerca de 30% das verbas do QREN, que podiam ser readaptadas e utilizados na dinamização do investimento público", defendeu.

    Se estas duas medidas não forem concretizadas, "o sector pode ter em risco 140 mil postos de trabalho, que acrescem aos 210 mil perdidos desde 2002", alertou Reis Campos.

    O sector da construção emprega 820 mil trabalhadores em Portugal, segundo o presidente da CPCI, que referiu que com o "corte" da quarta fase do programa de reabilitação das escolas Parque Escolar e o congelamento dos investimentos públicos, o sector da construção enfrenta uma grave crise.

    Em Outubro de 2010, a CPCI apresentou um conjunto de medidas para dinamizar o mercado da reabilitação urbana que, caso fossem postas em prática, permitiriam criar 110 mil postos de trabalho.

    Segundo a CPCI, dos 5,7 milhões de fogos existentes em Portugal, "cerca de 34 por cento, ou seja, quase dois milhões, necessitam de intervenção.

    Em Portugal, "o peso da reabilitação situa-se em torno dos 6,5% do total da produção do sector da construção e equivale a pouco mais de um sexto do que se produz em termos de habitação", de acordo com a confederação.

    No último Conselho de Ministros antes de o Governo se demitir, foram aprovados diplomas para reformar os mercados de reabilitação urbana e de arrendamento, avançando com um fundo de 1.700 milhões de euros e um conjunto de medidas que deveriam estar em prática até Junho.

    Mais de duas construtoras entraram em insolvência por dia nos últimos 15 meses, segundo cálculos da Lusa feitos a partir de dados da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS).


    in Económico
  2.  # 2

    Não é novidade. Quem está ligado ao sector da construção sabe disso há muito tempo. A dificuldade está em passar da teoria à prática. As razões são diversas:

    - falta de capacidade/vontade dos empresários da construção em adaptar-se à nova realidade;
    - falta de programas específicos que incentivem os donos de obra a efectuar as reabilitações necessárias;
    - falta de recursos por parte dos donos de obra;
    - falta de um mercado de arrendamento atractivo que possibilite alguma segurança em termos de retorno do investimento;
    - falta de conhecimento em termos de soluções viáveis e económicas para realizar reabilitações (ou seja, a própria distribuição, um sub-sector da construção, terá que se adaptar primeiro à nova realidade e fazer o trabalho de campo para dar a conhecer as diferentes soluções);
    etc.

    Resumindo, ainda há muito trabalho a fazer e é preciso criar primeiro as condições para que a reabilitação passe a ser um ramo da construção lucrativo e interessante.
    Concordam com este comentário: Mikael98
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rui1magano
  3.  # 3

    Há muitos anos que digo a quem sabe ouvir (são poucos neste país):

    - Tem que se apostar na reabilitação urbana e não pensar só no mais rentavel: construir novo massificado.
    Ainda para mais porque vivemos supostamente na sociedade de informação e com preocupações ecológicas!
    Reduzir; Reutilizar; Reciclar!
    Toca a REABILITAR! Até para beneficio dos nossos centros históricos!

    É claro que em Portugal, o mercado imobiliário (construtores, imobiliárias,...) está sobredimencionado! Quantos habitantes, familias e fogos temos?
    Todo o sector vai sofrer e emagrecer muito...
    Ao ritmo que se estava a construir, ainda vai levar muitos anos para vender e aposto: não se vai vender tudo! Alias, toneladas de prédios parados há ANOS!

    Outra questão tem a ver com o valor das coisas, nem sempre é o valor que pagamos por elas!
    Ainda há muitos casos em que há muita bolha imobiliária para rebentar!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  4.  # 4

    conheço por exemplo um loteamento com cerca de uma centena de lotes preparados para aquelas arquitecturas tipo pudim quase todas iguais com o seu beirado e telhado de 4 águas e...tem lá meia duzia construidas e dessas metade á venda ainda sem pintura.
    • eu
    • 30 maio 2011

     # 5

    Colocado por: rui moreirae a readaptação das verbas do QREN

    Tudo quer viver à custa de subsídios! Até as empresas...

    É por esta mentalidade que o País está como está...
  5.  # 6

    ...em 2001 existiam 5,36 milhões de habitações para 3,7 milhões de famílias. No entanto, este parque habitacional está degradado, possui uma
    qualidade construtiva deficiente e está parcialmente desocupado.
    .
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rui1magano
  6.  # 7

    Colocado por: rui moreira...em 2001 existiam 5,36 milhões de habitações para 3,7 milhões de famílias. No entanto, este parque habitacional está degradado, possui uma
    qualidade construtiva deficiente e está parcialmente desocupado.
    .


    Desocupado, continuam a dizer-me que os preços vão continuar a cair.
    Qualidade construtiva deficiente, foi muita a roubalheira na construção recente e o país não se preocupou em Reabilitar a antiga.

    Portanto, Muito e Mau dá MUITO MAU!
    Este é realmente o panorama que ensombrará o futuro deste sector...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ncarvalho74
  7.  # 8

    Os bancos nacionais foram os que mais subiram no último ano os ‘spreads’, as comissões e os seguros face à média da banca europeia.

    Os juros médios do crédito à habitação em Portugal registaram, no último ano, a maior subida entre os países da zona euro. A taxa anual efectiva global média (TAEG), que lhe permite medir todos os custos associados ao seu empréstimo bancário, subiu 1,31 pontos percentuais nos últimos 12 meses, mais do que o aumento de 0,88 pontos percentuais sentido na Grécia. Em Espanha e na Irlanda, países cujo sistema bancário foi igualmente afectado pela crise internacional, o agravamento foi de 0,55 e 0,43 pontos percentuais, respectivamente.

    Fonte do sector ouvida pelo Diário Económico refere que, face a Espanha, "a situação da banca portuguesa é mais grave. Os bancos espanhóis ainda conseguem financiar-se no mercado". Além disso, "existiu há uns meses uma mudança de posicionamento radical contra o crédito à habitação. Os bancos disseram mesmo ‘não queremos conceder mais crédito à habitação', o que levou a um maior racionamento da concessão", feito em larga medida pela subida dos ‘spreads'.

    Há um ano apenas três países tinham taxas de juro mais baixas do que as praticadas em Portugal - Espanha, Finlândia e Itália. No entanto a subida sentida desde Março de 2010 não resultou somente numa convergência com as taxas praticadas na zona euro. Actualmente Portugal tem a sexta TAEG média mais alta da zona euro a 15, nos 4,2%. Apenas Chipre, França, Grécia, Holanda e Eslováquia cobram juros superiores aos praticados pelos bancos nacionais. Na Irlanda, onde o Governo já injectou 70 mil milhões de euros na banca, a TAEG média no crédito à habitação é de 3,46%.

    Já em Espanha, onde analistas e agências de ‘rating' estimam em 40 a 50 mil milhões de euros as necessidades de recapitalização das ‘cajas', a TAEG média da habitação é 1,05 pontos percentuais inferior à cobrada em Portugal, nos 3,15%. Embora considere que a situação dos bancos nacionais é mais grave face aos espanhóis, a mesma fonte considera esta diferença superior a um ponto percentual "expressiva". Além disso, a concessão de crédito a taxa fixa é mais usual em Espanha o que, pela lógica, deveria significar taxas de juro mais elevadas já que englobam maior risco para o banco.


    in Económico
  8.  # 9

    A construção conta com mais de 70 mil desempregados e a carteira de encomendas no setor registou uma quebra de 18,4 por cento, de acordo com a análise de conjuntura da Federação da Construção, hoje divulgada.



    A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) afirma que "os empresários portugueses da construção são dos mais pessimistas entre os congéneres europeus", tendo o nível de confiança no setor português apresentado, até abril, uma diminuição homóloga de 10,5 por cento.



    Este valor corresponde a um novo mínimo histórico.



    A federação afirma que a queda da confiança dos empresários ficou a dever-se à "redução de 7,5 por cento das perspetivas de emprego e por uma quebra de 18,4 por cento da carteira de encomendas, em termos homólogos trimestrais".



    A queda das encomendas é mais acentuada nos segmentos residencial (32,7 por cento) e não residencial (21,7 por cento).



    No segmento da habitação, a carteira de encomendas caiu 32,7 por cento.



    "A procura privada tem vindo a reduzir-se substancialmente, com o decréscimo do rendimento disponível das famílias e com os bancos a reduzirem a concessão de crédito à habitação, assistindo-se a uma redução de cerca de 30 por cento nos créditos concedidos no primeiro trimestre de 2011, em comparação com o período homólogo", justifica a FEPICOP.



    O número de fogos licenciados em habitações novas registou, por sua vez, uma queda de 24,8 por cento no primeiro trimestre de 2011, em comparação com o período homólogo.



    Por regiões, o Algarve registou uma quebra de 66,4 por cento do número de fogos licenciados em habitações novas, o Centro de 35,1 por cento e Lisboa de 33,3 por cento.



    Já o desemprego na Construção atinge mais de 70 mil pessoas, o que corresponde a 14,6 por cento do total nacional.


    in i
  9.  # 10

    Já o desemprego na Construção atinge mais de 70 mil pessoas,
    não querem é bombar, fundo desemprego é melhor e não faz calos
  10.  # 11

    Colocado por: pdavidmarquesnão querem é bombar, fundo desemprego é melhor e não faz calos


    Caro pdavidmarques acho que, generalizando, está a cometer uma injustiça...

    Cumprimentos.
  11.  # 12

    Colocado por: rui moreira

    Caro pdavidmarques acho que, generalizando, está a cometer uma injustiça...

    Cumprimentos.
    só falo do que sei, claro não vamos por os 70.000 no mesmo saco, agora que muitos desses preferem estar na tasca isso posso afirmar, infelizmente é assim, eu só oiço é a malta dizer "temos de produzir" mas para produzir é preciso trabalhar e olhe que nos tempos que correm hoje querem tudo menos trabalhar, enfim é os efeitos da crise
  12.  # 13

    Colocado por: pdavidmarques ...claro não vamos por os 70.000 no mesmo saco...


    Concordo.
  13.  # 14

    tambem já estou um pouco cansado dessa lenga lenga de que as pessoas não querem é trabalhar, como se houvesse muito trabalho.
    Já agora tambem sei do que falo.
  14.  # 15

    O pdavidmarques não deixa de ter alguma razão. Existem muito boa gente que de facto não está nada interessada em vergar a mola, em especial no sector da construção. Contudo não deixa de ser verdade que para aqueles que continuam a querer trabalhar há hoje cada vez menos trabalho e o futuro que se avisinha não promete ser risonho
  15.  # 16

    Colocado por: marco1tambem já estou um pouco cansado dessa lenga lenga de que as pessoas não querem é trabalhar, como se houvesse muito trabalho.
    Já agora tambem sei do que falo.
    marco é do conhecimento de todos nós que em termos de emprego hoje em dia é complicado, basta vermos a taxa de desemprego, mas posso contar-lhe que tive anuncio no correio da manhã durante 3 dias e não me apareceu ninguém ou seja tudo o que ligou é pessoal brasil, romenos e por ai fora, e mesmo muito destes o que querem é apanhar alguem que lhes faça contrato e você sabe porque, porque passado 6 meses vão embora e passam a supostos "empreiteiros"
  16.  # 17

    O economista Jorge Landeiro de Vaz avisa que existe em Portugal uma «bolha imobiliária» com um valor superior ao resgate acordado com a troika. Uma bolha de 90 mil milhões de euros, segundo as suas estimativas. Ora a assistência financeira a Portugal é de 78 mil milhões.

    «Na economia portuguesa existe uma bolha imobiliária que é tão importante como a de Espanha», disse à Lusa o economista, para quem em Portugal «se esquece e procura negar a existência da bolha, o que é grave, porque não permite que o problema seja atacado».

    Mas ela existe, segundo Jorge Landeiro, porque há 300 mil casas novas (165 mil em Lisboa) que «nem sequer entram no mercado e onde estão recursos imobilizados na ordem mínima dos 90 mil milhões de euros». «Isto é um cancro» que é preciso «reconhecer» para depois «atacar»...


    in Agência Financeira
  17.  # 18

    Colocado por: rui moreiraO economista Jorge Landeiro de Vaz avisa que existe em Portugal uma «bolha imobiliária» com um valor superior ao resgate acordado com a troika. Uma bolha de 90 mil milhões de euros, segundo as suas estimativas. Ora a assistência financeira a Portugal é de 78 mil milhões.
    Estamos a falar de coisas diferentes!
    Em Espanha, Reino Unido, EUA, etc. os valores a que se vendiam as casas eram disparatadamente especulativos.
    Depois, os valores pedidos por essas casas caíram abruptamente para metade, nalguns casos para um quarto ou ainda menos, do valor inicial!

    Em Portugal, se houve queda nos valores foi de 3, a 5%. Vá lá... até aos 10%.
    Não tem nada a ver com as «bolhas» dos outros países.
    O facto de haver casas em Portugal por vender, não quer dizer que já não tenham qualquer valor.


    PS: o que eu penso é que há muitos apartamentos em 2.ª mão, sobretudo os que têm mais de 60 anos (estrutura de madeira), que não valem nem metade do que se pede E PAGA por elas.
    • eu
    • 1 junho 2011

     # 19

    Colocado por: Luis K. W.Estamos a falar de coisas diferentes!

    Sim, de facto não se trata de uma bolha, ou pelo menos não é uma bolha muito grande.

    Mas de facto existe um problema grave com estes imóveis: as dívidas que foram contraídas para os construir dificilmente serão pagas, pois não há compradores para todo este betão.
  18.  # 20

    Olha que na minha zona existem várias moradias novas que em relação ao que pediam há 2 a 3 anos já desceram entre 20 a 30%. Várias que pediam 300 000 - 325 000 e agora pedem 200 000 - 225 000. Concluídas nos últimos 2 a 3 anos e ainda por vender. Outras novas que estão agora a ser concluídas nas mesmas zonas pedem logo os 200 a 225 000.
    O que tenho reparado é que construções iniciadas nos ultimos 12 meses são praticamente nulas. Vejo a acabar as que começaram à mais de 12 meses.
 
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