Espanha: crédito ao imobiliário iguala o PIB
O dinheiro emprestado às famílias para compra de habitação e o crédito às construtoras e promotoras do imobiliário em Espanha já equivale, mais ou menos, ao valor do PIB espanhol, segundo o jornal El País.
A dívida acumulada no sector do betão (soma do crédito concedido às famílias para compra e manutenção/reparação de habitação e os empréstimos às construtoras e imobiliárias) confirma o elevado nível de endividamento do sector. De acordo com as contas do jornal, a soma supera pela primeira vez, os 1 000 000 000 000 de euros (um bilião de euros), um valor próximo da riqueza que será gerada este ano pela economia espanhola.
Segundo diz o El País, nos últimos oito anos, a dívida das imobiliárias passou de 10% de todo o crédito dado às actividades produção, para superar 282 mil milhões de euros no final do 1º semestre do ano. Isto, explica o artigo, significa que um de cada três euros emprestados pela banca às empresas vai parar à construção.
Citado pelo jornal, um professor catedrático de Economia Aplicada classifica este boom como um disparate. «Um país em que o crédito ao betão duplica o que é concedido à indústria é um país esquisito», afirma José Garcia Montalvo, da universidade Pompeu Fabra.
Contundente, o académico remata: «É um desastre para a economia que um sector com uma produtividade tão baixa absorva tantos recursos».
07-10-2007 11:59:21
Westin CampoReal conclui e vende 372 casas até 2008
O empreendimento Westin CampoReal Golf Resorts & SPA, que integra um hotel da marca Westin, deverá ter a terceira fase, com 372 casas, concluída até final de 2008, faltando vender somente 30 unidades, segundo o presidente da entidade promotora.
O presidente da Orizon, Eduardo Netto de Almeida, disse num encontro com jornalistas para assinalar a inauguração do hotel na quinta-feira, que a segunda fase do investimento total de 125 milhões de euros, está construída e vendida.
«O investimento ficou dentro dos valores orçamentados e, em termos de prazos, só registou um ligeiro atraso, de quatro ou cinco meses», esclareceu.
Depois de terminado este projecto, a Orizon pretende avançar com outro empreendimento com outro nome, no terreno adjacente, e que deverá iniciar-se em 2008, disse Eduardo Netto de Almeida escusando-se a avançar pormenores.
Quanto às casas já concluídas, as primeiras vendas foram feitas em 2002 e 2003 e concretizaram-se no mercado nacional.
Só no início de 2004, a Orizon começou a lançar o Westin CampoReal Golf Resorts & SPA no estrangeiro, no Reino Unido e Irlanda.
Agora, o total das vendas divide-se quase igualmente, «com um terço para cada» entre o mercado nacional, os clientes britânicos e os irlandeses, embora o número de investidores do Reino Unido «esteja a crescer mais rapidamente», referiu o presidente da Orizon.
Foi apresentada aos potenciais compradores a alternativa de optarem pelo programa CampoReal Select, onde foram integradas 35 por cento das casas.
Este é um produto essencialmente destinado a investimento pois as moradias ou casas podem ser utilizadas seis semanas por ano pelos compradores, mas o restante tempo são geridas e rentabilizadas pela Westin CampoReal.
Segundo o presidente do grupo Orizon, a rentabilidade garantida nos dois primeiros meses é de seis por cento ao ano.
Eduardo Netto de Almeida avançou que espera conseguir uma concessão de praia em 2008, na costa entre Ericeira e Santa Cruz.
O hotel Westin, primeiro da marca, de cinco estrelas, em Portugal, em funcionamento «experimental» desde 01 de Agosto, pretende ter uma ocupação superior a 40 por cento, para Janeiro e Fevereiro, subindo a 50 a 60 por cento em 2008.
A unidade hoteleira será inaugurada na quinta-feira com a presença do ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
A ocupação em Setembro e Outubro está acima de 50% o que foi considerado «muito bom» para uma unidade acabada de abrir numa região pouco conhecida (perto de Torres Vedras).
Diário Digital / Lusa
04-10-2007 0:55:00
Espanha ajuda famílias endividadas
O Governo espanhol lançou, na semana passada, uma série de medidas para ajudar as famílias espanholas a diminuir o risco na compra de casa.
Até agora, segundo o «Jornal de Notícias», as famílias podiam deduzir nos seus impostos (até um máximo de 9.010 euros) uma parte dos gastos.
Agora, um acordo entre o Governo central e as comunidades autónomas define um conjunto de ajudas, que vão dos 4 mil aos 12 mil euros, para pagar a entrada da casa.
Por outro lado, o Governo entendeu fomentar o arrendamento para travar a subida do preço das habitações. A partir de 1 de Janeiro de 2008, são permitidas deduções fiscais iguais às aplicações na compra a todos os cidadãos que pagarem aluguer e com rendimentos inferiores a 24 mil euros líquidos por ano.
O valor médio das hipotecas em Espanha superou os 150 mil euros. O capital emprestado pela banca para aquisição de casa ronda os 160 mil milhões de euros.