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  1.  # 1

    Que medidas seriam realmente eficazes para combater a crise da habitação?

    Como estão os outros países europeus ou mesmo o Canadá e EUA a lidar com a falta de habitação?


    Para quem constroem os Empresários da Construção/Investidores/Promotores?

    Todas as medidas do Governo têm saído ao lado do objetivo:
    -Fim do AL
    -Simplex
    -Incentivos ao Arrendamento
    -Desafetação de lojas, escritórios , terrenos rústicos...

    Etc
    Etc
  2.  # 2

    Colocado por: EntrecamposQue medidas seriam realmente eficazes para combater a crise da habitação?


    por muito que custe, não existem...

    a pouca mão de obra que existe no sector é direcionada para onde lhe pagam melhor, faltando mão de obra para as casas mais modestas.

    por outro lado o aumento dos ordenados, as exigências legais, complicam e muito quem quer construir a preços modestos, reparem na quantidade de casas com certificação energética C, D, E e F onde vivem milhoes de pessoas, mas depois nas casas novas o minimo tem de ser B-. Os meus pais vivem todos contentes numa casa com certificação energética E, mas eu vou construir e tenho de construir/comprar pelo menos B-. É claro que isto pagasse.

    por outro lado temos um mercado de arrendamendo disfuncional. enquanto a prestação de um crédito bancário for igual ou menor que uma renda de uma casa as pessoas vão sempre preferir comprar a arrendar.

    pela lei da oferta e da procura, havendo mais casas os preços baixam, havendo menos casas os preços sobem. Não vejo forma de aumentar as casas no mercado pelo simples facto de não haver mão de obra para as construir.
  3.  # 3

    Não é a primeira vez que temos uma crise de habitação e a solução é sempre a mesma.

    Vejamos Lisboa: Passou-se por exactamente o mesmo problema à volta de 1930. Como é que resolvemos na altura? Construímos Alvalade. 50 000 casas em 7 anos. Nos 1970s tivemos uma repetição com os retornados de África. Recebemos umas 500 000 pessoas de um ano para o outro. Como foi resolvido o problema? Construímos a Amadora e a periferia por aí fora.

    Não podemos ter uma cidade de 4 milhões de pessoas numa planta do século XVIII. Temos de construir às centenas de milhares de casas de cada vez. Neste momento em Lisboa construimos umas 5 000 casas por ano. Patético.
    Concordam com este comentário: Alto_moinhos_1978
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Mariasevera
  4.  # 4

    Chamen o Isaltino, habitação é com ele, tem provas dadas
    Concordam com este comentário: zemvpferreira, setaevra
  5.  # 5

    Colocado por: marco1Chamen o Isaltino, habitação é com ele, tem provas dadas


    Efetivamente os bairros camarários de Oeiras têm TUDO.
    As pessoas não se podem queixar.

    Barracas, acho que não há. Há?

    Torres de luxo e empreendimentos de luxo há muitos projetos.
    Mas para quem?
    Muitos oeirenses tiveram de ir viver para o concelho de Sintra lá ao lado.
  6.  # 6

    informe-se melhor
  7.  # 7

    Colocado por: pauloagsantos

    por muito que custe, não existem...

    a pouca mão de obra que existe no sector é direcionada para onde lhe pagam melhor, faltando mão de obra para as casas mais modestas.

    por outro lado o aumento dos ordenados, as exigências legais, complicam e muito quem quer construir a preços modestos, reparem na quantidade de casas com certificação energética C, D, E e F onde vivem milhoes de pessoas, mas depois nas casas novas o minimo tem de ser B-. Os meus pais vivem todos contentes numa casa com certificação energética E, mas eu vou construir e tenho de construir/comprar pelo menos B-. É claro que isto pagasse.

    por outro lado temos um mercado de arrendamendo disfuncional. enquanto a prestação de um crédito bancário for igual ou menor que uma renda de uma casa as pessoas vão sempre preferir comprar a arrendar.

    pela lei da oferta e da procura, havendo mais casas os preços baixam, havendo menos casas os preços sobem. Não vejo forma de aumentar as casas no mercado pelo simples facto de não haver mão de obra para as construir.


    Só uma correção, o minimo de certificação energética atual permitido é A
    • matmag
    • 31 dezembro 2024 editado

     # 8

    Colocado por: marco1Chamen o Isaltino, habitação é com ele, tem provas dadas
    Concordam com este comentário:zemvpferreira
    Sim e não....na zona da universidade de medicina estão lá a crescer uns prédios novos. Liguei para um em q tinha tudo p vender, um T0 150 000, dois dias depois ainda com tudo p vender aumentaram 10 000 euros a TODOS os apartamentos em venda. Para isto acontecer é porque a procura ainda supera em muito a oferta
  8.  # 9

    Colocado por: marco1informe-se melhor


    Elabore, Sr.Arquitecto.

    😊

    Um bom ano 💫


    -----

    Ele foi lá dar a cara na altura dos desacatos, também promoveu o arroz de lavagante...
    Como podem os municípes não gostar dele?


    Mas eticamente, será que um indivíduo naquele contexto deveria poder ocupar cargos públicos novamente?


    Por outro lado, tenho conhecimento de que ele não precisa nada da CMO para se governar. Tem um império em África.
  9.  # 10

    Colocado por: matmagSim e não....na zona da universidade de medicina estão lá a crescer uns prédios novos. Liguei para um em q tinha tudo p vender, um T0 150 000, dois dias depois ainda com tudo p vender aumentaram 10 000 euros a TODOS os apartamentos em venda. Para isto acontecer é porque a procura ainda supera em muito a oferta


    Até podem colocar a 300 mil.
    Tudo depende da pressa que têm em obter o retorno.



    Believe it or not!
    Vi há uns anos(talvez há uns 10/15 anos) neste prédio uma faixa a dizer: vende-se apartamentos a partir de 140 mil euros

    https://www.google.com/maps/place/Av.+Eng.+Duarte+Pacheco+5,+1070-100+Lisboa/@38.7247403,-9.1569077,15z/data=!4m6!3m5!1s0xd19336fd445bdd5:0xdc0e092c2f820481!8m2!3d38.7247403!4d-9.1569077!16s%2Fg%2F11c1zmbs_5
  10.  # 11

    Pahlava, nao é preciso elaborar, leia os boletins camararios pelo menos
  11.  # 12

    Não tenho vagar.
    Além disso essa não é a minha câmara.
  12.  # 13

    Colocado por: marco1Chamen o Isaltino, habitação é com ele, tem provas dadas
    Concordam com este comentário:zemvpferreira,setaevra

    marco1, não conhecendo bem a realidade que fala, mas o que vejo é T1 em Oeiras começarem quase a partir dos 250 000 euros, já nem falo dos T2 e T3. Mesmo que haja alguma oferta acha que por estes valores é acessivel à nossa classe "média"?
  13.  # 14

    Colocado por: jorgferrT1 em Oeiras começarem quase a partir dos 250 000 euros

    Velho e a precisar de obras!
    Às vezes em prédio sem elevador, nem garagem/estacionamento.
  14.  # 15

    Excelente tema!

    Colocado por: EntrecamposQue medidas seriam realmente eficazes para combater a crise da habitação?


    A curto prazo, poucas.
    Ainda assim, nada disto é rocket science.
    É simples, é tirar a cabeça da areia e ver que fizeram outras sociedades face ao mesmo problema. E aprender com o que fizeram de bom e mau.

    Colocado por: EntrecamposComo estão os outros países europeus ou mesmo o Canadá e EUA a lidar com a falta de habitação?

    Posso dar o exemplo californiano, onde há uma grave crise da habitação. A solução mais imediata foi o Estado da California ter criado leis, que se sobrepõe à lei local dos municipios e counties. Basicamente, fizeram tábua rasa dos PDM. Deixaram que cada proprietário pudesse quebrar certas regras, como a altura, afastamentos, alinhamentos, índices de construção, com a contrapartida de disponibilizarem um X% do numero de fogos ao mercado acessivel. Ou seja, parte dos apartamentos/casas, têm que ser vendidos ou alugados em função dos salários da população local.

    Ganham os promotores, porque constroem mais fogos, ganham os residentes que conseguirão viver mais próximo do emprego, e ganha o municipio em impostos e na menor infraestrutura necessária dada a maior concentração da população. Perdem os velhos do Restelo.

    É preciso acabar com as regras que apenas permitem a construção duma só casa num terreno. Isso para mim é um crime autêntico. É preciso que casais se juntem e construam edificios multifamiliares...

    Mas desengane-se quem acha que a solução está somente nas mãos dos governos. Parte da solução está no cidadão comum, que aos poucos terminará por viver como os demais concidadãoes europeus, em menos espaço, em tipologias mais simples, ao dar prioridade a certas coisas e a preterir outras, como abdicar de garagens, lavandarias, arrumos privados e individuais, etc... para passar a viver "em comunidade" e partilha.

    Para mim, parte da solução está também no modo em como o nosso ensino está estruturado. Acho que precisamos dum ensino profissional muito mais capaz, e muito mais equilibrado com a quantidade brutal de universidades que temos. Precisamos também de perder um bocado o estigma do "Sr. Dr." e do menosprezo para com profissões que são além de muito dignas, altamente necessárias nesta altura. A par disto tudo, temos que ir perdendo o desenrascanço e apostar pelo planeamento, optimização e estardatização. Pensar mais e vergar menos a mola.

    O Dono de Obra tem muito mais poder do que acha que tem. Precisa é deixar os Pinterests desta vida... deixar de ser "Maria vai com as outras"... ou de achar que consigo irá ser diferente...
  15.  # 16

    Colocado por: N Miguel Oliveiradeixar de ser "Maria vai com as outras"... ou de achar que consigo irá ser diferente...


    Estão aqui duas ideias que são diametralmente opostas.

    Não vale a pena lutar, não se pode fugir àquilo que nos está reservado?
  16.  # 17

    Nos EUA, vemos nos filmes que uma família arrenda a cave ou o apartamento por cima da garagem para habitação. Ou vivem em roulotes.É verdade!

    Aqui em Portugal, já há parques de campismo em que vivem milhares de pessoas durante todo o ano.
    Ainda há pouco tempo veio nas notícias por causa de um incêndio.
  17.  # 18

    Colocado por: N Miguel OliveiraExcelente tema!



    A curto prazo, poucas.
    Ainda assim, nada disto é rocket science.
    É simples, é tirar a cabeça da areia e ver que fizeram outras sociedades face ao mesmo problema. E aprender com o que fizeram de bom e mau.



    O Dono de Obra tem muito mais poder do que acha que tem. Precisa é deixar os Pinterests desta vida... deixar de ser "Maria vai com as outras"... ou de achar que consigo irá ser diferente...

    É por aqui que temos que começar.
    Enquanto os DO não se consciêncializarem que as coisas não são mais como antes, nada vai mudar
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  18.  # 19

    Colocado por: zedasilvaDO


    Porquê o foco no DO?

    O problema está a montante!

    No construtor.

    No fornecedor de materiais.

    Na conjuntura nacional.

    Na conjuntura internacional.
  19.  # 20

    Quando o DO deixar de ir na cantiga do "já agora" do "comigo vai ser diferente" "são só mais 100€" do ...
    Quando o DO se conciencializar que as realidades mudaram talvez a montante os atores sejam obrigados a mudar também
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, Alto_moinhos_1978
 
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