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  1.  # 81

    Colocado por: CMartin Como se mede a riqueza, por Martim Avillez Figueiredo, Publicado em 16 de Setembro de 2009
    (mais uma vez, no i-online)
    A economia portuguesa vai revelar-se incapaz de gerar riqueza no próximo ano. É isso que dizem os principais indicadores – e é nesses números (o PIB) que os políticos envolvidos nesta campanha investem a sua energia. Quando dizem que a economia do país tem de crescer, é do crescimento do PIB que falam. Dois economistas publicaram ontem um relatório onde põem em causa esta forma de medir os melhoramentos de um país.
    Não são dois economistas quaisquer: um é o americano e Nobel da Economia (2001) Joseph Stiglitz, o outro o indiano Amartya Sen. Convidados pelo presidente da República Francesa, Sarkozy, organizaram o trabalho da Comissão para medir o desempenho económico e o progresso social. Parece um título soviético, mas tem ambição liberal – o que deseja é encontrar indicadores que permitam medir a vida, a qualidade de vida, além do crescimento do PIB ou dos imprevistos das bolsas.
    (...)Sabem que as promessas de aumento do PIB pouco podem fazer pela qualidade de vida de cada um. Olhe-se para Portugal para dar uma escala a este problema.
    (...) E o PIB é uma soma bruta: basta um novo salário pago na economia para ele subir – ou descer com um novo desempregado. Como basta que se coma mais um croissant ou menos um para que ele mexa. E o que o PIB português nos diz é que, mal ou bem, essa actividade económica melhorou – que a riqueza do país foi sempre maior de um ano para o outro (...). Mas olhe-se agora a evolução dessa riqueza em comparação com outro indicador – o salário médio, por exemplo. De 2004 a 2009 o PIB português cresceu em termos acumulados cerca de 6% – ou seja, a riqueza aumentou nessa proporção. Mas, no mesmo período, a taxa de desemprego cresceu 17%. Pior ainda: nos mesmos cinco anos a carga fiscal cresceu 19%. O país ficou ligeiramente mais rico, as pessoas mais pobres. (...)
    Seria razoável pensar, por exemplo, que este aumento da riqueza nacional significava que existia mais dinheiro. Não há. (...)Quando ouvir Ferreira Leite ou Sócrates falar de PIB, ou de despesa face ao PIB, disfarce. Agora sabe como esses números valem pouco nas vidas de cada um.


    Citando-me a mim própria quando coloquei este artigo, o que estou a dizer é que a qualidade de vida dum país, tal como proposto estudar por esta Comissão, se resuma não apenas pela riqueza gerada, mas por outros indicadores.
    Isto servirá para nós individualmente, que a nossa qualidade de vida possa ser medida, e é, por outras benesses sem ser a riqueza que possuímos, ou geramos, ou produzimos, ou como queiram chamar-lhe.

    Colocado por: CMartin (...) O que é a qualidade de vida medida pela felicidade?
    Colocado por: Johny2
    Isso já é filosofar...
    Deve ser bonito, deve... não ter dinheiro que chegue para comprar medicamentos (por exemplo)... que grande felicidade...


    Não chegando ao ponto de não poder comprar um medicamento, obviamente que não falo do extremo, mas podendo dispensar coisas materiais, para ganharmos coisas do espírito, (como fez Mk Pt ao regressar à aldeia) faziamo-lo, (para ganhar qualidade de vida ou achariamos que perderiamos qualidade de vida) ?..Tal como o PIB não é o único indicador que mede qualidade de vida num País...
  2.  # 82

    Eu só falei nessa dos medicamentos porque existe. É uma infeliz realidade (especialmente com os velhinhos, que são os que mais precisam). Não estou nem nunca estive contra os ricos. Desejava apenas que tratassem dos pobres, corrigissem os tais megalómanos e crédito-dependentes e estimassem os ricos empreendedores. Como isso depende dos políticos, estamos lixados... :)
  3.  # 83

    Colocado por: Johny2 Desejava apenas que tratassem dos pobres, corrigissem os tais megalómanos e crédito-dependentes e estimassem os ricos empreendedores. Como isso depende dos políticos, estamos lixados... :)


    É toda uma diferença de pensamento:
    "ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country"
  4.  # 84

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: Johny2Desejava apenas que tratassem dos pobres, corrigissem os tais megalómanos e crédito-dependentes e estimassem os ricos empreendedores. Como isso depende dos políticos, estamos lixados... :)


    É toda uma diferença de pensamento:
    "ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country"


    Sim, sim... fie-se nessa. De utopias dessas está o mercado cheio. Evidentemente que todos temos que contribuir, contando sempre com a responsabilidade social do estado.
    Que tal se fizesse essa pergunta a si mesmo e aos nossos políticos?
    Será que se comporta segundo esse pensamento? Diga lá: costuma interrogar-se sobre o que pode fazer pelo nosso país?
  5.  # 85

    sr. luisvv

    depreendo pelas suas palavras que o mal ( a crise actual, que suponho que reconheça que é real) não está na disparidade dos tais lucros mas sim no facto de não haver mais empresas assim, é isso ? então explique-nos porque não há mais empresas assim tambem sucedidas neste clima de crise e apenas aquelas certas??? ou seja a inteligência foi toda para ali??, o resto são uma data de incapazes??.Aceito que goste do mercado mas não aceito que defenda intransigentemente que ele é perfeito como está.
    há muito empresário que dá trabalho e produz bens transacionáveis e uteis ao dia a dia das pessoas e como são correctos e tem os ordenados em dia e os impostos igualmente, estão com a corda na garganta, solução do sr. luis: vai tudo para a rua e falência pois não são competitivos e tá andar, só é pena que as tais empresas bem sucedidas não tenham vagas para todos e então parece que o caminho é mesmo exterminar os incapazes no verdadeiro sentido da palavra.
    Olhe ás vezes penso que se ganhasse 100000 euros por mês, se me preocuparia com os outros. Não sei se me entende.
  6.  # 86

    luisvv e johny2,
    Desculpem eu intrometer-me nisso que certamente que iria dar uma coisa esperta ;O)
    ...Para dizer que o luisvv tem razão quando diz que todos temos que contribuir, what can we do for our country (porque assim até, johny2 iriamos estar a contribuir para a medicação dos velhinhos, como disse) e o johny2 tem razão quando pergunta se nos regemos todos por esse comportamento.

    Tenho uma visão muito particular, acho, sobre o que podemos fazer pelo nosso país, e é esta:

    Se eu contribuir com os impostos que pago, e eu trabalhar e gerir o meu orçamento familiar de forma a criar riqueza, eu vou ter poder de compra, com esse poder de compra, vou usufruir de serviços e produtos que os outros criam, logo crio emprego.
    Aliás, para ter esse poder de compra é que trabalho.

    Entenderam? Estou convencida que faço a minha parte.
    Estou errada?
  7.  # 87

    Colocado por: Johny2Sim, sim... fie-se nessa. De utopias dessas está o mercado cheio.

    Utopia é esperar do Estado que identifique e resolva os problemas de todos.


    Evidentemente que todos temos que contribuir, contando sempre com a responsabilidade social do estado.
    Que tal se fizesse essa pergunta a si mesmo e aos nossos políticos?Será que se comporta segundo esse pensamento? Diga lá: costuma interrogar-se sobre o que pode fazer pelo nosso país?


    Todos os dias.
  8.  # 88

    Colocado por: CMartinluisvv e johny2,
    Desculpem eu intrometer-me nisso que certamente que iria dar uma coisa esperta ;O)
    ...Para dizer que o luisvv tem razão quando diz que todos temos que contribuir, what can we do for our country (porque assim até, johny2 iriamos estar a contribuir para a medicação dos velhinhos, como disse) e o johny2 tem razão quando pergunta se nos regemos todos por esse comportamento.

    Tenho uma visão muito particular, acho, sobre o que podemos fazer sobre o nosso país, e é esta:

    Se eu contribuir com os impostos que pago, e eu trabalhar e gerir o meu orçamento familiar de forma a criar riqueza, eu vou ter poder de compra, com esse poder de compra, vou usufruir de serviços e produtos que os outros criam, logo crio emprego.
    Aliás, para ter esse poder de compra é que trabalho.

    Entenderam? Estou convencida que faço a minha parte.


    Pois, mas isso vale para a população activa. Muito bem. Mas... os outros? Que lhes faz?
  9.  # 89

    Jonhy2 Pois, mas isso vale para a população activa. Muito bem. Mas... os outros? Que lhes faz?


    Quando falamos "os outros", neste caso, que não são população activa referimo-nos aos:
    - reformados, pensionistas
    - desempregados
    -etc.
    ?
    Quais?
  10.  # 90

    Ora bem, refiro-me a uma análise global. Não apenas da faixa onde nos encontramos (suponho...). Sim, são esses e todos os outros. Todos os que consomem :)
  11.  # 91

    Na minha visão os reformados e pensionistas, já contribuiram, já foram população activa, portanto não deviam sequer "chatear-se" com estas coisas.
    Os desempregados são, ou deveriam ser, temporários e deviam estar arduamente a procurar emprego/decidirem criar uma empresa se forem empreendedores, para sairem o mais rapidamente possível dessa situação de desemprego para que voltem a ser população activa.

    Johny2, a pergunta não teria esta resposta óbvia da minha parte?
  12.  # 92

    Colocado por: CMartinNa minha visão os reformados e pensionistas, já contribuiram, já foram população activa, portanto não deviam sequer "chatear-se" com estas coisas.
    Os desempregados são, ou deveriam ser, temporários e deviam estar arduamente a procurar emprego/decidirem criar uma empresa se forem empreendedores, para sairem o mais rapidamente possível dessa situação de desemprego para que voltem a ser população activa.

    Johny2, a pergunta não teria esta resposta óbvia da minha parte?


    Pois claro, mas eles chateiam-se com essas coisas... muitos dos desempregados não querem trabalhar... esta é a realidade. E agora?
    É com base na realidade que devemos tecer opiniões... :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: maria carolina
  13.  # 93

    depreendo pelas suas palavras que o mal ( a crise actual, que suponho que reconheça que é real) não está na disparidade dos tais lucros mas sim no facto de não haver mais empresas assim, é isso?


    Podíamos começar por definir a que crise se refere. Resumidamente, o que está a sentir é a conjugação de diversos impactos. A baixa competitividade das nossas empresas, e o clima regulatório de uma forma geral,conjugados com fantasias colectivistas (os "direitos", os "investimentos", as "energias renováveis" e outros que tais) criaram as condições para um longo período de estagnação ou recessão. Durante largos anos fomos financiados pela UE e depois por crédito com juros baixos. Agora, bastou um abanãozinho e começamos a ter uma pequena noção do que vem por aí. Porque crise, mesmo, ainda poucos a sentem - em 2009, apesar de tudo, os juros baixaram, os ordenados aumentaram, o rendimento disponível idem. Falou-se muito, mas na prática só os desempregados sentiram na pele a tal crise.

    então explique-nos porque não há mais empresas assim tambem sucedidas neste clima de crise e apenas aquelas certas??? ou seja a inteligência foi toda para ali??, o resto são uma data de incapazes??.

    Há centenas de milhar de empresas em Portugal. Oficialmente, 2/3 não têm lucros - o que não é verdade, evidentemente. No entanto, há de facto uma parte significativa de empresas inúteis, inviáveis ou mal-geridas. Simultaneamente, a dimensão das empresas influencia os lucros - o capital nelas investido tem que ser remunerado, como é evidente. Se um café da esquina tem um investimento de umas dezenas de milhar de euros e lucra X, porque razão se espanta quando um banco que tem um capital social de milhares de milhões de euros tem um lucro de centenas de milhões ?
    Evidentemente, dificuldades transitórias e conjunturais são um risco que todos corremos - e uns aguentam melhor que outros. Mas é profundamente errado o Estado retirar recursos aos saudáveis para enterrar em empresas moribundas (e vice-versa, também)

    Aceito que goste do mercado mas não aceito que defenda intransigentemente que ele é perfeito como está.


    Eu também aceito que você goste da lei da gravidade de Newton, mas precisava de uns ajustes, não acha?


    há muito empresário que dá trabalho e produz bens transacionáveis e uteis ao dia a dia das pessoas e como são correctos e tem os ordenados em dia e os impostos igualmente, estão com a corda na garganta, solução do sr. luis: vai tudo para a rua e falência pois não são competitivos e tá andar


    Pode parecer-lhe estranho, mas sim: empresas inviáveis não fazem bem a ninguém. Consomem recursos (capital e trabalho) que poderiam ser utilizados de forma mais eficiente. Quanto mais tempo se prolonga a situação, pior para todos. Por outro lado, parece-me que está a confundir alhos com bugalhos: empresas com salários em atraso não sobrevivem - e esses salários são geralmente sintomas, e não a própria doença. E quanto aos impostos, só fala assim quem não sabe - experimente atrasar-se no pagamento do Pagamento Chuloespecial por Conta, por exemplo, e depois venha cá contar como correu. Em todo o caso, é sabido que quanto mais alta a carga fiscal maior o incentivo à fuga.

    só é pena que as tais empresas bem sucedidas não tenham vagas para todos e então parece que o caminho é mesmo exterminar os incapazes no verdadeiro sentido da palavra.


    É natural. Essas empresas bem sucedidas estão a sustentar os delírios de quem acha que o Estado é o motor da economia, e que deve fornecer tudo a todos, e mandar em tudo.

    Olhe ás vezes penso que se ganhasse 100000 euros por mês, se me preocuparia com os outros. Não sei se me entende.

    Sim, sim, já sei: os ricos são maus e os pobres são o capuchinho vermelho.
  14.  # 94

    Colocado por: Johny2 Colocado por: CMartinNa minha visão os reformados e pensionistas, já contribuiram, já foram população activa, portanto não deviam sequer "chatear-se" com estas coisas.
    Os desempregados são, ou deveriam ser, temporários e deviam estar arduamente a procurar (...) sairem o mais rapidamente possível dessa situação de desemprego para que voltem a ser população activa.

    Johny2, a pergunta não teria esta resposta óbvia da minha parte?


    Pois claro, mas eles chateiam-se com essas coisas... muitos dos desempregados não querem trabalhar... esta é a realidade. E agora?
    É com base na realidade que devemos tecer opiniões... :)


    Repito.
    Os reformados já descontaram e já contribuiram para o país, quando foram população activa. Logo, não deviam "chatear-se mais com estas coisas" de ter que contribuir.
    Agora que estão reformados, devem usufruir dos descontos que já fizeram.

    Diz johny2 "Muitos desempregados não querem trabalhar", ora, ora..então não podem reclamar. Tal como a frase do Luísvv "what can you do for your country", e numa visão mais personalizada "what can you do for yourself".
    Se nem para os próprios se mexem, quando mais pelo País.
    O que fazer com estas pessoas, que têm esta mentalidade?
    Não sei nem me preocupo com isso.
  15.  # 95

    Colocado por: CMartin
    Colocado por: Johny2 Colocado por: CMartinNa minha visão os reformados e pensionistas, já contribuiram, já foram população activa, portanto não deviam sequer "chatear-se" com estas coisas.
    Os desempregados são, ou deveriam ser, temporários e deviam estar arduamente a procurar (...) sairem o mais rapidamente possível dessa situação de desemprego para que voltem a ser população activa.

    Johny2, a pergunta não teria esta resposta óbvia da minha parte?


    Pois claro, mas eles chateiam-se com essas coisas... muitos dos desempregados não querem trabalhar... esta é a realidade. E agora?
    É com base na realidade que devemos tecer opiniões... :)


    Repito.
    Os reformados já descontaram e já contribuiram para o país, quando foram população activa. Logo, não deviam "chatear-se mais com estas coisas" de ter que contribuir.
    Agora que estão reformados, devem usufruir dos descontos que já fizeram.

    Diz johny2 "Muitos desempregados não querem trabalhar", ora, ora..então não podem reclamar. Tal como a frase do Luísvv "what can you do for your country", e numa visão mais personalizada "what can you do for yourself".
    Se nem para os próprios se mexem, quando mais pelo País.
    O que fazer com estas pessoas, que têm esta mentalidade?
    Não sei nem me preocupo com isso.


    Em que zona do país vive?? Não tem noção da realidade?? Lá vamos nós cair no egoísmo...
  16.  # 96

    ouça, não sei se percebeu, eu cá não sou defensor fundamentalista disto ou daquilo, mas uma coisa é certa, sou suficientemente humano para para não ter essa sua frieza ao ponto de achar que ou as pessoas são todas muito capazes ou então há que exterminá-las pois é que parece segundo as suas análises, ou são viáveis ou morte. Espero no entanto que o luis seja sempre viável.
  17.  # 97

    Colocado por: marco1ouça, não sei se percebeu, eu cá não sou defensor fundamentalista disto ou daquilo, mas uma coisa é certa, sou suficientemente humano para para não ter essa sua frieza ao ponto de achar que ou as pessoas são todas muito capazes ou então há que exterminá-las pois é que parece segundo as suas análises, ou são viáveis ou morte. Espero no entanto que o luis seja sempre viável.


    Ora nem mais. Acreditam mesmo que costuma interrogar-se sobre o que pode fazer pelo nosso país? Todos os dias? Com essa mentalidade? Enfim...
  18.  # 98

    Colocado por: Johny2 Em que zona do país vive?? Não tem noção da realidade?? Lá vamos nós cair no egoísmo...


    Explique-me a sua noção de realidade, juro que não estou a perceber no que eu possa estar a dizer de egoista.
  19.  # 99

    Colocado por: CMartin
    Colocado por: Johny2 Colocado por: CMartin
    O que fazer com estas pessoas, que têm esta mentalidade?
    Não sei nem me preocupo com isso.


    Isso que dizer o quê? Que é solidária? Que é Humanista? É o quê?
    Ou não quer saber desses valores para nada?
  20.  # 100

    E olhe que muitos são da tal classe média...
 
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