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      FD
    • 16 agosto 2007

     # 1

    Vou colocar aqui as notícias mais recentes sobre este assunto.
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      FD
    • 16 agosto 2007

     # 2

    A prestação mensal para a compra de casa para um crédito de 100 mil euros, a amortizar em 30 anos e indexado à taxa de juro euribor a seis meses, vai subir para 596,62 euros, mais 102,39 euros que no início de 2007.
    Num empréstimo de 150 mil euros a pagar no mesmo prazo, a prestação aumenta para 894,93 euros, mais 153,59 euros que no início do ano.

    Em Janeiro último, a taxa de juro mais utilizada no crédito habitacional estava a 3,789 por cento, da qual resultava o pagamento mensal de 741,34 euros. Ontem, a euribor a seis meses atingiu um novo recorde (4,574 por cento) dos últimos seis anos e três meses.

    Nestes sete meses e meio, a subida da euribor a seis meses é de quase 21 por cento. Só em juros as famílias portugueses deverão pagar mil milhões de euros a mais até ao fim de 2007, com os especialistas a estimarem que a mencionada taxa de juro atinja os cinco por cento até ao fim do ano. Então, a prestação do crédito de 150 mil euros, a pagar em 30 anos, será de 978,28 euros, mais 236,94 euros que no primeiro mês do corrente ano. Num empréstimo de cem mil euros, a prestação totalizará 652,18 euros, mais 157,95 euros que em Janeiro de 2007. Nas simulações, inclui-se a margem bancária de meio por cento.
    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=843412&div_id=1730
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      FD
    • 17 agosto 2007

     # 3

    A Euribor voltou a subir, mas em breve deverá voltar aos níveis anteriores.

    Esta é, pelo menos, a convicção dos analistas contactados pela «Agência Financeira».

    Filipe Garcia, analista do IMF-Informação e Mercados Financeiros, está confiante. «Na minha óptica, e estando optimista face à resolução desta situação de crise financeira, não me parece que as taxas Euribor se mantenham assim muito altas durante muito mais tempo».

    Acredita mesmo o analista que os juros vão voltar «a valores mais razoáveis» daqui a relativamente pouco tempo. «Vão voltar ao nível que estavam há duas semanas no curto prazo». E o curto prazo é «bastante antes do final do ano», assegura.

    Subidas são exageradas

    Esta sexta-feira a Euribor renovou máximos, em todos os prazos, depois de já ter batido ontem o seu valor mais alto dos últimos ses anos. «Esta subida, ou não sabemos de tudo ou perante os factos que temos, é exagerada», acredita ainda Filipe Garcia. Esta é também a opinião partilhada por outros analistas contactados.

    Mas nem por isso a situação deixa de ser considerada «séria». Apesar disso, diz o primeiro analista que está «confiante que os bancos e que as instituições financeiras vão conseguir resolvê-las sem grandes problemas, se não houver problemas de maior nem nenhum contágio a estes sectores».

    Seja como for, Felipe Garcia também acredita que o BCE deverá voltar a subir o preço do dinheiro, pelo menos, mais uma vez este ano. «É provável. Os juros (taxa directora) estão nos 4,25% e as Euribor já estão acima dos 4,6%. É até provável que seja em Setembro, se a situação não vier a complicar-se muito mais».

    Crédito ficará irremediavelmente mais caro

    Tal como os economistas, os analistas acreditam que os bancos vão ter que tomar uma atitude diferente daquela a que temos assistido com os créditos.

    Pedro Mendes, analista do Millennium BCP, acredita que esta crise vai fazer «com que os bancos tenham mais percepção dos riscos» e consequentemente que os spreads dos créditos (margem de lucro dos bancos nos empréstimos) «venham a alargar-se».

    «O que se passou nos últimos tempos foi um esmagamento dos spreads por um aumento da concorrência e que, obviamente, está a afectar a rentabilidade dos bancos. Este tipo de correcções do mercado e da subida de prémios de risco acaba por ser positivo no sentido de que volta a trazer mais alguma racionalidade. No fundo, o pricing do risco de crédito, de certeza, vai aumentar. Os bancos vão passar a ser mais exigentes com os créditos que dão e que fazem», acrescenta Pedro Mendes, fazendo alusão ao apertar dos créditos também na hora de emprestar dinheiro.

    Esta é ainda uma convicção partilhada por Filipe Garcia, que antevê um «aumento generalizado dos spreads dos contratos novos. Faz sentido que venha a suceder. Não me surpreenderá nada. Mesmo relativamente ao que está contratado também acredito que os bancos vão ter cuidado».

    Agora, «entre o juro alto que o banco gosta de cobrar e o juro alto que pode levar ao incumprimento do crédito, há um meio-termo que vai ter de ser encontrado com cuidado. Se subirem será em bloco, mas tentarão fazê-lo de uma forma suave, quase que como um último recurso», acrescenta o analista do IMF.
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      FD
    • 25 agosto 2007

     # 4

    Custo do dinheiro continua a subir
    Euribor volta a níveis de 2000 e ultrapassa os 4,7 por cento
    24.08.2007 - 09h36 Rosa Soares

    A Euribor continua em ritmo acelerado de subida, penalizando as famílias que têm empréstimos à habitação. A Euribor a três e a seis meses rompeu ontem a barreira dos 4,7 por cento, patamar que já tinha sido ultrapassado pelo indicador a 12 meses, voltando assim a níveis de 2000 e deixando-a bem longe dos mínimos de 2,2 por cento de 2005.

    A subida do preço do dinheiro no mercado interbancário está associada à instabilidade que se vive nos mercados, mas a escalada de ontem também se explica pela indicação do Banco Central Europeu de que vai manter a política de "forte vigilância" sobre a inflação, o que deixa antever uma subida de 0,25 por cento, para os 4,25 por cento, da sua taxa directora, no início de Setembro.

    A subida da Euribor vai agravar a média do mês de Agosto, que servirá de base para quem contratar novos empréstimos e para todas as operações anteriores cuja revisão periódica ocorra durante o mês de Setembro. O impacto da subida dos juros nos últimos dois anos é muito significativo e está a deixar um número cada vez maior de famílias em dificuldades.

    Tendo por base uma simulação feita pela Deco/Proteste para o PÚBLICO, um empréstimo de 100 mil euros a 25 anos, contratado em 23 de Agosto de 2005, utilizando a Euribor a seis meses e um spread (margem do banco) de 0,7 por cento, implicava o pagamento de uma prestação mensal de 466,55 euros. Um ano depois, o mesmo empréstimo tinha um custo mensal de 535,26 euros. E se for feito ao valor de ontem da Euribor a seis meses já sobe para 610,93 euros, mais 144 euros no espaço de apenas dois dois anos.

    Com a subida dos juros, muitas são as famílias que procuram renegociar com a banca as condições do seu empréstimo, o que pode ser feito através da redução do spread, mas também pelo alargamento do prazo e criação de períodos de carência de capital (só há pagamento de juros num determinado tempo) ou diferimento de capital, que consiste no pagamento de um determinado montante no final do empréstimo.

    O número de pessoas sobreendividadas (no limite de cumprimento dos empréstimos ou mesmo em incumprimento) que têm recorrido aos dois gabinetes de apoio criados para esse efeito tem crescido significativamente. O Gabinete da Deco já abriu, este ano, 636 processos de apoio a sobreendividados, aproximando-se rapidamente dos 905 que tratou no ano passado. O Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores (GOEC) recebeu, até Julho, 680 pedidos. Na base destes processos estão pessoas com mais de dois créditos (crédito à habitação e consumo), sendo muito frequente o recursos a créditos rápidos e com altas taxas de juro para tentar fazer face aos encargos com o empréstimo para habitação, o que acaba por desequilibrar irremediavelmente o orçamento familiar.
    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1303078
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      FD
    • 27 agosto 2007

     # 5

    Aumento continuado das taxas de juro negativo na construção


    Os empresários da construção estão «muito preocupados» com o impacto negativo no sector do aumento continuado das taxas de juro, ao contrário dos mediadores imobiliários que não sentem «efeitos de maior» e consideram o abrandamento de actividade «inevitável».

    Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária (APEMI), José Eduardo Macedo, explicou que o abrandamento da construção no segmento residencial era «inevitável» e nada tem a ver com a situação económica do país.
    «O país não podia, obviamente, continuar a construir ao mesmo ritmo de finais da década de 90», afirmou José Eduardo Macedo, salientando que o imobiliário é, em Portugal, um sector já «maduro», com 3,65 milhões de famílias para cerca de 5,2 milhões de fogos de habitação.

    «O sector da construção só tem potencial para crescer no segmento da reabilitação», sustentou, destacando que «o que de novo se constrói tem que se distinguir pela inovação, a todos os níveis».

    Segundo José Eduardo Macedo, a crise económica do país, agora agravada pela subida continuada das taxas de juro, não tem também tido efeitos de maior no sector imobiliário, sobretudo sustentado pela transacção de imóveis usados e beneficiado pela crescente concorrência no sector bancário.

    «A concorrência entre os bancos [para contratar créditos à habitação] é tal que, apesar da subida das taxas de juro, é uma questão de prolongar por mais uns anos a dívida para se diminuir a prestação», disse.

    «Há sempre soluções engenhosas para se obter financiamento e pagar a prestação que se pode», acrescentou.

    Para a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), só a atracção de investimento estrangeiro em habitação poderá agora minimizar o impacte negativo no sector, da subida das taxas de juro em Portugal.

    De acordo com os dados da associação, desde «há vários meses» que os dados disponíveis confirmam a tendência de redução de actividade do segmento de construção de edifícios residenciais, com decréscimos ao nível da produção e quebras no licenciamento residencial.

    Face a este cenário, o presidente da AICCOPN, Reis Campos, prevê que a procura de habitação por parte das famílias portuguesas continue em baixa e defende que a recuperação «só será possível através da atracção do investimento de estrangeiros na compra de 2ª habitação», à semelhança do que aconteceu em Espanha.

    Neste âmbito, apela a um particular «esforço» quer de privados, quer de entidades públicas.

    É que, sustenta, «vender uma casa a um estrangeiro não é o mesmo que vender um qualquer produto industrial, já que a casa implica deslocações e estadias regulares em Portugal, consumindo produtos nacionais e gerando um impacto directo sobre a economia nacional com efeitos ao longo do tempo».

    Contactado pela Lusa, o administrador da construtora Casais António Carlos concordou ser esse o caminho, mas disse temer «que mais uma vez se deixe a oportunidade passar ao lado».

    «Actualmente existe procura estrangeira deste tipo de habitação. Mas o mercado mundial não vai ficar à espera que Portugal apresente produtos», alertou.

    Segundo o administrador da construtora nortenha, actualmente existe já um número grande de projectos nesta área em países emergentes, como a Bulgária, Turquia e Cabo Verde.

    «Com o crescente número de projectos que aparecem para suprir a procura dos clientes provenientes da Irlanda, Europa do Norte e, mais recentemente, da Rússia, o mercado irá esgotar-se em poucos anos», considerou António Carlos, sustentando a necessidade de Portugal estar «atento» aos novos movimentos e fluxos de pessoas.

    «É preciso reagir rápido, apresentando no mercado produtos adequados à procura», frisou.

    Contudo, para o administrador da Casais, em Portugal, «quem tenta reagir, encontra entraves e burocracias que impedem a resposta rápida que o mercado precisa».

    Quem ganha com isto, disse, «são os países que conseguem compatibilizar de forma expedita os interesses sem ferir questões relacionadas com o ambiente e outros aspectos de ordenamento do território».

    A retracção no mercado residencial é sentida de uma forma indirecta pela construtora, na medida em que a Casais constrói para outros promotores, mas segundo António Carlos, a retracção no mercado tem-se sentido «com mais expressão» no Norte do país, em especial no mercado de primeira residência, e na gama média/baixa.

    A empresa, que depende em 35 por cento do volume global de negócio da área imobiliária residencial, procura ultrapassar estas dificuldades, apostando noutros sectores.

    «Cada vez mais os privados investem em áreas que normalmente eram do domínio do Estado, fazendo hospitais, escolas privadas, investindo na hotelaria», disse à Lusa.

    Para o director de comunicação da imobiliária Era Portugal, o diagnóstico do mercado residencial português é claro: é muito difícil «escoar» imóveis nas coroas periféricas das grandes cidades, nomeadamente Lisboa e Porto, mas «vendem-se com enorme facilidade» imóveis do segmento médio/alto, acima dos 150 mil euros, e de turismo residencial.

    As dificuldades de venda nas zonas periféricas de Lisboa e Porto, onde predominam os imóveis do segmento médio/baixo, são atribuídas por Jorge Garcia aos efeitos conjugados do excesso de oferta e de diminuição da procura, motivada pela situação económica do país e subida das taxas de juro.

    No caso dos imóveis de segmento médio/baixo usados, o responsável da Era alerta que só começarão a ter escoamento quando os proprietários baixarem os preços em cerca de 20 por cento, caso contrário nunca serão competitivos face aos prédios novos, eles próprios actualmente sem qualquer saída no mercado.

    De acordo com Jorge Garcia, «nos bons tempos», há cerca de seis/sete anos, a Era apenas tinha em carteira os imóveis durante o tempo indispensável à regularização de toda a burocracia envolvida, vendendo-os logo de seguida.

    Desde há cerca de três anos que o tempo de decisão para compra de casa elevou-se para cinco a seis meses, situando-se actualmente, em média, nos nove meses.

    Já no chamado segmento «Prime», nomeadamente condomínios e imóveis recuperados, «escoam-se sem qualquer dificuldade» quer em Lisboa, quer no Porto, destacando-se ainda um «fortíssimo crescimento» do mercado de turismo residencial e segunda habitação, sobretudo nas zonas do Alentejo e do Algarve.

    Também «a florescer» está, segundo o responsável da Era, o sector do investimento para posterior arrendamento a pessoas de classe média/baixa, com cada vez maiores dificuldades na obtenção de crédito.

    Diário Digital / Lusa

    26-08-2007 9:30:00
    http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=85468
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      FD
    • 27 agosto 2007 editado

     # 6

    Crise no imobiliário vai «bater no fundo» em 2010

    A crise que já há cinco anos afecta o sector imobiliário em Portugal vai agravar-se nos próximos anos, devido ao aumento das taxas de juro, e deverá «bater no fundo» em 2010, prevê o director da Escola Superior de Actividades Imobiliárias (ESAI), Manuel Ferreira dos Anjos.

    O Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a endurecer a sua política monetária desde Dezembro de 2005, com as taxas de juro de referência a duplicarem num espaço de tempo inferior a dois anos. Actualmente, a taxa de juro está nos 4%, quando no final de 2005 se situava nos 2%.
    «Enquanto as taxas de juro se mantinham baixas, ainda era possível aguentar o sector, mas com este aumento estapafúrdio das taxas, o sector está morto e vai bater no fundo em 2010», afirmou Manuel Ferreira Anjos, numa entrevista à agência Lusa.

    Aquele especialista prevê que em 2010 serão construídas em Portugal apenas 22 mil habitações novas, contra os 122 mil fogos que eram construídos em 2001 ou os 36 mil em 2006.

    Mesmo assim, para conseguirem ser vendidas, aquelas habitações terão que ser de qualidade superior e direccionadas para a classe média/alta e para proprietários de meia idade, com maior poder aquisitivo, considera.

    Para Manuel Ferreira dos Anjos, uma situação limite do aumento das taxas de juro poderia levar à falência da banca, «já que 73% dos seus créditos estão directa ou indirectamente ligados à construção», mas afasta para já esse cenário.

    «Ainda assim, os preços das habitações vão aumentar mas a um ritmo mais lento, devido à diminuição da procura e apesar de o nosso mercado de construção ser o mais barato da Europa. O preço do metro quadrado em Portugal é 1.250 euros, mas em Espanha é de 1.750 euros, em França de 2.250 euros, de Inglaterra 2.750 euros, e de Alemanha 2.850 euros», exemplificou o director.

    Lembrando a importância do sector da contrução civil, que representa 75% do mercado imobiliário e 550 mil empregos, Manuel Ferreira dos Anjos frisa que «são necessárias medidas urgentes» para inverter a crise.

    «O sector precisa que o governo arranje alternativas, através de parcerias, porque já não vive da habitação, mas pode viver dos aldeamentos turísticos, hotéis, escolas, dos lares da 3ª idade e das estradas. Até na área do ambiente, a construção de uma boa rede de esgotos e de águas é uma alternativa», sublinhou.

    De acordo com o director da ESAI, o modelo pode passar quer pelo «arrendamento» daquelas infra-estruturas ao Estado, podendo este pagar a obra em leasing num período de, por exemplo, 20 anos, quer pura e simplesmente pela exploração privada das mesmas.

    Entre as alternativas, o director da ESAI, inclui também o necessário aumento da exportação e atracção de investimento estrangeiro.

    «Por um lado, as grandes empresas de construção e imobiliário devem internacionalizar-se e ir construir no estrangeiro, sendo os mercados preferenciais os de língua portuguesa, como o Brasil, Angola e Moçambique. Por outro lado, devíamos beneficiar a venda de produtos/casas portugueses a estrangeiros. Este conceito novo a que dei o nome de exportações internas é muito improtante e já feito pelos espanhóis há 15 anos», defendeu.

    Para tal, sublinhou, o Estado não precisa de dar nada, basta melhorar o tratamento fiscal na aquisição de casas por estrangeiros, ou seja, «privilegiar as vendas, deixando de penalizar os estrangeiros com contribuições autárquicas de 15%», como acontece actualmente.

    «Por exemplo em Badajoz, temos um mercado potencial, mas um espanhol não quer vir cá comprar, nem pode», lamentou.

    Além da crise que afecta a construção, Manuel Ferreira dos Anjos alerta para os problemas que também se instalaram no sector das Obras Públicas, que representa 25% do sector imobiliário e cerca de 110 mil empregos.

    «O sector das Obras Públicas caiu 50 por cento desde 2001 e também aqui já não há janela de oportunidade, porque o Orçamento de Estado tem diminuído as verbas para essas rubricas. Não se prevê o aumento do investimento público, mas no máximo a sua manutenção, o que significa que este segmento vai continuar a cair», antecipou.

    Por isso, Manuel Ferreira dos Anjos, considera que »só há escapatória nos casos em o autofinanciamento das obras é possível, como foi o caso da Ponta Vasco da Gama e poderá ser o túnel da Trafaria ou a auto-estrada do interior«.

    «Neste regime, é possível fazer muita obra», garantiu.

    No segmento da Reabilitação Urbana, o director da ESAI encontra «uma possibilidade de crescimento», mas «de fraca expressão», já que aquela «só será possível se der lucro, sendo necessário que o Estado legisle nesse sentido».

    «Além disso, é preciso ter em conta que o Estado é proprietário de 80 por cento dos fogos que estão por reabilitar. O governo que abra concursos para reabilitação urbana que as construtoras concorrem», desafia.

    Manuel Ferreira dos Anjos atribui aos impostos a principal causa da crise do sector imobiliário, afirmando que mais de 50 por cento do custo total da habitação são impostos «imorais, injustos e um disparate completo».

    «O Estado está a taxar os proprietários de um forma escandalosamente elevada e o que está a acontecer é a queda livre do sector a que se tem assistido nos últimos cinco anos. Mas o lucro paga zero», criticou.

    Além disso, aponta o dedo ao novo regime e arrendamento urbano, ao código dos contratos públicos e ao novo regime que considera «um desastre». «Por exemplo, o código dos contratos públicos está redigido exactamente ao contrário do que é normal e saudável no mercado que é a concorrência».

    De acordo com dados da Comissão Europeia, entre 2001 e 2006, o investimento em Portugal registou uma quebra de 13,9 por cento correspondente a uma taxa média anual de - 1,6 por cento, enquanto a evolução no volume de investimento na construção, foi ainda mais dramática: registou no mesmo período de tempo uma redução total de 25,2 por cento equivalente a uma taxa média anual de -5,04 por cento.

    Diário Digital / Lusa

    26-08-2007 9:32:00
    http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=85469
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      FD
    • 1 setembro 2007

     # 7

    Habitação: Remax apoia famílias com dificuldades em pagar

    A imobiliária Remax vai prestar assessoria aos clientes com dificuldade em pagar a prestação mensal do crédito à habitação, propondo outro tipo de crédito ou, mesmo, uma troca de casa para que passem a pagar um valor inferior.

    A iniciativa, a divulgar quarta-feira em conferência de imprensa, em Lisboa, visa responder «à actual situação do crédito em Portugal, agravada durante o mês de Agosto pela crise hipotecária nos Estados Unidos», disse à agência Lusa o presidente executivo da imobiliária, Manuel Alvarez.

    Segundo adiantou o responsável, este «plano de apoio» da Remax dirige-se às famílias portuguesas «que já adquiriram ou querem adquirir casa num cenário de agravamento das taxas de juro e maior dificuldade no acesso ao crédito para compra de habitação» e estará a partir de quarta-feira disponível em todas as agências da imobiliária no país.

    «Muitas famílias não estão a conseguir chegar ao fim do mês, ou estão a fazê-lo com muita dificuldade», afirmou Manuel Alvarez, salientando que em cada agência da Remax passará a existir um especialista financeiro disponível para analisar cada situação e apontar a solução mais adequada.

    «O que se pretende é que os nossos clientes continuem a ser proprietários de uma casa, mas cheguem ao fim do mês com capacidade para enfrentar outras despesas além da prestação mensal do crédito à habitação», disse.

    Conforme explicou, a Remax começará por analisar o crédito contratado pelo cliente, verificando se serão possíveis outras condições que se traduzam numa prestação mensal inferior.

    Nalguns casos, a imobiliária poderá mesmo recomendar a venda da actual habitação e a aquisição de uma outra, «com a mesma tipologia e adaptada às necessidades do cliente, mas que permita o pagamento de uma prestação mais baixa».

    «Às vezes, a troca de casa poderá resolver o problema de uma família», sustentou Manuel Alvarez, destacando a importância da experiência da Remax nesta área, com os seus 20 mil clientes e 30 mil angariações.

    Aliás, frisou, é precisamente a este nível que a assessoria da Remax se distingue da que poderia ser prestada pela banca e por outras instituições financeiras.

    «Os bancos e as financeiras não são imobiliárias, pelo que não conseguem atacar a raiz do problema, limitando-se a mudar o tipo de crédito», sustentou.

    De acordo com o presidente executivo da Remax, o lançamento deste novo serviço de assessoria da imobiliária implicou a formação, ao longo dos meses de Julho e Agosto, de vários funcionários na área financeira.

    O novo serviço da empresa vai agora ser publicitado em spots televisivos, na rádio e em outdoors, passando a estar disponível já a partir de quarta-feira.

    «Não pretendemos, com isto, vender mais casas, mas ajudar os clientes a fazer contas que, sozinhos, não conseguiriam fazer», concluiu.

    Diário Digital / Lusa
    http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=6&id_news=85558

    Há comportamentos muito curiosos...
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      FD
    • 1 setembro 2007

     # 8

    A subida da taxa de juro está a empurrar cada vez mais famílias portuguesas para situações de sobreendividamento incontrolável. O número de casos registados pela DECO não deixam margem para dúvidas: entre Janeiro e Junho deste ano, os pedidos de ajuda de consumidores com excesso de dívidas atingiu 636 casos, um aumento de 63,5 por cento face a igual período de 2006. E no final de Julho já havia 757 famílias sobreendividadas, quase tanto como os 905 casos registados em 2006.

    Com o valor da Euribor a seis meses, a taxa de juro mais utilizada no crédito à habitação, a mais do que duplicar nos últimos dois anos, as dificuldades financeiras das famílias têm sido mais notórias desde 2005. As estatísticas da DECO – Associação de Defesa do Consumidor são mais uma vez elucidativas sobre a tendência do sobreendividamento: se em 2004 o número de consumidores que pediu ajuda era de 573, no ano seguinte esse número ascendeu a 757 para atingir 905 casos no ano passado.

    E o pior é que esta tendência de agravamento deverá manter-se inalterada nos próximos tempos, até porque nos primeiros sete meses deste ano já foram registados 757 pedidos de apoio, um número que representa 84 por cento dos 905 casos ocorridos em 2006. Mais: só no mês de Julho passado, a DECO recebeu pedidos de ajuda de 121 famílias, quase tanto como os 152 casos registados em 2000, altura em que as taxas de juro estavam em valores semelhantes aos actuais. “O número de Julho, para um mês que já é de férias e em que os filhos estão fora da escola, é um número muito grande”, afirma Graça Cabral. E, remata esta responsável da DECO, “em Agosto continuaram a chegar pedidos de ajuda à DECO”.

    Os pedidos de apoio são oriundos de todo o País e referem-se a famílias com rendimentos médios. Mas mesmo com esta capacidade de obtenção de rendimentos, o diagnóstico é negro: “As pessoas estão completamente desesperadas” e “tentam tudo, de toda a forma e feitio para não deixar de pagar a casa”, precisa Graça Cabral.

    As causas do endividamento excessivo resultam da acumulação de créditos para a compra de casa, carro e outros produtos de âmbito pessoal. “Aparecem-nos pessoas com 12 créditos, que recorrem ao crédito para pagar outros empréstimos”, exemplifica a responsável da DECO. Por isso, concluiu, “a situação mais séria será, sem dúvida alguma, em 2007” e “a tendência é para se agravar”.

    REMAX APOIA COMPRADORES EM RISCO

    A imobiliária Remax lançou ontem um plano para apoiar as famílias com dificuldade em pagar a prestação mensal do crédito à habitação, propondo outro tipo de crédito ou, mesmo, uma troca de casa para que passem a pagar um valor inferior.

    “Muitas famílias não estão a conseguir chegar ao fim do mês ou estão a fazê-lo com muita dificuldade”, disse o presidente da imobiliária, Manuel Alvarez.

    Em todas as agências vai passar a existir um especialista financeiro disponível para analisar cada situação e apontar a solução mais adequada. O serviço é gratuito e acessível a todos, mesmo para quem não é cliente Remax.

    Apesar das dificuldades, a Remax registou, nos primeiros sete meses do ano, um volume de vendas de 735 milhões de euros, mais 68% do que o período homólogo de 2006.

    TROCA DE CASA ESTÁ A CRESCER

    As famílias estão a vender as suas casas para adquirir outras mais pequenas e, por conseguinte, mais baratas, de forma a contornar o aumento das taxas de juros no crédito à habitação.

    A denúncia partiu do presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Mediação Imobiliária, José Eduardo Macedo, que explica que o objectivo é vender a casa para depois adquirir uma mais pequena, com um crédito mais favorável, “diminuindo a prestação mensal” e indo ao encontro das suas “necessidades efectivas”.

    Este responsável garante que as empresas de mediação imobiliária estão a tentar ajudar as famílias em maiores dificuldades a negociar o crédito com os próprios bancos.

    SAIBA MAIS

    757 foi o número total de consumidores que solicitou ajuda à DECO para a renegociação da dívida aos bancos.

    4,727 por cento foi o valor registado ontem pela Eubibor a seis meses, taxa de juro de referência para a maioria dos contratos de compra de habitação.

    GABINETES

    A DECO tem gabinetes de apoio ao sobreendividado em vários pontos do País: Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Santarém, Évora e Faro.

    APOIOS

    Para além de ajudar a renegociar a dívida ao banco, a DECO presta ajuda aos consumidores na gestão do orçamento familiar, na consolidação dos créditos num único empréstimo.
    http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=255884&idselect=181&idCanal=181&p=0

    É impressão minha ou há algum empolamento de toda esta situação?
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      FD
    • 1 setembro 2007

     # 9

    Rendas pagas aos bancos subiram 10 euros em Junho

    RUDOLFO REBÊLO

    Os últimos contratos implicam mensalidades médias de 430 euros
    Os portugueses que nos últimos três meses contraíram empréstimos bancários para a compra de habitação estão a pagar, em média, 430 euros por mês, um aumento de dez euros face a Maio, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Também em média, os créditos concedidos pela banca rondaram os 89,8 mil euros.

    Os encargos mensais são cada vez "mais pesados" para as bolsas dos consumidores. Em termos médios, os portugueses estão a pagar, mensalmente, 327 euros por empréstimos que totalizam os 51,6 mil euros, mas os contratos celebrados nos últimos seis e 12 meses, terminados em Junho, indicam valores médios mensais de 421 e 418 euros, respectivamente.

    Os acréscimos dos encargos mensais explicam-se pelos maiores volumes de pedidos de empréstimos. O que, por sua vez, é justificado pela subida de preços da habitação nos últimos anos. E, claro está, também pela subida das taxas de juro, iniciada em Dezembro de 2005.

    Em média e em apenas um ano, os empréstimos bancários concedidos para a compra de habitação aumentou pouco mais de dois mil euros. Entre Junho e Julho, o contrato médio do capital em dívida à banca aumentou 209 euros. Isto enquanto a Euribor a três meses - as taxas de juro indicativas para o crédito à habitação e sobre as quais a banca comercial adiciona ao cliente um spread - passou do valor mínimo histórico de 2,16% em finais de 2005 para os actuais 4,7% (ver texto em baixo).

    Ontem, o INE dava conta que a taxa de juro negociada - pelos clientes e banca - situou-se nos 5,101% em Julho último, um acréscimo de 0,05 pontos percentuais face a Junho quando o dinheiro era vendido a um preço de 5,051%, "prolongando", diz o Instituto de Estatística, "a tendência de subida das taxas de juro, iniciada em Dezembro de 2005". A subida mensal do preço do dinheiro "abrangeu todos os destinos de financiamento considerados", incluindo o regime bonificado. Neste caso, a taxa de juro considerada em Julho foi de 5,582%.
    http://dn.sapo.pt/2007/08/28/economia/rendas_pagas_bancos_subiram_euros_ju.html
    •  
      FD
    • 1 setembro 2007

     # 10

    Dificuldades em pagar crédito
    Crise obriga portugueses a trocar para casas mais pequenas
    2007/08/29 15:58
    Paula Gonçalves Martins
    Cerca de 25 por cento dos clientes das mediadoras imobiliárias estão a tentar comprar casas mais pequenas ou mais baratas do que a que têm actualmente, porque já não conseguem pagar a prestação.
    Segundo o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária (APEMI), José Eduardo Macedo, em declarações à «Agência Financeira», estes casos «representam cerca de um quarto do total».

    «Normalmente, as motivações para se comprar uma casa nova são o nascimento de filhos, que implica a necessidade de uma casa maior, ou o aumento de rendimento, que está associado a uma melhoria das condições de vida, à mudança para uma casa maior, com melhores condições, numa zona melhor da cidade», explica. Mas, nos últimos tempos, surgiu uma nova realidade, que tem cada vez mais expressão: a necessidade de pagar uma prestação menor no crédito à habitação.

    As razões são sobejamente conhecidas: muita gente comprou casa no final dos anos 90 e início desta década, devido aos níveis historicamente baixos das taxas de juro, muitos portugueses compraram casas caras para os seus rendimentos e endividaram-se mais do que deviam. Depois, com a subida gradual do preço do dinheiro, as prestações dos créditos à habitação (e as outras também) foram aumentando e, como os últimos anos foram de crise, os salários nem sempre acompanharam o aumento da despesa. Resultado: muitas famílias já não conseguem pagar as mensalidades.

    «Muitas famílias estão à procura de casas mais pequenas, passam de um T3 para um T2, por exemplo, para tentarem resolver os seus problemas financeiros», diz o responsável.

    «Quando as agências medeiam a compra de uma casa, a sua relação com os clientes não se esgota aí, a ligação mantém-se. E quando esses clientes aparecem a dizer que não estão a conseguir pagar as prestações, as agências tentam ajudar e aconselhar os clientes, nomeadamente a negociar com os bancos condições melhores, como spreads mais baixos e prazos mais alargados. Existe também uma opção que é cada vez mais frequente, que passa por deixar uma parte do crédito para pagar no final do prazo», refere José Eduardo Macedo.

    Contas feitas, o sector da mediação imobiliária não tem tido razões de queixa, apesar da crise. O presidente da APEMI admite que «são conseguidas menos transacções», mas também adianta que «as operações que se fazem têm valores maiores».

    E explica que «a crise tem outra vertente: quando as casas são mais difíceis de vender, procura-se mais a ajuda de profissionais, as pessoas não conseguem vender as casas sozinhas».
    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=848170&div_id=2577
    •  
      FD
    • 3 setembro 2007

     # 11

    Encargos com o crédito à habitação sobem quase 2.000 euros
    As taxas Euribor, os indexantes dos empréstimos à habitação mais utilizados em Portugal, têm registado fortes subidas nas últimas semanas. E para quem vai rever o contrato de crédito da casa em Setembro as notícias não são animadoras.

    Sara Antunes
    [email protected]

    As taxas Euribor, os indexantes dos empréstimos à habitação mais utilizados em Portugal, têm registado fortes subidas nas últimas semanas. E para quem vai rever o contrato de crédito da casa em Setembro as notícias não são animadoras.

    Um contrato de 100 mil euros, a 30 anos, que tenha um "spread" de 0,7% e que esteja indexado à Euribor a 6 meses vai aumentar 39,65 euros face à última revisão, que decorreu em Março. No total, desde que os juros na Zona Euro começaram a subir, as famílias estão a ter um encargo adicional de quase 2.000 euros com o empréstimo à habitação.

    O Jornal de Negócios calculou a evolução das prestações mensais desde Setembro de 2005, altura em que os juros estavam nos 2% e em que o mercado começava já a antecipar uma subida por parte do Banco Central Europeu (BCE). Actualmente, os juros estão nos 4%, mas não deverá ficar por aqui.
    http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Economia&CpContentId=301756
  1.  # 12

    Mensagem dirigida a especialistas financeiros/bancos em Portugal:

    Qual e' a currente taxa de juros para credito 'a habitacao directamente atraves de instituicoes bancarias em Portugal?
    Na Australia, durante os ultimos 5 anos os juros de credito 'a habitacao aumentaram 12 vezes.
    Sera' que ha' bancos em Portugal interessados em prestar credito para habitacao (casa propria/investimento) em propriedades na Australia (Sydney) para cidada c/ nacionalidade Portuguesa a residir na Australia.

    Fico a aguardar respostas com todas as possibilidades e toda a informacao relevante em respeito a essa viabilidade .

    Desde ja' muito obrigado pela atencao,

    Margarida Sa'-Sawyer
    Email: [email protected]
    Telemovel: (61) 0421134422
    Telefone: (61-2) 9948 4422
    •  
      FD
    • 22 março 2008

     # 13

    Não é possível, tal como ainda não é possível que um banco português financie um crédito à habitação em Espanha...
 
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