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  1.  # 81

    Deixe-me dizer-lhe que 2000€+IVA por duas semanas de "trabalho" é roubo.

    . ninguém faz projectos em 2 semanas (a menos que os tenha na gaveta e nesse caso, mudar a cor das caixilharias não faz do projecto o seu proj. personalizado)
  2.  # 82

    Anónimo disse:
    maria branco

    Ao anónimo:

    Caro senhor tenho a dizer-lhe como leiga que sou nesta matéria, que se efectivamente pagasse 10.000 euros por um projecto que iria demorar cerca de 2 semanas iria ser roubada!!! Contudo deixe que lhe pergunte: se pagou 2000 euros por um trabalho de 2 semanas, supõe-se que nesse "projecto" não estão incluidos acompanhamento da obra (que nao se faz em 2 semanas), escolha de materiais e descrição pormenorizada dos mesmos no caderno de encargos. Ou estão!?!? Acredito que já sei a resposta!!
    Pois eu tb se quisesse gastar esse valor ia pra um desenhador projectista e ele fazia-me um desenho, agora chamar a isso um projecto.. desculpe mas não!!!
  3.  # 83

    Anónimo disse:
    Os 2,000 euros +IVA incluem os diversos projectos, escolha de materiais, caderno de encargos e projecto de execução. Só não inclui acompanhamento da obra, mas isso são "amendoins".

    Sinceramente, pouco me interessa se é um "desenho" , um "projecto" ou um "esboço", feito por um arquitecto de nome ou por um "reles" desenhador. O que me interessa é o resultado final, e é isso que merece ser avaliado.

    E é uma presunção enorme afirmar que só os arquitectos têm a sensibilidade para jogar com a iluminação natural, os equilíbrios sensoriais, o conforto térmico e visual, etc... É que na maior parte das vezes é uma questão de senso comum !!!

    Quem quiser pagar 10,000 Euros por um "projecto" de uma vivenda, avance. Mas não contem comigo...
    • FLR
    • 26 novembro 2007

     # 84

    Caro Anónimo

    Alguns dos melhores projectos da História da Arquitectura foram feitos (ou pensados) de um dia para o outro, nem foram precisas duas semanas. E alguns dos melhores projectos da história da Arquitectura foram feitos de graça. E os arquitectos de alguns dos melhores projectos da História da Arquitectura ainda não eram "de renome" quando os pensaram. Por isso, se obteve um projecto rápido, barato, bom, teve sorte. Nem o factor rapidez nem o factor preço são indicativos óbvios de qualidade, quando estamos a falar de alguns dos melhores projectos da História da Arquitectura.

    (sim, porque acreditem ou não, a Arquitectura é um corpo disciplnar, uma ciência/arte, e tem uma História, tal como a biologia, o direito, a pintura ou a filosofia- ou seja, não é só ir à Câmara e passar a limpo qualquer desenhito que vemos nas revistas da Taschen- com "senso comum", claro!)

    Por outro lado, seria inédito na mesma História da Arquitectura que um "reles desenhador" tivesse um momento Zen e fizesse um dos melhores projectos da História... não porque seja burro, mas sim porque não sabe, nem tem que saber, nada sobre esta ciência/arte, nem sobre a referida História.

    Ou seja, há Arquitectura, com A grande, que não tem que ser casas, podem ser bibliotecas, escolas, estádios, ou escritórios, que realmente fica para a História. E essa não tem preço. Aí sim, a luz natural, os equilíbrios sensoriais (seja lá o que isso for), o conforto térmico e visual, foram levados a pontos que nós nem concebemos...
    Depois, há o "corrente", o que nós achamos que chega para a nossa casita, que é igual a tantas outras, que tem "estilo" moderno, tradicional, ou seja lá o que for, e aí, não temos que esperar nada do outro mundo- às vezes, há quem espere, e às vezes sai um dos tais projectos a sério... Quando é assim, de facto, devemos esperar que seja rápido, barato, e, se for bem feitinho, tanto melhor. Mas não é Arquitectura "daquela", é só mais uma casita.

    Se chega, melhor para todos.
  4.  # 85

    Anónimo disse:
    Caro FLR,

    Pode parecer-lhe estranho, mas concordo consigo. O facto é que no meu caso particular eu não pretendo uma obra de arte, pretendo apenas um lugar para viver. E este "projecto" ou que lhe queiram chamar, chega e sobra para as minhas necessidades pessoais. Sei que tem muito copy-paste, mas quando a parte do copy é boa, qual é o problema do paste ? :)
    • FLR
    • 27 novembro 2007

     # 86

    Anónimo

    Como já terá percebido, sou arquitecto. E já me aconteceu dizer a pessoas que hesitavam em chamar-me, que não precisavam de mim para nada. De facto, elas sabiam para onde queriam ir, de uma forma que a minha intervenção era quase um abuso... Por isso, não me choca nada que dispense o arquitecto, ou que pelo menos não o ache essencial. Não há nenhum país no mundo onde todos os edifícios sejam excepcionais, o que os torna excepcionais é serem poucos. O resto é corrente, e está muito bem. Vamos é esperar que, pelo menos, o planeamento e ordenamento geral do territorio evitem as aberrações, em vez de termos um chilique de cada vez que vemos qualquer pormenor que ofende o nosso "sentido estético". O arquitecto, e aí sou peremptório, não é um consultor estético, nem um decorador. O Arquitecto é um coordenador, um solucionador de problemas. Fazem-me uma pergunta, dou uma resposta válida e completa. Por isso é que sei da minha área, seja ciência ou arte, e quem não é da área não sabe tanto. Simplesmente, a minha resposta será mais completa: já reparou que temos que saber um bocadinho de filosofia e história, e outro bocadinho de esgotos e máquinas de piscina? Entendidos em tudo, sem sermos especialistas em nada...

    Pessoalmente, detesto a fase de escolha de materiais, porque me sinto a mais quando as pessoas querem por em prática o seu sonho. Por essas e por outras é que fazer casas está longe de ser a área mais interessante da arquitectura. Há problemas muito mais complexos, que exigem respostas muito mais complexas. Já imaginou a aventura que é fazer um museu, uma sala de concertos, ou até planear um pedaço de cidade? Isso sim, são desafios.

    Cumprimentos e não nos preocupemos demais com questões pouco importantes...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, Viegas
    •  
      FD
    • 29 novembro 2007

     # 87

    Boa discussão. ;)
  5.  # 88

    Para os Sr. Arquitectos e Afins, então pelo sábio comentário do FLR, o valor de um projecto excluindo as especialidades para uma moradia de somente 100 m2 o preço "de tabela" rondaria os 7,87%, ou seja 4722 euros mais IVA. Bem isso de facto é o que se pode dizer que ao ler a portaria o Sr FLR mete porco e tira chouriço, então por esse preço não faz qualquer especialidades e nesse caso como pode chegar á portaria e aplicar assim sem mais nem menos a % lá indicada???
    Então aplica a Percentagem mas não executa os projectos de acordo com o Art.º 19??
    Alguns exemplos:

    c) Critérios adoptados na escolha do tipo de fundações e da estrutura e sua
    justificação;

    d) Cálculos das fundações e da estrutura, de acordo com os regulamentos em
    vigor;

    e) Cálculos das instalações e equipamentos, em harmonia com as disposições
    legais e regulamentares em vigor;

    f) Planta topográfica da localização do edifício e do conjunto em que se insere,
    incluindo as vias públicas que o servem, com a indicação das respectivas redes de
    esgotos, abastecimento de águas, electricidade, gás, etc., na escala mínima de
    1:2000;


    h) Plantas cotadas, cortes e pormenores dos muros de suporte e das fundações
    dos pilares, paredes e outros elementos de construção, bem como a localização
    das canalizações que com elas interfiram, na escala de 1:100, pelo menos;

    j) Cortes gerais dos edifícios que evidenciem a compartimentação, o
    dimensionamento dos vãos, as alturas e as larguras que interessem à construção,
    os diferentes níveis entre toscos (ou limpos) dos pavimentos e dos tectos, os
    locais destinados à passagem de canalizações e condutas, os elementos da
    estrutura (pilares, vigas, lajes, escadas e outros) e outras informações
    necessárias à execução do edifício (natureza e localização dos materiais de
    revestimento, articulações mais importantes entre diferentes elementos de
    construção, tipo de remates, etc.);

    k) Alçados do edifício que explicitem a configuração e o dimensionamento das
    paredes exteriores e de todos elementos nelas integrados (janelas, portas,
    vergas, palas, varandas, etc.), a natureza e a localização dos materiais utilizados
    nos revestimentos e nos elementos de construção e outras informações que
    sejam indispensáveis à construção do edifício;

    l) Cortes de pormenorização que indiquem os aspectos construtivos de maior
    interesse para a execução da obra;

    m) Mapa de vãos, com indicação da tipologia de cada vão, das respectivas
    dimensões e quantidades, do modo de funcionamento, da natureza e das
    características dos materiais e das ferragens e de outras informações necessárias
    ao fabrico e montagem de caixilharias, portas, envidraçados e outros elementos;

    n) Pormenores de execução dos diferentes elementos de construção que
    permitam a compreensão clara e a definição precisa do dimensionamento e da
    natureza das interligações dos diferentes materiais ou partes constituintes;

    o) Plantas e cortes definidores da estrutura, em que sejam representados:
    A posição, devidamente cotada, de todos os elementos estruturais (pilares, vigas,
    lajes, paredes, etc.);
    As secções, em tosco, de todos os elementos estruturais;
    As cotas de nível de toscos das faces superiores das vigas, paredes e lajes e,
    quando conveniente, as espessuras dos resvestimentos;
    A localização, devidamente referenciada, e as dimensões das aberturas e
    passagens através dos elementos estruturais;
    O desenvolvimento em altura dos pilares, que, além de figurar nos cortes, deverá
    ser definido nas plantas, com indicação dos pavimentos em que terminam ou têm
    início;

    p) Pormenores de todos os elementos da estrutura que evidenciem a sua forma e
    constituição e permitam a sua execução sem dúvidas ou ambiguidades, nas
    escalas de 1:50, 1:20, 1:10 ou superiores;

    q) Representação das estruturas de betão armado de acordo com as regras
    estabelecidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil;

    r) Plantas, alçados e cortes, na escala de 1:100, pelo menos, e, eventualmente,
    esquemas, perspectivas, etc., que facultem as informações seguintes:
    Traçado das redes e respectivas representações nas plantas, alçados e cortes do
    projecto geral;
    Dimensionamento das condutas eléctricas e das canalizações (tubagens, condutas
    e outros elementos de passagem das águas, esgotos, gases e outros fluidos);
    Indicação das interdependências mais importantes com a estrutura e com os
    elementos de construção (passagens com sinalização das aberturas ou cavidades,
    canalização das condutas eléctricas embebidas ou à vista, existência de tectos
    suspensos ou outros elementos para cobertura das instalações ou equipamento,
    necessidades de revestimentos especiais, etc.);
    Discriminação das características, localização e dimensionamento (quando
    necessários) de aparelhagem, elementos acessórios e equipamentos das
    instalações;
    .


    Depois vem com histórias que estudam a Luz , a iluminância, o Espaço , bem histórias….. Vamos a colocar um pouco os pés na terra que não são Artistas a esse ponto… julgam se o Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci , etc do séc XXI??? …… bem realmente só mesmo uma pessoa que não perceba nada de nada que vai pagar 4000 e tal euros por projecto de arquitectura de uma moradia com 100 m2…


    “Cumprimentos e não nos preocupemos demais com questões pouco importantes...”
    Se acha que pagar essa roubalheira é de pouca importância…. Pensamento correcto será, deixa lá mas é se engano mais um por 4000 e tal euros…
  6.  # 89

    Klaudinha... as percentagens são para efectuar POR CADA ESPECIALIDADE, correspondendo a percentagem ao valor estimado de obra de cada uma.

    Alguns pontos do Art. 19... são para ser efectuados pelos Projectos de Estabilidade e electrotécnico...

    As percentagens reportam-se a valores máximos, PARA OBRAS PÚBLICAS, e referem-se a todas as fases de projecto, incluindo PROJECTO DE EXECUÇÃO... também temos q ter em conta que os valores são para "soluções à medida".

    Depois, aplicár-se-ão os descontos comerciais que se entender


    PS: Os "Miguel Angelos" da arquitectura e engenharia, não querem saber da tabela e aplicam à cabeça 10%... e descontos!!! Nem vê-los.
  7.  # 90

    Eu vou pagar 2500 euros por um projecto de uma casa de 200m2 inserida num terreno de 5700m2,contudo,não contempla o projecto de engenharia nem as especialidades.....
    Claro que nós temos as nossas ideias e que são as mais importantes,porque temos que fazer uma casa em que nos consigamos sentir em casa,não é verdade?
    Porém,penso que a ajuda de um arquitecto também é essencial e pode dar uns conselhos engraçados relativamente à construção,no apoio ao licenciamento,apoio à obra,pois andaram a estudar tantos anos para alguma coisa foi.
    Eles podem ter muitas ideias e podem realmente ajudar,a minha arquitecta vai fazer-me vários esboços de casas,dentro de um esboço em eu lhe entreguei,e assim tentamos chegar a um concenso.....
    • FLR
    • 4 dezembro 2007

     # 91

    Claudinha:

    Obrigado por considerar sábios os meus comentários, mas apesar disso, parece que não percebeu nada. Como o Pedro Barradas já lhe explicou, o chouriço vem à parte, e não sou eu que o tiro. Ou seja, a Arquitectura incide sobre X, que é o custo de obra, mas as Águas e Esgotos, por exemplo, incidem sobre Y, que é o custo calculado para essas "artes". Tudo somado, dá o preço global.

    Agora, é verdade que o que eu disse foi que o preço SERIA aquele, à tabela, não disse que o cobro, nem se acho bem ou mal, e acho que descrevi, no mesmo post, tudo o que está incluído, quantificável e não quantificável. Por isso, o seu tom é um bocado incisivo demais.

    A seguir, em todas aquelas tretas que escrevi sobre luz, espaço, e sobre os Da Vincis do sec.XXI, não me referia a mim, por modéstia. Com certeza que o que a Cláudia sabe sobre esses assuntos chega e sobra para o seu nível de exigência, pelo que remeto para um post que aí pus há uns dias, em que explico porque é que não me choca nada que as pessoas dispensem o arquitecto. E também disse que muitos dos melhores projectos de todos os tempos foram feitos de graça- às vezes, o gosto pela profissão prevalece, nem todos roubamos...

    A única coisa que disse a meu/nosso respeito, foi que o arquitecto é um solucionador de problemas- quanto mais complexo o problema, mais se justifica a sua presença. Eu sei mais de Arquitectura do que a Cláudia, e a Cláudia lá saberá da sua profissão. Mas há problemas que qualquer um resolve, por isso escusa de chamar ajuda. Não me faz falta uma lei que OBRIGUE a chamar o arquitecto contra a vontade das pessoas, apesar de achar que o tempo em que os amadores desenrascavam as coisas já acabou- mas lá está, isto nota-se em temas mais complexos do que as casas: nas casas, pode ser que se note depois, quando já é tarde.

    Também é verdade, estudo a luz, o espaço, a funcionalidade, os materiais, os pormenores, os terrenos, etc.- se não fizer isso, fico sem nada para fazer... Se está habituada a quem NÃO faça isso, e ainda cobre, então tem razão no que diz. Não é preciso ser grande artista para o fazer, basta não ser preguiçoso. Mas com os pés bem assentes na terra, sei que o meu trabalho não é assim tão bem pago, tendo em conta o meu esforço, o tempo dispendido, o custo de obra, e o ganho relativo do cliente.

    “Cumprimentos e não nos preocupemos demais com questões pouco importantes...”- Referia-me exactamente às N situações em que o esforço acrescido do arquitecto é dispensável, às situações em que só se quer mais uma casita, como o Anónimo a quem respondi, mas assumidamente, e sem manias de perseguição, como a que parece ter ao desconfiar que quem cobra o valor justo e legal está a enganar o parceiro... ou então aconteceu-lhe alguma dessas, o que lamento. A questão é que, se calhar, paga o mesmo pelo trabalho mal feito do que pelo bem feito- cuidado com quem contrata...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pormenor
  8.  # 92

    Concordo plenamente com o FLR.
    Tenho vindo a reparar numa hostilidade por parte de alguns elementos em relação ao trabalho feito por arquitectos ou aos honorários por eles cobrados.
    Não sei qual a razão de tanta amargura, se por frustração pessoal ou se por mero desconhecimento do "nosso" trabalho.
    Tal como o FLR eu não pretendo impor o meu trabalho a ninguém, valorizo-o da maneira que acho mais correcta e quem concordar com esse valor trabalha comigo.

    Por muito que custe a alguns, há clientes que também não interessam e não falo apenas nos que não querem pagar um valor justo.

    Talvez um dia algumas pessoas ponham os pés-no-chão e comecem a perceber que nem só o trabalho delas é que tem de ser pago.
  9.  # 93

    bem pelos visto não sei se percebeu o que disse,,,,mas vc continua a achar que ao valor total da construção aplica-se a tal percentagem ...

    por isso para uma obra de 80.000 € daria um valor para a arquitectura de 4000 € e tal, pelas especilaidades quanto seriam? é que pelo que diz daqui a nada os projectos saem mais caros que a obra....

    Diz que nao o cobra, mas dizer que esse seria o valor de cálculo tb não está correcto, pois tá a ilusão que esse seria o valor correcto.


    Ps: "Miguel Angelo" da arquitectura e engenharia, não querem saber da tabela e aplicam à cabeça 10%... e descontos!!! Nem vê-los" ......10% do valor do que???


    e que se for do valor da construção , estando a construção para moradia de 200 m na ordem dos 125000 a 140000 , está a dizer que o projecto de arquitectura é de 12 500 € a 14 000 €??

    hummmm não me parece.........
    ...

    Gostaria de colocar aqui um desafio ao Sr. Arquitectos presentes,,,,, o Porque de nao exibirem os vossos trabalhos.. atraves de fotos....assim sempre pudemos dizer se é bem entregue ou não (pelos valores falados não existe projecto de aruitectura dentro dos pârametros menscionados como é óbvio que seja bem entregue, pois 4000 e tal euros por moradia de 200 m2 é UM ROUBO)
  10.  # 94

    Portaria nº de 7 de Fevereiro de 1972 – Publicada no Suplemento ao Diário do Governo, nº35, 2ª
    série, de 11 de Fevereiro de 1972.
    Alterada pelas:
    . Portaria nº de 22 de Novembro de 1974, publicada no Diário de Governo, nº2, 2ª Série, de 3 de
    Janeiro de 1975, e
    . Portaria publicada no Diário da República, nº53, de 5 de Março de 1986.


    Poderá apresentar as reclamações em relação aos cálculos a quem de direito.

    Cumprimentos e o desejo que o seu trabalho seja pago devidamente.
    • FLR
    • 5 dezembro 2007

     # 95

    Pormenor

    O antagonismo deve-se a desconhecimento, baixo nível de exigência, mas também ao facto de, quer queiramos quer não, os arquitectos também fazerem por aí muita porcaria... Não somos uma classe "só" com gente competente, mas pagamos todos pelos pecadores... Mas nas outras profissões também há gente mal paga, bem paga... Conheci um advogado que me explicou uma vez o segredo do seu sucesso: "os meus honorários são estupidamente caros, e as pessoas tendem a pensar que sou melhor que os outros..."!
  11.  # 96

    Claro que há gente bem paga e gente mal paga, e que há discrepância na qualidade e quantidade de trabalho apresentado por arquitectos. Mas isto é como em tudo e cabe a quem compra um produto saber avaliar a qualidade do que vai comprar.
    Só não percebo a indignação de alguns porque sei que eles têm alternativas no mercado, para o preço que querem pagar, agora não me venham dizer é quanto é que eu devo cobrar pelo meu trabalho.

    Nos chineses compra quem quer e eu às vezes também lá vou... mas sei o que trago pra casa.
    •  
      FD
    • 5 dezembro 2007

     # 97

    Podem-se dizer as coisas sem tons depreciativos e pejorativos, certo?
    Pode-se discordar e apresentar factos e argumentos. Tudo o resto é dispensável.

    Só assim é que se consegue conhecer a opinião de todos, evitando um monólogo e a saída do fórum de opiniões úteis para todos.

    As pessoas que dão a sua opinião e partilham as suas experiências profissionais fazem-no com boa vontade e, para que possa existir uma real partilha de informação útil, penso que se deverão sentir à vontade para o fazer.
  12.  # 98

    Anónimo disse:
    Olá
    O que pretendo escrever aqui é apenas uma mera opinião "informal", por isso tem o valor que tem.
    Fala-se do preço dos projectos alto, baixo, aconselhavel, assim, assim, etc, para uma moradia de 200m2.
    E fala-se aí de imcompetência/competência dos técnicos e até daqueles que trabalham a custo zero.
    Pois bem, foi essa incompetência/competência que me levou a escrever este comentário/opinião.
    E para não ser muito maçudo, coloco uma questão:
    Quem são directos responsáveis por essa competência/incompetênca?
    É impossivel que um técnico COMPETENTE, que faz o projecto por 2000€, apresente o resultado do seu trabalho como aquele outro técnico COMPETENTE que cobra o preço de 10.000€.
    O facto do 1º cobrar um preço tão baixo, não o torna INCOMPETENTE, até porque conheço alguns técnicos que fazem e produzem trabalhos a um ritmo de 5 para 1 e são de uma COMPETÊNCIA de louvar. Talvez isso justifique o preço baixo. Talvez isto explique tambem o facto da Fiat produzir 500000 Puntos e 100 Ferraris,.
    Claro que o trabalho e resultado final, tal como na fiat é bem diferente, mas será que os PUNTOS são maus? e INCOMPETENTES? Penso que não.

    O Cliente é o directo responsável pela escolha do Técnico que quer que seja o autor da obra da sua vida e pela qualidade do projecto que pretende.
    Se quer um projecto minimo para o licenciamento nas CM, tem o preço de 2000€. Isso é sinal de que o cliente sabe que tipo de obra quer, quais os materiais a aplicar, que valorize ou não (se lhe interessar) etc...
    Se o cliente quizer uma obra garantida, que seja fiscalizada, bem construida, com materiais de qualidade, com controlo de custos, que tenha valor futuro, que funcione..., então opta pelos 10.000€.

    E a qualidade do Técnico? Será que está posta em causa? Quem disse que o mesmo técnico não é o mesmo que faz os dois preços totalmente diferentes? Colocar em causa a capacidade e competência de um Técnico nestes termos é de todo irresponsável. Então os que trabalham a zero eeuros conforme foi dito? Tiraram um curso, alguem os aprovou e são INCOMPTENTES, não serão antes EXPLORADOS?

    Para diferentes acabamentos, diferentes preços.

    Cumps
    LFerreira
    • FLR
    • 5 dezembro 2007

     # 99

    Sabe, Anónimo, o problema é o conflito entre "a obra da sua vida" e "um projecto mínimo para licenciamento nas CM"...

    Tem toda a razão: como já disse há uns dias, o factor preço, isolado, não é medida da qualidade. Mas há mais:

    As pessoas parecem começar nos mínimos: vou gastar pouco, o projecto pode ser copy-paste, tudo corrente, feito depressinha e bem, etc. Aí, tudo bem, com a mesma competência, o Arquitecto dirá "não precisa de mim", ou "precisa de mim, mas de uma forma básica, como um apoio técnico", e os honorários são baixinhos...

    Mas, depois, começa a tomar forma a "obra da sua vida"- o entusiasmo pelo que está a tomar forma, as ideias novas que vão aparecendo no decurso do trabalho, as opiniões de família e amigos... e quando se dá conta, estamos imersos em trabalho, a lidar com um cliente altamente exigente e altamente entusiasmado, que leva as decisões a peito, e que dificilmente se lembrará que, no início, pediu os mínimos...

    Dificilmente se encontra alguém que, ao construir a sua própria casa, mantenha a mesma racionalidade e pragmatismo ao longo de todo o processo. E, no fundo, toda a gente que está a criar algo para si há-de querer garantia, fiscalização, boa construção, e tudo o resto que afirmou que valia os tais 10000 euros. Só que já vai ser tarde porque se tinha partido do pressuposto contrário. É muito complicado.

    Quanto à questão da exploração/competência, e de trabalhar de graça, ainda é mais complicado. Mas a competência não é só o que se faz em cada projecto. Há uma "competência" que diz respeito a gerir a sua carreira, a saber crescer, a procurar emprego nos locais certos, a sair do país (ah pois), a detectar a altura de avançar sozinho e deixar um emprego, a arriscar recusar um cliente, e ousar trabalhar de graça, numa fase inicial, quando se quer seduzir alguém para o futuro... Ou seja, não é OBRIGATÓRIO ser-se explorado, e a imaginação ajuda, assim como ajuda saber um bocadinho do que a malta da gestão e do marketing faz todos os dias.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, Pormenor, ramiguel
  13.  # 100

    Anónimo disse:
    MariaBranco

    Boa tarde! Após ver os comentários anteriores surgiu-me uma dúvida. Quando se atribui o valor total do projecto dev-se multiplicar a area bruta de contrução pelo preço por m2 com ou sem IVA?
    È que se for com IVA o valor dos honorários do arquitecto passa a ser muito superior uma vez que a estimativa da casa tb o é!
    No ultimo tranche de pagameno ao arquitecto, normalmente fazem-se acertos de honorários em função do custo final da casa?

    Obrigado
 
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