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  1.  # 41

    Estratégia FUD ou em versão inglesa
    Já agora, a meritíssima Ordem, na sua grande sapiência, faz alguma coisa em relação a esses médicos que não cumprem com o seu dever ético e deontológico de praticar preços altos, desculpem, de tratar bem os doentes?
    • sa2
    • 22 outubro 2008 editado

     # 42

    Boas

    A conversa está a aquecer! Mas mais uma vez estamos a fugir ao tema!
    Os topografos têm uma Associação Nacianal, porque não discutem o assunto?

    Em todas as classes temos pessoas que trabalham com preços altos e outras com preços baixos!
    Quem desempenha a sua função da melhor maneira? Não sabemos!
    Cada um é livre de cobrar o que bem entende. Até pode trabalhar de borla!!! O problema é que alguns sabem dar valor ao seu trabalho e ao seu desempenho, outros nem por isso! Alguns levaram anos a valorizar-se, a obter conhecimentos, atirar o seu "canudo", outros foram tirar o curso na "escola profissional ali da esquina", outros fazem como sempre firam fazer e foram ensinados por alguém que já sabia umas coisas. Depois ainda temos outras situações, uns trabalham com aparelhos que tiveram de comprar, ou ainda estão a pagar, outros trabalham com aparelhos "emprestados". Uns tem empresas, ou estão colectados e pagem impostos, suguros, etc..., outros nem por isso!

    Em todas as áreas temos disto! Querem um exemplo: Empreiteiros com alvarás vs Pedreiros colectados; quem faz mais barato?

    cumprs
  2.  # 43

    Colocado por: jcaldeiracaro luisvv
    Eu sou membro da ANET - Associação Nacional de Engenheiros Técnicos ha cerca de 8 anos e posso-lhe garantir que nunca sofri pressões sobre como deveria executar e cobrar pelos meus serviços. Muito pelo contrário, desde que a cota "pingue" a tempo e horas...
    Já percebi que tem uma espécie de aversão ao associativismo ou coorporativismo, mas como sabe esse é um direito consagrado na Constituição.


    Caro jcaldeira, há uma diferença fundamental entre associativismo e corporativismo..
    Associações profissionais há muitas, e ainda bem. Já as Ordens são mais que meras associações, pois são dotadas de um estatuto especial, por delegação de poderes do Estado, para prossecução de um suposto "interesse público". Na prática, são verdadeiros carteis.


    Como compreenderá as hipóteses de atingir determinados interesses são melhores se unidos do que agindo individualmente. Agora se os interesses de determinadas associações/cooporações/ordens (como le queira chamar) entram em conflito uns com os outros ou com os interesses da sociedade em geral, isso já é outra conversa.


    Naturalmente. Mas repare que o associativismo é perfeitamente legítimo - porque é livre, e porque em teoria não impede o funcionamento do mercado.
    Já as Ordens, são organizações de inscrição obrigatória, investidas de poderes típicos do Estado, e que funcionam como verdadeiros carteis. Umas mais que outras, consoante a sua capacidade de "gritar" conquistaram poderes inconcebíveis - vide as tentativas de bloquear o exercício das profissões a licenciados em determinados cursos, vide as pressões para impedir a abertura de vagas em faculdades de medicina, entre outros inúmeros exemplos.


    Quanto aos preços médios, refiro-me a eles com conhecimento dos preços que colegas meus praticam para determinados serviços. Não se trata de concertação de preços mas sim de evitar concorrência desleal.


    Esse conceito da concorrência desleal é engraçado - basicamente, é o colega cobrar menos do que eu estou disposto a cobrar. Na vida real, isso chama-se "concorrência", sem o desleal.

    Sobre as tabelas, exemplos avulos:
    a) há 3 anos recebi factura de um engenheiro, referente à vistoria a umas obras num condomínio, na qual fazia referência directa à tabela da Ordem. Os estatutos da OE estabelecem fórmulas de cálculo de honorários e percentagens, de acordo com o valor dos trabalhos.

    b) A Ordem dos Médicos estrebuchou durante anos até ser obrigada pela Autoridade da Concorrência em 2005 a retirar a sua tabela. Deixou de ser oficial, mas continua a existir como referência.

    c) Os CD da O.Advogados tinham tabelas de preços a nível de comarca. Continuam a existir, de forma não oficial.

    Isto, fora as outras práticas anti-concorrência.
  3.  # 44

    Colocado por: luisvvEstá a gozar, certo? Não se lembra, ou julga que não nos lembramos, da guerra das equivalências, que obrigou a intervenção política ao mais alto nível?

    Sim... E? De que resultou daí? Podem exercer ou não? Como vê foi muito barulho sem resultados...

    Colocado por: luisvvPelos vistos, passa demasiado tempo aqui no forum, e não lê jornais. Cultive-se, que só lhe faz bem.

    Comece por aqui, por exemplo...

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1346631

    http://dn.sapo.pt/2008/10/20/sociedade/medicos_dentistas

    http://www1.netfarma.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=678&Itemid=49

    Que tem isso a ver com o poder das ordens? Ou com a "entrada recente das seguradoras no ramo" como disse?
    O que se passa nestes casos são "seguradoras" (entre aspas pois do que trata nos artigos não tem nada a ver com seguros como nos os conhecemos, se quiser eu explico-lhe...) que se aproveitam da falta de trabalho de alguns (cada vez mais) para lhes "impor" tabelas ridículas, em que chegam ao ponto de fazerem actos clínicos de borla... E acho que ninguém gosta de trabalhar de borla....
    E a ordem apenas (e bem!) vem a público alertar para isto, para novas formas de "exploração"... Acha que tem poder para fazer algo? Limita-se a dar a conhecer casos que a opiniao pública deve conhecer...

    Parece-me que anda a ler os jornais na oblíqua...
  4.  # 45

    Colocado por: Pedro Azevedo78
    Sim... E? De que resultou daí? Podem exercer ou não? Como vê foi muito barulho sem resultados...



    Agora podem, mas durante muito tempo, foram impedidos. Se acha que não teve resultados...


    Que tem isso a ver com o poder das ordens? Ou com a "entrada recente das seguradoras no ramo" como disse?
    O que se passa nestes casos são "seguradoras" (entre aspas pois do que trata nos artigos não tem nada a ver com seguros como nos os conhecemos, se quiser eu explico-lhe...) que se aproveitam da falta de trabalho de alguns (cada vez mais) para lhes "impor" tabelas ridículas, em que chegam ao ponto de fazerem actos clínicos de borla... E acho que ninguém gosta de trabalhar de borla....


    Sei perfeitamente de que "seguros" se trata. E a referência a este assunto está perfeitamente enquadrada com a discussão sobre as funções e objectivos das Ordens - a defesa do seu cartel.


    "Como vê foi muito barulho sem resultados..."

    "E a ordem apenas (e bem!) vem a público alertar para isto, para novas formas de "exploração"... Acha que tem poder para fazer algo? "



    A natureza das Ordens e a sua legitimidade não se alteram em função da sua menor ou maior capacidade de cumprir os objectivos corporativos.
    O facto de nem todas as Ordens terem o mesmo nível de sucesso nas suas estratégias não as torna mais legítimas. É evidente que umas têm maior influência que outras, umas são mais competentes que outras - mas todas prosseguem os mesmos fins.

    Podemos dar "n" exemplos, mas o simples facto de até 2005 a maioria das Ordens ter tabelas de preços é esclarecedora. Mas o mais claro de todos os exemplos ainda é o da O.Médicos e da guerra à abertura de vagas..
  5.  # 46


    Caro PauloAzevedo78, com os cumprimentos da Ordem dos Médicos Dentistas, notícia de Junho de 2008:


    " A Ordem dos Médicos Dentistas pondera impedir o acesso à profissão, caso continuem a não existir soluções de emprego para estes profissionais, revelou hoje à Lusa o bastonário da classe.
    (…) Perante este cenário, que classifica de «muito grave», a Ordem está a ponderar impedir o acesso à profissão, alegando que estão cobertas as necessidades sanitárias do país, em termos de medicina dentária."
  6.  # 47

    ...e reprodução de um post d'O Insurgente, cujo conteúdo subscrevo...


    O bastonário da Ordem dos Advogados anda muito indignado com a Portaria 10/2008, de 3 de Janeiro, que regulamenta o novo regime de apoio judiciário. Esta portaria prevê a possibilidade de, aos advogados que o requererem, serem atribuídos pacotes de 10, 20 a 50 processos judiciais. Os honorários a receber pelos advogados que aceitem este esquema de patrocínio oficioso, variam entre os EUR. 350,00 e os EUR. 640,00 semestrais.

    Para o bastonário os valores em causa são ofensivos à dignidade de um advogado. É aqui que não se entende a fúria do Dr. Marinho Pinto. Se os honorários em causa são indignos, ninguém os aceitará. A não ser que haja advogados dispostos a trabalhar por tão pouco dinheiro. E se os há, é porque precisam dele. Porque estão dispostos, apesar disso, a progredir na profissão que escolheram. Porque sabem, apesar de tudo disso, que um percurso difícil nunca se inicia de forma fácil.

    É este o ponto fulcral: O Dr. Marinho Pinto julga saber o que é digno e indigno para cada um, independentemente de conhecer as razões e as condições de cada advogado. De cada colega. Independentemente de saber qual o esforço e capacidade de trabalho, o sacrifício, o risco que cada advogado está disposto a correr.

    Quando até na profissão mais livre se quer tutela, não nos deve espantar a falta de um espírito empreendedor essencial ao desenvolvimento do país.
 
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