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  1.  # 41

    Por acaso ouvi um zum zum qualquer que o metro de lisboa ia passar a andar mais devagar para poupar energia, alguem confirma ???
    • jma
    • 20 dezembro 2011

     # 42

    Caro kugu_elu,

    Então vamos lá uma última vez...
    - afirmou que "o desgaste do carril baixo e do carril alto deve ser igual";
    - eu discordei, e mantenho, uma vez que numa via de tráfego misto e velocidades de circulação diferentes, isso não é possível nem é um objectivo, principalmente porque:

    1 - O tráfego pesado/mais lento circulará SEMPRE com excesso de escala;
    2 - É o tráfego pesado que provoca maior desgaste nos carris.
    3 - Os limites admissíveis para a insuficiência de escala (comboios rápidos) não permitem dimensionar uma via apenas para o trafego lento (o qual por sua vez também será heterogéneo);

    Daí decorre que é inevitável que, em curva, a fila baixa apresente SEMPRE um desgaste superior ao carril da fila alta, pelo que NÃO É POSSÍVEL que o desgaste dos carris seja idêntico.
    O objectivo do dimensionamento será o de MINIMIZAR o desgaste superior que esse carril apresentará (e que poderá passar pela adopção de um carril que suporte melhor o desgaste a que estará sujeito) e NÃO o de igualar o desgaste de um carril com o do outro.
  2.  # 43

    jma,
    concordo com tudo o que disse tirando a parte:
    Os limites admissíveis para a insuficiência de escala (comboios rápidos) não permitem dimensionar uma via apenas para o tráfego lento (o qual por sua vez também será heterogéneo);

    No entanto também não discordo. O que me parece aqui é haver uma confusão minha ou sua. Por muito que seja a velocidade adoptada para a via obviamente que o tráfego lento será sempre aquele que circula com excesso de escala, no entanto não impede que haja tráfego de mercadorias com insuficiência de escala.

    Quanto á parte prática se é possível ou não igualar o desgaste não sei porque não tenho experiência para tal, logo terei de acreditar no que diz já que me parece bem informado/conhecer. Mas teoricamente tal é possível jogando apenas ou com as velocidades ou com o número de passagens, e era a isso que me queria referir, como já deve ter percebido as minhas intervenções aqui são apenas teóricas e ponho-as sempre na "mesa" para que pessoas como o jma venham contestar a sua aplicabilidade/possibilidade na prática.

    E para que fique claro, eu afirmei "o desgaste do carril baixo e do carril alto deve ser igual" para que a substituição dos carris coincidisse. Não sei se tal trás vantagens práticas sequer...sei apenas que tal reduz os custos de manutenção.

    Já agora o jma como está ligado á ferrovia? isto é apenas uma mera curiosidade para saber como posso prosseguir com as minhas ideias/questões.
    • jma
    • 20 dezembro 2011

     # 44

    citação: "Por muito que seja a velocidade adoptada para a via obviamente que o tráfego lento será sempre aquele que circula com excesso de escala, no entanto não impede que haja tráfego de mercadorias com insuficiência de escala."

    Não entendi a sua dúvida. A minha frase pretende apenas reforçar que a escala é um compromisso entre o limite admissível de excesso de escala e o limite admissível de insuficiência de escala. E, ou as velocidades de circulação entre "lentos" e "rápidos" são muito próximas, e já sai do campo que eu falei (tráfego misto e velocidades diferentes), ou não é possível adoptar
    uma escala que procure apenas reduzir o desgaste do carril uma vez que o conforto dos passageiros impede que se reduza essa escala.
    Repare que mesmo sem entrar na alta velocidade, uma via projectada para a circulação de um comboio tipo "alfa" (vou esquecer a pendulação) terá de estar preparada para velocidades de 220km/h, o que não é atingivel num comboio de mercadorias. Nas melhores das hipóteses e dependendo da carga, este circulará a 160km/h, mas o cálculo da escala não pode ser para este comboio específico mas para o que se prevê que seja a velocidade "normal" de circulação dos comboios de mercadorias.
    Se dimensionasse uma curva para uma vmáx de 220km/h e uma vmin de 120km/h (que se adapta ao exemplo que dei), para um Rh de 2250m e uma escala de 140mm teria uma insuficiencia de escala de 70mm e um excesso de escala de 64mm.

    E ainda não entendi porque acha que a sua posição representaria a teoria e a minha a prática. uma vez que os meus argumentos representam um cheirinho do que é a base para o estudo de traçado de uma via férrea.
  3.  # 45

    ok, já percebi qual pdoerá ser a confuzão, talvez não me tenha explicado correctamente,
    Mas eu estou a falar de compatibilizar o desgaste pelo equilíbrio das passagens dos vários tipos de circulantes. Vou exemplificar:

    Vproejcto 100km/h
    Vcomboio 1 150km/h passageiros
    Vcomboio 2 70km/h mercadorias
    CurvaX
    Comboio 1 dá um desgaste de 1mm por cada 1000 passagens
    Comboio 2 dá um desgaste de 2mm por cada 1000 passagens

    Logo para igualar e passando o comboio 2 uma vez por dia o comboio 1 teria de passar duas vezes. E assim teríamos a substituição dos carris em simultânea.
    Há também a hipótese de passar cada um uma única vez por dia e então a manutenção seria
    1 ciclo - carril baixa
    2 ciclo - vcarril baixa e carril alta
    3 ciclo - carril baixa
    2 ciclo - vcarril baixa e carril alta

    Ou seja, iguala-se o desgaste do carril alto com o desgaste do carril baixo, no entanto o carril baixo pode ter muitas mais substituições que o alto. Se isto é uma preocupação na prática ou não já não sei.

    Isto é a teoria de que falo, quando disse que o jma era mais prático referia-me:
    O objectivo do dimensionamento será o de MINIMIZAR o desgaste superior que esse carril apresentará (e que poderá passar pela adopção de um carril que suporte melhor o desgaste a que estará sujeito) e NÃO o de igualar o desgaste de um carril com o do outro.
    • jma
    • 20 dezembro 2011

     # 46

    Caro kugu_elo, do que li anteriormente, julgo que é projectista de rodovias. Como resposta à dúvida acima, questiono-o se para o dimensionamento de um pavimento de uma estrada, onde tem de entrar com a % de pesados, se acha que faria sentido ter de receber primeiro a informação completa sobre TODOS os veículos pesados que efectivamente circularão nessa estrada, quais as cargas que transportarão e o consequente peso por eixo, bem como a velocidade real que todos eles circularão numa determinada curva. E só estando na posse de toda esta informação é que poderia dimensionar o pavimento....
    o exemplo que dá não faz qualquer sentido... olhe, para dar um exemplo mais dentro do espírito do forum da casa, é o mesmo que dizer que para dimensionar uma laje de um piso de uma habitação, preciso de saber o peso exacto de todas as pessas que habitarão a casa, dos animais de estimação, do peso e local exacto de colocação dos móveis e dos circuitos pedonais mais habituais dentro dessas divisões e que sem estes elementos, não se poderá calcular a laje... e considerar que isto é teorizar sobre o assunto..
    • jma
    • 20 dezembro 2011

     # 47

    .. já agora apenas um aparte no que diz respeito ao seu exemplo.. não pode ter uma velocidade de projecto de 100km/h e ter lá comboios a circular a 150km/h!... olhe que isto não é uma AE onde se dimensiona para 120km/h, e os artistas passam a 240km/h!!
  4.  # 48

    Foi só um exemplo...o que quis dizer era com a escala para 100km/h, a insuficiência de escala a 150km/h e o exesso de escala a 70km/h. Eu sei como se projectam as vias ferreas, não sei é os limites de cor.
    E sim ,acredito que o que digo seja impossível, mas também não falo em exatidão, mas sim em aproximação. Ou na tentativa de máximizar a manutenção, com a continuada gestão da via variando as velocidades.
    mas se diz que é absurdo, então acredito.

    Quanto aos pavimentos tem razão, apenas se usam os pesados e estes devem ser divididos por classes onde se usam as percentagem que vão passar de cada classe e a percentagem da carga, existindo 3 categorias, descarregado, carregado, e carga máxima legal. Obviamente que será algo muito difícil de se obter...mas há estudos dos quais pode-se socorrer, passando assim a ser um exercício de estatística.
    As cargas são divididas em classe de pesado e entre cada um são divididos por carga (dentro das 3 que mencionei)... As classes vão do F até ao I, sendo que existem subclasses e algumas classes são pouco comuns em Portugal, e uma velocidade fixa.
    No entanto não discordo se me disser que muitas estradas são projectadas pelo MaCoPav...
  5.  # 49

    civismo,

    provavelmente os alfas eram desdobramentos de um horário.
    o alfa tem taxas de ocupação médias de 90% e muito frequentemente esgota. Nesses casos, quando possivel, tem sido politica da CP fazer desdobramentos. Colocar duas composições no mesmo horário. Terá assistido a um caso duplo, com 3 composições no mesmo horário, talvez por causa do Natal e da esperada greve.
  6.  # 50

    Sou ou não um visionário ? :)

    Transtejo vai navegar mais devagarinho para poupar
    http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=69548
  7.  # 51

    Alguém sabe como está a História do TGV, vai-se avançar com alguma coisa? Nem que sejam com um TGV mais lento? ou só de Mercadorias? Abraço
  8.  # 52

    Colocado por: jmase for a 200km/h, serão kWh a cada 18 segundos

    Não será 1 KWh por cade 18 segundos e sim 1KW a cada 18 segundo, pois o "h" da sigla KWh significa o consumo por hora
    Portanto se formos pensar em Kwh com os dados que disponibilizou, o correcto seria dizer que um comboio a 200km/h consome exactos 200KWh.
    Ou €34,00 de electricidade por hora.

    Cumprimentos. =)
  9.  # 53

    Hoje de manhã vim no Intercidades a partir do porto.

    Já aqui tinha avançado com a ideia do " E porque não meter os comboios a andar mais devagar" .

    Agora lanço uma outra ideia: E porque não meter o Intercidades a parar em mais sitios ?

    A carruagem que que viajei hoje de manhã nem a 1/3 da sua capacidade vinha.
    Ora, sendo a CP uma empresa deficitária, medidas que visem torna-la mais rentavel devem ser discutidas, não ?

    Equanto utente regular do IC da linha do norte, não me importava que a minha viagem demorasse mais uns 10% , se isto provocasse um aumento da rentabilidade, e sobretudo benificiasse uma maior fatia da população.

    Claro que estou apenas a levantar hipoteses, não sei se mais paragens do IC levariam a um aumento significativo de passageiros, até porque há custos que não podem ser esquecidos, tais como o maior tempo de ocupação da linha, o aumento de energia provocado pelo para - arranca, etc.

    Sou um utilizador relativamente recente desta linha. Será que há 10 , 20 , 30 anos tinha o mesmo numero de paragens, ou têm havido alterações ?

    Uma exemplo: Na Alemanha a maioria das auto estradas não são portajadas, logo há entradas e saidas em todo o lado, pois não são necessários porticos ou outros sistemas de cobrança.
    Assim sendo, andei em AE´s na alemanha em que haviam entradas a pouquissimos Kms, tipo 2 em 2 ou 4 em 4, quase como se de uma circular urbana se tratasse.
    Em portugal temos autoestradas que chegam a ter entradas/saidas que distam em alguns casos 50 km da proxima. O que isto provoca é que a população benificiada acaba por ser muito menos que a população potencial.
    E provavelmente com o Intercidades passa-se o mesmo. Claro que o Intercidades não pode substituir os regionais, mas ainda assim talvez houvessem benificios em haver mais paragens.


    E para acabar, um desabafo: Porque é que de coimbra até ao entroncamento, há imensas zonas em que a banda larga da vodafone não tem cobertura ? Será que a TMN e Optimus têm o mesmo defice de cobertura ?
    Lembro-me de um anuncio que passava na tv ha uns 2 ou 3 anos , com o nuno marlk, em que a banda larga movel ate nos tuneis trabalhava... yeah, right :P
    E para quando Wi-Fi gratis no comboio? (a semelhança do que ja acontece em muitods autocarros ) Provavelmente pagava-se a si mesmo, pois chamaria mais clientela
  10.  # 54

    Colocado por: civismoE para quando Wi-Fi gratis no comboio? (a semelhança do que ja acontece em muitods autocarros ) Provavelmente pagava-se a si mesmo, pois chamaria mais clientela


    Olhe que isto já é uma realidade, pelo menos no Alfa e em classe Conforto.
    Funciona razoalvelmente, mas está sujeito aos mesmos problemas de cobertura que referiu.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: civismo
  11.  # 55

    Colocado por: civismoHoje de manhã vim no Intercidades a partir do porto.

    Já aqui tinha avançado com a ideia do " E porque não meter os comboios a andar mais devagar" .

    Agora lanço uma outra ideia: E porque não meter o Intercidades a parar em mais sitios ?

    A carruagem que que viajei hoje de manhã nem a 1/3 da sua capacidade vinha.
    Ora, sendo a CP uma empresa deficitária, medidas que visem torna-la mais rentavel devem ser discutidas, não ?

    Equanto utente regular do IC da linha do norte, não me importava que a minha viagem demorasse mais uns 10% , se isto provocasse um aumento da rentabilidade, e sobretudo benificiasse uma maior fatia da população.

    Claro que estou apenas a levantar hipoteses, não sei se mais paragens do IC levariam a um aumento significativo de passageiros, até porque há custos que não podem ser esquecidos, tais como o maior tempo de ocupação da linha, o aumento de energia provocado pelo para - arranca, etc.

    Sou um utilizador relativamente recente desta linha. Será que há 10 , 20 , 30 anos tinha o mesmo numero de paragens, ou têm havido alterações ?

    Uma exemplo: Na Alemanha a maioria das auto estradas não são portajadas, logo há entradas e saidas em todo o lado, pois não são necessários porticos ou outros sistemas de cobrança.
    Assim sendo, andei em AE´s na alemanha em que haviam entradas a pouquissimos Kms, tipo 2 em 2 ou 4 em 4, quase como se de uma circular urbana se tratasse.
    Em portugal temos autoestradas que chegam a ter entradas/saidas que distam em alguns casos 50 km da proxima. O que isto provoca é que a população benificiada acaba por ser muito menos que a população potencial.
    E provavelmente com o Intercidades passa-se o mesmo. Claro que o Intercidades não pode substituir os regionais, mas ainda assim talvez houvessem benificios em haver mais paragens.


    E para acabar, um desabafo: Porque é que de coimbra até ao entroncamento, há imensas zonas em que a banda larga da vodafone não tem cobertura ? Será que a TMN e Optimus têm o mesmo defice de cobertura ?
    Lembro-me de um anuncio que passava na tv ha uns 2 ou 3 anos , com o nuno marlk, em que a banda larga movel ate nos tuneis trabalhava... yeah, right :P
    E para quando Wi-Fi gratis no comboio? (a semelhança do que ja acontece em muitods autocarros ) Provavelmente pagava-se a si mesmo, pois chamaria mais clientela

    não estou a ver qual o motivo de apanhar um alfa-pendular que pare em mais sítios!eu por exemplo muitas vezes faço Porto a Aveiro e pelo regional que faz uma hora de trajecto são 3 euros enquanto no intercidades faz 35 minutos por 11 euros! já apanhei o intercidades por motivos de greves!
    se me puserem o intercidades a 11 euros a parar mais vezes mais vale nem o porem a circular porque nem estou a ver a avantajem
  12.  # 56

  13.  # 57

    Seria uma noticia muito interessante, mas o que vai acontecer é que vai ser criada alguma empresa com uns amigalhaços do estado, vão ser gastas dezenas ou centenas de milhões para ter uma empresa que compra os comboios as peças e simplesmente os montam em Portugal.

    A noticia fala em fabricar o comboio, ora muito bem, vão fazer a carroçaria apenas? os bancos? Porque se quiserem fabricar os motores, chassis, sistemas de travagem isso custa centenas de milhões e muitos anos de desenvolvimento.

    Em vez de se alocar os recursos a infraestruturas degradadas e comprar os comboios a quem os sabe fazer, vai-se dispersar investimento
    Concordam com este comentário: marco1
    • AMVP
    • 11 setembro 2019

     # 58

    Colocado por: Pedro_MoreiraSeria uma noticia muito interessante, mas o que vai acontecer é que vai ser criada alguma empresa com uns amigalhaços do estado, vão ser gastas dezenas ou centenas de milhões para ter uma empresa que compra os comboios as peças e simplesmente os montam em Portugal.

    A noticia fala em fabricar o comboio, ora muito bem, vão fazer a carroçaria apenas? os bancos? Porque se quiserem fabricar os motores, chassis, sistemas de travagem isso custa centenas de milhões e muitos anos de desenvolvimento.

    Em vez de se alocar os recursos a infraestruturas degradadas e comprar os comboios a quem os sabe fazer, vai-se dispersar investimento


    A empresa já existe, chama-se EMEF.
  14.  # 59

    penso que só valerá a pena investir nessa industria se a estratégia for desenvolver a produção ao nível para ser um player internacional, ou seja não só para consumo interno.
    • RCF
    • 11 setembro 2019

     # 60

    Colocado por: marco1penso que só valerá a pena investir nessa industria se a estratégia for desenvolver a produção ao nível para ser um player internacional, ou seja não só para consumo interno.

    e quando é que uma empresa PÚBLICA consegue ser competitiva internacionalmente...?
 
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