Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 21

    Vamos lá a contas e vamos assumir que até se mete a criança numa IPSS e que os pais não gastam dinheiros em coisas fúteis e nem sequer têm carro (andam de transportes públicos):

    Salário médio em Portugal: 900 euros brutos. Num casal dá 1800 euros brutos no total.
    Segurança social + IRS: 400 euros (já só sobram 1400 euros)
    Renda ou crédito habitação: 400 euros (já só sobram 1000 euros)
    Água+EDP+Gás+Telecomunicações+Condomínio: 200 euros (já só sobram 800 euros)
    Transportes: 100 euros (já só sobram 700 euros)
    IPSS: 200 euros (já só sobram 500 euros)

    Temos então 500 euros mensais que sobram para uma familia de 3. Mas como para se manter a sustentabilidade da segurança social é necessário ter 2.1 filhos por casal em média, assumimos que são 4 bocas para alimentar. Isto com 500 euros mensais que sobram depois de pagar todas as despesas fixas.
    Agora suponha que não tem vaga na IPSS, o que é muito comum de acontecer. Tem de meter a criança numa cresce privada. Em vez de sobrarem 500 euros mensais sobram 400 euros para comida, roupa, fraldas, medicamentos, etc para toda a familia.

    Simplesmente não é possível.
    Metam as escolas 100% gratuitas a partir dos 12 meses e aumentem a licença parental até aos 12 meses (ou seja, como se faz nos países nórdicos) e quem ganham o salário médio em Portugal passa a dispor de 700 euros mensais depois de pagar todas as despesas fixas (porque já não há despesa com IPSS ou cresce privada) e aí, mesmo assim ainda com algum esforço, já é possível aos pais terem filhos.
  2.  # 22

    Colocado por: marcoaraujoJosem, em relação às IPSS, se os pais ganharem o salário médio em Portugal (900 brutos, o que dá 1800 brutos na soma do casal) a mensalidade da IPSS é de 200 euros mensais. Se isso para si é quase nada...

    Eu tenho o meu filho numa IPSS. O tempo de espera para um vaga foi de 8 meses e moro numa aldeia. Em Lisboa sei que o tempo de espera é superior. Um familiar meu tem o filho numa IPSS em Lisboa e o tempo de espera para uma vaga foi de 15 meses. E entretanto o que se faz?

    E como disse a poupança não é significativa. Na IPSS paga 200 euros e no privado pagava 300 euros. Portanto está a poupar 100 euros mensais.


    Concordo plenamente , inscrevi a minha filha( antes do nascimento ) em duas ipss perto da minha zona de residencia e em Lisboa e só houve vaga quando ela já tinha 2 anos , acabou por não ir por ate la andava num externato privado a pagar 415 euros mês , aos 3 anos e meio o externato fechou e foi para uma IPSS da zona onde pagava 320 euros, como não gostamos muito , aos 4 anos e meio entrou na pre publica onde anda agora e paga cerca de 80 euros .

    Mas entre os 4 meses e os 4 anos não tivemos qualquer tipo de apoio.
  3.  # 23

    o problema da natalidade em portugal ainda se resolve com apoios às familias, não temos nenhum problema cultural em termos filhos, claro que existem excepções, o maior entrave é ainda a questão financeira. ao primeiro todos vão porque todos querem ser pais, mas ao segundo já começam a fazer muito bem as contas.

    é gritante ver a exploração que o mercado de trabalho faz aos mais novos, a nivel de ordenados e a nivel de horários. Claro que os donos das grandes superfícies tão tem nenhum problema em fechar as loja/empresas assim que deixaram de dar lucro, mas que raio de sociedade é esta em que o grosso dos jovens que devia estar a ter filhos, trabalham nas grandes superficies, sendo completamente explorados e com horários proibitivos com a vida familiar. é um grande tiro no pé que estamos a dar.
  4.  # 24

    Colocado por: marcoaraujoMetam as escolas 100% gratuitas a partir dos 12 meses e aumentem a licença parental até aos 12 meses


    Temos todos que estar dispostos a pagar por isso.
  5.  # 25

    Colocado por: rjmsilva
    Temos todos que estar dispostos a pagar por isso.


    respeito a posição, mas eu sou mais radical, não é uma questão de estar disposto a pagar por isso, é uma questão de temos que pagar por isso, já que com esta taxa de natalidade é o próprio pais que fica em causa.

    os estudos apontam para uma população de 8milhoes por volta de 2050 e quanto a isso pouco já se pode fazer, o que se pode fazer tentar mudar o panorama para depois de 2050

    não é só uma questão da sustentabilidade da segurança social, é toda a sustentabilidade do interior do pais, retire algumas localidades que são sedes de municipios e a o resto das localidades do interior são maioritariamente constituídas por idosos.

    moro numa aldeia, que nem pode ser considerada interior fica no concelho de torres novas, onde habitam 350 pessoas, dessas 350 pessoas, cerca de 250 tem mais que 60 anos. Ou seja lá para 2050, vão morar na aldeia cerca de 100 pessoas, é uma redução enorme e não se perspectiva uma mudança a curto prazo, dantes os jovens iam-se embora, à procura de melhores condições, hoje isso não acontece, pelo simples facto de já não haver jovens. Pegando no exemplo da minha aldeia e aplicando a todo o interior, o país em 2050 vai ficar deserto em mais de metade do seu território
  6.  # 26

    Colocado por: rjmsilva

    Temos todos que estar dispostos a pagar por isso.


    Obviamente.
    Eu pessoalmente não me importo de pagar impostos altos para ter em retorno serviços públicos de qualidade. Mas em Portugal paga-se impostos para salvar bancos, pagar reformas milionárias a aposentados da CGA, pagar salários de empregos desnecessários (os famosos 'jobs for the boys' dos partidos), financiar fundações corruptas, rendas energéticas, parcerias público-privadas, etc.

    Mas apoiar a natalidade isso é que não, isso seria uma aberração!
    Concordam com este comentário: DEEPblue
  7.  # 27

    Colocado por: marcoaraujoMas apoiar a natalidade isso é que não, isso seria uma aberração!


    o rendimento social de inserção (antigo rendimento social minimo) dá 183,84€ pelo titular + 128,69 pelo segundo adulto e seguintes + 91,92€ por cada criança ou jovem com menos de 18 anos.

    ou seja uma família com 2 adultos e 3 filhos recebe 183,94+128,69+91,92+91,92+91,92 o que dá 588,39€ por mês, pelos simples facto de existirem e nao terem capacidade de obterem rendimentos para viverem com dignidade, ao que se junta habitação social e outros apoios que não vou ter em consideração.

    por isso não me choca se numa família de 2 adultos e 3 filhos, que contribuem positivamente para o crescimento populacional, se um dos adultos opta-se por não trabalhar para tomar conta dos filhos que recebesse uma pensão da segurança social de pelo menos 128.69+91.92+91.92+91.92 o que dava 404,45, pensão essa que não era dependente dos rendimentos do outro adulto, se numa altura em que temos cada vez menos nascimentos, uma familia que contribui positivamente deve ser ajudada.

    por estes valores secalhar muita gente iria ficar em casa a ter mais filhos, aumentava-se o numero de nascimentos, como havia mais pessoa a optar por ficar em casa, baixava o desemprego e a longo prazo iriamos ficar melhor.
  8.  # 28

    Colocado por: pauloagsantos

    o rendimento social de inserção (antigo rendimento social minimo) dá 183,84€ pelo titular + 128,69 pelo segundo adulto e seguintes + 91,92€ por cada criança ou jovem com menos de 18 anos.

    ou seja uma família com 2 adultos e 3 filhos recebe 183,94+128,69+91,92+91,92+91,92 o que dá 588,39€ por mês, pelos simples facto de existirem e nao terem capacidade de obterem rendimentos para viverem com dignidade, ao que se junta habitação social e outros apoios que não vou ter em consideração.

    por isso não me choca se numa família de 2 adultos e 3 filhos, que contribuem positivamente para o crescimento populacional, se um dos adultos opta-se por não trabalhar para tomar conta dos filhos que recebesse uma pensão da segurança social de pelo menos 128.69+91.92+91.92+91.92 o que dava 404,45, pensão essa que não era dependente dos rendimentos do outro adulto, se numa altura em que temos cada vez menos nascimentos, uma familia que contribui positivamente deve ser ajudada.

    por estes valores secalhar muita gente iria ficar em casa a ter mais filhos, aumentava-se o numero de nascimentos, como havia mais pessoa a optar por ficar em casa, baixava o desemprego e a longo prazo iriamos ficar melhor.


    Posso estar equivocado mas esse RSI é só para quem não faz nada , posso dizer lhe que não tenho rendimento nada do outro mundo, um muito pouco acima da media nacional e a minha filha já não tem direito a abono de familia. por isso veja....

    Para incrementar a natalidade seria necessario creche e Ji de infancia practicamente gratuito , e só não digo gratuito porque acho que tudo deve ter um custo, mas pelo menos para mim é incomportável ter 2 criancas numa creche e pagar 400 euros de cada uma e quem diz 2 diz mais.....
  9.  # 29

    Basta que em casa entrem 1300 euros brutos (650 euros da mãe + 650 euros do pai), ou seja, os adultos ganharem pouco mais que o salário mínimo, que já não se tem direito ao abono de familia.

    O abono de familia também é uma loucura, diga-se de passagem. Uns maravilhosos 27 euros por mês.
    Concordam com este comentário: larkhe
  10.  # 30

    O abono de família nem devia existir. Deviam existir apoios sociais reais, úteis e universais que valem muito mais que qualquer dinheiro. Receber dinheiro por ter filhos parece-me um bocado negócio.
  11.  # 31

    Colocado por: rjmsilvaO abono de família nem devia existir. Deviam existir apoios sociais reais, úteis e universais que valem muito mais que qualquer dinheiro. Receber dinheiro por ter filhos parece-me um bocado negócio.


    Não é bem assim.
    Um casal com 1 filho em que um dos adultos esteja desempregado e outro receba o salário minimo, se não for o abono de familia a criança vai passar muita fome, isso garanto-lhe.

    O abono de familia existe para garantir que nos casos de privação económica não se coloque em causa a segurança, saúde e higiene da criança.
    • RCF
    • 18 janeiro 2018 editado

     # 32

    Colocado por: marcoaraujo

    Não é bem assim.
    Um casal com 1 filho em que um dos adultos esteja desempregado e outro receba o salário minimo, se não for o abono de familia a criança vai passar muita fome, isso garanto-lhe.

    O abono de familia existe para garantir que nos casos de privação económica não se coloque em causa a segurança, saúde e higiene da criança.

    E por que não dar em géneros, em vez de dar em dinheiro..? Pode crer que se consegue melhor o objetivo, pois evita-se que o dinheiro do abono seja gasto pelo pai em vinho, continuando a criança a passar fome...
    Não concordo nada com o abono. Se há necessidade de ajudar, que se ajude, mas que se garante que a ajuda não é desviada para outros fins. Que se dê diretamente à finalidade pretendida. Como? Que tenham acesso gratuito a creche e alimentação, acesso gratuito a saúde, etc...
  12.  # 33

    O menor tem acesso gratuito à saúde até perfazer 18 anos , é isento de taxas moderadoras.
    Ou seja uma família em dificuldades econômicas é necessariamente incapaz de gerir o dinheiro do abono ???
    • RCF
    • 18 janeiro 2018

     # 34

    Colocado por: enf.magalhaesO menor tem acesso gratuito à saúde até perfazer 18 anos , é isento de taxas moderadoras.

    Sim, para as especialidades de saúde disponibilizadas no SNS...
    Colocado por: enf.magalhaesOu seja uma família em dificuldades econômicas é necessariamente incapaz de gerir o dinheiro do abono ???

    Não será necessariamente incapaz, da mesma forma que também não é necessariamente capaz...
  13.  # 35

    E que especialidade o SNS não tem para uma criança?


    Até motivo em contrário temos de acreditar que os pais são capazes de prestar os melhores cuidados aos filhos independente da sua capacidade econômica .

    Quando existem casos duvidosas existe a CPCJ.
 
0.0213 seg. NEW