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  1.  # 1

    Olá

    Depois de terminadas as burocracias com aquisição e escrituras de um terreno onde pretendo construir a minha casa, pretendo agora iniciar as questões relacionadas com o desenho da casa.
    Uma vez que não conheço nenhum arquitecto, o que devo ter em atenção ao escolher um?
    Alguém tem conselhos ou dicas que possam ajudar a escolher as pessoas indicadas pra mim ?
    Onde devo procurar? O que é suposto pedir-lhe?
    Agradeço os vossos comentários e indicações sff.

    Cpts, Rui Esteves.
    • adarq
    • 26 junho 2012 editado

     # 2

    Boa noite,

    Onde se localiza o terreno?

    Aconselho-o e ler o que está nesta brochura, penso que responde a todas as suas questões.



    Algum esclarecimento disponha.

    Cumprimentos,
    adarq
    [email protected]
  2.  # 3

    Vou-lhe contar o que fiz...

    Pesquisei através da internet gabinetes de arquitetura e arquitetos que são cá da zona. Selecionei os que aprentavam um portofólio que me agradasse e de acordo com o tipo de habitação que pretendia. Reuni com eles e pedi orçamentos. Gostei de um particularmente, mas acabei por optar por aquele, que a pessoa que me vendeu o terreno me aconselhou. Trata-se de um gabinete.
    É conhecido da pessoa que me vendeu o terreno. Falou-me bem dele. Disse-me que ele já trabalha com ele há vários anos e não tem razão de queixas. E como era o responsável pelo projeto de loteamento (que não é bem um loteamente acho eu) e infraestruturas de onde se situa o terreno, que seria melhor.
    Não sei se fiz bem ou mal. A única coisa que sei é que todo este processo já está a demorar tempo a mais.
    E mais não digo pois o tópico é seu... Talvez abra um tópico sobre este assunto.
    Boa sorte.... Já agora, para o caso de ser cá da zona e necessitar deixo o link do gabinete que me está a fazer o projeto: www.sbp-projectos.com
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rui.esteves
  3.  # 4

    Boas.. aconselho-o a ler o fastidioso, mas não menos importante tópico cá da Casa:
    https://forumdacasa.com/discussion/146/1/quanto-custa-um-projecto-de-arquitectura/
    Concordam com este comentário: rui.esteves
    • xana
    • 27 junho 2012

     # 5

    Caro Rui Esteves,

    Estou neste momento a fazer o meu projecto de arquitectura. Eu fiz o seguinte:

    - Elaborei um documento com todas as características da casa (nº de quartos, nº de pisos, tipo de arquitectura, áreas, etc);
    - Fiz uma pesquisa na internet e comecei a construir uma lista com contactos de gabinetes de arquitectura. Só inclui nessa lista gabinetes que apresentavam o seu portfolio no website e cujas moradias apresentavam uma arquitectura tradicional, que era o que pretendia;
    - Além da pesquisa na internet também coloquei no Fórum da Casa um post a pedir contactos de arquitectos ao qual tive várias respostas; Mais uma vez agradeço a ajuda que este Forum me deu!
    - Dessa lista seleccionei aqueles que me pareceram mais profissionais e pedi um orçamento para a elaboração de um projecto de moradia de acordo com o tal documento que tinha feito. Pelos orçamentos enviados e pelos emails trocados dá também para ter alguma ideia da qualidade de um gabinete. Orçamentos que não estão discriminados os vários custos e fases são logo de eliminar.
    - Seleccionei 4 gabinetes e fiz uma reunião com todos no local da obra. Pedi para levarem projectos de moradias que já tivessem feito e também para levarem algumas ideias para o meu projecto. Dessa reunião fiquei indecisa entre 2 gabinetes que pareceram adequar-se ao que pretendia.

    Esta foi a forma como escolhi o meu gabinete. Outros conselhos que posso dar:

    - Escolha um gabinete que faça todos os projectos (arquitectura + especialidade) e que coordene tudo isto. Para mim é mais fácil trabalhar com um gabinete do que directamente com um arquitecto que trabalha de forma independente e depois tem de contratar os engenheiros para os restantes projectos.
    - Recomendações de vendedores ou empreiteiros são sempre de duvidar. Eu já tive uma má experiência com uma arquitecta que foi recomendada pelo vendedor do loteamento. Neste meio da construção há que ter sempre em mente que estes intervenientes conhecem-se todos e há “prendas” para quando ganham uma obra devido a uma recomendação.
    - Pelo que disse no ponto anterior, penso que é de considerar escolher um gabinete de arquitectura um pouco distante do local da obra. A empresa de construção em princípio será de perto do terreno, pois é mais barato, mas o arquitecto pode ser de mais longe e assim evitar que estes 2 se conheçam;
    - Quando tiver escolhido o gabinete deve assinar um contrato. Nesse contrato tenha atenção ao pagamento das várias fases. Convém não pagar muito logo com a assinatura do contrato e também aconselho a deixar 10% para pagar no fim da obra, com o fecho do livro de obra. Isto tem o propósito de garantir que o gabinete irá acompanhar a obra ao longo da construção. Um exemplo do faseamento dos pagamentos:
    • 1ª Prestação – Com a assinatura do contrato – 10% do total dos honorários
    • 2ª Prestação – Com a aprovação do Estudo prévio – 10%
    • 3ª Prestação - Na entrega do Projecto de Licenciamento na Câmara – 30%
    • 4ª Prestação - Na aprovação pela Câmara Municipal do projecto apresentado – 10%
    • 5ª Prestação - Na entrega do Projecto de Execução para obra – 30%
    • 6ª Prestação – Com o fecho do livro de obra e emissão da Licença de Habitabilidade 10%
    - Outra coisa extremamente importante é a colocação de prazos para as diferentes fases do projecto e respectivas coimas para o não cumprimento. Por exemplo, para a elaboração do Estudo prévio o arquitecto tem 20 dias úteis para apresentar uma proposta.

    Peço desculpa pelo cometário longo.
    Boa sorte para a construção da sua casa!
    Cumprimentos,
    Xana
    Concordam com este comentário: trabalharmuitobem
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rui.esteves
  4.  # 6

    xana, a colocação de prazos é relativa, por exemplo se a xana demorar 30 dias a decidir um estudo prévio, é obvio que não existe coima.
    Isso não faz sentido nenhum.
    • xana
    • 27 junho 2012

     # 7

    Adarq,

    Para mim faz todo o sentido a colocação de prazos. Obviamente que os prazos têm de ser estabelecidos em comum acordo. Depois do DO dar toda a informação necessária para a elaboração do 1º estudo prévio não vejo o porquê de não colocar um limite temporal para a apresentação do estudo.

    Eu insisto neste ponto porque já tive uma má experiência com uma arquitecta. Apresentou o 1º estudo prévio. Eu apresentei as minhas críticas/sugestões e depois estive meses sem ter nenhuma resposta. Para essa arquitecta era tudo normal, estava a estudar o assunto nesses meses todos e como não encontrava uma solução que respondesse aos meus pedidos não dizia nada. Na opinião dela eu tinha é que esperar…. Isto é que não faz sentido nenhum….

    Cumps,
    Xana
    Concordam com este comentário: rui.esteves
  5.  # 8

    isso dos prazos a fazer terá que ser nos dois sentidos e implicar um recalculo sempre que a bola estiver do seu lado ou em apreciação camarária.
    outra coisa que não concordo é com os 10% com o fecho do livro de obra, pois normalmente a equipa projectista pouco terá a ver com tal facto, a não ser que por alguma razão tenham sido os directores de fiscalização ou mesmo ter a responsabilidade pela direcção de obra.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, zedasilva, adarq, callinas
  6.  # 9

    Colocado por: xanaEscolha um gabinete que faça todos os projectos (arquitectura + especialidade) e que coordene tudo isto.

    É obrigatório ter um coordenador dos projectos. Gabinetes que façam todos os projectos não conheço nenhum, mas sei que existem alguns.

    Colocado por: xanaPara mim é mais fácil trabalhar com um gabinete do que directamente com um arquitecto que trabalha de forma independente e depois tem de contratar os engenheiros para os restantes projectos.

    Quase todos os gabinetes de arquitectura subcontratam as especialidade, muitas vezes o cliente nem sabe.

    Colocado por: xana- Recomendações de vendedores ou empreiteiros são sempre de duvidar.

    Todas são de duvidar, independentemente da profissão que quem faz a sugestão.

    Colocado por: xanaNeste meio da construção há que ter sempre em mente que estes intervenientes conhecem-se todos e há “prendas” para quando ganham uma obra devido a uma recomendação.

    O que referiu passa-se em todas as áreas, não é só na construção. Ontem ouvi falar de medicamentos, médicos......

    Colocado por: xana- Pelo que disse no ponto anterior, penso que é de considerar escolher um gabinete de arquitectura um pouco distante do local da obra.

    Esta não percebi....pensei que quanto mais perto mais baratas seriam as deslocações à obra.

    Colocado por: xanamas o arquitecto pode ser de mais longe e assim evitar que estes 2 se conheçam;

    Também recomendo. Os projectistas devem ser completamente independentes do empreiteiro. Mas não vejo qual é o problema de se conhecerem.
    Concordam com este comentário: Rodrigo Cruz
  7.  # 10

    Colocado por: xanaSó inclui nessa lista gabinetes que apresentavam o seu portfolio no website e cujas moradias apresentavam uma arquitectura tradicional, que era o que pretendia;


    Boa tarde,

    Isso não é discriminação?:P
    E o que é arquitectura tradicional? Ainda há quem a faça? A legislação permite?

    Acho que vou ter que abrir um tópico sobre isto.

    Cumprimentos,

    Rodrigo
  8.  # 11

    Olá rui.esteves,

    Eu fiz o seguinte:

    1) Procurei arquitectos na internet e em revistas da especialidade, todos.
    2) Eliminei os que estivessem longe, gosto de me reunir com as pessoas cara a cara.
    3) Eliminei os que não tivessem um portfólio que fosse de encontro do que eu desejava.
    4) Marquei entrevistas, uma por dia, com os que sobraram. Eram 5.
    5) Elaborei um questionário para orientar a reunião. Eram 5 ou 6 folhas com perguntas. Imprimi e levei para cada reunião, e apontei sucintamente as respostas. Não sou pessoa com muita lata, e senti-me constrangido ao fazer algumas perguntas mas o risco de ficar mal servido representa uma catástrofe pessoal, e a coragem rapidamente aparece.
    6) No processo das entrevistas descobri que precisava da parte das especialidades, como fui apanhado de surpresa perguntei se tinham alguém com quem trabalhassem, coordenando o projecto.
    7) Escolhi os que preferi e pedi para me elaborarem uma proposta de honorários, incluindo a parte das especialidades e topografia.
    8) Optei pelo gabinete que na soma de todos os elementos me pareceu melhor.

    Um conselho, inclua no pedido de honorários e/ou entrevista o valor que quer gastar na totalidade da construção da casa, incluindo projectos, e especifique que o valor que deu é COM IVA.

    Se quiser dou-lhe a lista de perguntas para se orientar a fazer algo parecido.

    Boa sorte.
    Concordam com este comentário: xana, adarq
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rui.esteves
    • xana
    • 27 junho 2012

     # 12

    Caro Rodrigo Cruz,

    quando fiz a pesquisa de gabinetes de arquitectura na Internet encontrei dezenas de sites. E esta pesquisa foi limitada à área da Grande Lisboa. Deste modo, tive de encontrar um critério que permitisse reduzir a lista. Certamente, não iria contactar todos os gabinetes que existem na Internet.

    Mas confesso que quando vejo um website de um gabinete e não apresenta nenhum trabalho realizado fico com uma má impressão. E isto não é descriminação! Se um gabinete dá-se ao trabalho de construir um site e não divulga nada do seu trabalho não acha que é de estranhar?

    Bom, mas o meu comentário tem de ser visto como o fruto da minha experiência, já longa, neste mundo da construção. Esta foi a minha forma de encontrar o meu gabinete. O Rui Esteves (autor do tópico) terá de encontrar a sua.

    Quanto a o que é arquitectura tradicional, eu estou condicionada a este tipo de arquitectura pois o meu loteamento assim o exige. Qual a definição de Arquitectura tradicional não lhe sei dizer. Pode ser que algum arquitecto do fórum explique.

    Cumps,
    Xana
  9.  # 13

    Colocado por: Rodrigo CruzE o que é arquitectura tradicional? Ainda há quem a faça? A legislação permite?

    ??
    Não percebi se estava a ser irónico...
  10.  # 14

    Colocado por: xanaRecomendações de vendedores ou empreiteiros são sempre de duvidar. Eu já tive uma má experiência com uma arquitecta que foi recomendada pelo vendedor do loteamento. Neste meio da construção há que ter sempre em mente que estes intervenientes conhecem-se todos e há “prendas” para quando ganham uma obra devido a uma recomendação.

    Essa deve ter sido para mim....:) e concordo totalmente consigo...
    Também concordo consigo no que diz respeito aos prazos a cumprir e ao pagamento.
    No meu caso o que está previsto é pagar 30% na adjudicação, 40 % na entrega do projeto de arquitetuta na câmara e 30% aquando a entrega do projeto de especialidades na câmara.
    Acho o seu Post de grande utilidade e com muitos bons conselhos...
  11.  # 15

    Colocado por: xanaE isto não é descriminação


    Só uma nota, confesso que também não conhecia a versão com 'é': discriminar VS descriminar :\

    O processo de escolha de um arquitecto é um processo discriminatório. É esse mesmo o significado da palavra.

    O processo de escolha de um arquitecto não é um processo descriminatório. Dado o significado da palavra nem faz sentido pensar nisto...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: xana
  12.  # 16

    Obrigado pelos comentários,

    Já há alguns conselhos que me parecem bastante úteis.
    Agradeço todos os que poderem dar. Também serão úteis relatos/impressões de quem já passou por este processo.
    Pode sempre ajudar a não cometer os mesmos erros.

    Cpts, Rui Esteves.
    • xana
    • 28 junho 2012

     # 17

    Caro Sergio_Pintas,

    Em 2008 quando comecei à procura de arquitecta, como não conhecia ninguém, cometi o erro de perguntar ao vendedor se conhecia alguém. Foi-me logo recomendado aquela arquitecta que para ele tinha várias vantagens: tinha participado do projecto de loteamento, portanto conhecia as várias regras, já tinha feito lá imensas casas e tinha contactos com um empreiteiro muito bom. Na altura era muito ingénua, e pensei que mais valia contratar alguém que tivesse sido recomendado que um completo desconhecido. Hoje sei que aquelas 3 pessoas eram “amigas” (vendedor; arquitecta; empreiteiro) e que recebiam depois comissões. Adivinhe quem é que no fim acaba por pagar estas “comissões”?

    É por continuar a ver este tipo de relacionamentos promíscuos que eu contratei um gabinete longe do terreno. Hoje que já estou mais atenta vejo frequentemente este tipo de coisas. Por exemplo, há umas semanas telefona-me um empreiteiro que não conhecia de lado nenhum. Nota: eu ainda não comecei à procura de construtores. Mas este tipo ouviu dizer que nós íamos construir brevemente então começou a perguntar aos arquitectos amigos se tinham o meu contacto. Um dos gabinetes lá da terra, foi um dos que contactámos no início, mas não contratámos, deu o meu contacto sem a minha autorização e sem me dizer nada. Onde está a ética e profissionalismo?! Naquela terra são todos “amigos” e o DO não beneficia nada com isto, muito pelo contrário…

    Que me desculpem os arquitectos honestos e que não recebem este tipo de “comissões”, mas ali onde vou morar parece que é prática comum. E isto faz-me imensa confusão!

    Cumprimentos,
    Xana
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1
  13.  # 18

    Fuja dos arquitectos que usam camisas sem gola.
    Fuja dos engenheiros que vão à obra de BMW
    Fuja dos fiscais que passam a vida a implicar com os andaimes
  14.  # 19

    Xana

    é de louvar a sua atitude que é um acto de liberdade, liberdade essa que é um bem maior pois a sensação que se vive neste pais de uma especie de colete de forças colectivo só nos tem atrasado.
  15.  # 20

    xana,

    O processo de recomendação é algo normal na nossa vida. Mas nós é que nos devemos precaver e pegar nessas recomendações e colocá-las ao lado das outras hipóteses, sem lhes dar vantagem. Eu não me importo que me recomendem profissionais, só tenho uma regra de não trabalhar com amigos.

    O que descreve pode ter acontecido sem más intenções e sem quaisquer comissões. O arquitecto tem um amigo empreiteiro, o empreiteiro é ágil e procura clientes em vez de esperar que caiam do céu, pergunta ao arquitecto e ele até cede o contacto. Não devia, mas cedeu.

    Ou seja, o empreiteiro que lhe telefonou pode ser um bom profissional ou não, a situação descrita tanto dá para um lado como para o outro. Agora, quando decidir qual o empreiteiro que vai usar deve precaver-se de todas as maneiras que se lembrar para diminuir o risco de escolher um mau profissional.

    Não vejo grande mal do arquitecto e empreiteiro serem conhecidos, apesar de pensar ser melhor que não sejam. Na minha opinião o que deve MESMO garantir é que o fiscal da obra seja isento, ou de preferência que não goste nada do empreiteiro. hahaha. ;-)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: PRETO NO BRANCO
 
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