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  1.  # 1

    Vivam,

    Estou para encomendar umas vigas e barrotes para restauro e reforço de paredes estruturais antigas cuja constituição original era em barrotes de madeira na vertical, preenchidas com pedra e revestidas com argamassa de cal. Infelizmente, derivado a humidades, alguns desses barrotes ficaram debilitados e aproveitando o processo das obras em curso considerou-se por bem precaver o futuro. As argamassas das paredes foram removidas, ficando a estrutura em madeira à vista e acessível para o restauro e reforço uma vez que posteriormente vão ser revestidas com pladur. Claro está que a remoção das argamassas e do preenchimento interno com pedra das paredes debilitou-as consideravelmente. A minha ideia para colmatar isto é, além da substituição dos barrotes debilitados, tarugá-los e aplicar também as chamadas cruzes de St. André, características das construções tipo Pombalinas.

    O carpinteiro da obra falou-me que as madeiras para este fim tanto podiam ser em Casquinha como em pinho nacional tratado em autoclave. Já pedi vários orçamentos e a Casquinha branca fica bem mais cara. Por outro lado, dizem-me que os postes da EDP e da PT em pinho tratado em autoclave que duram muito e tal. Por outro, dizem-me que o tratamento em autoclave actual já não é o mesmo do passado e que as garantias de durabilidade são bem menores.

    A minha questão é, independentemente do preço, qual a melhor opção? Barrotes e vigas em Casquinha branca sem tratamento ou Pinho silvestre tratado em autoclave? Ou que outra opção?
    • ze79
    • 10 fevereiro 2013

     # 2

    Deitar a baixo tudo e fazer uma estrutura metálica e forrar com gesso cartonado ,esta é a minha opinião ;-))

    vale o que vale ;-))
  2.  # 3

    a casquinha é mais fiavel, ja vi vigas de pinho torcidas em meia volta, e outras que partiram mesmo junto aos nós.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Agonçalves
    • mgr00
    • 10 fevereiro 2013

     # 4

    Boa tarde,
    se pretende uma boa relação preço qualidade, utilize pinho tratado. A casquinha apesar de ser bonita, não tem o melhor comportamento quanto a resistência à humidade, e estrutural ( falando da casquinha maciça, a lamelada é um caso completamente diferente). A casquinha é fornecida sem tratamento, enquanto o pinho tratado tem tratamento.
    Aliás, para o seu caso não aplicaria outra coisa que não pinho tratado, é durável, tem bom aspecto e não empena facilmente ( outra coisa não se pode dizer da Casquinha Maciça). Terá apenas que verificar 2 aspectos na compra:

    - existência de nós com dimensão considerável nas peças ( visualmente e com o apoio do carpinteiro verá se existem nós por onde a peça possa partir)
    - grau de tratamento em auto-clave ( cortando a peça verá se o tratamento se estende até ao interior da peça, convém que esteja até ao interior)

    Bom trabalho!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Agonçalves
  3.  # 5

    Colocado por: ze79Deitar a baixo tudo e fazer uma estrutura metálica e forrar com gesso cartonado ,esta é a minha opinião ;-))

    vale o que vale ;-))


    Isso, além de ficar muito mais caro, seria um pouco drástico. Quais as vantagens?




    Colocado por: tetrisa casquinha é mais fiavel, ja vi vigas de pinho torcidas em meia volta, e outras que partiram mesmo junto aos nós.


    Mas esses problemas tiveram origem nos nós, certo?



    Colocado por: mgr00Aliás, para o seu caso não aplicaria outra coisa que não pinho tratado, é durável, tem bom aspecto e não empena facilmente ( outra coisa não se pode dizer da Casquinha Maciça)


    Mesmo comparativamente com a Casquinha vermelha?



    Colocado por: mgr00- grau de tratamento em auto-clave ( cortando a peça verá se o tratamento se estende até ao interior da peça, convém que esteja até ao interior)


    Para já tenho orçamentos da Soprem (Pampilhosa) e da Madeira Afonso (Leiria). São fornecedores com boa qualidade nos tratamentos? Recomendaria mais algum na zona centro?
  4.  # 6

    Eu no meu caso retirei a estrutura toda que era em pinho nacional (estava toda contaminada com bicho) e coloquei casquinha maciça (pinho do oregon, pinho flandres, pinho nordico).

    O trabalho foi já feito à 7 anos e até agora nada de empenos nem nada que se pareça.

    Na altura o tratamento com pinho autoclave ficava mais barato. No entanto e devido aos ajustes/cortes que possam ser feitos na altura de obra a madeira em autoclave fica mais exposta uma vez que a impregnação tem mais dificuldade em se fixar no interior da madeira, deixando-a mais fragilizada. Pode-se dar o tratamento nos cortes que forem feitos mas na minha opinião não vai funcionar de uma forma duradora.

    Espero ter ajudado
  5.  # 7

    Colocado por: AgonçalvesO carpinteiro da obra falou-me que as madeiras para este fim tanto podiam ser em Casquinha como em pinho nacional tratado em autoclave. Já pedi vários orçamentos e a Casquinha branca fica bem mais cara. Por outro lado, dizem-me que os postes da EDP e da PT em pinho tratado em autoclave que duram muito e tal. Por outro, dizem-me que o tratamento em autoclave actual já não é o mesmo do passado e que as garantias de durabilidade são bem menores


    Deve haver por ai algum erro.

    O pinho com tratamento em autoclave custa nos 500€/m3 enquanto a casquinha vermelha anda nos 350€. A branca não se usa em estruturas porque têm alguma tendencia a empenar.

    Pessoalmente acho que o pinho nem para a fogueira presta, faz demasiado fumo e arde depressa.

    Praticamente todos os restauros e reabilitações que fizemos foi com casquinha vermelha e recentemente em madeira lamelada. Tratamento com imunizador de madeira (cuprinol ou afins)
  6.  # 8

    Não compare o que não pode ser comparável, pois apesar de se madeiras naturais, uma em casquinha branca e outra pinho nacional mesmo não sendo tratado tem comportamento diferentes tanto às humidades como aos esforços. Madeira tratada à muita é como os chapéus do Evaristo, já vi tratamento superficial ou em profundidade. O superficial esqueça é dinheiro deitado fora, agora o tratamento em autoclave de 12 kg/m3 que era o utilizado para os postes da electricidade ou então vamos para o de 18Kg/m3 que era dantes utilizado para as solipas dos caminhos de ferro, mas não é necessário tanto. Em termos de resistência também pode pedir a madeira para esse fim, mas com tantas condicionantes terá que ter tempo para lhe fornecerem as madeiras necessárias. Não sei aonde é a obra, mas desde Pegões, Mealhada, Mondim de Bastos, e talvez aqui http://www.ipv.pt/millenium/Millenium36/8.pdf , pode seleccionar melhor a sua origem.
    Tem sempre a outra solução, em vez de madeira serrada, pode optar pela madeira em toro, do tipo poste de electricidade, mas um conselho não vá só na conversa do carpinteiro, faça uma intervenção com pés e cabeça, não é só substituir por peças novas, reveja também os seus esforços, através de um estudo em termos de engenharia, pois peleo carpinteiro para mim já demonstrou tudo o que sabia.

    Leitão
  7.  # 9

    peço desculpa ajcleitao,mas se o agonçalves fizer tudo como que voçe diz, mais vale fazer uma casa nova.
  8.  # 10

    concordo com o paulocorreia, o pinho nacional nem para queimar presta
  9.  # 11

    Ora bem, confesso que estou um pouco confuso.

    Resumo aqui o que percebi:
    - a casquinha branca não é aconselhável para estruturas por ter tendência para empenar, sendo a casquinha vermelha melhor para esse efeito;
    - as vigas e barrotes em pinho nacional têm de ser bem examinadas para detectar a presença de nós ou outros defeitos que possam comprometer a sua resistência mecânica;
    - existem vários tratamentos em autoclave, uns mais eficazes e duradouros que outros;

    Depois há a questão se o pinho nacional, mesmo tratado em autoclave, é durável ou não. Confesso que quanto a isto fiquei muito confuso.

    Pelo pdf que o ACJLeitão indicou, há a referência do potencial perigo para a saúde que os tratamentos podem potenciar. Não sei se os dados em autoclave são melhores ou piores nesse aspecto, mas a sua aplicação é para interiores e isso preocupa-me.


    Relativamente a preços, deixo aqui os orçamentos que já recebi:

    Soprem (Mealhada-Pampilhosa) - Inclui entrega na obra
    Barrotes Pinho Tosco Tratado 3,00 x 0,07 x 0,07 - 6,39 €
    Viga Pinho Tosco Tratado 3,50 x 0,16 x 0,08 - 21,20 €

    MAdeiras Afonso (Leiria)
    viga em pinho tosco QV tratado em autoclave com 3.50x0.16x0.08 - 15.19€/un

    Aleixo (Coimbra)
    viga de casquinha branca 4.20 x 0.22 x 0.10 - 36€

    Jular (Fátima e Lisboa)
    Prancha de Casq. Vermelha Extra tosca 75x225 c/ 3.90 e 4.20m comprimento- Preço: 485,00 €/m3.
    Prancha de Casq. Branca tosca 100x200 c/ 4,50 e 5,70m comprimento- Preço: 390,00 €/m3.
    Viga Casq. Branca 75x150 tosca c/ 7,00m comprimento- Preço: 390,00 €/m3.
    Viga Lamelada Casq, Branca Ind.80x100x12000 – Preço: 585,00 €/m3.
    Viga Lamelada Casq, Branca Ind.80x100x12000 – Preço: 585,00 €/m3.
  10.  # 12

    Sr. Paulo Correia

    Julgo que anda muito mal acompanhado com o pinho nacional.
    Agora que madeiras diferentes tenham funções diferentes, julgo não haver duvida, mas vale mais ler com olhos de leitura, http://paginas.fe.up.pt/~jmfaria/TesesOrientadas/MIEC/ClassifVisualEstrutMadInspecVisual.pdf, deixo aqui um pequeno extracto
    São frequentes os casos em que, numa mesma estrutura, coexistem elementos de diferentes espécies.
    Em alguns tipos de construções era tradicional utilizarem-se espécies lenhosas diferentes de acordo
    com o tipo de esforços a que os vários elementos estavam sujeitos. Nas construções antigas de valor
    histórico, era normal a utilização de madeiras de Folhosas de massa volúmica elevada (tal como o
    Castanho, o Carvalho, ou o Olmo) nas pernas e linhas das asnas de cobertura (solicitadas fortemente,
    respectivamente à compressão e tracção), enquanto as travessas e pendurais eram realizadas em
    madeira com menor resistência e massa volúmica (como por exemplo o Abeto), (Lopes,2007).

    Uma casa não é brincadeira, agora se quer brincar com elementos estructurais sr. Tetris mais vale logo chamar construção da TRETA( tarugá-los e aplicar também as chamadas cruzes de St. André, características das construções tipo Pombalinas.), era mais sincero e honesto.

    E quem disse que uma reconstrução era mais barata do que fazer de raiz.

    Leitão
  11.  # 13

    trabalho com madeiras há 35 anos e digo que madeira nacional apenas o castanho é muito bom, o resto nem para queimar, excepto o eucalipto. sou de opiniao de que hoje em dia é asneira aplicar madeira na construçao, e entao em partes estruturais, mais ainda. a nao ser em portas interiores, pavimentos, moveis e pouco mais. há certas madeiras que so ficam bem num sitio, que é na arvore.
  12.  # 14

    boas,
    desculpem o off-topic...
    Vou restaurar a minha casa que tem estrutura de telhado em Riga. Vou retirar as telhas velhas, afinar a estrutura(se necessário), colocar ripado novo, colocar onduline sub-telha e telhas novas.
    Qual o/os materias que se aplicam para tratamento/conservação da estrutura de telhado em Riga? E como deve ser aplicado?
    Obrigado.
  13.  # 15

    Colocado por: tetristrabalho com madeiras há 35 anos e digo que madeira nacional apenas o castanho é muito bom, o resto nem para queimar, excepto o eucalipto. sou de opiniao de que hoje em dia é asneira aplicar madeira na construçao, e entao em partes estruturais, mais ainda. a nao ser em portas interiores, pavimentos, moveis e pouco mais. há certas madeiras que so ficam bem num sitio, que é na arvore.


    ENtão na sua opinião o melhor será seguir pela casquinha vermelha? E ao natural ou com tratamento em autoclave?

    A casa também levou alguns reforços com vigas de aço. Não em todos os pisos mas somente no primeiro, o que também estrutura os dois pisos superiores. Por descarga de consciência vou ver se consigo que algum engenheiro/professor da UC vá lá fazer uma vistoria, mas a madeira para os restauros vai sempre ser necessária ou então é mesmo deitar abaixo e fazer de novo o que, sinceramente, não me parece nada necessário. As madeira, na sua quase totalidade, estão em bom estado. Apenas aquelas que estiveram sujeitas à humidade continua vindas das paredes exteriores é que apresentam problemas de fungos.
  14.  # 16

    Contactei uma das empresas que me enviou orçamento para as vigas e barrotes em pinho nacional tratado em autoclave e disseram-me que davam garantia de 30 anos para a efectividade do tratamento.
    Pareceu-me um bom tempo para garantia.

    TAmbém obtive orçamento da MArtos em Leira para vigas e barrotes em casquinha vermelha tratada em autoclave. Ficam por 675 euros o m3.
  15.  # 17

    o aço ou betao, normalmente dura bem mais que isso, aquilo que tenho dito é apenas a minha opiniao, vale o que vale. dar conselhos ou opinioes a distançia e sem ver a obra é como dar um tiro no escuro.
  16.  # 18

    Dando continuidade ao tópico, preciso de fazer a encomenda das vigas e barrotes na próxima segunda-feira.

    Após vários contactos e pesquisas, estou como comecei, muito confuso...

    Pelo que li, a casquinha vermelha apresenta a mesma resistência natural a fungos e insectos xilófagos que o pinho nacional, nomeadamente média resistência. Em termos de preços, fica mais barato o pinho nacional tratado em autoclave do que a casquinha vermelha sem tratamento. Por outro lado, desconheço ainda se o tratamento em autoclave dado em madeiras para interiores será tóxico para os humanos.

    Ou seja, o que acham que eu devo fazer na aquisição de vigas e barrotes para estrutura de pisos em madeira?
    - optar pelo pinho nacional tratado em autoclave, inspeccionando devidamente as peças contra nós e fendas;
    - optar pela casquinha vermelha sem tratamento.
    - optar pela casquinha vermelha tratada em autoclave, sendo que esta opção que fica um pouco mais cara (desde que valha a pena, não é problema) também impede de se verificar se se tratada efectivamente de casquinha vermelha.

    Essencialmente o que pretendo é que a madeira, em condições de baixa humidade e em interiores, permaneça sã por uns bons anos, sem que daí venham problemas. As vigas são para ficarem escondidas, pelo que o seu aspecto é indiferente.
  17.  # 19

    Esta questão das madeiras e da sua qualidade e fiabilidade é do caraças!!!

    No mesmo documento técnico de análise das madeiras temos num parágrafo a dizer que o pinho nacional é uma madeira de durabilidade média e tal. Depois, num outro parágrafo, temos que a dizer que o pinho nacional tem baixa durabilidade e não é fiável...

    Vá alguém entender isto.
  18.  # 20

    Já agora, alguém me sabe dizer se vigas e barrotes em Eucalipto é uma solução válida e interessante?
 
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