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  1. Arquitectura
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      CMartin
    • 10 setembro 2018 editado
    Renzo Piano: "Criatividade só faz sentido quando compartilhada"

    Se você perde a capacidade de criar emoções, então não funciona, não é suficiente.
    - Renzo Piano
    [youtube]https://youtu.be/vLkfAkVJtyc
    Neste minucioso vídeo biográfico do Louisiana Channel, Renzo Piano fala sobre suas influências, a importância de viajar, o prazer em desenhar, o verdadeiro significado da criatividade, quão estúpidos podem ser os computadores, como "a beleza pode transformar o mundo" e muito mais.
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      CMartin
    • 3 outubro 2018 editado
    Colocado por: CMartin(ao m.arq)

    I

    O Espaço como Matéria comum entre a Arquitetura e a Arte Contemporânea
    Contaminações entre as duas Disciplinas


    (..continuação)
    III

    Fronteiras Indefinidas entre a Arquitetura e a Arte desde o fim do Século XIX até às
    Segundas Vanguardas do Século XX


    3.1 Espaço e as Formas: O Pensamento Questiona o Espaço

    3.1.1 Influência da forma para a apreensão do espaço

    No artigo ‘On The Optical Sense Of Form: A Contribution To Aesthetics’,o filósofo alemão Robert Vischer elabora um estudo que incide sobre como, tanto o artista, como o observador comum, apreendem o espaço, a realidade envolvente espacial, e os objetos aí contidos, através da visão e da empatia; bem como qual a sua perceção do objeto e do espaço através da forma e dos sentidos.

    Neste texto Vischer transporta o leitor para a relação da apreensão da forma seja ela objetual ou do mundo – para o seu lado emocional. Sobre este tema o autor começa por destrinçar as associações entre as palavras ‘seeing’ [ver] e ‘scanning’ [examinar]
    argumentando que, com a primeira ação, o observador apenas retira uma impressão para a compreensão do
    espaço, enquanto que a segunda ação é mais ativa – ‘sets out to analyze the forms dialectically (by
    separating and reconnecting the elements) and to bring them into a mechanical relationship’.

    Este autor debruça-se sobre o descortinar de várias formas do olhar, e da influência que o corpo tem na sua apreensão, o que faz surgir os conceitos de ‘forma objetiva’ como o reflexo da visão direta, e a ‘forma subjetiva’ como impressão indireta de reflexos e de estímulos corporais.


    Ao sublinhar a importância da influência dos sentidos na capacidade, por parte do observador, de imaginar e percecionar o espaço, Vischer contribui para a contextualização das práticas
    artísticas e arquitetónicas no âmbito das primeiras décadas do século XX, onde é denunciada a importância do observador como usufruidor do espaço
    e, consequentemente, da ideia de espaço
    contaminado e da sua relação com as artes, onde se inclui a arquitetura como o denominador comum da criação de espaço. (...)
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      CMartin
    • 3 outubro 2018 editado
    (...)
    Também o historiador de arte suíço Heinrich Wölfflin, no seu artigo ‘Prolegomena to a Psychology of Architecture’ sobre a relação entre ‘forma’, ‘olhar’ e ‘apreensão’ linear e planimétrica, considera que as formas físicas são possuidoras de ‘carácter’ pois o observador, através do olhar, e das suas memórias visuais, sujeitas a julgamentos estéticos pessoais, as categorizam.

    Mais ainda, as formas tornam-se significativas pois, segundo Wölfflin, reconhece-se nelas a expressão de algo sensível.
    Assim não é possível isolar as formas dos seus conteúdos
    – ou seja, não se observa o vértice de uma parede como uma linha vertical mas antes como uma mudança de plano. ‘It hardly needs to be added that we do not experience architectural creations in merely geometric terms but rather as “massive forms”.’
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      CMartin
    • 3 outubro 2018 editado
    (...)
    Vischer, ao tentar encontrar a justificação para a permanente mudança de estilo na arquitetura, admite que o conteúdo da arquitetura não se restringe à expressão da sua realização (conquista) estrutural, pois admite que muitas obras acabam por sugerir emoções – a arquitetura pode fazer com que as suas obras sejam dotadas de uma aspiração crescente, de uma gravidade
    solene, de felicidade festiva e poder esplêndido. Contudo o autor considera que o que está por descobrir é o modo como a arquitetura tem essa capacidade de apelar a um lado inconsciente da razão – a psicologia da arquitetura –, e suscitar emoções que derivam do mais profundo do nosso ser.

    As reflexões sobre a imaginação de Visher e a emoção na arquitetura de Göller, que no caso desta investigação se inclui a arte, aproximam-se numa dialética entre espaço, estética
    e emoção.
  2. "A expressão das emoções pela arquitetura

    Apesar desses testemunhos incontestáveis, nem todos admitem ser a arquitetura um veículo possível para a expressão das emoções; isto é perfeitamente compreensível, uma vez que nossa época é nutrida pela razão e nossas maiores conquistas não foram obtidas pelo discernimento moral ou pela expressão dos sentimentos, mas sob a orientação da ciência e da técnica.

    A verdade é que o arquiteto ocupa, no processo de produção da sua arte, um espaço muito menor que os outros artistas, pintores, escultores, escritores, nas suas respectivas atividades; quanto maior for este espaço, maiores as possibilidades de manifestações pessoais, e conseqüentemente de emoções.

    Algumas condições podem influir favoravelmente nessa direção, e, entre elas, as principais são a própria subjetividade do arquiteto, sua autoridade e o próprio tema. Quando o próprio autor aprecia as manifestações subjetivas, estas aparecerão de maneira mais freqüente, coordenada e explícita; caso contrário, os conteúdos profundos tendem a ser inibidos. A autoridade (o reconhecimento pela sociedade da excelência da obra de um artista, e, por extensão, de sua infalibilidade poética) é um status que tem sido legado pelo público aos seus mais destacados criadores; ela favorece a presença de conteúdos psicológicos na medida em que estão ligados o conceito de originalidade e o culto da personalidade, predicados que são buscados nas camadas mais recônditas da mente. Por fim, o próprio tema pode ajudar: existem assuntos mais propícios que outros para a expressão pessoal."

    Fonte : https://www.google.pt/amp/s/coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/04/arquitetura-e-psicologia/amp/
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      CMartin
    • 13 janeiro 2019 editado
    A arquitetura e o inconsciente
    Christopher Bollas

    "De interessantes maneiras, o mundo da arquitetura – de modo geral (aqui) definido como a preocupação deliberada
    com o ambiente humano construído – e o mundo da psicanálise – de modo geral declarado como o lugar para o estudo da vida mental inconsciente – se entrecruzam.
    Uma construção deriva da imaginação humana, numa dialética que é amplamente influenciada por muitos fatores contribuintes – sua função declarada, sua relação com o entorno, suas possibilidades funcionais, seu aspecto artístico ou seu design, os desejos de seu cliente, a resposta antecipada do público e muitos outros fatores que constituem sua estrutura psíquica. Mesmo que a obra seja proveniente do
    idioma conhecido de seu arquiteto – e isto fica claro num Le Corbusier ou num Mies Van der Roe – ela passa também
    através de muitas imagens mentais, derivadas de vários fatores, que serão parte da direção inconsciente do projeto do arquiteto.

    (Palavras-chave: Arquitetura, inconsciente, psicanálise, formas)"
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      CMartin
    • 13 janeiro 2019 editado
    Menos e Mais.
    Em "A palavra de arquitecto".
      d2e8d8167df87af49fc01a28144c9801.jpg
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      CMartin
    • 13 janeiro 2019 editado
    Arquitectura. O propósito, o objectivo.
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      CMartin
    • 19 agosto 2020 editado
    'A Arquitectura da Felicidade': A casa é a nossa cabeça

    Uma casa não garante a felicidade, nem melhora o carácter de quem a habita. “A arquitectura, mesmo no seu melhor, constituirá sempre um pequeno e imperfeito protesto (caro, propenso à destruição e moralmente não fiável) contra o estado de coisas”. E, no entanto, apesar de limitado, o poder transformador dos edifícios existe e torna-os importante expressão das aspirações humanas. Mais do que fonte de avaliação de critérios de beleza, a arquitectura leva-nos a discutir os valores que nos orientaram e nos orientam hoje. (É esta a tese (...) em A Arquitectura da Felicidade (...) Alain de Botton no seu melhor.)

    Fonte : CULTURA 31 de julho 2013
    https://sol.sapo.pt/artigo/80785/a-arquitectura-da-felicidade-a-casa-e-a-nossa-cabeca

    (* a ser continuado)
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      CMartin
    • 4 setembro 2020 editado
    "As nossas escolhas são determinadas pelo nosso sistema límbico, que rege uma variedade de funções tais como as emoções e o comportamento. Podemos
    eventualmente justificar o nosso estilo ou as nossas preferências, mas a nossa actividade mental indica que tem mais a ver com as emoções do que com a lógica.
    Mesmo um ambiente que tenha uma vista fantástica, tende, com o tempo, a que nos habituemos e, de seguida, já não tem a mesma importância que lhe demos no início.

    Podemos concluir que um dos pontos-chave para que a arquitectura crie estímulos que levem as pessoas a usufruir plenamente do espaço é a criação, a criação de ambientes que mudem e que nos envolvam. Um espaço que não nos diga tudo à primeira vista, um espaço que prometa mais do que estejamos à espera.
    No interior pode passar pela organização espacial, luz e cor; no exterior pela criação de espaços que
    incitem a actividade social; na relação exterior/interior pela própria natureza. Este estudo permite-nos definir, de algum modo, como poderemos conceber esses espaços, acabando por respeitar as precisões do cliente, o próprio meio envolvente e também as
    necessidades humanas dos utilizadores que deles vão usufruir.

    A combinação dos conceitos da psicologia e da arquitectura dá-nos uma
    compreensão da importância da arquitectura para a satisfação das nossas necessidades assim como os aspectos que devem ser considerados na criação do projecto arquitectónico.

    Hoje em dia, a arquitectura é feita de modo a servir rapidamente o mercado, descurando a componente psicóloga do ser humano, alimentando, como supracitado, uma produção em série para o público que o vai “consumir”.
    Como Peter Zumthor (2005) afirma, “a força de um bom projecto encontra-se em
    nós e na capacidade de perceber o mundo racional e emotivamente. Um bom projecto arquitectónico é sensual. Um bom projecto arquitectónico é inteligente”.

    Fonte : PSICOLOGIA NA ARQUITECTURA:
    CONTRIBUTOS PARA UMA PERSPECTIVA DA
    ARQUITECTURA COMO ARTE CRIADORA DE ESTÍMULOS
    Ricardo Manuel Coelho Almeida, 2010
    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/2207/1/Disserta%25C3%25A7%25C3%25A3o_%2520RicardoAlmeida_%252019398.pdf&ved=2ahUKEwj_qdaTrtDrAhWxyIUKHX2XBrI4HhAWMAN6BAgIEAE&usg=AOvVaw3GAAJVLxtci5YBsJW1mbAn
  3. Da Beleza

    O Movimento Moderno foi, por ventura, o movimento mais transformador na História da Arquitetura.

    A formalização do ensino da Arquitetura no século XVI com a Académie Royale d’Architecture marcou a separação da Arquitetura das artes oficinais: até aí, arquiteto, mestre pedreiro ou arruador eram um só.

    Esta vontade de separar “quem sabe” de “quem faz” vem de uma intenção de elevar o status da Arquitetura a uma atividade nobre, capaz de apoiar os objetivos culturais e funcionais da corte francesa e da sua próspera burguesia, sobretudo na sua missão de contrapor à Renascença Italiana (que desenhou o património francês até então) uma Arquitetura que seja “francesa”.

    Esta estratégia obrigou à construção de uma “Teoria da Arquitetura” capaz de sustentar a nova disciplina, baseada nos textos de Vitrúvio, firmando o modelo clássico como “Beleza Absoluta” e a separação definitiva entre o saber académico e o velho saber vernáculo.

    Esta tendência culminou com as Beaux-Arts e, embora em rotura com o Gótico precedente, manifestou-se essencialmente nas obras do Estado, da Igreja e das elites: enquanto a Arquitetura Erudita procurava nas referências da Antiguidade Clássica a beleza, as proporções e os seus modelos, a cidade e a paisagem continuaram a desenhar-se pelas regras de sempre.

    Em comparação, o Movimento Moderno representa outra coisa. É uma rutura com o passado – como as Beaux-Arts o foram – mas agora a rutura é absoluta. Alimentado pela conjetura da época, influencia todas as sociedades e todo o globo.

    Esta nova cultura arquitetónica – académica e erudita – permanece no domínio das elites mas, curiosamente, a rejeição de tudo o que é passado chega a todos os territórios e a todos os estratos sociais, reféns de uma realidade construtiva que nega o conhecimento vernacular mas não o substitui por nenhum outro tipo de conhecimento.

    Recusando todas as heranças do contínuo construído passado, no cânone modernista não há “beleza” – apenas razão – e, da Segunda Guerra Mundial em frente, esta ortodoxia domina o mundo.

    É fácil, dentro do cânone, identificar as balizas do que é “certo” e do que é “errado”. A construção teórica que as suporta fornece toda a racionalização necessária para defender qualquer opção de desenho canónica.

    O conforto do cânone resulta num “estilo” que, réplica após réplica, invade o mundo construído: o Modernismo – depois da rebeldia original, extinta a breve fuga pós-moderna dos anos 80 e, agora, esvaziado das motivações que o geraram – é o “Arquitetonicamente Correto” dos nossos dias.

    A racionalização modernista não se contenta com a construção de ferramentas de habitar e de estruturas utilitárias e funcionais. No entanto, a sua busca por “beleza” é, geralmente, reduzida a uma estética intelectualmente justificada.

    A resposta inata humana à beleza é, infelizmente para o modernismo, intrinsecamente anti-intelectual.

    Alguns dos aspetos mais intelectualizados das nossas vidas – a música, a literatura, a arte – conseguem tocar-nos de forma profunda sem nos exigirem nenhum tipo de racionalização: muito do que nos rodeia emociona-nos sem razão. Também é assim a Arquitetura.

    O “estilo” é uma autoimposição – uma medida de controlo do processo e das hipóteses arquitetónicas – mas é sempre uma limitação: como dizia Fernando Távora, “o estilo não conta, mas sim a relação entre a obra e a vida”.

    É tempo de repor a continuidade interrompida da cultura construtiva, apoiando-nos não em correntes, escolas e movimentos, mas em escolhas críticas, criteriosas e genuínas para cada circunstância.

    A perceção da beleza é indiferente a qualquer racionalização de cânones ou estilos, e tarda a hora de a trazer de volta à Arquitetura.

    TIAGO DO VALE
    11 Março, 2020
    Sobre o autor
    Arquiteto pela Universidade de Coimbra, vencedor do American Architecture Prize 2017 e do Building of the Year Awards 2014.
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      CMartin
    • 23 novembro 2020 editado
    Colocado por: CMartin

    A resposta inata humana à beleza é, infelizmente para o modernismo, intrinsecamente anti-intelectual.

    Alguns dos aspetos mais intelectualizados das nossas vidas – a música, a literatura, a arte – conseguem tocar-nos de forma profunda sem nos exigirem nenhum tipo de racionalização: muito do que nos rodeia emociona-nos sem razão. Também é assim a Arquitetura.
  4. Colocado por: CMartin
    A perceção da beleza é indiferente a qualquer racionalização de cânones ou estilos, e tarda a hora de a trazer de volta à Arquitetura.
  5. "Um campo algures fora da cidade. Durante uns milhões de anos, dormiu sob uma manta de gelo. Então, um grupo de gente de maxilar inferior pronunciado instalou-se nele, acendeu as suas fogueiras e sobre um plinto de pedra esporadicamente sacrificou um animal a estranhos deuses. Decorreram milénios. Foi inventado o arado e semearam-se trigo e aveia. Os monges foram donos do terreno, depois, o rei, depois o mercador, e, por fim, um lavrador que recebeu uma generosa quantia do Governo a troco de submetê-lo ao avanço colorido de ranúnculos amarelos, malmequeres e trevos roxos.
    O campo tivera uma vida agitada. Um bombardeiro alemão, afastado do seu alvo, sobrevoou-o durante a guerra. Crianças interromperam longas viagens de automóvel para vomitar à sua beira. Pessoas deitaram-se à noite nele e ficaram a pensar se as luzes que se viam lá em cima eram estrelas ou satélites. Ornitólogos de peúgas de um amarelo acinzentado vaguearam por ele e detectaram famílias de rabirruivos-pretos. Dois casais de noruegeses em cicloturismo pelas ilhas Britânicas acamparam ali durante uma noite e nas suas tendas cantaram Anne Knutsdotter e Mellom Bakkar og Berg. As raposas olharam em volta. Os ratos fizeram viagens exploratórias. Os vermes mantiveram-se escondidos.
    Porém, o tempo daquele campo acabou. A mancha de dente-de-leão em breve dará lugar ao número 24. Uns metros adiante, entre as papoilas, será a garagem do número 25, e alí, nas candelárias brancas, a sala de jantar, onde alguém que ainda não nasceu terá uma discussão com os pais. Por cima da sebe, haverá um quarto de criança projectado por uma mulher sentada ao computador, num gabinete com ar condicionado de um parque empresarial próximo de uma auto-estrada. Um homem num aeroporto do outro lado do mundo, irá sentir saudades da família e pensará na sua casa, cujos alicerces serão implantados onde agora está um charco. A Great Corsby Village fará o melhor possivel para impor a sua imagem e a sua inevitabilidade, e nada mais será dito sobre os rubirruivos, sobre os piqueniques ou sobre as longas noites de Verão que ecoavam ao som de Mellom Bakkar og Berg.

    em "A Arquitectura da Felicidade", de Alain de Botton.
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      CMartin
    • 27 janeiro 2021 editado
    (...continuação)

    "A construção de novas casas é habitualmente sinónimo de profanação, com o nascimento de bairros menos belos do que a paisagem que vêm substituir.

    Por mais dura que seja esta igualização, aceitamo-la convencionalmente com passividade e resignação. A nossa concordãncia advém da autoridade que os edifícios adquirem através do simples facto de existirem. O seu volume e solidez, a falta de pistas quanto às suas origens, a dificuldade que a sua remoção implica, emprestam-lhes o aspecto inexpugável de um penhasco feio ou de uma montanha"

    em "A Arquitectura da Felicidade", de Alain de Botton.
 
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