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    • emad
    • 26 fevereiro 2016

     # 61

    Colocado por: loverscoutmas nem sequer vou dar-lhe conversa e desviar do topico......

    vou apagar os meus ultimos comentários!

    Pois. Eu vi logo.
    Próximo corajoso!?
    • eu
    • 26 fevereiro 2016

     # 62

    Caro emad, este é um tópico muito sério. Se quer discutir assuntos de m... , crie um tópico para isso.
    • emad
    • 26 fevereiro 2016 editado

     # 63

    Colocado por: euCaro emad, este é um tópico muito sério. Se quer discutir assuntos de m... , crie um tópico para isso.

    Ninguém disse o contrario e eu tenho respeito e levo a sério o tópico. Mas como ja li tudo o que foi dito, continuo a chegar a conclusão que quem ve nao quer ver. A minha questão tem um propósito. Mas estou a ver que esta discussão não chega e nem vai chegar a lado nenhum.
    Se ninguém quer responder nao faz mal. Retiro-me sem contribuir com a minha opinião. Peço desculpa se ofendi alguém com a minha questão de m...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
    • emad
    • 26 fevereiro 2016

     # 64

    Não resisti a não comentar.
    O ser humano tem uma necessidade de arranjar explicações para tudo o que não consegue explicar. Só assim se sente seguro. Por aquilo que li, todos tentam arranjar uma explicação para perceber porque é que os nossos filhos são mais inteligentes que os pais, ou se são mais burros que os pais, ou se porque o pai estudou e é muito inteligente, e a mãe não estudou e é burra , e o filho é burro, mas a mãe é inteligente e tirou um curso superior, e os pais ajudam nos TPC´s, ou não têm tempo, ou a mãe obriga a fazer muitas fichas nas férias e por isso os filhos singraram e são menos burros, mas depois tem o facto se estudarem no privado têm muita atenção e são mais inteligentes. Ficaram perdidos. Eu perdi-me.
    Então se eu for um assassino, um violador , homossexual, pedófilo isso será uma influência para o meu filho também o ser? Os filhos dos médicos são obrigatoriamente mais inteligentes? Já vi filhos de muito boa gente e a estudar nas melhores escolas e com explicadores e são como cepos.
    Já alguém se interrogou que cada ser humano tem características próprias que o definem e o traçam como um ser com mais vontade e empenho do que outro ser humano. Existem muitas crianças que nascem com acesso a tudo e depois não singram porque nunca tiveram de se esforçar. Existem Cristianos Ronaldo que vieram de meios desfavorecidos e trabalham mais que tudo e que todos para ser o melhor. Nas escolas é igual. A sociedade precisa de arranjar justificações para o sucesso e insucesso dos alunos. Porque é que um bom professor não consegue tirar partido de forma igual de duas turmas diferentes? Será que é o ambiente familiar que influencia? Todos os alunos que infelizmente vêem a mãe a levar porrada e o os pais alcoólicos são maus alunos?
    Os meus pais apenas me deram as bases e realçaram a importância que tinha de eu tirar ou não um curso. Os meus irmãos tiveram as mesmas oportunidades e não quiseram estudar. Não são menos inteligentes que eu. Temos é determinações e vontades diferentes, que enquanto irmãos e com os mesmos genes fazem de nós pessoas totalmente diferentes.
    Voltando à questão da ovelha e da vaca. Se não percebem de m..., como vão perceber de um assunto que é tão complexo como o ser humano?
    Boa sorte para os vossos filhos serem bons alunos e inteligentes, porque os pais se esforçam muito e lhes dão muita ou pouca dedicação.
    Para o meu apenas desejo que seja feliz. Nem que seja a repor mercadoria no supermercado. Será sempre meu filho. Não se esqueçam do mais importante da vida.
    • Flica
    • 27 fevereiro 2016

     # 65

    Colocado por: Picareta
    A maior parte dos alunos que entram em medicina tiveram explicações.
    Concordam com este comentário:rafaelisidoro


    Picareta, sim, a maior parte teve explicações porque senão só genios entrariam para medicina e os génios não dão bons médicos. Precisa de 20 valores ou quase para entrar numa fac de medicina em Pt
    • Flica
    • 27 fevereiro 2016

     # 66

    Se não fossem esses que conseguem ter explicações não teríamos médicos saídos das nossas universidades. Vai dizer: que pena! Vinham os moldavos...
    Mesmo com explicações e muito trabalho é difícil e têm de ser inteligentes. Há alunos de poucos recursos mais inteligentes? Há sim. Então porque não conseguem? Porque tinham de ser génios.
    • Flica
    • 27 fevereiro 2016

     # 67

    Se não fossem esses que conseguem ter explicações não teríamos médicos saídos das nossas universidades. Vai dizer: que pena! Vinham os moldavos...
    Mesmo com explicações e muito trabalho é difícil e têm de ser inteligentes. Há alunos de poucos recursos mais inteligentes? Há sim. Então porque não conseguem? Porque tinham de ser génios.
  1.  # 68

    Colocado por: FlicaVai dizer: que pena!

    Não. Vou dizer que você não conhece o sistema de acesso ao ensino superior.
    Se não existissem explicações, o nº de alunos que entravam em medicina eram exactamente os mesmos ... a média do último aluno colocado é que era mais baixa.
    Concordam com este comentário: eu
    • Flica
    • 27 fevereiro 2016

     # 69

    Colocado por: Picareta
    Não. Vou dizer que você não conhece o sistema de acesso ao ensino superior.
    Se não existissem explicações, o nº de alunos que entravam em medicina eram exactamente os mesmos ... a média do último aluno colocado é que era mais baixa.


    não sei eu outra coisa! Andam agora em 18 ou 17? Se acha fácil qual é o problema para qq aluno?
    • AXN
    • 27 fevereiro 2016

     # 70

    Colocado por: PicaretaNão. Vou dizer que você não conhece o sistema de acesso ao ensino superior.


    Conclusão: Para a Picareta eu apesar de detestar medicina, e nunca me sentir atraído por ela, sou um frustrado, posso ser um excelente músico, actor, engº, empresário, advogado, professor ou outro. Mas só que entra em medicina é que tem sucesso....
  2.  # 71

    Colocado por: AXNConclusão: Para a Picareta eu apesar de detestar medicina, e nunca me sentir atraído por ela, sou um frustrado, posso ser um excelente músico, actor, engº, empresário, advogado, professor ou outro. Mas só que entra em medicina é que tem sucesso....

    LOL .... de onde é que tirou essa conclusão???
    Concordam com este comentário: eu, scarecrow
    • dmrs
    • 27 fevereiro 2016 editado

     # 72

    Colocado por: Flica

    não sei eu outra coisa! Andam agora em 18 ou 17? Se acha fácil qual é o problema para qq aluno?


    As médias são feitas pelos alunos em cada ano, não estão pré-determinadas.

    Exemplificando:

    Existem p.ex 200 vagas. 200 alunos com média de 18 e 19 valores. O último a entrar tem média de 18. A média de referência para aquele ano passa a ser 18.

    Se em medicina continuasse a existir 200 vagas, mas existissem 200 alunos com médias de 16 e 17. O último a entrar com média de 16 valores passava a contar como a média de referencia para medicina naquela univeridade.

    São os alunos que fazem a média. A única limitação é ter mais de 10 valores de média de secundário para se poder concorrer. Existem cursos onde há uns anos as médias de entrada rondavam os 17 valores e agora vão em 12 valores, por exemplo. Isto porque quem vai estão com médias muito inferiores e isto pode acontecer pela falta de procura ou pelo facto da média nacional dos exames baixar.

    Se só existissem alunos com média de 12 a concorrer para medicina, a média de medicina passava a ser de 12... são os alunos que fazem as médias dos cursos, aliás é o último colocado em cada curso num determinado ano que dá a média de referência para o ano a seguir.
    Concordam com este comentário: eu, Flica
    • dmrs
    • 27 fevereiro 2016

     # 73

    Colocado por: emad
    O ser humano tem uma necessidade de arranjar explicações para tudo o que não consegue explicar. Só assim se sente seguro. Por aquilo que li, todos tentam arranjar uma explicação para perceber porque é que os nossos filhos são mais inteligentes que os pais, ou se são mais burros que os pais, ou se porque o pai estudou e é muito inteligente, e a mãe não estudou e é burra , e o filho é burro, mas a mãe é inteligente e tirou um curso superior, e os pais ajudam nos TPC´s, ou não têm tempo, ou a mãe obriga a fazer muitas fichas nas férias e por isso os filhos singraram e são menos burros, mas depois tem o facto se estudarem no privado têm muita atenção e são mais inteligentes. Ficaram perdidos. Eu perdi-me.
    Então se eu for um assassino, um violador , homossexual, pedófilo isso será uma influência para o meu filho também o ser? Os filhos dos médicos são obrigatoriamente mais inteligentes? Já vi filhos de muito boa gente e a estudar nas melhores escolas e com explicadores e são como cepos.
    Já alguém se interrogou que cada ser humano tem características próprias que o definem e o traçam como um ser com mais vontade e empenho do que outro ser humano. Existem muitas crianças que nascem com acesso a tudo e depois não singram porque nunca tiveram de se esforçar. Existem Cristianos Ronaldo que vieram de meios desfavorecidos e trabalham mais que tudo e que todos para ser o melhor. Nas escolas é igual. A sociedade precisa de arranjar justificações para o sucesso e insucesso dos alunos. Porque é que um bom professor não consegue tirar partido de forma igual de duas turmas diferentes? Será que é o ambiente familiar que influencia? Todos os alunos que infelizmente vêem a mãe a levar porrada e o os pais alcoólicos são maus alunos?


    Nada está pré-determinado mas tudo influencia. Nós somos o produto da nossa educação, genética, convivência, experiências, etc.
    Não tem a ver com a procura de segurança mas uma forma de conhecimento para se poder intervir. É ao saber que o estatuto socioeconomico influencia o percurso e o sucesso escolar que se pode tentar arranjar estratégias para os suprimir: p.ex um dos objectivos da pré-escola é diminuir as diferenças entre os alunos, dar-lhes a mesma preparação e as mesmas possibilidades a todos os miúdos. No entanto, mesmo este tipo de recursos, existem pais que decidem não os usar - uns conseguem dar acesso a tudo na mesma, outros não.
    Da mesma forma é importante saber que a escolaridade dos pais ainda influencia os resultados académicos dos filhos... precisamente porque é suposto que a escola consiga minimizar este tipo de influencias. O facto de não o estar a fazer significa que um dos aspectos não está a ser conseguido.

    Existem várias pessoas que conseguem vencer, apesar de todas as contrariedades e outras que tem tudo dado e não alcançam nada, no entanto, isso é a minoria. Enquanto sociedade não temos o dever de tentar dar acesso às mesmas oportunidades a todas as crianças?
    Por exemplo, onde vivo, o clube desportivo da cidade atribui as mensalidades de acordo com o escalão da segurança social... caso não o fizesse vários miúdos que lá andam não poderiam fazê-lo... será que um "Cristiano Ronaldo" seria encontrado se nunca tivesse um bom "padrinho" para o apresentar ao mundo, uma cunha, ou tivesse uma oportunidade e um sitio para mostrar que é bom e que tem jeito?
    O mesmo vale em relação a tudo o resto: uma criança que até tenha jeito e se queira dedicar aos estudos se tiver uns pais que lhes diga que o importante é dedicar-se a A ou B e esquecer os estudos...será que vão ver no estudo algo importante? Se tiver uma dúvida e não tiver quem lhe explique convenientemente será que tem a mesma oportunidade que os outros todos que podem pagar a um explicador sempre que tiverem dúvidas? Porque é bonito dizer-se que o professor tem o dever se explicar mas eu tive professores que se recusaram a responder a dúvidas de alunos (no ensino publico) e tive até uma professora que ensinava matemática A a ler o livro como se de Português se tratasse. E nesses casos?

    Raras são as pessoas que conseguem quebrar por si próprias o ciclo no qual nascem e no qual são educados. Infelizmente isto é a realidade e é por isso que é importante descobrir os motivos. Só depois de se descobrir os motivos é possível tentar suprimir os problemas.
    Concordam com este comentário: eu, Flica
  3.  # 74

    O problema da falta de sucesso escolar das crianças não está relacionada com a falta de escolaridade dos pais, mas sim como muitas vezes essa falta de escolaridade dos pais condiciona a sua visão do mundo e leva a que muitas vezes vivam sem objectivos de longo prazo, sem perspectivas de crescimento para os seus filhos.

    Os meus pais têm ambos a 4.ª classe e fui um aluno brilhante até chegar à faculdade, onde fui um aluno apenas razoável e competente, nada de brilhantismo, mas também sem grandes sobressaltos. Mas desde cedo que mostrei enorme capacidade de aprendizagem, desde cedo que os professores da primária passaram essa mensagem aos meus pais e desde cedo me foi incutida a ideia de que esse potencial tinha que ser aproveitado. Nunca tive explicações, desde cedo que os meus pais deixaram de me poder auxiliar nos trabalhinhos de casa, desde cedo fiquei calão com os estudos porque também jogava futebol e aquilo comia muitas horas ao fim do dia, mas no fim do trimestre lá estavam as notas todas, sempre 5 até ao 9.º ano, média bem superior a 15 do 10º ao 12º. E isto "sem estudar", porque só mesmo em situações de aperto estudava nas vésperas dos exames, porque realmente tinha muita facilidade em memorizar tudo o que ouvisse na sala de aulas.

    O Estado fazia bem em parar de desperdiçar dinheiro com estudos que tiram conclusões forçadas de estatísticas que são só mesmo isso, estatísticas. O que é preciso é interpretá-las e mais uma vez vamos fazer conclusões à tuga, tipo "os pobres ficam burros por falta de dinheiro", porque é a correlação mais simples de fazer, quando muitas vezes o maior problema é a falta de acompanhamento e aconselhamento psicológico aos pais, particularmente em estratos sociais mais desfavorecidos, acompanhamento que deve sublinhar o quão importante é para um jovem adulto ter uma formação académica de base sólida, para lhe permitir ingressar no mercado de trabalho qualificado e não ser carne para canhão.

    E ter formação académica não é ser doutor ou engenheiro ou arquitecto. Não fica mal nenhum mesmo em profissões mais manuais ter formação escolar, a complementar a formação profissional. Mas até para um aluno fazer o 12.º ano é preciso que o Estado o torne obrigatório, quase como castigo, em vez de mudar as mentalidades das pessoas.

    Isto aqui não é uma guerra de classes, porque nunca vamos ter todos as mesmas oportunidades. Mas todos vamos ter oportunidades e muitas vezes elas escapam-nos nas idades chave porque não tivemos em casa quem nos alertasse para a importância da ocasião, para a necessidade de já ter alguma maturidade para fazer opções desde cedo.
    • eu
    • 28 fevereiro 2016

     # 75

    Colocado por: SkinkxO Estado fazia bem em parar de desperdiçar dinheiro com estudos que tiram conclusões forçadas de estatísticas que são só mesmo isso, estatísticas. O que é preciso é interpretá-las

    Então e como é que se interpretam estatísticas se não forem feitos estudos para as produzir de forma fiável?
  4.  # 76

    Colocado por: eu
    Então e como é que se interpretam estatísticas se não forem feitos estudos para as produzir de forma fiável?


    Quantos estudos destes é que não foram já feitos? Daqui a 1 ano aparece um estudo igual e a análise aos dados é sempre a mesma: os alunos de maior insucesso escolar são-no devido à pobreza. Isto é uma desculpa fácil, porque remete sempre para a luta de classes.

    A única diferença que a meu ver a diferença de classes sociais justifica é que um miúdo que nasça na classe alta, seja mais inteligente ou mais atado, vai ter oportunidades e recursos infindáveis para tirar uma formação superior. Mas nas camadas mais pobres há muita gente que fica pelo caminho e muitos deles não são por condições forçosamente económicas.

    Um bom exemplo: no futebol os melhores jogadores do mundo vêm invariavelmente das camadas mais baixas, porque os miúdos passam por muitos sacrifícios e nesse aspecto o futebol é a única escapatória. Por outro lado, os miúdos mais ricos vão sendo empurrados pelos pais para a academia, cientes de que o futebol dá uma probabilidade ínfima de sucesso profissional e de suporte económico na vida. Ou seja, nas classes mais ricas, há uma perspectiva de longo prazo e os miúdos são desviados da bola para os estudos, porque o risco é menor; nas camadas mais pobres, assim que um miúdo vai treinar ao Benfica ou Sporting, os pais dizem logo que a vida deles agora é o futebol, que os estudos ficam para segundo plano.

    Acho que este é o melhor exemplo de que o problema é mais do que económico, porque o dinheiro não justifica esta perspectiva. Nas camadas mais pobres não há uma perspectiva de longo prazo e por isso é que acho que é muitas vezes preciso acompanhamento psicológico aos pais dos miúdos com maior potencial académico (ou futebolístico, porque não), porque por vezes são os próprios pais a castrar o crescimento das crianças, quando não lhes dão suporte familiar adequado. E não havendo esse suporte familiar, não são mais 300 ou 400 euros por mês que resolvem o problema.

    Mas isto é uma opinião muito pessoal, porque sempre detestei justificações facilitistas.
 
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