Ou, mais à frente: «tudo entre nós corre o fado, os navegadores e os lobisomens, as bruxas e
as rainhas: e cada um de nós, chegada a tirana morte, tem acabado o seu fadário. Nesta fé cega,
que o génio e a vida portuguesa explicam, a lassitude na iniciativa, a carência de um ideal colectivo,
o alheamento do povo na obra político-económica dirigente, compreende-se na nação
entontecida de grandezas ou resignada nos desastres que só atribui ao destino. Nunca o povo
português se ocupou das grandes revoluções na ciência e nas artes, nunca o uniu o sentimento
consciente e altruísta da nacionalidade. Clamores isolados, pequenas revoltas, é nada: o cepticismo
de hoje é o de sempre. Contra o descalabro da pátria e na ruína própria, não reage nem
combate: espontaneamente nunca reagiu nem combateu. Foi heróico por dever, se o mandavam:
que quanto a si apenas pede que o deixem emigrar, sem protesto, resignado, ou a céu
aberto, ou oculto num porão, em sacos, em pipas, em caixões» (id.: 298 e 299). E já perto do
final do texto: «o critério geral da sorte do país, a cujo governo o povo nunca deixará de ser
alheio, é o do fado que correm os lobisomens, à meia-noite, nas terças e nas sextas-feiras, olheirentos,
chupados, vagabundos, funéreos: sete adros, sete encruzilhadas, sete rios, sete vilas acasteladas,
sete vales e sete outeiros» (id.: 301 e 302).
Colocado por: ItsmeJá pensou que pode ter problemas com a publicação na integra de volumes inteiros de uma obra?
Colocado por: Goncalo D.Das conversas que tive com pessoas que ainda cuidaram de casas de taipa, apercebi-me que há(havia) um estigma relativamente a algo que, aparentemente, acordava memórias de um país pobre.
Mas agora, com uma geração que tem saudades de um tempo que não viveu, a arquitectura popular vai ter um regresso fenomenal! ;-)
Colocado por: Goncalo D.
Pois, estou dividido.
Colocado por: Goncalo D.E acho sinceramente que devia ser daquelas obras que saíram do mercado para entrar no conhecimento de toda a gente... sei lá, como os filmes do Kubric, ou do Kurosawa, os textos de Shakespeare, música do Carlos Seixas....
Dada a heterogeneidade do tecido social português, «Portugal tem a mais
elevada percentagem europeia da população a viver em meio rural e o operariado
português típico é ainda hoje um semiproletário, pluriactivo, isto é,
obtém simultaneamente rendimentos do trabalho industrial e agrícola. Será talvez
por isso - pergunta Sousa Santos - que 'o português tem um vivo sentido
da natureza e um fundo poético e contemplativo estático diferentes do dos
outros povos latinos' (Jorge Dias)?» (id., ibid.).
Pois, estou dividido.
Eu sei que há implicações sobre partilhar informação.
Tenho mais dificuldade em compreender que "reproduza a obra na Internet" correndo alguns riscos escusados.
Colocado por: ItsmeMas em sites como a Fnac, os 2 volumes custam bem menos.
https://www.fnac.pt/Arquitectura-Popular-em-
Qual a diferença entre a divulgação do livro que eu estou a fazer e a divulgação dos livros que o Gonçalo fez ?
Sabe que eu estou a fazer o mesmo que o Gonçalo ?
Mais um. Só sabem estragar. E não aprendem.
E o its me, qual o seu propósito em concreto ?
(Quando já lhe mostrei onde se pode fazer download em modo de trial, sem pagamento, da obra em questão ?)
O que eu não aprecio de todo é este tipo de discussão, que acontece irremediavelmente e vezes sem conta.
Os meus tópicos não são para discussões fúteis. Prefiro que não participem neles se nada têm a acrescentar de valor ao tema, que se abstenham de o fazer. Prefiro falar sozinha, do que isto, que faço por evitar. Detesto conversa de palha. E recuso-me a tê-la consigo, ou outro. Não tenho arcaboiço para conversa de deitar fora. Desculpe.