Sistema montado, salamandra de 12 kW, 9 metros (3 m a 45 graus, 6 m na horizontal) de tubo de exaustão dentro da cave (a que corresponde uma superfície radiante de aproximadamente 4 m2), a funcionar no mínimo para começar (quero ver qual a autonomia típica do equipamento, se o fornecimento de ar e a exaustão são, como parece, suficientes). Só falta chegar o Inverno!
Custos: 900 € da salamandra, 110 € tubos (já tinha alguns da salamandra a lenha), 90 € para a instalação e arranque do equipamento, ou seja, 1100 €. Aproveitei e comprei 1050 kg de pellets, a 20 cêntimos o kg.
Sou com certeza uma das piores pessoas para comentar isto, mas porque não reduzir o espaço onde se encontra a salamandra cercando-a Com paredes de pladur isoladas e usar uma vmc de fluxo cruzado a ir buscar o calor a esse compartimento. Deixa de ter o problema do ar viciado e nao terá tanto consumo como a aquecer una cave Com 160m2
15 dias com o sistema a funcionar, acrescentei um metro de tubo de extração, o "fumo" sai a cerca de 25 graus da cave, ficando, por isso, o calor dos gases de exaustão também dentro da cave, como pretendido. A única perda são as cinzas. Tenho o ponto de referência da temperatura da salamandra a 23 oC, medidos a 50 cm da salamandra, perpendicularmente à direção de projeção do calor, referência que é rapidamente atingida, o que faz com que o aparelho esteja bastante tempo no modo ECO, consumindo bastante pouco (quando sai do modo ECO entra no modo Potência 2, imagino que uns 5000 a 6000 W). Neste momento, tenho na cave, em média, 22 graus ao nível do chão (medidos a 2 m da salamandra, numa direção quase perpendicular ao tal fluxo de calor) e 25 oC no tecto (ponto 3.5 m acima do anterior). No piso habitado, o chão está a 22 graus na zona dos quartos (metade da área da cave), estando a sala e cozinha um pouco mais frias (já não tenho mais termómetros...). No final do mês compararei o consumo elétrico e avaliarei quantos sacos de pellets consumi (neste momento pouco mais de 1 saco por dia). Sinto ainda a casa mais seca (mas também pode ser do bom tempo que tem feito) e, sobretudo, desapareceram quaisquer sinais de condensação na periferia dos vidros e no chão que está em contacto com a varanda exterior (aqui foi feito um corte térmico imaginário, ao que parece). Nesta zona tinha sempre poças de água nos dias mais frios nos quartos habitados, os cortinados (faixas PVC) ganhavam bolor. Só por isto valeu a pena!
Sim, está a funcionar, o único senão (noto que depende também do que irá suceder quando as temperaturas noturnas baixarem ainda mais, neste momento o mínimo deve ter estado nos 7 graus e deve chegar aos 0 graus lá mais para Dezembro/Janeiro) é a variação de temperatura ser inversa daquela que esperava. Ou seja, os 22 graus no chão do piso habitado ainda não se reflectem numa temperatura superior acima dessa quota (casa habitada, com equipamentos eléctricos e outras fontes de calor). É verdade que os 22 graus demoraram uns quatro dias a ser atingidos, pode ser que assim que as paredes comecem também a aquecer a coisa fique mais normal (frio em baixo, calor em cima). Por outro lado, tenho ainda aspectos que posso melhorar, como isolar as paredes até ao tecto (as placas de XPS só têm 3 metros), usar o programador diário do equipamento para optimizar consumos, isolar melhor a porta metálica da cave (tem 80% de XPS com 4 cm), substituir o último troço de tubo em inox por outro de material isolante (o fumo é quase frio, imagino que PVC faça o serviço e não traga o frio lá para dentro), entre outros ajustes menores. Quanto ao ar da cave, parece normal, respirável, com um aroma suave a madeira, e sem qualquer humidade adicional, na verdade até parece mais seco. Seja como for, vou lá montar um detector de CO (ou fumo, já não me lembro), que comprei há uns tempos no IKEA.
4 dias? deus ma libre!!!!!! bem não leve a mal mas como previa nao esta a tirar o proveito que esperava do sistema, se o que pretende é climatizar o piso de cima, estar a climatizar a cave por convecção na esperança que climatize o andar de cima parece-me tempo e custos mal aproveitados, ja pensou em por ex fazer umas aberturas no tecto de maneira que o ar sua para o andar de cima?
Demorou quatro dias mas como não penso desligar a salamandra até princípios de Março, não parece nada significativo, é inércia térmica, apenas indica que deve demorar o mesmo a arrefecer, já na Primavera. A casa está muito mais confortável, sem humidade, não é necessário ligar o aquecedor eléctrico na WC para os banhos matinais, andar descalço é agradável, etc. Se o consumo se mantiver num saco por dia, cerca de 3 euros, diria que correu bastante bem. Ou melhor, estou satisfeito! Das aberturas, pensei em remover uma secções da tubagem da aspiração central, que estão suspensas no tecto da cave, e assim ter quatro entradas de ar quente distribuídas no 1º e 2º piso, mas receio pela qualidade do ar, teria que meter detectores de CO e fumo no piso habitado para ficar descansado.
A exaustão de fumos atravessa a cave, num troço de tubagem em inox (com 80 mm e 150 mm) com mais de 10 metros, percurso onde o gás quente expelido pela salamandra perde bastante calor, entre convecção, radiação e condução, para os materiais que constituem ou estão encerrados na cave, saindo assim o gás (CO2 e H2O maioritariamente) para o exterior da cave praticamente à temperatura ambiente a que a cave se encontra (uns 25 oC).
Consumo eletricidade: em Dezembro e Janeiro foi cerca de metade do consumo no ano anterior, menos uns 450 kWh em cada um destes meses. No entanto, em Outubro, acho, comprámos uma máquina de secar roupa e a própria salamandra também consome electricidade, o que limita ligeiramente a comparação. Dado que o AC funciona muito menos, baixei a potência contratada de 10,35 kVA para 6,9 kVA. Consumo pellets: um saco por dia (16 a 18 horas de funcionamento), estando a salamandra normalmente na posição 2 de 5, mas não diferindo muito quando está no máximo, uma vez que assim atinge mais rapidamente a temperatura de referência (25 graus no chão) e passa muito tempo no modo ECO, de baixo consumo. Convém que não esteja em contínuo, as interrupções são necessárias para limpar a salamandra para que o desempenho se mantenha elevado, e.g. as pellets sejam integralmente consumidas. Conforto: óptimo na zona dos quartos, corredor, lavandaria, casas de banho e cozinha (22/23 graus), a sala melhorou ligeiramente (20 graus, volta e meia ainda ligo o AC nesta área); quem nos visita acha que a casa está muito quente e é de facto difícil andar agasalhado ou com calças mais grossas. Cave: temperatura máxima no tecto foi de 28 graus, nenhum sinal de humidade, antes pelo contrário. Contras: por vezes as pellets não escoam na salamandra, aconteceu umas cinco ou seis vezes, e o ruído que o sem-fim faz é surpreendente, embora seja pouco não consigo imaginar uma salamandra numa divisão onde se queira silêncio. E ter que ir à cave, pelo exterior, todos os dias (o teste que fizemos com um depósito adicional funcionou e autonomia sobe para uns quatro dias, mas como temos que retirar periodicamente as cinzas acabámos por mudar de ideias; talvez para o ano coloquemos um depósito extra menor, para que se aguente dois dias). Em termos económicos deve ter ficado um pouco mais caro (uns 20 euros/mês) mas o conforto é incomparavelmente maior.
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