Iniciar sessão ou registar-se
    • pbfb
    • 25 junho 2009 editado

     # 1

    Estou a pensar em colocar o kit termossifão Solahart 302 kf de 300 l com resistência eléctrica na moradia que estou a construir.
    Após falar com o perito de certificação energética ele diz-me que o apoio dos paineis solares não pode ser uma resistência eléctrica, caso contrário, a avaliação da casa, passa de A para C e o minimo para emissão de licença de utilização é B.
    Alguém consegue confirmar se isto é mesmo assim?

    Obrigado.
  1.  # 2

    .. é estranho, passar de A para C... realmente o Regulamento penaliza o backup electrico.. mas não conseguir obter a classificação B-

    Nos meus projectos utilizo praticamente colectores TS com o apoio electrico (SOLAHART)... e são sempre classificadas B ou B-...( seriam A ou A+, se utilizasse caldeira a gás... mas como por aqui gás natural não existe.. nem deverá existir tão proximamente, pedimos a isenção, quando possível da inst. gás)

    Mas eu projecto na região sul do pais, e os desempenhos dos equipamento alteram-se com as condições climaticas das zonas... Onde se situa a obra?
    • pbfb
    • 25 junho 2009

     # 3

    Colocado por: Pedro Barradas.. é estranho, passar de A para C... realemnte o Regulamento penaliza o backup electrico.. mas não conseguir obter a classificação B-

    Nos meus projectos utilizo praticamente colectores TS com o apoio electrico (SOLAHART)... e são sempre classificadas B ou B-...( seriam A ou A+, se utiliza-se caldeira a gás... mas cvomo por aqui gás natural não existe.. nem deverá existir tão proximanmente, pedimos a isençã, quando possível da inst. gás)

    Mas eu projecto na reigão sul do pais... Onde se situa a obra?


    A construção é no concelho de Cascais.
  2.  # 4

    então não vejo motivo aparente para tal desclassificação...
    Mas falou com o projectista do RCCTE ou com o Perito da ADENE? O tecnico, refez as contas com os dados do colector...?
    • pbfb
    • 25 junho 2009

     # 5

    Falei com o perito da ADENE e o mesmo não refez as contas, pois disse-me logo que com resistência eléctrica era um C certo, mesmo tendo a casa A+.
    Já agora, o perito que fez a certificação no projecto terá/deverá ser o mesmo da certificação no final da obra? O pagamento que se faz para esta certificação no projecto já inclui a emissão do certificado no final da obra?
    Pergunto isto, porque se calhar o melhor é mudar de perito de certificação energética.
  3.  # 6

    Em termos genéricos, o uso de resistência eléctrica é mais penalizador, sobretudo se não houver indicação de qual é o equipamento. Se usar um termoacumulador eléctrico com maior eficácia, pode não ser tanto, é uma questão de fazer as contas.
    Relativamente ao RCCTE, há 3 serviços a considerar:
    1. Elaboração do projecto
    2. Emissão da Declaração de Conformidade Regulamentar, relativa ao projecto
    3. Emissão do Certificado Energético, para emissão da licença de utilização.
    (atenção, que estes dois últimos só são obrigatórios para edifícios novos, cujo licenciamento tenha sido requerido depois de Julho de 2007)

    Portanto, você é que tem de saber que serviços é que contratou. Não é obrigatório que o perito que emite a DCR seja o mesmo que emite ao CE, mas é mais cómodo porque já conhece melhor o projecto. É conveniente que o perito que vai emitir o CE acompanhe a obra, para poder comprovar que o projecto foi cumprido, e há coisas que já não se conseguem confirmar com a obra concluída.
  4.  # 7

    Boas

    então não vejo motivo aparente para tal desclassificação...

    Já somos dois.

    A razão deve estar aqui:

    Falei com o perito da ADENE e o mesmo não refez as contas


    cumps
    José Cardoso
  5.  # 8

    É o país que temos... Pode-se ter uma casa toda esburacada, sem qualquer cuidados de isolamento, mas com os "aparelhos" certos a casa é A+...
    Uma boa casa com paineis solares com uma resitência de apoio, passa automaticamente a C...
    E assim vamos...
  6.  # 9

    Um regulamento produzido por engenheiros mecânicos tinha que dar nisto
    • pbfb
    • 10 julho 2009

     # 10

    O perito refez as contas e diz que afinal fica com B-
  7.  # 11

    Olha que surpresa...
  8.  # 12

    ... claro... boa sorte.
  9.  # 13

    Colocado por: j cardosoBoas

    então não vejo motivo aparente para tal desclassificação...

    Já somos dois.

    A razão deve estar aqui:

    Falei com o perito da ADENE e o mesmonão refez as contas


    cumps
    José Cardoso


    A penalização da resistência eléctrica tem que ver com o facto de muita da electricidade - supostamente uma fonte limpa - ser produzida a partir da queima de carvão, gás e outros combustíveis fósseis. Apesar de a eficiência da resistência eléctrica ser superior à de um esquentador a gás, o factor de conversão da energia primária prejudica - justamente - a resistência eléctrica.
    Além disso, colocar uma resistência solar num sistema solar é "matar" o sistema solar: o grande benefício do sistema solar dá-se até aos 50/60 ºC, temperaturas a partir das quais já há dificuldade em funcionar porque a temperatura de acumulação supera a dos painéis e a bomba já não circula. Se alguém meter uma resistência eléctrica a pré-aquecer até 40ºC, é garantido que vão ter sempre água quente - mas eu também garanto que não chega a 10% a parcela que é aquecida pelo Sol... e "voilá": reduzem a despesa do gás para passarem a ter um aumento na da electricidade...
  10.  # 14

    Colocado por: Pedro Barradas.. é estranho, passar de A para C... realmente o Regulamento penaliza o backup electrico.. mas não conseguir obter a classificação B-

    Nos meus projectos utilizo praticamente colectores TS com o apoio electrico (SOLAHART)... e são sempre classificadas B ou B-...( seriam A ou A+, se utilizasse caldeira a gás... mas como por aqui gás natural não existe.. nem deverá existir tão proximamente, pedimos a isenção, quando possível da inst. gás)

    Mas eu projecto na região sul do pais, e os desempenhos dos equipamento alteram-se com as condições climaticas das zonas... Onde se situa a obra?


    Caro Pedro,

    com esses painéis da Solahart, ia a matar um esquentador termostático que quase nunca precisaria de acender...ou seja, nunca ia estar a gastar energia. Com o pré-aquecimento há sempre algum desperdício porque a resistência eléctrica vai fazer um pré-aquecimento que podia ser o sistema solar a fazer.
    Não tenho nada contra a resistência eléctrica como equipamento de apoio a sistemas solares, mas um sistema de apoio a uma instalação solar deve ter um princípio primordial: PRIORIDADE AO SOL - isto quer dizer que só deve actuar quando a radiação solar não fornecer energia suficiente, o que é impossível de garantir com um sistema de funcionamento por acumulação (resistência eléctrica), mas facilmente resolvido com um sistema de apoio instantâneo (caldeira/esquentador).
  11.  # 15

    Juziel, tem razão, no q escreve, mas temos de pesar outros factores, em defesa dos TS com apoio electrico:
    1. A localização (no sul do país o desempenho é maior e o contributo solar idem)... no Norte, temos de fazer outras contas... Simular no SOLTERM é fundamental
    2. muitas vezes, cada vez mais frequente, a não utilização/ contrato de fornecimento de gás...(especialmente em zonas sem gas natural) utilização de fogões e placas electricas (vitrocerâmica/ indução)3. quanto custa manter um contrato de fornecimento de gás canalizado por mês? e as inspecções periodicas obrigatórias
    4. Os hábitos de consumo da familia também devem ser ponderados.
    5. Sempre são menos 300 e tal € na aquisição do sistema de apoio instantêaneo a gás... (dá para muita electricidade...)
    6. a intalação do equipamento TS, com apoio eléctrico, terá de ser cuidado e bem gerido. como: colocação de termoestatica à saida do Kit, regulada para temp. entre os 40 a 50º; O apoio deverá ser regulado para acender aos 40º; O sistema electrico do Kit, deverá ser provido de um interruptor horário, de modo a não ser "disparado" o apoio, por exemplo às 02:00 da manhã, compatibilizado com os habitos de consumo e, muito importante... desligar o dijuntor do apoio durantes os meses de maior incidência solar (mesmo em dias enevoados o equipamento concentra energia suficiente)

    7. a questão da legionella.. é uma falsa questão.. dos estudos que li, pode-se colcar a questão em reservatórios com cap. > 400l... e desde que a temp da agua não ultrapasse os 65ºC... O deposito do TS, frequentemente, mesmo no inverno ultrapassa os 70ºC
    ...
  12.  # 16

    Colocado por: Pedro BarradasJuziel, tem razão, no q escreve, mas temos de pesar outros factores, em defesa dos TS com apoio electrico:
    1. A localização (no sul do país o desempenho é maior e o contributo solar idem)... no Norte, temos de fazer outras contas... Simular no SOLTERM é fundamental
    2. muitas vezes, cada vez mais frequente, a não utilização/ contrato de fornecimento de gás...(especialmente em zonas sem gas natural) utilização de fogões e placas electricas (vitrocerâmica/ indução)3. quanto custa manter um contrato de fornecimento de gás canalizado por mês? e as inspecções periodicas obrigatórias
    4. Os hábitos de consumo da familia também devem ser ponderados.
    5. Sempre são menos 300 e tal € na aquisição do sistema de apoio instantêaneo a gás... (dá para muita electricidade...)
    6. a intalação do equipamento TS, com apoio eléctrico, terá de ser cuidado e bem gerido. como: colocação de termoestatica à saida do Kit, regulada para temp. entre os 40 a 50º; O apoio deverá ser regulado para acender aos 40º; O sistema electrico do Kit, deverá ser provido de um interruptor horário, de modo a não ser "disparado" o apoio, por exemplo às 02:00 da manhã, compatibilizado com os habitos de consumo e, muito importante... desligar o dijuntor do apoio durantes os meses de maior incidência solar (mesmo em dias enevoados o equipamento concentra energia suficiente)

    7. a questão da legionella.. é uma falsa questão.. dos estudos que li, pode-se colcar a questão em reservatórios com cap. > 400l... e desde que a temp da agua não ultrapasse os 65ºC... O deposito do TS, frequentemente, mesmo no inverno ultrapassa os 70ºC
    ...


    A questão da legionella só terá que ver com depósitos de acumulação onde muitas vezes existem circuitos de recirculação. A resistência eléctrica programada para levar o depósito a 80 ºC uma vez por semana resolve isso. A adopção de uma caldeira com circuito primário de apoio ao solar e circuito secundário ligado a uma serpentina de desinfecção térmica (tem que ter depósito acumulador independente, já não vai funcionar com kit...) também resolve.
    Ainda assim, por muito que você programe a resistência eléctrica, ela terá sempre o problema de funcionar por acumulação, sendo que o ideal seria se ela fosse instantânea: se você arranjar uma resistência eléctrica com 25 kW que faça aquecimento instantâneo, já não tenho nada a opôr.
    Quanto ao custo de investimento, tem que se ponderar prós e contras, como em tudo. Bem explorado, os 300€ de diferença podem ser poupados se o instalador meter a resistência a aquecer desde os 10 ºC aos 50 ºC (qualquer instalador com mais de 50 anos vai defender, a pés juntos, que esta é a situação ideal...)
    Eu, mesmo não tendo gás natural, optaria por garrafas, apesar de o preço do kWh do propano ser igual à electricidade, ou até mesmo superior (0.1294 €/kWh para garrafa de gás de 45kg contra 0.1211 €/kWh - tarifa simples EDP). Mas aqui já é meramente pessoal. Em zonas com gás natural, o GN "ganha" claramente à electricidade. Nós, no "país rural", é que comemos sempre por tabela porque não temos acesso a nada.

    Mas tenho lido os seus comentários e você sabe o que anda a fazer: não concordo inteiramente, mas percebo o princípio de montagem e aceito a sua opinião, que tem tido o cuidado de fundamentar.

    Cumprimentos
  13.  # 17

    Juziel... obrigado pelos seus comentaários, é claro que também aceito os seus argumentos. ;)
    Cabe a cada um, especialmente aos técnicos "prescritores" proporem, equacionarem e discutirem estes prós e contras com os seus clientes... mantendo sempre TODAS as opções em aberto, sem preconceitos ou ideias pré-estabelecidas...
  14.  # 18

    Juziel,

    Tinha a minha instalação prevista para paineis solares de circulação forçada com esquentador em série.
    Vou ter uma bomba de calor (altherma) para o piso radiante, e o instalador propos a interligação da bomba ao acumulador, não instalando por agora o esquentador.
    É uma situação parecida com o uso da resitência eléctrica? Ou seja, vai ser a bomba que vai fazer quase sempre o aquecimento? Ou o solar?
    Mesmo sendo uma bomba de calor a dar apoio, será preferivel o esquentador? (economicamnete)
  15.  # 19

    Bom dia,
    Será que alguem consegue esclarecer as questões do Pedro Azevedo78? Eu tenho as mesmas duvidas.
 
0.0225 seg. NEW