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  1.  # 1

    Boa tarde a todos,

    Na sequência deste tópico -> https://forumdacasa.com/discussion/54095/cpcv-com-sinal-mas-sem-mencao-a-devolucao-em-dobro/

    A atribuição do crédito hipotecário referido no mesmo tem estado enguiçada, por lapsos sucessivos da responsabilidade do banco, o Millennium bcp. Gostaria de saber se na qualidade de cliente existe alguma coisa que eu possa fazer, pelo que passo a relatar o sucedido.

    No dia 23 de Fevereiro de 2018, estive na sucursal da minha localidade de residência. Tratei sempre com a subdirectora da sucursal, que me fez a simulação e assegurou que o crédito seria aprovado mas como o valor é para pagar 25% do valor de um lote de terreno para construção que estou a adquirir e o crédito é hipotecário relativamente a um apartamento do qual sou proprietário, havia necessidade de avaliação do imóvel (apartamento). Para os remanescentes 75% tenho liquidez, estou apenas a pedir 25% do total.

    Na semana seguinte, a 27 de Fevereiro, voltei ao banco para confirmar que pretendia avançar. Assinei papelada, forneci todos os documentos e IRS dos últimos anos e 4 dias úteis depois o crédito estava aprovado pela central. Tramitou-se a coisa para que o avaliador (empresa externa ao banco) agendasse a visita ao imóvel. A senhora do banco disse-me que o processo de avaliação poderia ser demorado mas que ainda assim queria ter tudo pronto (escritura do crédito) até final do mês de Março.

    O processo de avaliação afinal, ao contrário do que ela disse, não foi nada demorado. O avaliador telefonou-me no próprio dia e agendou-se a visita para o dia seguinte logo de manhã cedo. Na terça-feira dia 13 de Março estava tudo pronto para se assinarem os papéis. Como o banco exigiu que os meus pais fossem fiadores (algo que não percebo muito bem, estando eu a pedir 30 mil euros com hipoteca de um imóvel que é só meu e que foi avaliado em mais de 200 mil euros) e os meus pais não residem na mesma zona do país, agendámos as assinaturas para sexta-feira dia 16 de Março, que foi quando eles puderam deslocar-se (450km de viagem) ao local desta sucursal do Millennium.

    Em vão. Passados uns dias, a 20 de Março, telefonou-me a senhora do banco a dizer que houve um erro na inserção de um IRS e que por isso teríamos que repetir tudo. É engraçado que fala sempre em "erro" sem nunca afirmar que este é responsabilidade do banco, ainda que tal esteja implícito, como é óbvio. Desta vez enviaram os papéis para a sucursal do Millennium da localidade onde residem os meus pais que voltaram a ser assinados por eles e depois por mim no dia 23 de Março.

    Passaram-se desde então 12 dias e não me diziam nada. Hoje, 4 de Abril, telefonei, não atendeu, telefonou-me 1 hora depois para me informar que houve outro erro (da parte do banco, como é óbvio), esta vez em função de um equívoco num papel que refere ao seguro de vida. Mas tudo normal, sem sequer pedir desculpa pelo lapso. Em termos que nem parece que os lapsos sejam responsabilidade do banco. Além de que é possível que se eu não tivesse telefonado hoje, a coisa se tivesse estendido por mais uns dias sem que me dissessem nada, quando era a eles que lhes competia contactarem-me quando a coisa estivesse pronta. É apenas uma suposição baseada na coincidência de me dar a noticia no preciso dia em que a contactei.

    Vão ter que enviar de novo os papéis para a localidade onde residem os meus pais. Depois quando os papéis estiverem por cá, volto a ter que ir, por terceira vez, assiná-los à sucursal da minha localidade de residência, o que deverá ocorrer na próxima segunda-feira, dia 9 de Abril.

    Ou seja, a 9 de Abril estaremos de novo no mesmo ponto em que estávamos no dia 16 de Março, por responsabilidade única e exclusiva do banco. A consequência, para mim, é que não só não pude escriturar o lote de terreno dentro da data que constava do cpcv (31 de Março) como além disso dei a minha palavra ao vendedor e agente intermediário que na pior das hipóteses escrituraríamos na primeira ou segunda semana de Abril, mas como se pode perceber tal já não irá suceder. E isto fazendo fé que à terceira é de vez, porque da forma como se tem desenrolado a coisa, já duvido que não venha a surgir outro lapso da parte destes profissionais.

    Nestes termos, há algo que eu possa fazer? Posso desistir de contratar este crédito e exigir a devolução das comissões que já cobraram (isso sim foi rápido) por um serviço que não estão a conseguir prestar?

    A avaliação feita ao imóvel, serve para contratar crédito noutro banco? Ou tendo sido feita por este banco serve apenas para eles?

    Perguntei à senhora se me poderia passar um papel referindo que por equívocos da responsabilidade do banco o crédito está a demorar mais 3 ou 4 semanas que o expectável a ser atribuido, mas diz-me que não pode fazer tal coisa. Ainda me veio com a conversa de que disse que queria escriturar até final do mês de Março mas que as coisas nem sempre são como nós queremos. É óbvio que sei que não se assumiu um compromisso, não havia necessidade de ainda por cima vir insinuar que estou a tomar essa posição, mas é um facto que a 9 de Abril estaremos no mesmo ponto que estávamos a 16 de Março por responsabilidade única e exclusiva do banco. Afinal, ninguém está à espera que uma entidade bancária das mais conceituadas do país falhe desta maneira, especialmente quando se é atendido pela subdirectora da sucursal.

    Será que tenho direito a pedir o cancelamento do crédito sem perdas significativas para o meu lado?

    É normal isto acontecer? Ou será que apenas uma % reduzida dos clientes tem que lidar com este tipo de equívocos?

    Sobre a questão de "como conseguirei escriturar o lote de terreno sem este crédito" a resposta é simples. Tenho familiar que me pode emprestar o pouco que me falta. O pedido de crédito até era para ficar com valor sobrante para desde logo ter alguma liquidez que me permitisse pagar imediatamente um projecto de moradia e dar entrada para a construção da mesma. Mas isso posso depois fazer com mais tempo noutro banco, na expectativa de que sejam mais profissionais.

    Obrigado desde já por qualquer ajuda ou aconselhamento.

    A eventual (mas muito provável) construção da referida moradia, conto documentá-la neste forum num tópico que vou criar para o efeito assim que a escritura do lote estiver concretizada.

    Cumprimentos.

    -
  2.  # 2

    Boas,

    Afinal surgiu mais um problema, outra vez por falha do mesmo banco.

    O nome que consta da certidão permanente do apartamento que estou a hipotecar está errado. Tem o meu segundo nome e apelidos correctos, mas o meu primeiro nome não está correcto. Como este apartamento foi adquirido em 2012 ao Millennium bcp (pois era um financiamento directo deles ao construtor), foi o notário deles (ou contratado por eles) que se enganou a redigir o meu nome ou não se certificou que a conservatória o transcreveu correctamente. Eu como até hoje não tinha precisado da certidão e custa 15 euros pedi-la, como é óbvio nunca a tinha visto.

    Agora dizem que o crédito assim não pode avançar e que tenho que ser eu a resolver a situação.

    Como se não bastasse, não deram por nada há 3 semanas, nem há 2 semanas, situações em que encontraram incorrecções nas papeladas (tal como explico no meu post anterior) mas esta não a encontraram, só hoje...

    Além disso vim a saber que da segunda vez o erro foi terem-me cancelado o seguro de vida e por isso o mesmo já não aparecia nas papeladas. Ou seja, contratei o seguro de vida num dia e 2 dias depois foi cancelado através de um papel que por lapso me deram a assinar (no meio dos mais de 40 que tive que assinar).

    E como se não bastasse afinal desta vez dizem que aceitam que os meus pais assinem na terra deles e que os papéis sejam digitalizados, enviado por email e imprimidos para que eu os assine nessas condições. Ou seja, afinal enganaram-me quando disseram que tal não era possível e, por isso, tiveram os meus pais que fazer viagem de 450km para estar presentes. Quando afinal agora (à 3ª ou 4ª tentativa) afinal já não é essencial e a assinatura deles pode estar digitalizada.

    Portanto, a coisa está negra, não dão uma para a caixa e ainda conseguem criar um ambiente em que parece que o culpado sou eu. 4 erros deles, 25 dias perdidos, 1 viagem de 450km para nada, 4 deslocações ao banco para nada, horas perdidas a assinar papéis e nem 1 único "pedimos desculpa". Nem 1 único, nada, é como se fosse tudo normal e compatível com os mais altos padrões de profissionalismo. A vontade é mesmo a de desistir.

    Se desistir, a avaliação que me foi feita ao imóvel (e que já paguei) pode servir para pedir crédito noutro banco? Ou cada banco tem o seu avaliador e teria que pagar outra?

    Amanhã vou ver se sou eu que tenho que pagar os 100 e tal euros para a correcção do nome na certidão permanente e se o banco não assumir essa despesa (sendo erro deles) desisto na hora. Mesmo que perca os 300 e tal euros da comissão de dossier que com a maior das celeridades cobraram. Eles que fiquem com os 300 e tal euros, que eu mudo o crédito que lá tenho para outro banco, peço este novo crédito noutro banco, fecho as contas que lá tenho e passo a domiciliar o meu salário noutro banco.

    Obrigado e cumprimentos.
  3.  # 3

    Colocado por: P_LopezSe desistir, a avaliação que me foi feita ao imóvel (e que já paguei) pode servir para pedir crédito noutro banco? Ou cada banco tem o seu avaliador e teria que pagar outra?


    Serve, recentemente houve uma alteração à lei, você paga a avaliação, tem direito a ficar com ela. Solicite-a e entregue noutro banco.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  4.  # 4

    Colocado por: P_LopezSe desistir, a avaliação que me foi feita ao imóvel (e que já paguei) pode servir para pedir crédito noutro banco? Ou cada banco tem o seu avaliador e teria que pagar outra?


    Ainda não passou a lei para reutilização, portanto teria de pagar noutro lado também.

    Sinceramente, eu tinha logo ido a outro sitio quando me pedissem fiadores para um LTV de 25%...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  5.  # 5

    Em DR não confirmei, mas aqui diz que sim

    https://www.bportugal.pt/comunicado/novas-regras-no-credito-habitacao-saiba-o-que-muda-em-2018

    Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 74-A/2017, a 1 de janeiro de 2018:

    2018 trará consigo novas regras para o crédito à habitação, de acordo com o Decreto-Lei nº 74-A/2017, que foi publicado em junho e que entra em vigor a 1 de janeiro do próximo ano. Uma das principais mudanças é a obrigação de prestar mais e melhor informação aos consumidores, o que faz sentido na medida em que este é um dos compromissos financeiros mais pesados para a carteira.

    No seguimento da crise económico-financeira de 2008 tornou-se necessário criar mecanismos de proteção ao consumidor. É neste contexto que surge a transposição parcial da diretiva europeia n.º 2014/17/UE para o ordenamento jurídico português. Desta forma, torna-se mais homogénea a regulamentação entre Portugal e o resto da União Europeia no que diz respeito ao crédito à habitação. São oito as alterações.

    1) Harmonização da Ficha de Informação Normalizada

    As FIN apresentam ao cliente todas as informações pré-contratuais do empréstimo à habitação e passarão em 2018 a ser designadas por FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia) para todos os bancos. Este documento será uniformizado ao nível europeu mas, no fundo, pouco muda, continuando obrigatória a sua apresentação ao cliente por parte da entidade credora.

    2) Uma semana de reflexão obrigatória para o consumidor

    O novo Decreto-Lei estabelece que não é possível para o consumidor aceitar a proposta de financiamento sem que espere sete dias.
    O novo Decreto-Lei estabelece que não é possível para o consumidor aceitar a proposta de financiamento sem que espere sete dias.
    O estabelecimento deste prazo mínimo de reflexão protege o consumidor de aceitar a primeira proposta crédito à habitação que lhe for colocada em cima da mesa e incita-o a informar-se devidamente, pois é a comparar que vai encontrar a melhor proposta.

    3) Avaliação do imóvel independente do banco

    A avaliação do imóvel – que é um dos passos obrigatórios na contratação de um empréstimo à habitação – é, até ao fim de 2017, feita pelo banco. Em 2018, a avaliação do imóvel passará a ser feita avaliador que se encontre registado na CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e que seja independente do banco.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  6.  # 6

    No link que partilhou não fala desse 3º ponto, só dos anteriores.

    e se for ler esse decreto também não fala nada sobre a reutilização de avaliações (https://dre.pt/home/-/dre/107561581/details/maximized?serie=I&day=2017-06-23&date=2017-06-01 artigo 18º), só diz que os avaliadores têm que ser independentes do banco (que já o eram).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  7.  # 7

    Vou tentar obter esclarecimentos Ana. O texto é de outra fonte, mas o DL é o mesmo... No site do bdp foi só para confirmar que tinha sido publicado.

    Obrigado
    Concordam com este comentário: rigsy
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  8.  # 8

    pode sempre tentar contactar o provedor do cliente do millenium bcp.

    uma coisa é fazer uma reclamação ao balcão, outra é fazer no provedor.
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  9.  # 9

    Afinal o artigo 18° diz mais QQ coisa

    Artigo 18.º

    Avaliação dos imóveis

    1 - Os mutuantes devem proceder à avaliação dos imóveis através de perito avaliador independente, habilitado para o efeito através de registo na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, nos termos da legislação aplicável.

    2 - O mutuante entrega ao consumidor um duplicado dos relatórios e outros documentos da avaliação feita ao imóvel por perito avaliador independente, nos termos do número anterior.

    3 - Se a avaliação for realizada a expensas do consumidor, o mesmo é titular do relatório e de outros documentos da avaliação....

    Daqui entendo que tem o direito (e até o dever) de solicitar o relatório, depois se outro banco o aceita ou não... É outra história.

    Por acaso conheço um Sr, que já se queixava disto há alguns anos, pagava a avaliação e não tinha direito a ela... Pelo neste ponto isso mudou.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  10.  # 10

    Exmos.,

    Muito obrigado pela vossa ajuda. Pelo que vejo se avançar para esta opção de mudar de banco é capaz de ser melhor indagar primeiro no outro banco se me aceitam a avaliação que já tenho.

    Alguém me consegue facultar o contacto de email do provedor do cliente do Millennium BCP?

    Neste momento, se pudesse mudar o título do tópico, em vez de "Dupla falha do banco" colocava "Séptupla falha do banco". Isto está a assumir proporções absolutamente inaceitáveis. Ora vejamos:

    3ª Falha -> A referência ao seguro de vida não aparecia nos papéis da segunda tentativa, à partida, porque eles (o banco) me deram a assinar um papel em que eu pedia a anulação do mesmo. O seguro foi anulado (sei disto porque entretanto recebi carta registada da seguradora a informar sobre a anulação) e como tal não aparecia referência ao mesmo nos papéis. O banco não deu por isso, só depois de assinados e enviados para aprovação.

    4ª Falha -> Já referida no meu anterior post, afinal é possível que as assinaturas dos meus pais estejam em formato digital (documentos enviados por email e imprimidos nesta sucursal) com a minha assinatura em "original" ao lado. No inicio não era possível, tiveram (porque o banco assim o exigiu) os meus pais que fazer viagem de 450km, em vão, mas agora afinal já se aceita.

    5ª Falha -> Entretanto vieram a detectar um erro que deveriam ter detectado logo no inicio, há mais de 1 mês. A Certidão Permanente do imóvel sobre o qual recai a hipoteca tem o meu nome errado. O segundo nome e apelidos, bem como NIF e todos os outros dados estão correctos, mas o meu primeiro nome não está. Para salvaguardar a minha privacidade dou um exemplo fictício: é como se eu me chamasse Mário Luis Silva Pereira e na Certidão estivesse Mauro Luis Silva Pereira. Ou seja, não é uma letra que está fora de sitio, é mesmo outro nome que colocaram. A falha que atribuo ao banco é a de a meu ver terem a obrigação de detectar este erro no primeiro momento ou, quando muito, no segundo momento, e não apenas mais de 1 mês depois, quando a coisa já foi abortada 3 vezes por outras razões e esta passou sem ser detectada.

    6ª Falha -> O imóvel sobre o qual recai a hipoteca foi adquirido ao próprio Millennium BCP e a escritura do mesmo foi feita precisamente nos escritórios desta mesma sucursal. Ora, se durante estes anos tive crédito à habitação relativo a este imóvel, com este erro na Certidão Permanente, sem que tenham levantado qualquer entrave e sem que houvesse qualquer problema, que agora suspendam o crédito por causa deste erro é, a meu ver, outra falha do banco. O que antes aceitavam, agora não aceitam e o que agora aceitam (assinaturas digitalizadas) agora já aceitam.

    7ª Falha -> Foi o Millennium BCP que contratou o notário que por sua vez enviou a documentação para a Conservatória fazer a averbação. O erro, será deles ou da Conservatória, pelo que deveriam assumir e tratar eles de resolver. Ainda por cima a Conservatória onde a Certidão foi averbada é no outro extremo do país, a mais de 600km de onde resido e de onde foi escriturado o imóvel e também onde o mesmo se encontra. O banco pediu-me que seja eu a tratar de corrigir este erro e pelos vistos a correcção só pode ser feita na Conservatória dessa localidade que fica a mais de 600km de onde resido.


    Como o apartamento foi escriturado nesta mesma sucursal do Millennium e foram eles que tramitaram o registo do mesmo na Conservatória, nunca até este momento eu tinha olhado para a dita Certidão, pois como não precisei dela em nenhum momento, não fazia sentido estar a pagar 15 euros só para a ver, quando além disso caduca passados 6 meses. Só precisei dela neste momento.

    Ainda assim, mesmo não tendo eu qualquer responsabilidade por esse erro, pediram-me no banco que fosse à Conservatória do Registo Predial da localidade onde resido e onde se situa a sucursal do banco para pedir a correcção pois, diziam eles, é coisa que a Conservatória me iria corrigir na hora. Estive na Conservatória (com todos os documentos, incluindo escritura) na sexta-feira e afinal disseram-me que isto só pode ser corrigido na outra Conservatória a mais de 600km, pois foi lá que a mesma foi averbada. Não sei se isto é mesmo assim ou se terá sido má vontade do pessoal da Conservatória, mas foi assim que me despacharam.

    Comuniquei isto ao banco que se comprometeu na primeira hora da manhã de segunda-feira (hoje) a contactar uma pessoa da confiança deles que trabalha na Conservatória para averiguar se sería possível tratarem eles aqui da correcção. Prometeram (sem que eu pedisse ou exigisse) telefonar-me esta manhã, não telefonaram. Esta sería então a 8ª Falha (já lhe perdi a conta), não cumpriram com a palavra.

    Posto isto, e como já se ultrapassou a data para a escritura prevista no CPCV, além de estar a chegar a data em que me comprometi (dei a minha palavra) com do vendedor para escriturar, ou seja, meados de Abril, vou avançar para a escritura sem o crédito atribuído. Isto porque fiz contas à vida e tenho o valor para a escritura mesmo à justa e com o pequeno empréstimo de um familiar (tal como referido no meu primeiro post), pelo que já comuniquei ao vendedor que podemos escriturar entre esta quinta-feira dia 12 e a próxima quinta-feira dia 19, sendo que pode escolher ele o dia.

    Mas o dinheiro que vou utilizar para isto, estava destinado a outra coisa... e logo por coincidência ocorre tudo em simultâneo. Vou ter que utilizar dinheiro que estava destinado à conclusão de uma obra de renovação de um apartamento para rentabilização através de Alojamento Local e essa obra (que já ia a 75%) vai ter que ficar suspensa até ter o crédito finalmente atribuído. A obra tinha conclusão prevista para o dia 15 de Maio e a partir de hoje fica suspensa, pelo que cada semana que passar até o crédito estar atribuído, corresponde a uma semana de atraso em relação à data prevista, com prejuízo de entre 500 e 650 euros por semana que é o valor do arrendamento para férias de um apartamento como o que estou a renovar, naquela localização e na respectiva época do ano (Maio-Junho).

    Já agora, o apartamento é este -> https://forumdacasa.com/discussion/53682/renovacao-apartamento-t1-em-vilamoura/

    E está relatado o lindo serviço prestado por esta sucursal deste banco. Tudo sem ter escutado uma única vez um simples "pedimos desculpa...". Continuam a agir como se fosse tudo normal e como se estivessem a prestar um serviço com o mais alto padrão de qualidade e profissionalismo.

    O que fariam nesta situação? Será que se mudar de banco nesta fase me arrisco a perder mais tempo que insistindo com esta entidade? Posso desde logo e antes de avançar pedir que um banco se comprometa através de contrato assinado em ter o crédito atribuído até dia X do mês Y?

    Obrigado e cumprimentos.

    -
  11.  # 11

    Colocado por: P_LopezVou ter que utilizar dinheiro que estava destinado à conclusão de uma obra de renovação de um apartamento para rentabilização através de Alojamento Local e essa obra (que já ia a 75%) vai ter que ficar suspensa até ter o crédito finalmente atribuído. A obra tinha conclusão prevista para o dia 15 de Maio e a partir de hoje fica suspensa, pelo que cada semana que passar até o crédito estar atribuído


    Deixe lá ver se eu percebi: Vai pegar num dinheiro que tinha de parte e pagar a casa, enquanto o crédito não é aprovado. E depois vai pegar no dinheiro do crédito para essa mesma casa e pagar as obras da outra? Isso é possível? Não precisa na mesma do banco na escritura?

    No meu crédito disseram-me que eu nem sequer via o dinheiro emprestado... O próprio banco é que leva o cheque com o valor e só me vão retirar à conta o que faltar. Pensava que era assim com todos.
  12.  # 12

    Boa tarde AnaC21,

    Eu também pensava que sería assim, mas afinal não é.

    O crédito que eu estou a pedir (e tal como referido anteriormente) é com hipoteca sobre um imóvel que já tenho. O meu apartamento está avaliado em 210 mil euros, tenho dívida associada de 80 mil euros e estou a pedir 30 mil euros com hipoteca sobre este imóvel. Depois o que faço com o dinheiro só me diz respeito a mim.

    Eu pensava tal como você e até coloquei essa questão no banco, mas foi-me dito precisamente isso. De tal forma que a senhora do banco até já se tinha esquecido que no primeiro dia que lá fui eu tinha dito que era para comprar um lote de terreno para construção. Ela até voltou a perguntar para que era. E foi nesse momento que eu perguntei se então afinal o destino a dar ao dinheiro era indiferente e a resposta dela foi que sim, é indiferente. Na papelada da contratação do crédito não há qualquer referência ao lote de terreno, apenas a um crédito hipotecário sobre o apartamento.

    Se eu não tivesse a certeza disto, não teria postado aquilo que postei na minha última intervenção ;)

    Pelos vistos se temos um imóvel, podemos hipotecá-lo a troco de dinheiro que é livre de ser aplicado onde bem entendermos. Fiquei também a saber com esta experiência.

    Obrigado e cumprimentos.

    -
  13.  # 13

    Colocado por: P_LopezAlguém me consegue facultar o contacto de email do provedor do cliente do Millennium BCP?


    encontra isso pelo google em 5 segundos

    Contactos
    [email protected]
    Morada
    Praça Dom João I, nº28 - Piso 4
    4000-295 Porto, Portugal

    Contactos telefónicos
    Tel-210 042 400; Fax-220 024 188
    - Dias úteis 8h30-22h00
    - Dias não úteis 10h00-22h00
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  14.  # 14

    Obrigado Paulo,

    Sim, realmente era simples, mas agradeço.

    Ainda sobre o post da Ana, da primeira vez que fui ao banco indagar sobre o crédito fizeram-me uma simulação de crédito para aquisição de lote de terreno para construção. Mas como as condições não eram as mais favoráveis, perguntei se sería possível o empréstimo com hipoteca do apartamento. Como é possível e as condições são muito melhores, optou-se por essa via. Se fosse um crédito para aquisição do lote de terreno para construção, aí sim, o cheque bancário dos 30 mil euros sería para entregar na escritura.

    Obrigado mais uma vez aos dois. Entretanto se alguém conseguir responder às perguntas que deixei no outro post, agradecia também.

    Cumprimentos.

    -
  15.  # 15

    Boas..

    Passo por aqui apenas para actualizar. Continua tudo na mesma. Vou deixar aqui registo do que se passou esta semana, porque quando chegar a altura de fazer a já quase inevitável reclamação posso depois não me recordar de tudo nem da cronologia dos acontecimentos.

    Na sexta-feira passada (dia 6 de Abril) o banco comprometeu-se a tratar disto com a Conservatória. Comprometeu-se a telefonar-me na segunda-feira (dia 9) de manhã, não telefonou, nem de manhã, nem de tarde. Telefonei eu ao final do dia, por volta das 15h30, pois eles sempre que me telefonaram foi entre as 15h30 e as 17h00, não atenderam. Na terça-feira também não telefonaram, voltei a telefonar-lhes eu às 15h00 e depois às 16h00, não atenderam.

    No mesmo dia lá me telefonou de volta, a dizer que não atendeu porque foi entretanto ver como estava a situação. Ou seja, se eu não telefonasse, nem me diziam nada. A situação então foi que na Conservatória disseram-lhes o mesmo que a mim, que não podiam fazer nada, que tinha que ser tratado na outra Conservatória a 600km de distância. Diz que telefonaram para a outra Conservatória mas que ninguém atende. Eu também já tinha tentado telefonar e efectivamente não atendem. Disse-me que enviaram email com aviso de recepção e leitura e que por isso sabe que foi recebido e lido e que até receberam em cópia o encaminhamento desse mesmo email para outra pessoa da Conservatória, pelo que seguramente que estava a ser tramitado.

    Nessa mesma ocasião, terça-feira ao final da tarde laboral, comprometeram-se a voltar a contactar-me na quinta-feira de manhã com uma de duas noticias: ou a confirmação da correcção por parte da Conservatória ou, na falta dessa correcção, comprometeram-se a anexar os documentos (que confirmam que a correcção foi pedida e está a ser tramitada) aos papéis do crédito, por forma que este avance mesmo ficando pendente a correcção na Certidão Permanente.

    Não telefonaram. Nem ontem (quinta), nem hoje. Ontem tentei telefonar eu, não atenderam. Hoje voltei a telefonar, não atenderam nem telefonaram de volta.

    Entretanto a senhora da imobiliária que está a intermediar o negócio do lote de terreno, após eu confirmar que mesmo assim vamos avançar para a escritura e depois de lhe explicar toda esta situação, ofereceu-se ela para tentar a correcção junto da Conservatória. Também diz que por telefone não resultou, não atendem na Conservatória (o que não é novidade), mas que tem um advogado conhecido dela que reside numa localidade próxima dessa localidade onde está situada a Conservatória e que pode pedir-lhe que ele se dirija à mesma pessoalmente para requerer a correcção. Serviço pago, como é óbvio.

    Mas, nesse momento, terça-feira, como da parte do banco me tinha sido dito o que refiro acima (que ou se corrige em 24 horas ou avançamos assim), achei por bem pedir à senhora da agência para não avançar pois o banco comprometeu-se a actuar assim. Não fazia sentido o advogado estar a ir à Conservatória para lá chegar e a correcção já estar efectuada, até porque mesmo que não estivesse, o banco já se havia comprometido a avançar com isto pendente, pelo que mesmo que depois tivesse que ser eu a tratar de corrigir, então sim pediríamos ao advogado para nos fazer esse serviço.

    Como mais uma vez me enganaram, faltando à palavra, nem se corrigiu, nem se avançou com o crédito, nem pude ir pela via alternativa de contratar o serviço do advogado para tratar do assunto.

    E pronto, é neste ponto que estamos, com já mais de 35 dias de atraso por sucessivas e já inumeráveis falhas do banco, com igualmente inúmeras vezes em que faltaram com a palavra.

    As comissões que têm a cobrar (tal como os 300 e tal euros de comissão de dossier), estão cobrados (desde o primeiro dia), portanto para eles é indiferente que isto avance agora ou daqui a uns meses. É em toda a linha essa a posição que transmitem. Sem um único pedido de desculpas até hoje.

    Ainda não consigo é ter a certeza se a avaliação do imóvel pode ser utilizada por outro banco, pois com essa certeza a desistência deste banco sería muito provável neste momento.

    Obrigado pela atenção.

    -
  16.  # 16

    Mais uma actualização.

    Ontem mais uma vez não telefonou nem atendeu o meu telefonema. Recordo que no inicio (entre finais de Fevereiro e meados de Março), atendia sempre. A única vez que, então, não atendeu, telefonou de volta 2 minutos depois.

    Hoje não telefonou e eu também já não telefonei porque amanhã vou lá pessoalmente para ir buscar o cheque do banco para a escritura do imóvel.

    -
  17.  # 17

    Outra actualização com mais uma falha e esta então é a cereja no topo do bolo...

    Na quarta-feira passada (dia 18 de Abril) fui lá ao banco buscar o cheque para a escritura (que já está feita). Aproveitei para pedir para falar com a sra. subdirectora que é quem me está a prestar o serviço, tal como referido anteriormente. Como não gosto de ser inconveniente e de estar a referir situações que são obviamente do conhecimento dela, mais concretamente a falta do telefonema que me prometeu (estando este com 6 dias em atraso) e o facto de não me atender os telefonemas, optei por nem mencionar isso.

    Disse-me ela então que da conservatória não lhe enviaram resposta, tendo então mostrado o email que lhes enviou no dia 9 ou 10 de Abril e mostrou-me também o email que enviou na véspera (17 de Abril) a insistir. Como não lhe responderam, agora então é que é ainda menos problema dela e está tudo bem. O que em parte até se pode aceitar, não fosse o facto de não me atender o telefone para me dizer isso mesmo por telefone e não fosse também o que em seguida passo a referir.

    Disse-me também que todos os dias tem visto a Certidão Permanente online através da inserção do código de acesso à mesma e que ainda não está corrigido o erro.

    Além disso, no dia 6 de Abril quando lá estive, e tal como referido anteriormente, ela comprometeu-se a avançar para a conclusão e atribuição do empréstimo mesmo estando o nome errado, pois como já tinha uma hipoteca com eles com este mesmo imóvel estando o nome errado e nunca houve qualquer problema, não fazia sentido estarmos a esperar indefinidamente pela correcção da Conservatória. Dizia-me então que se poderia avançar ficando o email enviado para a Conservatória anexado aos papéis como prova de que o processo de correcção da certidão está em andamento. Agora quando lá estive no dia 18, afinal fez-se de conta que com "avançar" com isto referia-se a levar os papéis da secretária dela para a secretária do director do banco. Foi isso que avançou. Porque o resto só mesmo quando o nome estiver corrigido.

    Esta sexta-feira (20 de Abril) ao final da tarde, falei sobre este assunto com o meu pai (que percebe mais destes temas do que eu) e perguntei-lhe se ele saberia se pedir um novo averbamento na Conservatória da minha localidade de residência, pagando os 100 e tal euros que cobram para averbar certidões, não sería possível, pois preferia pagar esse valor e desbloquear a questão a estar à espera perdendo 500-600 euros por cada semana que passa pelos motivos já anteriormente explicados uns posts atrás.

    Quando ele me diz que nunca se poderá fazer uma certidão nova e que eles nem sequer a vão corrigir, que o nome errado sempre lá irá constar e que o erro será corrigido através de um aditamento rectificativo, fez-se luz e ocorreu-me que, quem sabe, se tal não estaria já feito. Fui então consultar a certidão online e efectivamente o dito aditamento rectificativo já está feito e consta da certidão desde o dia 13 de Abril.

    O erro está corrigido e o problema está resolvido há 9 dias e a sra. subdirectora do banco que diz que todos os dias consulta a certidão para ver se tal já está feito, não deu por nada.

    Como isto ocorreu na sexta-feira ao final da tarde, já com o banco fechado e a sra. de fim de semana, não telefonei (até porque nunca me atende) e não enviei email pois só o iria ler na segunda-feira. Segunda-feira envio o email ao inicio da manhã a informar do sucedido. Porque pelo que estou a ver, se não fosse eu a dar por isto, ela ia estar sabe-se lá até quando convencida de que a correcção ainda não está feita.

    Em conclusão, isto já estaría resolvido desde o dia 13 de Abril e podia ter-se assinado a papelada final ainda antes da escritura do lote de terreno, evitando eu ter que andar a reunir poupanças, dinheiros que estavam destinados a outras situações que ficaram pendentes, a pedir dinheiro emprestado a familiares e, ainda mais importante, os meus pais que vão ter que fazer 450km para cá vir assinar as papeladas finais, já cá estiveram entretanto e podiam ter assinado nesse momento. Agora vão ter que cá vir de propósito para isto, quando só podem vir às sextas à tarde e na próxima não podem mesmo vir.

    Parece que estão todos os entraves resolvidos e o problema resolvido. Mas estará? Já duvido de tudo e não me admirava se surgisse outro erro qualquer...

    3 opções:

    a) Isto nos bancos é normal.
    b) Tenho tido mesmo muito azar.
    c) Existe flagrante incompetência do banco.

    Será normal? Tenho muito azar? Ou estamos perante um grau de incompetência pouco visto?

    Depois dou noticias. Obrigado e cumprimentos.

    -
    • emad
    • 22 abril 2018 editado

     # 18

    P_lopez se precisou de fiadores para pedir 25% do valor que necessitava para adquirir o terreno, como vai conseguir que aprovem o futuro crédito para a construção? Vai vender a sua actual casa correcto?
    Nestas coisas de bancos e papeladas, muitas vezes existem percalços. E quando acontecem connosco pensamos sempre que tivemos azar e que não acontece o mesmo aos outros. Acontecem.
    Mas já pensou que você fez a primeira escritura de compra do seu apartamento ao millennium e nunca confirmou o seu nome na certidão da conservatória? Os enganos acontecem, mas as coisas são para ser validadas pelos compradores. Ou acha que a responsabilidade é só do banco por ser banco e não poder errar?
    Se o Lopez tivesse reparado no erro do nome no inicio quando comprou, era menos um erro agora e menos tempo perdido.
    A malta vê sempre o copo meio vazio. o copo pode ser igualmente meio cheio, não?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: P_Lopez
  18.  # 19

    Caro emad,

    Muito obrigado pela sua intervenção, muito pertinente, mas a malta vê sempre os tópicos pelo último post e depois acaba-se por ter que voltar uns posts atrás para justificar o que já está justificado. Senão vejamos:

    Colocado por: emad
    Mas já pensou que você fez a primeira escritura de compra do seu apartamento ao millennium e nunca confirmou o seu nome na certidão da conservatória? Os enganos acontecem, mas as coisas são para ser validadas pelos compradores.


    Tal como referido anteriormente, o apartamento foi comprado em 2012 ao banco, pois este banco financiava o construtor. Neste sentido, em 2012 aquando da escritura paguei as despesas de aquisição e hipoteca ao banco, as quais incluíram o serviço de averbamento do imóvel na conservatória. Ou seja, eu paguei ao banco este serviço, o banco tratou de fazer o averbamento da conservatória e competia-lhe (é parte do serviço) conferir se o serviço (averbamento) fica ou não fica bem efectuado.

    Mais, poderia dar-se o caso de o banco me ter facultado o código de acesso à Certidão Permanente online. Por exemplo, na escritura do lote de terreno que adquiri há poucos dias, inclui-se esse código. Na escritura do apartamento, não se inclui. Ora, se paguei ao banco para que me fizesse esse serviço, parti do principio de que o mesmo teria ficado bem feito, especialmente porque é do particular interesse do banco que tudo estivesse correcto. Arrisco-me a dizer que era mais importante para o banco que para mim e esta situação agora vem confirmá-lo.

    Bem sei que um dia se quisesse vender o apartamento, teria que ser eu a tratar da correcção, mas isso é algo que poderia eu depois fazer com tempo. Além disso não fui eu que decidi submeter o averbamento online de modos que pudesse ir parar a qualquer conservatória do país. Eu teria tratado na conservatória local e agora poderia ter-se corrigido o problema na dita conservatória. Foi o banco que por comodismo decidiu proceder dessa forma e em função desse comodismo dificultou-se e muito a correcção.

    Quanto a eu ter detectado o erro anteriormente, compreenda que se não me foi facultado o acesso à certidão nem me chegou cópia da mesma, não fazia qualquer sentido eu lembrar-me, só "porque sim", de estar a gastar 15 euros num documento que caduca passados 6 meses que nesse espaço de tempo não me iria servir para nada. Poderia tê-lo feito, mas 99,9% das pessoas só o faria no momento em que esta viesse a fazer falta.

    Ou seja, poderia ter verificado isto (pagando 15 euros) mas a quem competia fazê-lo era ao banco, pois foi para isso que lhes paguei. Se pagamos a outrém para que nos faça algo, não vamos nós fazer esse algo, penso que é um raciocínio aceitávelmente lógico e especialmente quando o outrém é também (e ainda mais que eu) interessado em que a coisa fique bem feita, de tal forma é interessado em tal que me bloquearam neste momento por causa disso. Para eles é essencial que fique imediatamente corrigido, para mim é essencial que fique corrigido um dia no futuro quando vier a ser necessário.


    Colocado por: emadOu acha que a responsabilidade é só do banco por ser banco e não poder errar?


    A responsabilidade não é só do banco mas, tal como referido anteriormente, já há mais de um mês que o empréstimo não avançou pelo primeiro erro do banco (na inserção de um valor de IRS) e julgo eu que se detectaram esse erro poderiam também ter desde logo detectado este erro na certidão permanente. Ou seja, ao primeiro erro detectado abortaram o empréstimo e obrigaram-nos a voltar ao inicio, quando poderiam ter verificado tudo e, assim, detectar também o erro na certidão, caso em que teríamos tido mais de 1 mês para tranquilamente tramitar a correcção à mesma.

    É principalmente disso que me queixo ao longo do tópico.

    Depois, como se não bastasse, cometem um segundo erro que foi o de na segunda tentativa ter desaparecido uma linha que faz referência ao seguro de vida, porque sem darem por isso me o cancelaram e não o voltaram a fazer antes de imprimir novamente os papéis, que nos foram dados a assinar dessa forma, com erro. Ora, quando detectaram esse segundo erro, também não deram por nada no que ao erro da certidão permanente diz respeito. Mais uma vez ao detectar um erro, abortaram tudo e não fizeram o que deveriam ter feito que era desde logo assegurar que além desse erro não existia mais nenhum

    Mas pronto, vamos fazer como o emad e considerar isto tudo normalíssimo e absolutamente aceitável e compatível com a atitude do banco que nem por uma vez foi capaz de dizer "pedimos desculpa pelo transtorno causado" e que sempre actuou como se estivesse a prestar um serviço com o mais alto padrão de qualidade. Eu pelo contrário considero que demasiado brando tenho sido eu, pois a maioria do pessoal já teria apresentado queixa e já teria até respondido mal aos exmos. srs. numa das visitas ao banco, até porque vejo um povo português que se queixa à mínima contrariedade, muitas vezes sem ter qualquer razão para tal.

    Note-se que aceito que estas coisas possam acontecer apesar de terem sido várias de seguida e de me falharem com repetidas promessas de telefonemas que nunca fizeram e de não me atenderem os meus telefonemas, bem como de todas as outras imensas falhas pontuais supracitadas ao longo do tópico, mas se quando a 23 de Fevereiro no banco e após confirmarem que tudo estava correcto (já lhes tinha enviado todos os meus dados e documentos pedidos, incluindo a certidão permanente) me disseram que à partida estaría tudo pronto até final de Março, eu assumi que não se tratando de um compromisso o normal seria que tal sucedesse ou que, na pior das hipóteses até meados de Abril tudo estivesse pronto.

    De resto eu confirmei se a certidão permanente estava correcta no primeiro minuto que a tive em mãos e vi logo o erro. Mas como o banco me disse nesse momento que já tinha verificado tudo e que estava tudo pronto para avançar, presumi que se lá tinha o crédito com este erro e se para eles estava tudo bem, não tinha que ser eu a estar com preciosismos que iriam atrasar o processo e que para o banco parecia não terem relevância. Obviamente que soube desde logo que aquilo teria que ser um dia corrigido, mas optei por deixar a dita correcção para uma fase posterior em que a pudesse fazer eu tranquilamente.

    Quanto a isto:

    Colocado por: emadP_lopez se precisou de fiadores para pedir 25% do valor que necessitava para adquirir o terreno, como vai conseguir que aprovem o futuro crédito para a construção? Vai vender a sua actual casa correcto?


    Sim amigo, neste momento deu-me jeito pedir 25% do valor do terreno, pois vendi um apartamento que tinha para férias noutra localidade e o dito só serviu para pagar 75% do valor do terreno. Quando for para avançar para a construção não estou muito preocupado pois nesse momento ou já terei liquidez para avançar com a entrada ou até mesmo o valor completo da construção, ou poderei entretanto vender outro imóvel pois tenho outros 2 que estou a ponderar vender neste momento (estavam arrendados e os inquilinos estão para sair). Ou até hipotecar um desses 2 imóveis, pois encontram-se livres de qualquer hipoteca.

    Se não vender outro imóvel e pedir crédito, poderei então uma vez terminada a construção, vender o apartamento que estou a hipotecar (onde resido), sem dúvida que é uma hipótese, sendo que está avaliado em 210 mil euros e a hipoteca actual que recai sobre o mesmo é de 115 mil euros e sendo também que quando há 6 meses por outros motivos o tentei vender, recebi oferta de 225 mil euros. Mas tenho várias outras alternativas. E mesmo que fosse para vender este apartamento, teria pelo menos 30 meses para tratar da correcção na certidão permanente, se é essa a preocupação.

    Também, se não quiser, não preciso sequer de hipotecar nenhum imóvel, pois a taxa de esforço do agregado familiar permite crédito de até 1400 euros de prestação mensal e neste momento todos os créditos que tenho contratados, juntos, pagam cerca de 420 euros mensais. Foi isto que me foi dito pelo banco.

    Ainda assim, mesmo tendo ou podendo ter o dinheiro, penso que vou pedir crédito porque suponho (posso estar enganado, tenho que ver melhor) que o próprio banco tendo interesse em que tudo corra bem com a construção, é uma mais valia para que a mesma corra efectivamente bem, já que enviam fiscais e se certificam de que o orçamento é cumprido.

    Espero ter ajudado. Obrigado mais uma vez e cumprimentos.

    -
  19.  # 20

    Posto isto (e pedindo desde já desculpas pelo duplo post), é totalmente aceitável que alguém na minha posição estivesse satisfeito com o profissionalismo do banco, aceito e respeito essa posição, simplesmente peço que expressem essa posição apenas após lerem todos os posts do tópico para estarem conhecedores de todas as falhas e faltas de palavra com que tive que lidar. Se após estarem conhecedores de tudo isso continuarem a considerar que se trata de uma situação perfeitamente aceitável, aceito em absoluto que expressem essa mesma consideração. Posso não concordar e ter opinião diferente, mas aceito em absoluto a diferença de opinião pois, felizmente, não somos todos iguais.

    Cumprimentos.

    -
 
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