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  1.  # 101

    Colocado por: MVA

    E qual é o mal de essas pessoas quererem um curso universitário?



    Nenhum…. o problema é o choque com a realidade.
  2.  # 102

    E o mal é mesmo nosso, não os aproveitamos.

    Perante este cenário, ou acabam-se por se perder, com bastante prejuízo para os próprios e para todos nós, ou emigram, com prejuízo para todos nós.


    O ponto é que não invertemos o ciclo, parece que não conseguimos fazer melhor. Ou não queremos.
  3.  # 103

    O "elevador social" via curso universitário avariou.

    Não perguntem a um político pois vai dizer que em média um indivíduo licenciado ganha mais do que indivíduo com o secundário, mas as expectativas geradas chocam com a realidade.
    Concordam com este comentário: leandro_m
  4.  # 104

    Colocado por: paulo_pereiraO "elevador social" via curso universitário avariou.

    Não perguntem a um político pois vai dizer que em média um indivíduo licenciado ganha mais do que indivíduo com o secundário, mas as expectativas geradas chocam com a realidade.



    Percebo, mas o meu comentário até era mesmo no sentido de aproveitar as sinergias geradas por um curso superior, sobretudo dos mais capacidades. Tal como há mais capacidades físicos tb os há intelectualmente.
  5.  # 105

    Colocado por: AMVPMuitos destes jovens têm capacidades fantásticas e têm sentimentos altruístas, mas raramente são aproveitados.

    Parece que temos tendência para preferir "bandidos".

    Enfim, se calhar algum sociólogo deveria fazer um estudo válido sobre a nossa forma de estar na vida.


    O Problema AMVP é que se passou do oito para o oitenta.
    O que é algo profundamente enraizado no país , e que têm seculos de existência. A cultura do país sempre foi alicerçada em mudanças bruscas e repentinas ( no contexto de por vezes 2 ou 3 décadas).
    O Pais tradicional e conservador, em cerca de 30 a 40 anos, mudou para legalização do aborto, despenalização de drogas leves, discussões sobre legalização total, igualdade para mulheres na Assembleia da Republica, atores e apresentadores que assumem sem pudores a homossexualidade com senhoras e senhores de 70 anos na plateia a rir na boa, etc.
    Tudo isto num pais onde as mulheres não saiam de casa, os gays nem se conheciam, os drogados era todos, as crianças levavam com bagaço na chucha e os professores tinham um ponteiro ou régua.
    No entanto hoje os pais processam professores por filhos mal comportados que são chamados a atenção, programas a noite onde toda a gente assume fumar umas coisas e o publico ri-se, e as mulheres dão cada vez mais exemplos de querer uma carreira e não filhos e pratos em casa.
    O País é muito esquizofrénico. Sempre foi.
    No contexto do emprego e das profissões passa-se o mesmo.
    Na década de 90 até aos inícios de 2000, ai do filho que não fosse para a Universidade. Ser mecânico ? Pedreiro?
    Ai se um filho disse-se isso a uma mãe. O canudo era sinonimo de uma grande vida. Nem os filhos se atrevessem a pegar numa caixa nas ferias ou em part-time. Só livros.
    Antigamente os filhos começavam aos 12\13\14 a trabalhar, vidas duríssimas, trabalhos muito exigentes, nem havia tempo para ser meninos e felizes.
    Não houve meio termo. No antigamente aprendia-se a experiencia.
    Aprendia-se a experiência no terreno que faz um grande engenheiro, um grande contabilista, um grande professor.
    Nos trabalhos de verão, nos estágios, no contar o troco a trabalhar no café. Criavam-se as bases.
    As Universidades trazem a teoria que ajuda a cimentar a base.
    Um excelente pedreiro com 50 anos daquilo , não sabe na teoria porque deve fazer assim ou assado. Mas sabe que resulta. Sabe porque a experiencia lhe diz.
    Um pedreiro seria ajudado e muito pela teoria. Conseguia fazer e entender.
    Um engenheiro não vive só nos livros. A experiencia se calhar de trabalhar uns verões como servente iam fazer dele melhor ainda.
    É preciso escola e prática.
    E sobretudo educação.
    É tão honrado ser varredor de ruas como ter 5 mestrados no que for.
    Enquanto o pais achar que não andamos nisto.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, AMVP, Duarte&Mena
  6.  # 106

    Concordando com o que o Nelhas escreveu, como dar a volta?


    Trabalhos de verão para além das pizzas e mc não estou a ver grande coisa.


    Por exemplo, aqui há várias pessoas da construção civil. Pergunto se estariam dispostos a ter algum jovem a trabalhar com eles nas férias.

    É verdade que antigamente muitas vezes tb se pagava para que os profissionais ensinassem aos filhos, sei por exemplo que a minha mãe e tias, pessoas entre os 80 e 90 anos, numa aldeia da Guarda foram aprender costura e foi o meu avô que pagou à costureira, pouco tempo é certo pq o dinheiro era espaço, mas para que as filhas aprendessem o essencial para uma casa (penso que era essa a mentalidade da altura).

    Agora a minha pergunta, mesmo paganto isto é possível?
  7.  # 107

    Colocado por: AMVPConcordando com o que o Nelhas escreveu, como dar a volta?


    Trabalhos de verão para além das pizzas e mc não estou a ver grande coisa.


    Por exemplo, aqui há várias pessoas da construção civil. Pergunto se estariam dispostos a ter algum jovem a trabalhar com eles nas férias.

    É verdade que antigamente muitas vezes tb se pagava para que os profissionais ensinassem aos filhos, sei por exemplo que a minha mãe e tias, pessoas entre os 80 e 90 anos, numa aldeia da Guarda foram aprender costura e foi o meu avô que pagou à costureira, pouco tempo é certo pq o dinheiro era espaço, mas para que as filhas aprendessem o essencial para uma casa (penso que era essa a mentalidade da altura).

    Agora a minha pergunta, mesmo paganto isto é possível?


    Sim, podes ir aprender costura com a costureira, mas agora chama-se "ateliê". :)
  8.  # 108

    era apenas um exemplo, e eu continuo a chamar costureira.

    Aliás, os famosos são Costureiros.
  9.  # 109

    Colocado por: Anonimo06082021

    na teoria,pois na pratica não funciona assim.

    a descriminação sempre existiu e continua a existir.

    o estatuto ainda serve para descriminar.



    Claro que sim, até as origens, o nome de família
    Concordam com este comentário: Duarte&Mena
  10.  # 110

    Colocado por: Anonimo06082021e sobre um pedreiro com 50 anos de experiência,numa situação real continua a prevalecer um Engenheiro com 1 ano de experiência...ou mesmo ainda em estagio.

    como quem diz,o estatuto ganha....e ganha sempre seja em que circunstancias for.

    isto é mais ou menos como os ricos e os pobres.

    imaginem que até entre os canudos existem discriminações,estes dias li que os que vão para médicos normalmente as famílias são ricas,e os que vão para as engenharias os pais não são tão ricos.


    É uma conclusão discutível, até porque as vagas para o curso de medicina são sujeitas a limitação pela ordem, na bela tradição corporativa do estado novo. Só pela diferença nas amostras duvido que algum estudo retire conclusões válidas.
  11.  # 111

    Colocado por: Anonimo06082021outro..

    ""Escolha do curso superior reproduz desigualdades sociais""

    ""Alunos das classes mais favorecidas estão em cursos de maior prestígio como Medicina, Direito e Engenharias. Mais pobres inscrevem-se sobretudo nos politécnicos.""

    E mesmo assim acha que isso garante alguma coisa nos dias de hoje?
  12.  # 112

    Colocado por: nunompaté porque as vagas para o curso de medicina são sujeitas a limitação pela ordem

    ?!!
  13.  # 113

    Colocado por: Anonimo06082021e sobre um pedreiro com 50 anos de experiência,numa situação real continua a prevalecer um Engenheiro com 1 ano de experiência...ou mesmo ainda em estagio.

    como quem diz,o estatuto ganha....e ganha sempre seja em que circunstancias for.

    isto é mais ou menos como os ricos e os pobres.

    imaginem que até entre os canudos existem discriminações,estes dias li que os que vão para médicos normalmente as famílias são ricas,e os que vão para as engenharias os pais não são tão ricos.
    Concordam com este comentário:Duarte&Mena


    Isso era até há pouco tempo, agora as engenharias estão na moda ou no lugar delas, não sei bem.

    Antes ter um filho médico era sinônimos de estabilidade financeira e de inteligência agora a visão mudou.
  14.  # 114

    Colocado por: Anonimo06082021acima desses só alguns desportistas ou quem tenha andado em Harvard.



    Tem razão, a determinados lugares onde Harvard pesa. Uma coisa é ganhar a vida e até ter bastante dinheiro outra coisa é o acesso a determinados posições na sociedade.

    Aí conta Harvard e até o infantário onde andaram.

    Depende dos meios onde nós movimentamos.
  15.  # 115

    Colocado por: Anonimo06082021outro..

    ""Escolha do curso superior reproduz desigualdades sociais""

    ""Alunos das classes mais favorecidas estão em cursos de maior prestígio como Medicina, Direito e Engenharias. Mais pobres inscrevem-se sobretudo nos politécnicos.""
    Concordam com este comentário:Duarte&Mena


    Os pobres não têm possibilidade de meter os filhos nas explicações para tirar a média de 18.x para entrar nesses cursos mais exigentes. É um dos casos em que ter dinheiro faz diferença.
    Concordam com este comentário: Duarte&Mena
  16.  # 116

    Colocado por: AMVPConcordando com o que o Nelhas escreveu, como dar a volta?


    Trabalhos de verão para além das pizzas e mc não estou a ver grande coisa.


    Por exemplo, aqui há várias pessoas da construção civil. Pergunto se estariam dispostos a ter algum jovem a trabalhar com eles nas férias.

    É verdade que antigamente muitas vezes tb se pagava para que os profissionais ensinassem aos filhos, sei por exemplo que a minha mãe e tias, pessoas entre os 80 e 90 anos, numa aldeia da Guarda foram aprender costura e foi o meu avô que pagou à costureira, pouco tempo é certo pq o dinheiro era espaço, mas para que as filhas aprendessem o essencial para uma casa (penso que era essa a mentalidade da altura).

    Agora a minha pergunta, mesmo paganto isto é possível?


    Concordando com o que dizem , que o estatuto e o dinheiro ainda contam, vejamos antes o copo meio cheio.
    Há 40 ou 50 anos atrás era mil vezes pior.
    Hoje um filho de um agricultor , se quiser muito , se estudar muito, pode chegar a Universidade e chegar a ter bolsas de 500 ou 600 euros por mês com estadia.
    Tive 2 colegas na Universidade de meios altamente desfavorecidos, de classes muito baixas e com muito poucos recursos, que tinham bolsas elevadíssimas e que hoje ambos são professores universitários.
    Já foi muito pior do que é hoje.
    Têm melhorado, e por muitos defeitos que os millenials tenham , o seu sentido "louco" e arrojado de quererem inventar tudo e fazer tudo quebrou muitas barreiras.
    O sistema ainda não é perfeito, mas garanto-lhe que 90% das empresas em Portugal entre dois currículos , um com educação completamente privada e outro com educação publica, escolhem o da publica em condições iguais.
    Filho de pobre já não é barrado para ficar pobre.
    Agora se o dinheiro facilita? Se ajuda ser rico?
    Claro, mas ajuda em tudo.
    E normalmente, pelo menos da minha experiencia pessoal, os novos ricos são muito mais mal educados e sem princípios do que os ricos de berço.
  17.  # 117

    Colocado por: Nelhasgaranto-lhe que 90% das empresas em Portugal entre dois currículos , um com educação completamente privada e outro com educação publica, escolhem o da publica em condições iguais.

    Essa afirmação é um disparate!
    Isso só depende de que escolas se fala. Há boas universidades públicas. Como as há privadas.
    Um MBA na Católica ou na UBI? Qual acha que os os empregadores mais valorizam?
  18.  # 118

    Colocado por: Pedro Azevedo78
    Essa afirmação é um disparate!
    Isso só depende de que escolas se fala. Há boas universidades públicas. Como as há privadas.
    Um MBA na Católica ou na UBI? Qual acha que os os empregadores mais valorizam?



    O MBA da Católica é com a Nova, por alguma razão será.
  19.  # 119

    Colocado por: Nelhas

    Concordando com o que dizem , que o estatuto e o dinheiro ainda contam, vejamos antes o copo meio cheio.
    Há 40 ou 50 anos atrás era mil vezes pior.
    Hoje um filho de um agricultor , se quiser muito , se estudar muito, pode chegar a Universidade e chegar a ter bolsas de 500 ou 600 euros por mês com estadia.
    Tive 2 colegas na Universidade de meios altamente desfavorecidos, de classes muito baixas e com muito poucos recursos, que tinham bolsas elevadíssimas e que hoje ambos são professores universitários.
    Já foi muito pior do que é hoje.
    Têm melhorado, e por muitos defeitos que os millenials tenham , o seu sentido "louco" e arrojado de quererem inventar tudo e fazer tudo quebrou muitas barreiras.
    O sistema ainda não é perfeito, mas garanto-lhe que 90% das empresas em Portugal entre dois currículos , um com educação completamente privada e outro com educação publica, escolhem o da publica em condições iguais.
    Filho de pobre já não é barrado para ficar pobre.
    Agora se o dinheiro facilita? Se ajuda ser rico?
    Claro, mas ajuda em tudo.
    E normalmente, pelo menos da minha experiencia pessoal, os novos ricos são muito mais mal educados e sem princípios do que os ricos de berço.



    Ai discordo de si. Há uns anos atrás tinha toda a razão, atualmente as coisas estão novamente a piorar para os pobres e o pior é que as pessoas não perceberam ainda.
  20.  # 120

    Colocado por: AMVP


    O MBA da Católica é com a Nova, por alguma razão será.

    Nos últimos anos sim.
    Não era. E no Porto ainda não o é.
    A junção foi para potenciarem as duas melhores escolas de "economias" do país e criar uma escola com força internacional, o que veio a acontecer.
    Mas a comparação pode ser feita na mesma, pois não faltam graduados só pela católica...
 
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