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1. • eva_bastos
   • 16 agosto 2009 ^editado

    # 1

   Boa noite,
   
   tenho algumas dúvidas e gostava de as ver esclarecidas, e também se aceitam opiniões, por isso estejam á vontade.
   
   A situação é um caso bicudo e é o seguinte:
   
   Há coisa de 2 semanas foi assinado um contrato de duração de 5 anos, até aqui tudo bem, os problemas começaram quando os contratos ( tendo ficado no poder da agencia imob. até que o dinheiro referente a dois meses de renda caisse em conta) foram rasgados por engano por um dos agentes imobiliarios ,sendo que só ao fim de quase uma semana é que foram novamente assinados.
   Questão seguinte: dado esse contratempo e a questões laborais o meu marido não pode levar o contrato ás finanças na semana seguinte, a imobiliaria prontificou-se imediatamente para o fazer, mas foi a inquilina que depois se ofereceu e lá foi pela urgência de abrir os contratos de água, luz e gas. O dinheiro referente aos gastos com a declaração do contrato nas finanças foi restituido á minha inquilina e até aqui tudo ás mil maravilhas.
   Sexta feira passada, ou seja ontem teria sido a abertura do gas o que infelizmente não aconteceu porque a vestoria detectou um problema relacionado com os gazes de monóxido de carbono proveniente do escape da caldeira, a minha inquilina contactou imediatamente o meu marido que lá foi nesse mesmo dia com um senhor tentar solucionar o problema. Foi contactado um tecnico para lá ir tratar do problema logo na segunda-feira. Entretanto estão a fazer agora as duas semanas desde a primeira assinatura do contrato.
   
   Os problemas a sério começaram á bocado com a Mae da minha inquilina que ligou para o meu marido aos gritos ao telefone e a fazer ameaças com direitos e processos legais, depois de uma discussão acesa ao telefone sempre com a senhora numa atitude muito empertigada, rude e de bastante má formação e educação que culminou quando a dita senhora desligou o telefone na cara do meu marido.
   Senti-me na necessidade de contactar um dos meus inquilinos para tentar perceber o rumo que as coisas estavam a levar pois tinha sido sempre tudo levado na boa-fé de parte a parte e sem incidentes, não consegui contactar a minha inquilina e liguei de imediato para o meu inquilino. atendeu-me a dita senhora com muito maus modos e a frisar implacavelmente que já não falavamos mais com os meus inquilinos.
   
   Eu tentei explicar á senhora que a questão dos gases era um problema dificil de prever da nossa parte pois tinhamos tido um casal lá a morar cerca de um ano e nunca houve problemas e que a casa esteve fechada 3 meses sem que tivessemos aberto a água luz ou gas visto que não havia necessidada por não morar lá ninguem, disse que lamentavamos e que iriamos solucionar o problema com a maior brevidade, já na segunda feira, bem como quaisquer gastos dai resultantes seriam obviamente suportados por nós sem nprejuizo para os inquilinos, como havia sido combinado com a minha inquilina que concordou prontamente e não levantou quaisquer questões ou problemas.
   A senhora foi rude e frisou que a partir de agora qualquer questão a ser tratada é com ela que se fala e que já não falamos mais com os inquilinos e que segunda feira terá uma procuração (???!!! Sim leram bem!!!) para esse efeito, confesso que só me apeteceu rir na cara da senhora por achar isto tudo ridiculo e uma verdadeira tempestade num copo de água, contive-me, não perdi a compostura e disse-lhe cordealmente que queriamos levar as coisas a bem, mas que sendo o problema detectado a uma sexta feira a meio da tarde, nada se poderia fazer até segunda-feira mas mesmo assim não foi suficiente pois veio outra enchurrada de ameaças...
   Bom, devo dizer que ás vezes é dificil manter a compostura!
   A minha questão é: Isto da procuração é legal?! Visto que o contrato foi assinado com dois inquilinos que são adultos e não com esta senhora que nem nunca a vi não consta em parte alguma do contrato?! O que é que eu posso fazer?!
   
   Estou tão aborrecida que nem me importava de devolver o dinheiro, rasgar os contratos e reaver as chaves e a casa!
   
   Vim agora da agencia imobiliaria pois confesso que a senhora tem fibra e pelo na venta fiquei um pouco assustada por tudo isto estar já a correr mal. Queria saber de que ferramentas é que a senhora dispõe para me colocar em maus lençois, foi-me dito que muito poucas mas que ela podia colocar um processo em por deliberado risco de vida (por causa do gas) e que tinhamos conhecimento disso...fiquei boquiaberta e o caso não é para menos pois o gas nem sequer estava ligado e não tinhamos maneira de prever que algo estava errado, para isso é que servem as vestorias, para detectar esses problemas.
   
   Isto soa em tom de desabafo, geralmente sou bastante tranquila, detesto conflitos mas isto veio para arruinar o meu fim de semana, especialmente quando quero resolver as coisas a bem e apanho com alguem casmurro.
   
   Obrigado por quaisquer eventuais comentários e dava-me jeito saber isso da procuração e do que é que ela de facto pode fazer para nos colocar em maus lençóis.
2. • Matilde
   • 16 agosto 2009

    # 2

   A casa foi alugada ao casal ou à mãe da inquilina? Não teve que apresentar um certificado energético para alugar?
3. •  
     Luis K. W.
   • 16 agosto 2009

    # 3

   Colocado por: eva_bastosA minha questão é: Isto da procuração é legal?! Visto que o contrato foi assinado com dois inquilinos que são adultos e não com esta senhora que nem nunca a vi não consta em parte alguma do contrato?! O que é que eu posso fazer?!

   Isso dos problemas com a instalação de gás quando se muda de inquilino é muito frequente.
   Uma das maneiras de melhorar a extracção é haver uma grelha aberta (permanente) numa janela para haver circulação de ar mesmo com as janelas todas fechadas.
   
   Quanto à sr.a com pelo na venta :-) , qualquer pessoa se pode fazer representar por outra.
   VOCÊ TAMBÉM.
   Se achar que a coisa está a passar das marcas, vá ao Mercado da Ribeira (*) e contrate uma peixeira para a representar a si.
   Ou à Ordem dos Advogados.
   Mas na Ribeira é capaz de encontrar um interlocutor mais competente (para o efeito pretendido) e muito mais barato...
   
   (*) a Ribeira é em Lisboa. Adapte às suas circunstâncias. ;-)

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4. • eva_bastos
   • 16 agosto 2009

    # 4

   Colocado por: MatildeA casa foi alugada ao casal ou à mãe da inquilina? Não teve que apresentar um certificado energético para alugar?

   
   
   Olá, a casa foi alugada ao Casal e não há mãe da inquilina.
   O registo do contrato foi nas finanças da Moita, e eles (estranhamente!!) ainda não pedem o certificado energético.
5. • eva_bastos
   • 16 agosto 2009

    # 5

   Colocado por: Luis K. W.

   Colocado por: eva_bastosA minha questão é: Isto da procuração é legal?! Visto que o contrato foi assinado com dois inquilinos que são adultos e não com esta senhora que nem nunca a vi não consta em parte alguma do contrato?! O que é que eu posso fazer?!

   Isso dos problemas com a instalação de gás quando se muda de inquilino é muito frequente.
   Uma das maneiras de melhorar a extracção é haver uma grelha aberta (permanente) numa janela para haver circulação de ar mesmo com as janelas todas fechadas.
   
   Quanto à sr.a com pelo na venta :-) , qualquer pessoa se pode fazer representar por outra.
   VOCÊ TAMBÉM.
   Se achar que a coisa está a passar das marcas, vá ao Mercado da Ribeira (*) e contrate uma peixeira para a representar a si.
   Ou à Ordem dos Advogados.
   Mas na Ribeira é capaz de encontrar um interlocutor mais competente (para o efeito pretendido) e muito mais barato...
   
   (*) a Ribeira é em Lisboa. Adapte às suas circunstâncias. ;-)

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   Devo dizer que não pude conter um enorme sorriso face ao seu comentário =)))
   
   Quanto á extracção, já tenho uma grelha na parede da janela,que foi precisamente lá colocada aquando dos acabamentos do apartamento para não haver problemas com os gases, mas ao que parece não é suficiente. Contudo é estranho pois nunca houve problemas nesse sentido e agora é que há.
   
   Com a dita senhora é dificil conversar ou explicar seja o que for sem ouvir comentários depreciativos e ameaças a torto e a direito e ainda só passaram duas semanas num contrato de 5 anos...
   E não consigo sequer chegar aos meus inquilinos para resolver as coisas directamente com eles, pois tenho de passar inevitavelmente pela implacável 'Mata Hari' versão portuguesa...
   
   Agradeço a sugestão da Peixeira o que não me parece de todo má ideia =))
6. • Edge
   • 16 agosto 2009

    # 6

   Sei q talvez seja uma solução um pouco drástica, mas os contratos não têm um prazo para rescisão? Costuma-se dizer q quem semeia ventos colhe tempestades, e com pessoas pouco civilizadas muitas vezes é a única forma de resolver as situações.

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7. • lobito
   • 16 agosto 2009

    # 7

   Espero que não seja uma história semelhante a esta...
   
   http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1335455&seccao=Sul
   
   (Não creio que seja, mas já estou como Edge, se tivesse maneira de se libertar do contrato, acho que era o que eu faria)

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8. • eva_bastos
   • 16 agosto 2009

    # 8

   Colocado por: EdgeSei q talvez seja uma solução um pouco drástica, mas os contratos não têm um prazo para rescisão? Costuma-se dizer q quem semeia ventos colhe tempestades, e com pessoas pouco civilizadas muitas vezes é a única forma de resolver as situações.

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   bom na verdade e com tudo o que tem vindo a acontecer , o que eu mais queria era anular desde já o contrato, devolver o dinheiro já pago e reaver a chave e a casa. Mas depois de assinado o contrato e entregue nas finanças acho que já não é possivel pois certamente ainda teria de pagar uma ideminização...=(
   Infelizmente a lei é clara e protege mais o inquilino que o proprietário...
9. • Barba Negra
   • 16 agosto 2009

    # 9

   Colocado por: eva_bastosfoi-me dito que muito poucas mas que ela podia colocar um processo em por deliberado risco de vida (por causa do gas) e que tinhamos conhecimento disso...

   
   
   Cara eva_bastos (por acaso até tem o meu apelido), como é que poderia pôr a vida de alguém em risco, quando o gás está cortado (desligado pela empresa por não existir contrato de fornecimento), e ainda por cima para este ser ligado é OBRIGATÓRIA uma inspecção para que este seja aberto, inspecção essa que visa verificar a estanquicidade da instalação de gás e dos aparelhos (nem sempre feita nas devidas condições é certo), e ainda a libertação de monóxido carbono no ambiente?
   Como tal por aí não vão decerto poder pegar-lhe, se existem inconformidades, essas terão apenas de ser corrigidas e não lhe compete a si conhecer essa legislação e muito menos ao inquilino, para isso existem os tais técnicos credenciados que supostamente deveriam fazer o seu trabalho em condições e com isenção, mas quando existem interesses e amigos por trás disso que trabalham no ramo, essa isenção ás vezes não existe.
   
   Um aparte apenas, a semana passada foi-me dito que um desses pseudo-técnicos disse a um cliente onde foi fazer a inspecção que uma ligação de cobre a uma placa de encastrar estava fora das normas e que teria de ser uma ligação de aço inox (a menos que tenha havido alterações na legislação as quais eu desconheça, aquela placa está em conformidade), já por aqui pode ver até onde eles poderão ir.
   
   Então mas antes não terá havido o mesmo problema?
   Qual o tipo de gás, é natural?
   A ligação anterior foi efectuada pela Setgás assim como as devidas inpecções?
   
   Cumps.

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10. • eva_bastos
    • 16 agosto 2009

     # 10

    Colocado por: Barba Negra

    Colocado por: eva_bastosfoi-me dito que muito poucas mas que ela podia colocar um processo em por deliberado risco de vida (por causa do gas) e que tinhamos conhecimento disso...

    
    
    Cara eva_bastos (por acaso até tem o meu apelido), como é que poderia pôr a vida de alguém em risco, quando o gás está cortado (desligado pela empresa por não existir contrato de fornecimento), e ainda por cima para este ser ligado é OBRIGATÓRIA uma inspecção para que este seja aberto, inspecção essa que visa verificar a estanquicidade da instalação de gás e dos aparelhos (nem sempre feita nas devidas condições é certo), e ainda a libertação de monóxido carbono no ambiente?
    Como tal por aí não vão decerto poder pegar-lhe, se existem inconformidades, essas terão apenas de ser corrigidas e não lhe compete a si conhecer essa legislação e muito menos ao inquilino, para isso existem os tais técnicos credenciados que supostamente deveriam fazer o seu trabalho em condições e com isenção, mas quando existem interesses e amigos por trás disso que trabalham no ramo, essa isenção ás vezes não existe.
    
    Um aparte apenas, a semana passada foi-me dito que um desses pseudo-técnicos disse a um cliente onde foi fazer a inspecção que uma ligação de cobre a uma placa de encastrar estava fora das normas e que teria de ser uma ligação de aço inox (a menos que tenha havido alterações na legislação as quais eu desconheça, aquela placa está em conformidade), já por aqui pode ver até onde eles poderão ir.
    
    Então mas antes não terá havido o mesmo problema?
    Qual o tipo de gás, é natural?
    A ligação anterior foi efectuada pela Setgás assim como as devidas inpecções?
    
    Cumps.

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    Agradeço desde já o facto de ter lido e comentado pois as suas linhas são-me muito utéis.
    O gás é natural e a ligação é feita pela setgás tal como as inspecções que até agora foram feitas.
11. • eva_bastos
    • 16 agosto 2009

     # 11

    Eu penso que o problema está relacionado com uma das velocidades do exaustor que tem demasiada potência (isto foi o que foi dito) , e que puxa os gases de monoxido de carbono da caldeira para dentro da cozinha (isto faz algum sentido??!!)
    Não percebo é porque é que nunca houve esse problema, e se houve antes porque é que nunca nos foi dito e só foi detectado agora?
    Eu penso que seja simples de resolver mas até lá tenho de levar com o mau humor da Sra Dona Mae da minha inquilina e com as ameaças do 'faço e aconteço', numa situação da qual não me considero culpada.
12. • Barba Negra
    • 16 agosto 2009

     # 12

    Então parto do pressuposto que terá sido o inquilino anterior que decidiu aderir ao gás natural da setgás, e terá sido esta empresa a colocar os tubos de gás em casa e a fazer a respectiva conversão dos aparelhos!
    
    Terá sido isto que se passou?
13. • eva_bastos
    • 16 agosto 2009

     # 13

    Não, não houve alteração nenhuma nesse sentido. A casa tem 5 anos, é uma casa recente, já estava preparada para suportar o gas natural.
14. • Barba Negra
    • 16 agosto 2009

     # 14

    Nesse caso então, e se o exaustor também já fazia parte da casa quando os anteriores inquilinos a alugaram, depreende-se que possa ter havido alguma alteração nas condutas das chaminés do prédio, ou até um pássaro ter feito ninho na sua saída da chaminé. Pode também acontecer algum vizinho mais acima ter feito obras, e o pedreiro ter cortado ou reduzido o diâmetro da sua chaminé (já vi uma obra de arte destas e ainda disse que pensou que não fizesse ali nenhuma falta, uma vez que não estava ligado a nada naquela casa).
    
    Em última análise pode a antiga inspecção ter sido mal feita, o que eu duvido.
    
    O problema de tudo isto é que 99% das habitações em portugal, e na parte que toca á exaustão dos aparelhos, não é feita como deve ser, e muitas vezes já parte mal de projecto, outras é o construtor ou o empreiteiro que pretendem poupar e á falta de fiscalização fazem como acham que dá mais jeito.
    Ora como de costuma a habitação deve ter uma só fuga de chaminé onde vão ligar 2 aparelhos, pode acontecer estarem os aparelhos mal ligados, estar a chaminé entupida e até não ter entrada de ar com diâmetro suficiente para alimentar o exaustor existente e a caldeira que é o mais natural.
    
    Como tal ou manda alargar as entradas de ar para dentro da cozinha (se tiverem frio o problema é deles e se a fecharem o problema é igualmente deles, uma vez que são eles a pedir o gás e por conseguinte a inspecção, e isso fica tudo escrito pelo técnico), ou terá de meter uma caldeira ventilada ou estanque a funcionar como ventilada.
    Atenção que se as ligações á conduta de exaustão não estiverem bem feitas, e as entradas de ar forem insuficientes, haverá sempre problemas com o monóxido de carbono, pelo que isso carece de uma apreciação no local da instalação por alguém com conhecimentos para tal, para que lhe possam dar um orçamento.
    
    Se aproveitar os tais amigos desses pseudo-técnicos (aquelas empresas que eles aconselham), tem a certeza de que passa á primeira, não quer é dizer que se mudar de novo de inquilino que depois vá passar de novo.
    a coisa está de tal forma estruturada, que por norma é rara a vez que eles aprovam tudo á 1ª, assim cobram a inspecção e a re-inspecção, os amigos ganham dinheiro e por conseguinte alguns deles têm comissão nesses serviços...
    
    É o Portugal que temos, e o que iremos continuar a ter, uma vez que os exemplos vêm de cima, logo ...
    
    Cumps

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