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  1.  # 1

    Bom dia,

    Em primeiro lugar, parabéns a todos os participantes deste fórum que, ao longo dos anos, com o seu conhecimento e uma inegável boa vontade em partilhá-lo, fizeram deste um fórum de referência.

    Conheço este espaço há anos, e hoje trago uma "senhora" questão, sobre qual agradeço desde já as vossas opiniões e esclarecimentos. Então vamos lá:

    Sou a "típica" pessoa que almeja mudar-se de um apartamento para uma moradia.
    Encontrámos um imóvel algo "sui generis" que tem tanto de entusiasmante como de assustador: um terreno com boa área, poço coberto, algumas árvores de fruto, com a enorme vantagem de ser na freguesia onde já habitamos, e uma casa composta por duas secções: a primeira em alvenaria datada da segunda metade da década de 50, (onde fica a cozinha e 1 wc), à qual acrescentaram uma casa de madeira, (intervenção muito mais recente), encostada a um dos lados da secção em alvenaria, e onde fica a sala, quartos e segundo wc. À frente de ambas as secções, um alpendre em madeira, "unificando" as duas composições.

    Segundo os agentes imobiliários trata-se de uma propriedade herdada pelos proprietários, e que tem sido usada como casa de férias.
    Aquando da visita do imóvel fizemos uma proposta não vinculativa, não se trata do CPCV ainda, visto que fomos informados que a casa não possui licença e que a advogada da agência anda a tratar de tudo, mas confiante.

    O potencial do imóvel entusiasma-me, (sobretudo quando se apela ao desejo de ter um jardim e horta, e não ter vizinhos colados a nós, nem reuniões de condomínio), mas há muito que nos assusta - a mim e ao meu marido.

    1- Assusta-me que a casa tenha fossa séptica,
    2- que a cozinha cheire a mofo, (embora me tenham dito que era da casa ficar tanto tempo fechada),
    3- que haja um poço que muito provavelmente nunca levou a devida manutenção cuja água é usada para regar a horta,
    4- que a cozinha não esteja em nada preparada para a instalação de máquinas, placa e forno, ou seja, infraestruturas de água, saneamento e gás.
    5- que não haja ligação interior entre a casa de alvenaria e a de madeira - ou seja a passagem de e para a cozinha é sempre feita pelo alpendre, na rua;
    6 - que não tenha as infraestruturas de comunicações.
    7- a nossa inexperiência com casas de madeira: fomos informados que as paredes tinham duas camadas com 3,5 cm cada, e com "xpf" no meio (presumo que se referiam a xps - poliestireno extrudido.).
    8- que não tenhamos visto nada de escoamento de águas pluviais.

    A minha questão principal é: posso ficar descansada que as entidades antes de lhes passarem a licença de habitabilidade vão obrigar os proprietários a colocar infraestruturas de gás, águas e saneamento (ligação à rede de esgotos e tratamento devido da fossa como dita o RGEU), e infraestruturas de comunicações que permitam tv por cabo, net, etc?

    Desculpem o texto tão longo. Agradeço desde já as vossas opiniões.
  2.  # 2

    Esse barraco está à venda aprox. por que valor?
  3.  # 3

    Próximo dos 200k.
  4.  # 4

    É de fugir, sim.
    Concordam com este comentário: Aniceto Rui
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
    • Anaa
    • 18 outubro 2019

     # 5

    Só se o terreno por si só valer esse valor. De resto pelas características que menciona eu nunca compraria algo assim.
    Concordam com este comentário: Capuchinha, Shadow A, marco1
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  5.  # 6

    Olá, Anaa,

    Também nunca me passou pela cabeça que um dia estaria a considerar algo do género. Juro.
    O que esta propriedade tem a favor é realmente o terreno e a localização. São dois grandes pontos. Consigo lidar com a "estranheza" da casa, e com a ideia de ter ir fazendo obras de melhoramento desde que essas obras sejam motivadas por "aumento de conforto e estética". Isto das infraestruturas deixa-me em pânico.
  6.  # 7

    Há algo que me possam dizer em que relação sobre a minha pergunta?

    "A minha questão principal é: posso ficar descansada que as entidades antes de lhes passarem a licença de habitabilidade vão obrigar os proprietários a colocar infraestruturas de gás, águas e saneamento (ligação à rede de esgotos e tratamento devido da fossa como dita o RGEU), e infraestruturas de comunicações que permitam tv por cabo, net, etc?"
  7.  # 8

    Sem certezas, mas duvido..
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
    • size
    • 18 outubro 2019 editado

     # 9

    Colocado por: CapuchinhaHá algo que me possam dizer em que relação sobre a minha pergunta?

    "A minha questão principal é: posso ficar descansada que as entidades antes de lhes passarem a licença de habitabilidade vão obrigar os proprietários a colocar infraestruturas de gás, águas e saneamento (ligação à rede de esgotos e tratamento devido da fossa como dita o RGEU), e infraestruturas de comunicações que permitam tv por cabo, net, etc?"


    Primeiro que tudo, essa construção é de que ano ? Pode estar isenta de licença de utilização. (salvo supostas obras ilegais que tenham sido feitas posteriormente)

    Diria coisa diferente...

    O Municipio não emitirá a licença de utilização enquanto o proprietário não harmonizar tudo para o efeito, não o obrigando , de forma eficaz e rápida, a proceder de harmonia.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  8.  # 10

    Sugiro que vá à Câmara Municipal para falar com o técnico responsável por essa zona, é muito importante saber não só a legalidade do imóvel existente como também o que poderá vir a ser construído no terreno (caso deseje demolir o mesmo).

    Só se o terreno por si só valer esse valor. De resto pelas características que menciona eu nunca compraria algo assim.


    Acho que este ponto é o mais importante. Se o terreno em questão não tivesse a casa construída, ele valia o mesmo? Não sei se está disposta e se tem o orçamento para deitar a casa abaixo e construir novo.

    Em todo o caso, se quer mesmo o imóvel pode sempre falar com um Eng Civil para ele ir lá ver a casa e dar-lhe uma ideia dos problemas que a casa tem.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  9.  # 11

    Obrigada, Size.

    Primeiro que tudo, essa construção é de que ano ? Pode estar isenta de licença de utilização. (salvo supostas obras ilegais que tenham sido feitas posteriormente)

    A secção de alvenaria data de 1958, se não estou em erro, e a de madeira deve ter 2 ou 3 anos. Da agência imobiliária foram cândidos em admitir que não está legalizada, que os seus clientes fizeram "macacadas".
  10.  # 12

    Colocado por: CapuchinhaDa agência imobiliária foram cândidos em admitir que não está legalizada, que os seus clientes fizeram "macacadas".

    E a agência está disposta a comercializar uma coisa ilegal?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  11.  # 13

    Obrigada, Shadow A.

    Acho que este ponto é o mais importante. Se o terreno em questão não tivesse a casa construída, ele valia o mesmo? Não sei se está disposta e se tem o orçamento para deitar a casa abaixo e construir novo.


    Agradeço os conselhos, e certamente farei tudo ao meu alcance para me ajudar a tomar a melhor decisão.

    Segundo informação da agência imobiliária, parece que a advogada lhes disse que seria possível construir mais 20%.

    Quanto à questão do valor do terreno a única certeza que tenho é que não possuo capacidade financeira para dar este valor e depois ainda construir.
  12.  # 14

    Colocado por: CapuchinhaSegundo informação da agência imobiliária, parece que a advogada lhes disse que seria possível construir mais 20%.

    O grande problema será a legalização da parte da casa em madeira.
    Quase de certeza é daquelas que não cumpre os regulamentos o que logo à partida inviabiliza qualquer tentativa de lagalização
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
    • eu
    • 18 outubro 2019

     # 15

    Colocado por: CapuchinhaPróximo dos 200k.

    Por esse valor, nem pensar.

    Com 200K constrói uma vivenda nova! Porque não pensam nisso?
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  13.  # 16

    Obrigada, zedasilva.

    E a agência está disposta a comercializar uma coisa ilegal?


    Não, de todo. Nesse aspecto não os posso criticar, pelo contrário. Informaram-nos que o imóvel não estava legalizado, que não haveria assinatura de CPCV antes da legalização, e que a agência tinha uma advogada a tratar da coisa, e que segundo a opinião profissional da mesma, tudo poderia correr bem.
    O que aconteceu é que no final da visita ao imóvel, fizemos somente o relatório de visita, com a nossa opinião do mesmo, se estaríamos interessados em comprar e por que valor. Avançar para o CPCV depende sempre da obtenção das licenças. Assim fizemos nós, e mais pessoas que também visitaram o imóvel.

    A dúvida que aqui me trás hoje é a minha expectativa do conceito "legalização". No meu entender significa que irá haver vistoria ao imóvel, e resultará numa lista de afazeres onde se inclui acabar com a fossa, ligar à rede de esgoto, equipar a cozinha com "spots" prontos para receber máquinas de lavar e fogão, e toda a cablagem necessária para linha telefónica, tv cabo e net. Estarei errada?
  14.  # 17

    Colocado por: CapuchinhaEstarei errada?

    Está!
    A legalização pode ser feita sem vistoria. Apenas com termos de responsabilidade de um técnico.
    O problema é que quase de certeza a casa de madeira não cumpre os regulamentos e duvido que haja algum técnico que consiga legalizar isso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
    • MVA
    • 18 outubro 2019

     # 18

    Colocado por: euCom 200K constrói uma vivenda nova! Porque não pensam nisso?


    No meu bairro você não consegue comprar um lote de terreno com 300 m2 por menos de 500 mil euros. Só o terreno, sem nada construído lá. Pode verificar-se o caso que, neste casa que a Capuchinha foi ver, os terrenos sejam caros.

    Se o terreno por si só valer muito, então a Capuchinha que negoceie o preço e proceda à demolição dessa casa e construa uma casa nova nesse terreno.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
  15.  # 19

    Segundo informação da agência imobiliária, parece que a advogada lhes disse que seria possível construir mais 20%.


    Se a agência imobiliária diz isso, então eles que digam como é que chegaram a esse número e que documentação é que têm que comprove essa mesma informação. Eu acho que mesmo com toda esta informação deveria ir à Câmara Municipal pedir informação sobre o terreno e a casa em questão.


    Quanto à questão do valor do terreno a única certeza que tenho é que não possuo capacidade financeira para dar este valor e depois ainda construir.


    Senão tem capacidade financeira para a compra do terreno e a construção duma nova casa então torna-se extremamente importante que tenha um orçamento que lhe diga exactamente qual o custo de reabilitação do imóvel existente. Se o custo de reabilitação for elevado então pode tentar negociar uma redução do preço.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
    • SMBS
    • 18 outubro 2019

     # 20

    Qual é a localização aproximada (não escreva a exacta porque pode haver alguém a ler e passar-lhe a perna)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Capuchinha
 
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