Banda sonora: "Reino dos Céus/ Kingdom of Heaven" - Harry Gregson Williams
"Se a nobreza de coragem elegeu o cavaleiro sobre os homens que lhe estão embaixo em servidão, nobreza de costumes e de bons ensinamentos convém ao cavaleiro, pois nobreza de coragem não poderia subir na alta honra de cavalaria sem eleição de virtudes e de bons costumes. Ramon Llull. Livro da Ordem de Cavalaria, VI, 1."
"Kingdom of Heaven (bra: Cruzada[3]; prt: Reino dos Céus[4]) é um filme de 2005, dos gêneros drama, ação, guerra e ficção histórica, dirigido por Ridley Scott e que conta a retomada de Jerusalém pelos muçulmanos em 1187. "
"Harry Gregson/Williams (Inglaterra, 13 de dezembro de 1961) é um compositor, maestro e produtor musical britânico. Ele é mais conhecido por muitas trilhas sonoras de filmes que misturam música eletrônica e orquestra. Ele também é conhecido pelas colaborações com o diretor Tony Scott, tendo produzido as trilhas sonoras de filmes desde Enemy of the State. Gregson-Williams é um dos mais reconhecidos e respeitados músicos e compositores de todos os tempos dentro de seu estilo musical, e é considerado um pioneiro e um dos primeiros compositores a combinar texturas da música eletrônica com elementos orquestrais. "
"The Buddha Bar compilation albums are a widely acclaimed series of compilation albums issued by the Buddha Bar bar, restaurant, and hotel franchise created by restaurateur Raymond Visan and DJ and interior designer Claude Challe[1] in Paris, France. Following its establishment, the Buddha Bar "became a reference among foreign yuppies and wealthy tourists visiting the city",[1] and "has spawned numerous imitators",[2] becoming popular in part because of the DJ's choice of eclectic, avant-garde music. It became known internationally for issuing popular compilations of lounge, chill-out music and world music, also under the Buddha Bar brand, released by George V Records. Buddha Bar began issuing compilations in 1999, and has since "made a name for itself with its Zen lounge music CDs and remains a hit – especially with tourists".[3](…)"
"Röyksopp (às vezes equivocadamente escrito Royksopp ou Røyksopp) é uma dupla musical originária de Tromsø, na Noruega. Desde seu início os dois componentes do projeto são Torbjørn Brundtland e Svein Berge. (...) O lançamento de seu álbum de estreia em 2001, 'Melody A.M.', os consolidou na cena da música eletrônica. Röyksopp constantemente tem feito experiências com diferentes gêneros pertencentes à eletrônica. Estilisticamente, a banda faz uso de diversos gêneros, incluindo ambiente, o house, drum and bass e sons afro-americanos. A banda também é conhecida por seus shows elaborados, que frequentemente contam com trajes excêntricos. Desde sua estreia em 1998, o duo tem sido elogiado pela crítica e têm obtido relativo êxito na maioria da Europa. Até o presente momento, Röyksopp foi nomeado a dois prêmios Grammy, ganhou sete Spellemannprisen, realizou várias turnês mundiais e produziram discos que entraram em várias listas, dentre os que destacam quatro números um consecutivos na Noruega. "
"Björk Guðmundsdóttir (Reykjavík, 21 de novembro de 1965), conhecida simplesmente por Björk (oficialmente estilizado como björk), é uma influente cantora e compositora islandesa, vencedora do Polar Music Prize,[1] conhecido como o "Prêmio Nobel da Música". Björk também é atriz, instrumentista e produtora musical. Já lançou nove álbuns de estúdio e duas trilhas sonoras. Seu estilo musical eclético alcançou o reconhecimento popular,[2] e este inclui rock, jazz, música eletrônica, clássica e folclórica. Sua voz também tem sido aclamada por suas qualidades distintivas e incomuns.
Seus singles da década de 1990, “It's Oh So Quiet”, “Army of Me” e "Hyperballad” foram estabelecidos no Top 10 britânico. Sua gravadora, One Little Indian, relatou que ela tinha vendido mais de 20 milhões de álbuns em todo o mundo.[3] O seu trabalho tem sido aclamado pela crítica.[4] Ganhou cinco prêmios BRIT Awards, quatro MTV Video Music Awards, um MOJO Awards, três UK Music Video Awards e, em particular, ela recebeu, em 2010, o Polar Music Prize da Royal Swedish Academy of Music, em reconhecimento por sua "música profundamente pessoal e letras de músicas, seus arranjos precisos e sua voz única".[5]
Além disso, Björk foi indicada para 13 prêmios Grammy, um Oscar e dois Globos de Ouro. Por sua atuação em Dançando no Escuro, filme vencedor da Palma de Ouro, Björk ganhou o Prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes de 2000.[6] Ela foi classificada na trigésima sexta no VH1's "As 100 Maiores Mulheres do Rock and Roll" [7] e oitava posição na MTV "22 Melhores Vozes na Música""
Cante Alentejano - Património Imaterial da Humanidade
"O cante alentejano é um género musical tradicional do Alentejo, Portugal. O cante nunca foi a única expressão de música tradicional no Alentejo, sendo aliás mais próprio do Baixo Alentejo que do Alto. Com o cante coexistiram sempre formas instrumentais de música com adaptação de peças entre os géneros. A 27 de Novembro de 2014, durante a reunião do Comité em Paris, a UNESCO considerou o cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.[1] É um canto coral, em que alternam um ponto a sós e um coro, havendo um alto preenchendo as pausas e rematando as estrofes. O canto começa invariavelmente com um ponto dando a deixa, cedendo o lugar ao alto e logo intervindo o coro em que participam também o ponto e o alto. Terminadas as estrofes, pode o ponto recomeçar com um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de estrofes. Este ciclo repete-se o número de vezes que os participantes desejarem. Esta característica repetitiva, assim como o andamento lento e a abundância de pausas contribuem para a natureza monótona do cante. "
"José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de agosto de 1929 — Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico. (…) Entre 1958 e 1959 é professor de Francês e de História, na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça. Apesar das exigências da sua profissão, não esqueceu as suas ligações a Coimbra, onde gravou o seu primeiro disco, em 1958.[2] Foi influenciado pelas correntes de mudança que se faziam sentir naquela localidade, e pelo convívio com figuras como António Portugal, Flávio Rodrigues da Silva, Manuel Alegre, Louzâ Henriques, e Adriano Correia de Oliveira, que marcou especialmente a sua obra Coimbrã. Participa, frequentemente em festas populares e canta em colectividades, lançando, em 1960, o seu quarto disco, Balada do Outono. Em 1962 segue atentamente a crise académica de Lisboa, convive, em Faro, com Luiza Neto Jorge, António Barahona, António Ramos Rosa. Começa a namorar com Zélia, natural da Fuzeta, com quem virá a casar. Segue-se uma nova digressão em Angola, com a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, no mesmo ano em que vê editado o álbum Coimbra Orfeon of Portugal. Nesse disco José Afonso rompe com o acompanhamento das guitarras de Coimbra, fazendo-se acompanhar, nas canções Minha Mãe e Balada Aleixo, pelas violas de José Niza e Durval Moreirinhas (1937-2017). Segue-se um período de 6 anos, 1962 a 1968 em que Zeca inicia o seu período musicalmente mais rico, criando as primeiras músicas de intervenção. É nesse período que conhece o seu amigo e guitarrista, um jovem estudante de Medicina -Rui Pato - com quem grava 49 temas e percorre todo o país em dezenas de espectáculos em colectividades operárias, associações de estudantes, cineclubes, por toda a parte onde era chamado para utilizar a sua canção como arma contra a ditadura salazarista. Durante esse período, sempre delegou o acompanhamento e os arranjos das suas músicas a Rui Pato. (…)"
"Sérgio de Barros Godinho mais conhecido por Sérgio Godinho[1] OL (Porto, 31 de Agosto de 1945) é um poeta, compositor, intérprete e, também actor português. Como autor, compositor e cantor, personifica perfeitamente a sua música “O Homem dos Sete Instrumentos”. Multifacetado, representou já em filmes, séries televisivas e peças teatrais. A dramaturgia surge com a assinatura de algumas peças de teatro assumindo-se também como realizador. Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. A mãe e o tio tinham tido formação musical, o que o influenciou em criança, e o pai era, na descrição de Sérgio Godinho, um melómano; cedo se habitou a ouvir música, sobretudo francesa e anglo-saxónica. Com apenas 20 anos de idade, Sérgio Godinho deixou a licenciatura em Economia e partiu para o estrangeiro. O primeiro destino foi a Suíça, onde estudou Psicologia durante dois anos; nessa altura teve entre os seus professores Jean Piaget. A seguir, mudou-se para França, vivendo o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte, integrou a produção francesa do musical "Hair", onde se manteve por dois anos. Em Paris, privou com outros músicos portugueses, como Luís Cília e José Mário Branco. Sérgio Godinho ensaiava então as suas primeiras composições, na altura em francês. Em 1971 participou no álbum de estreia a solo de José Mário Branco, intitulado Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, como músico e como autor de quatro das letras. Em 1971 fez a sua estreia discográfica com a edição do E.P. Romance de Um Dia na Estrada, a que se segue, o seu primeiro L.P., Os Sobreviventes. Três dias após a sua edição, o disco foi interditado, depois autorizado, e depois novamente proibido. Não obstante, o disco foi eleito «Melhor disco do ano» e Godinho recebeu o prémio da Imprensa para «Melhor autor do ano». (…)"
Cantigas de Amigo - Trovadorismo Galaico Português
"Na lírica medieval galego-portuguesa uma cantiga de amigo é uma composição breve e singela posta na voz de uma mulher apaixonada. Devem o seu nome ao facto de que na maior parte delas aparece a palavra amigo, com o sentido de pretendente, amante, esposo. As cantigas de amigo procedem de uma reelaboração culta da lírica popular anterior nobre. São, portanto, de origem autóctone plural, a partir do contacto da lírica pré-trovadoresca popular, já reelaborada nas cortes, com a lírica cortesã occitana (a cançó). A primeira contribuiu com o feminismo, o paralelismo e o refrão e a segunda com o formalismo. Ainda que todos os poetas medievais fossem homens, utilizavam o ponto de vista feminino nas cantigas de amigo, que têm como tema o erotismo feminino e os conflitos resultantes da ausência do 'amigo'. Caracterizam-se formalmente pela repetição (paralelismo, leixa-pren e refrão).
Manuscrito das cantigas de amigo de Martín Codax O tema fundamental é o sofrimento por amor (às vezes, a morte por amor), motivado normalmente pela ausência do 'amigo'. Às vezes apresentam-se formas em que se engana à mãe vigilante, ou se mostra alegria no regresso do amigo e outras ciúmes ou ansiedade. A voz poética é a de uma jovem que relata as suas vivências amorosas, ora num monólogo, ora num diálogo com suas amigas, irmãs ou inclusive com a mãe. Os estados de ânimo são diversos e incluem a alegria pela chegada do amigo, a tristeza pela sua ausência ou a ansiedade pelo seu regresso, o desejo de vingança, ciúmes, etc. Os ambientes nos qual decorrem são o campo, o mar ou a casa: a fonte, aonde foram procurar água ou lavar o cabelo, o rio ou a peregrinação. As personagens que intervêm são: A amiga, que é com frequência a voz poética. Por vezes é ingénua, outras narcisista, outras comporta-se de maneira esquiva ou é vingativa. A mãe, que representa geralmente o código social proibitivo. Confidentes: a mãe, uma amiga, a irmã, outras noivas, a natureza (as flores, as ondas do mar), etc. O amigo, frequentemente ausente."
Vejo que há aqui malta a recordar coisas que já estavam enterradas na minha memória :) . Ouvir Royksopp fez-me lembrar um videoclip de música que eu via com muita regularidade nos canais de música (VH1, MTV ou MCM, não sei em qual destes três) e que consistia num mundo feito em imagens 3D em que tudo o que era objeto era representado pela sua palavra correspondente. Isto é, se havia um automóvel, em vez do automóvel eram as letras "CAR" que o formavam. Será que alguém se lembra disso?
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Meus estimados, aqui atrasado, relembrei um tal de António Prieto, um afamado cantor que protagonizou um filme de grande sucesso, à data, sendo que naquela época estava em voga a indústria cinematográfica explorar este filão. E por que não relembrar aqui alguns actores que "fizeram uma perninha" pela indústria musical, conciliando ambas actividades?
Sendo certo e sabido que poderia aqui citar dezenas de exemplos, a esmagadora maioria contemporâneos da geração que por aqui ciranda, vou aqui focar apenas cinco, das décadas de 70 e 80, se bem que um já bem entrado nos 90. Vejam lá se conheciam esta sua faceta?