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  1.  # 1

    Uma vez que este tema tem sido debatido a miúde em vários tópicos, decidi criar este para concentrar as opiniões de todos os que quiserem contribuir, numa base construtiva!

    A visão da Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores:
    COVID-19 - A APPC fez recentemente uma consulta às empresas associadas sobre o impacto do COVID-19, ao qual responderam 25% das empresas associadas.
    • 83% das empresas consideram que a capacidade operacional se vai reduzir, sendo que 48% das empresas admitem que se reduza mais de 25%
    • 78% do seu pessoal encontra-se em regime de teletrabalho, 20% mantêm-se no seu local habitual de trabalho e 2% encontra-se em baixa médica ou em apoio aos filhos
    • 64% das empresas prevê um impacto negativo avaliado em mais de 25% do volume de negócios, aumentando esse número para 94% quando avaliado um decréscimo superior a 10%
    • Já no que respeita à dinâmica comercial, 89% das empresas sentem abrandamento, sendo que 71% consideram esse abrandamento superior a 25%
    • As empresas receiam atrasos de pagamentos, sobretudo por parte de clientes privados


    A visão da Out of the Box - Real Estate & Finance

    O sector da mediação imobiliária em Portugal, previsivelmente, está já a sofrer as consequências de uma paragem forçada decorrente das medidas impostas pelo Governo Português. Segundo um inquérito realizado por Out of the Box a 792 profissionais do mercado, 93% dos inquiridos reconhecem terem sentido uma redução no número de potenciais compradores.

    Também as angariações caíram bastante com quase 80% dos inquiridos a mencionarem uma quebra no número de clientes potencialmente interessados em vender as suas casas. É pois uma travagem a fundo no mercado, quer do lado comprador como do lado vendedor.

    No entanto, relativamente aos processos já em curso, quase 70% dos agentes do mercado referiram não terem sentido alterações relativamente a clientes já angariados. Ou seja, na maior parte dos casos, os clientes não desistiram de vender as suas casas. Do lado comprador, o cenário é bem diferente. Quase 50% dos agentes reconhecem terem tido desistências de potenciais transacções, com os clientes compradores a perderem interesse em negócios.

    Quanto a negócios já prometidos, ou seja, com contratos promessa de compra e venda já assinados, a maior parte deles mantém-se. Apenas em 21% dos casos os mediadores imobiliários referiram terem tido clientes com contratos assinados e que desistiram dos negócios.

    Visitas e novas angariações caem
    Quase 65% dos mediadores inquiridos reconhecem que, nas últimas duas semanas, pararam com visitas a imóveis e novas angariações. Nalguns casos, as angariações ainda se mantêm. Visitas? Só a casas devolutas. “Os clientes não querem”, referem alguns agentes.

    Na realidade, sendo a mediação imobiliária uma actividade relacional, de contacto humano, a quarentena obrigatória actual impossibilita a continuação de visitas e angariações, na esmagadora maioria dos casos. Mesmo os agentes que referiram ter tido um aumento de clientes interessados em comprar ou vender uma casa, reconhecem ter grandes dificuldades em realizar visitas. Mais de 70% dos agentes que tiveram um aumento no número de clientes vendedores referem que não fazem visitas. Do lado comprador, o valor baixa para 50%.

    Ou seja, mesmo que alguns agentes consigam manter alguma actividade de angariação – seja de imóveis para venda, seja de clientes compradores – a realidade mostra que têm tido já muitas dificuldades em realizar visitas aos imóveis. E sem uma visita, dificilmente se conseguirá concretizar uma transacção.

    Os resultados do inquérito estão disponíveis neste link.

    Bons negócios (imobiliários)!

    A visão da AICCOPN e AECOPS

    Covid-19: Construção prevê impacto direto de 493 milhões e pede apoios temporários
    As associações do setor da construção estimam que num cenário de paragem de obras a queda do volume de negócios destas empresas atingiria 1,77 mil milhões de euros. Pedem medidas extraordinárias, como a suspensão, por dois meses, das obrigações fiscais e contributivas.
    As duas associações do setor da construção - AICCOPN e AECOPS - alertaram esta quarta-feira para os "pesados impactos" da crise gerada pelo surto do novo coronavírus nas empresas que representam, frisando que "qualquer paragem da atividade gera um efeito imediato de suspensão dos pagamentos".


    Em comunicado, lembram que as empresas do setor não têm stocks para venda durante o período de crise, nem existe a possibilidade de colocar os trabalhadores em regime de teletrabalho "pelo que, o efeito na tesouraria deste tecido empresarial é uma realidade incontornável e muito significativa".

    Numa primeira estimativa, apontam, tendo por referência os dados relativos ao mês de março de 2019, a paralisação da atividade geraria uma redução de 1,77 mil milhões de euros no volume de negócios, mantendo-se uma despesa mensal a suportar de 435 milhões de euros, relativos aos encargos com salários e remunerações dos 306 mil trabalhadores atualmente registados ao serviço das empresas de construção. A esse montante haverá ainda que acrescer 58 milhões de euros de encargos mensais de financiamento destas empresas junto do setor financeiro.



    Ou seja, "num cenário de suspensão das obras, a tesouraria das empresas de construção sofre um impacto direto estimado em 493 milhões de euros, gerando uma crise de liquidez imediata, com impacto transversal que seria um verdadeiro desastre económico e social", afirmam.



    As duas associações reclamam assim que sejam implementadas medidas imediatas, orientadas para a gestão de tesouraria e de recursos humanos, como o acesso "sem burocracias e regras desnecessárias" às linhas de crédito Covid-19 e ao regime de lay-off simplificado, a suspensão, por dois meses, das obrigações fiscais e contributivas "como, no imediato, o pagamento do IVA e contribuições para a Segurança Social".


    Pedem ainda o estabelecimento de uma moratória, por um prazo de três meses, das dívidas das empresas à banca, no âmbito dos contratos de crédito em curso, o pagamento imediato a todos os fornecedores do Estado, independentemente dos prazos de pagamento contratualmente definidos e o adiantamento do pagamento pelos donos de obra pública de parte ou da totalidade dos trabalhos não executados.


    O setor da construção e do imobiliário, frisam, é responsável por mais de 600 mil trabalhadores.

    Está dado o pontapé de saída! :)
    Concordam com este comentário: jorgealves
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, jorgealves, ADROatelier, FabCardoso, Luis Santos Duarte
  2.  # 2

    Colocado por: RUIOLIEstá dado o pontapé de saída! :)


    Este tópico também pode servir para sugestões para ultrapassar o pós COVID 19. Partilho algumas sugestões:
    - As entidades licenciadoras acelerarem os processos de decisão dos licenciamentos, nem que tenham de admitir mais técnicos ou aplicar o verdadeiro espirito da comunicação prévia;

    - Baixar o IVA dos materiais de construção, por exemplo para 6%;

    - Não acabar com o regime dos vistos gold;

    - Rever os códigos da construção, fazer algo mais organizado como têm os nossos vizinhos espanhóis...

    Venham daí os vossos contributos!
  3.  # 3

    Colocado por: RUIOLI- Baixar o IVA dos materiais de construção, por exemplo para 6%;

    NÃO estou a ver o governo depois disto ir baixar impostos...
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, eu, sergyio, SMBS, jorgealves, lumpre
  4.  # 4

    Colocado por: fernandoFerreiraNÃO estou a ver o governo depois disto ir baixar impostos...


    Seria algo temporário, por exemplo 1 ano, para dar um boost e não deixar estes setores caírem a pique... se não deixar de ganhar algum dinheiro aqui na redução de IVA, vai gastar em subsidio de desemprego e na não arrecadação de receita de IVA, IMI, IMT, IS, IRC, etc. Não sei onde perderá mais... como disse o outro, é fazer a conta.
  5.  # 5

    A solução disto não é mais construção, pelo contrario, teremos agora um excesso e muita especulação..... face o que se passou nos últimos anos, é voltar a fixar o turismo para cá.... mas não vai ser fácil, pois lá fora também estarão com problemas económicos e não vai estar tempo para férias.
    Mas sinceramente não sei... acho que ninguém sabe ainda.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, TicMic, desofiapedro
  6.  # 6

    Vai voltar o tempo das obras públicas..
  7.  # 7

    Colocado por: Pedro BarradasA solução disto não é mais construção, pelo contrario, termeos agora um excesso e muita especulação....


    acredito que mais ano ou menos ano a construção de habitações novas vai ter um peso marginal neste sector e a maioria será a reabilitação e a reconstrução. Somos cada vez menos e as casas são cada vez mais e como uma qualidade de construção maior. Eu não queria nem dadas as casas dos meus avós, era tudo para deitar abaixo. Os meus filhos se calhar já não se importam de ficar com a casa dos avós deles.
  8.  # 8

    Colocado por: RicardoPortoVai voltar o tempo das obras públicas..

    sim , concerteza vai ter de ser... mas não vai ser já... Mais para a frente. tomara eles darem conta do que ainda es´ta a decorrer.
    Concordam com este comentário: jg103
  9.  # 9

    Colocado por: pauloagsantosEu não queria nem dadas as casas dos meus avós, era tudo para deitar abaixo

    Depende... não generalizemos.
    Tenho recuperado belíssimas casas de avós, bisavós, tretavos de outrem e ficam espectaculares e melhores termicamente acustica que muita nova. Pena isso ´so ser valorizado , na maior parte das vezes por aqueles que vêm de fora.



    Colocado por: pauloagsantosSomos cada vez menos e as casas são cada vez mais e como uma qualidade de construção maior.

    Por acaso ultimamtne so tenho visto abortos.. Os cir´terios de projecto são muiiito maiores, mas a mão de obra, é cada vez pior. e tudo caro.

    Colocado por: pauloagsantosOs meus filhos se calhar já não se importam de ficar com a casa dos avós deles.

    Vamos ver... em principio terá mesmo que ser... não terão grandes alternativas...
  10.  # 10

    eu cá apostava na demolição, mas não era de certeza em grande maioria das tais casas dos avos.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
  11.  # 11

    Colocado por: Pedro Barradas
    sim , concerteza vai ter de ser... mas não vai ser já... Mais para a frente. tomara eles darem conta do que ainda es´ta a decorrer.


    Com retorno na economia de 0,90€ por cada 1€ investido é do mais sustentavel para por isto a mexer

    E a crise senso global vai voltar muita gente..

    Eles já hoje falaram do Montijo ser para avançar

    Pena não se aproveitar isto tudo parado para fazer um reset e repensar tudo o que é políticas públicas
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
  12.  # 12

    Colocado por: RicardoPortoVai voltar o tempo das obras públicas..


    com que dinheiro? a divida publica já vai aumentar para o estado manter a economia em standby, duvida que exista margem para se endividar ainda mais para lançar um programa de obras publicas para puxar pela enconomia.
  13.  # 13

    Colocado por: JoelM

    eu acho que o turismo vai ser provavelmente o primeiro a arrancar... o pessoal já está ficar maluco com ter de ficar em casa, assim que começarem a abrir os aeroportos, vai ser ver o pessoal com dinheiro a ir todo de férias... (pelo menos é o que sinto por cá)


    Por acaso li à dias um artigo sobre o turismo em Portugal após a crise. Pode ser o país a beneficiar após isto passar.
    Poderá desviar turismo de Espanha, França e Itália por causa do perigo de contágio, etc. nesses países.

    A nível pessoal, não acredito que mesmo com a abertura dos aeroportos se veja um grande fluxo de turistas. Até mesmo após isto do Covid-19 ter abrandado.
    Acho que as prioridades vão ser outras.

    A maior parte das famílias juntam ao longo de um ano (ou meio ano?) para irem de férias. Quantas não tiveram já que usar essas poupanças para viver neste momento de crise?

    A maior parte do turismo e investimento (estrangeiro), em Portugal, é proveniente aqui do UK. E por aqui as coisas estão bem piores do que em Portugal.

    Estudo calcula redução de 13% do PIB no Reino Unido em 2020

    https://www.noticiasaominuto.com/economia/1456794/estudo-calcula-reducao-de-13-do-pib-no-reino-unido-em-2020
  14.  # 14

    Uma coisa não há dúvida, muito do futuro da construção e imobiliário, vai depender do que se passar no turismo e conexos, mas até o turismo arrancar, há que manter estes setores ligados aos ventiladores, porque descobrir a vacina ou a cura depois do doente morrer, para ele já não resulta...
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  15.  # 15

    Tb não estou com fé no Turismo.

    Quanto tivermos uma vacina, então sim, até lá, vamos ter um dia a dia com constragimentos e um deles será as fronteiras fechadas com periodos de quarentena para quem vier de fora. Só assim se vai controlar a pandemia sem uma vacina.
    Concordam com este comentário: RUIOLI
  16.  # 16

  17.  # 17

    Só uma dúvida, as imobiliárias e os construtores, que andaram (no mínimo) nos últimos 5 anos a viver tempos de vacas gordas, com a especulação altíssima, não guardaram nada?
    Ainda nem a crise começou e já estão falidos? A história está mal contada, não se podem vitimizar.
    • MVA
    • 15 abril 2020

     # 18

    Colocado por: ANdieselSó uma dúvida, as imobiliárias e os construtores, que andaram (no mínimo) nos últimos 5 anos a viver tempos de vacas gordas, com a especulação altíssima, não guardaram nada?
    Ainda nem a crise começou e já estão falidos? A história está mal contada, não se podem vitimizar.


    Não é sempre assim? As PMEs nunca têm fundo de maneio.
    O que poupam é sempre canalizado para impostos e investimento futuro.
  18.  # 19

    ANdiesel

    por acaso também estou impressionado, em apenas um mês, ficou logo tudo arrasca, grandes pequenos etc.…, acho que há e sempre houve muito oportunismo, muita pedincha, muita mama, muito pedincha por colinho do estado mas sempre contra o estado e pagar impostos.

    não estou a generalizar mas uma grande percentagem é e vai sempre a querer mamar.
    folgo aquelas empresas que estão desde já a dar a volta a reinventarem-se
    Concordam com este comentário: ANdiesel, Vítor Magalhães
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rsvaluminio
  19.  # 20

    Colocado por: ANdieselSó uma dúvida, as imobiliárias e os construtores, que andaram (no mínimo) nos últimos 5 anos a viver tempos de vacas gordas, com a especulação altíssima, não guardaram nada?
    Ainda nem a crise começou e já estão falidos? A história está mal contada, não se podem vitimizar.

    Quando não se percebe nada do assuntos, dizem-estas coisas, enfim.
    Um promotor imobiliário pode ter ganho 100 milhões nos últimos anos, mas com esses 100 milhões e com mais 200 milhões que pediu ao banco, tem em construção 300 milhões, se não vender, vai ter que entregar tudo ao banco.
    Quanto às imobiliárias, uma pequena percentagem ganhou e tem muito dinheiro, a maioria vai passar fome.
 
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