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  1.  # 1

  2.  # 2

    Neste caso, penso que sim.
  3.  # 3

    Boas


    Há dois tipos de muros: os politicamente incorrectos e os politicamente "correctos". Estes últimos parecem de boa saúde e não merecem o mesmo tipo de repúdio o que até se compreende: são muros "democráticos".

    Aqui

    A fronteira entre México e Estados Unidos tem 3,2 mil quilômetros. O governo americano construiu um muro de metal em um terço de sua extensão.
    Centenas de famílias ficaram separadas pelo muro que atualmente praticamente impede o contato entre os dois lados.
    Em alguns pontos da fronteira, além do muro há três cercas de arame que impedem qualquer tipo de contato entre os dois lados. Com a altura média de 4 ou 5 metros, o muro tem sido equipado recentemente com uma série de dispositivos tecnológicos como detectores infravermelhos, câmeras, radares, torres de controle e sensores de terra para controle mais eficiente da fronteira.


    E aqui

    Em 2002, o governo israelita iniciou a construção da barreira de separação entre Israel e Cisjordânia, alegando como objectivo a protecção de seus cidadãos de ataques palestinianos.
    O que para Israel é uma “parede de segurança” é interpretado do lado palestino como um “muro de apartheid”.
    A barreira divisória é ilegal segundo a legislação internacional.

    E aqui também

    O governo do estado do Rio de Janeiro está construindo desde o começo do ano vários muros ao redor de algumas das favelas e bairros pobres que crescem nos morros da cidade. No total, 13 favelas ficariam rodeadas pelos muros.
    Para alguns críticos, os muros do Rio de Janeiro teriam o objetivo de separar as partes mais pobres da sociedade das mais ricas no que contaria como um "apartheid" social.


    cumps
    José Cardoso
  4.  # 4

    Fixe, entramos no politicamente incorrecto.

    Eu morei em Berlim Leste entre 1993 e 1999 e a opinião prevalecente daquela gente toda, é que o muro nunca devia ter caído, devia era ter crescido 2 metros. As manifestações de Leipzig nunca pediram a queda do muro, mas reformas. O que se passou a seguir foi um aproveitamento politico. O governo do Oeste oferecia 100 Marcos a todos os que atravessassem a fronteira e visitasse o Oeste de forma a criar um movimento de pessoas que tornas-se a coisa irreversível.

    Como eles diziam, tinham emprego, tinham casa, tinham educação e tinham saúde. Perderam o que tinham em troca de quê? bens materiais que só podiam admirar em montras ?

    A minha filha nasceu num hospital de leste onde a minha mulher passou vários meses e só tenho a dizer bem daquele sistema de saúde e de apoio à família.

    PS: Não sou de esquerda nem perto disso
  5.  # 5

    A questão será mesmo o muro, por um lado concordo com a existência da utopia socialista que como diz Paulo Correia funcionava em vários aspectos, agora há a questão da liberdade de quem não queria esse sistema, é complicado juntar estas duas situações.
  6.  # 6

    Isto cá em Portugal era impossível.
    Só o tempo que a CM Lisboa demorava a emitir a licença de construção.
    Depois a obra ficava parada não sei quanto tempo porque foi entregue directamente à mota engil e os outros empreiteiros puseram uma acção em tribunal para parar tudo.
    Quando a coisa é desbloqueada, vem o sá fernandes embargar a obra porque ficou traumatizado com o túnel do marquês.
    4 milhões de euros depois, inicia-se a obra, mas sofre constantes derrapagens até não haver dinheiro.
    Entretanto há um acidente em que não houve mortos nem feridos graves, mas a obra tem de ficar parada até se saber o que aconteceu.
    Finalmente, 20 anos depois o muro está de pé, mas entretanto já não existe divisão e portanto pode vir abaixo.
    • eu
    • 10 novembro 2009

     # 7

    Colocado por: Fernando GabrielA questão será mesmo o muro, por um lado concordo com a existência da utopia socialista que como diz Paulo Correia funcionava em vários aspectos, agora há a questão da liberdade de quem não queria esse sistema, é complicado juntar estas duas situações.


    Como disse a embaixadora da Polónia num programa de Tv esta semana: "felizmente, agora, as pessoas descontentes com o sistema democrático têm a liberdade de viajar para um País comunista e viver lá".
    • eu
    • 10 novembro 2009 editado

     # 8

    Colocado por: PauloCorreiaFixe, entramos no politicamente incorrecto.

    Eu morei em Berlim Leste entre 1993 e 1999 e a opinião prevalecente daquela gente toda, é que o muro nunca devia ter caído, devia era ter crescido 2 metros. As manifestações de Leipzig nunca pediram a queda do muro, mas reformas. O que se passou a seguir foi um aproveitamento politico. O governo do Oeste oferecia 100 Marcos a todos os que atravessassem a fronteira e visitasse o Oeste de forma a criar um movimento de pessoas que tornas-se a coisa irreversível.

    Como eles diziam, tinham emprego, tinham casa, tinham educação e tinham saúde. Perderam o que tinham em troca de quê? bens materiais que só podiam admirar em montras ?

    A minha filha nasceu num hospital de leste onde a minha mulher passou vários meses e só tenho a dizer bem daquele sistema de saúde e de apoio à família.

    PS: Não sou de esquerda nem perto disso


    Caro Paulo Correia, de facto algumas pessoas têm saudades do sistema anterior. Mas são uma minoria. A grande maioria (cerca de 75%) prefere o sistema actual.

    O sistema democrático liberal tende a beneficiar o darwinismo social, ou seja, beneficiar os mais aptos. Portanto é natural que os menos aptos prefiram o sistema anterior, que nivela todos. Por baixo, claro.
  7.  # 9

    Cuidado, isso é como dizermos que todos gostamos do sistema republicano, mas a verdade é que ninguém faz a pergunta. Sabe, eu não tenho qualquer saudade, até porque nunca o conheci, mas dai a dizer que gosto da trapalhada em que vivemos, vai um grande passo. As primeiras parvoíces republicanas produziram os regimes totalitários que sabemos e a continuar assim, não sei o que esta segunda série vai produzir, porque dentro de pouco estamos falidos e foi a falência do sistema que produziu o que deu origem aquele muro.

    E sinceramente, ter a liberdade de apenas poder dizer que sim, não é diferente de estar proibido de dizer não.

    E não me compreenda mal, não defendo regimes +/- totalitários. Já fui despedido 3 vezes, duas das quais na mesma empresa. Não me está a ver a viver num sistema sem liberdade nem que seja intelectual?
  8.  # 10

    Boas

    O sistema democrático liberal tende a beneficiar o darwinismo social, ou seja, beneficiar os mais aptos.

    Agora compreendo como Bush (filho) chegou onde chegou: era o mais apto. Seguindo o mesmo raciocínio, José Sócrates deve ter aptidão aos montes. Já agora, ouviu falar do excepcionalmente apto Bernard Madoff? Ou do inefável Sílvio Berllusconi?

    Portanto é natural que os menos aptos prefiram o sistema anterior, que nivela todos. Por baixo, claro.


    PS: E sobre os "muros democráticos", nada?

    José Cardoso
    • eu
    • 10 novembro 2009

     # 11

    Colocado por: PauloCorreiaCuidado, isso é como dizermos que todos gostamos do sistema republicano, mas a verdade é que ninguém faz a pergunta.


    A grande vantagem é que em democracia, as pessoas têm a liberdade de votar nos partidos com ideologias marxistas. Se a maior parte das pessoas quiser voltar ao sistema anterior, basta expressar essa vontade de forma democrática nas eleições. Mas pelos resultados eleitorais, vê-se claramente que, ao contrário do que muitos escrevem, a maioria das pessoas não quer voltar ao sistema marxista.
  9.  # 12

    Li há pouco tempo um livro extraordinário: Se isto é um homem do Primo Levi sobre a vida no campo de concentração. Ele defende precisamente o contrário, os que sobrevivem são os piores
  10.  # 13

    Colocado por: eua maioria das pessoas não quer voltar ao sistema marxista.

    Mas alguém falou em marxismo? antes a monarquia

    Um monárquico têm a vida toda para roubar, pelo que vai roubando devagarinho
    Um republicano só tem 4 anos, pelo que é melhor despachar-se

    donde, um sistema monárquico é melhor para o povo contribuinte que um republicano
    • eu
    • 10 novembro 2009

     # 14

    Colocado por: j cardosoAgora compreendo como Bush (filho) chegou onde chegou: era o mais apto. Seguindo o mesmo raciocínio, José Sócrates deve ter aptidão aos montes. Já agora, ouviu falar do excepcionalmente apto Bernard Madoff? Ou do inefável Sílvio Berllusconi?
    Quando estava a falar no darwinismo social, não me estava a referir aos líderes, mas sim às pessoas comuns. O sistema liberal tende a premiar os mais aptos.

    Quanto aos líderes políticos/económicos, é óbvio que nem sempre são os melhores (não confundir com mais aptos) mas sim aqueles que melhor servem os interesses obscuros de uma minoria poderosa. Isso é infelizmente inevitável... em qualquer sistema.


    PS: E sobre os "muros democráticos", nada?


    A minha opinião sobre esses muros é semelhante à sua: são uma vergonha! E ainda por cima não resolvem problema nenhum, pois são facilmente transpostos.
    • eu
    • 10 novembro 2009 editado

     # 15

    Colocado por: PauloCorreiaLi há pouco tempo um livro extraordinário: Se isto é um homem do Primo Levi sobre a vida no campo de concentração. Ele defende precisamente o contrário, os que sobrevivem são os piores


    Atenção que "ser mais apto" não é necessariamente "ser melhor". Ser mais apto é adaptar os comportamentos ao contexto de forma a obter o máximo benefício.

    Por exemplo, em Portugal, o construtor mais apto é aquele que foge ao fisco, paga salários de miséria e aldraba os clientes e fornecedores ;) (é um exemplo radical mas ilustrativo) ;) (atenção aos smiles)

    Quanto ao político mais apto... bem... vocês facilmente traçam o perfil ;)
  11.  # 16

    A política exige homens de moral elevada. Mas não tem nada que os atraia.
    •  
      MRui
    • 10 novembro 2009

     # 17

    É só muros a cair, parece que já não se fazem muros como antigamente!

    A culpa da queda do muro de berlim é do empreiteiro Brás das Neves porque não seguiu o projecto do Eng. Carlos Marques?

    Qual a diferença entre um muro anti-democrático e um muro democrático? É mais no ferro ou no betão?

    O muro de contentores de alcântara vai ser mais resistente que o muro de berlim?

    O Jorge Coelho é um político apto ou é só beneficiado?
    • eu
    • 10 novembro 2009

     # 18

    Colocado por: MRuiO Jorge Coelho é um político apto ou é só beneficiado?


    Esse é bem apto ! ;)
    • JCC
    • 10 novembro 2009

     # 19

    E há os inaptos... o meu caso na tropa...

    isto vai descambar para a filosofia...

    O meu posicionamento é tendencialmente "liberal" quer económicamente quer socialmente, mas não me consigo catalogar nas correntes actuais.

    Quanto à liberdade aos regimes e sistemas políticos, é um bocado complicado quando não há escolha ou alternativas, mesmo que eu tenha "livre-arbítrio".

    Eu voto....mas de uns anos para cá continua tudo na mesma....
 
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