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  1.  # 461

    E não resolvia o problema aos que têm rendimentos mais baixos (e que normalmente têm mais filhos) porque esses já nem pagam IRS.
    Concordam com este comentário: rjmsilva
    • eu
    • 19 maio 2022 editado

     # 462

    Portanto, como uma solução não é perfeita nem resolve todos os problemas, é para esquecer.

    O melhor é a classe média suportar tudo: suporta os que têm rendimentos mais baixos, suporta os seus próprios filhos, e suporta todos os serviços públicos.

    Classe média em Portugal = Escravos.
    Concordam com este comentário: NTORION
    • eu
    • 19 maio 2022

     # 463

    Colocado por: rjmsilvaE os casais que não podem ser filhos iam ser penalizados.

    Penalizados são aqueles que têm que criar os jovens que serão o futuro do País, com todas as despesas inerentes.
  2.  # 464

    Colocado por: CarvaiNão faço ideia se existe alguma estatística sobre isso, mas a perceção que tive toda a vida é que os mais pobres sempre tiveram mais filhos.

    Exatamente. Quanto mais rico o país e quanto mais formadas são as pessoas menor é a natalidade.

    Só não vê quem quer. O estilo de vida moderno que todos ou quase todos anseiam - muitos estudos, bons empregos, carreiras, viagens, sair à noite, não ter chatices - não se coaduna com ter bébés.
  3.  # 465

    Colocado por: eu
    Penalizados são aqueles que têm que criar os jovens que serão o futuro do País, com todas as despesas inerentes.


    Ninguém é obrigado a ter filhos. Quem os quer ter, que os sustente.
  4.  # 466

    Colocado por: HAL_9000Seria importante haver políticas pró-natalidade que não há de todo.

    Não sei que políticas poderiam ser essas. Se olharmos para o histórico de natalidade no nosso país (ou noutro qualquer país desenvolvido), talvez tenhamos a resposta para que nasçam mais bébés: tornar as pessoas pobres, agricultoras de subsistência, no limiar da fome, sem cuidados de saúde e com elevada mortalidade infantil.
    • eu
    • 19 maio 2022 editado

     # 467

    Colocado por: rjmsilvaNinguém é obrigado a ter filhos. Quem os quer ter, que os sustente.

    Acho muito bem.

    Por isso é que em vez de subsídios, defendo redução de IRS, para que as famílias da classe média possam canalizar o fruto do seu trabalho para os seus próprios filhos, em vez de andarem a subsidiar outras pessoas.

    Porque, pior que sustentar os filhos, é sustentar estranhos.
    • eu
    • 19 maio 2022 editado

     # 468

    Colocado por: J.FernandesNão sei que políticas poderiam ser essas. Se olharmos para o histórico de natalidade no nosso país (ou noutro qualquer país desenvolvido), talvez tenhamos a resposta para que nasçam mais bébés: tornar as pessoas pobres, agricultoras de subsistência, no limiar da fome, sem cuidados de saúde e com elevada mortalidade infantil.


    Mesmo dentro dos países desenvolvidos há diferenças enormes que não são explicadas dessa forma.
  5.  # 469

    Colocado por: euPortanto, como uma solução não é perfeita nem resolve todos os problemas, é para esquecer.

    Em Portugal gostamos de complicar. Se as creches e infantários forem gratuitos, os miúdos (ignorando os problemas de saúde) custam mais ou menos o mesmo a todos os pais. Basta pagar aos pais uma percentagem deste valor e estamos a ajudar todos por igual.
    Concordam com este comentário: rjmsilva
  6.  # 470

    As pessoas adiam os filhos, porque primeiro querem ter as condições de vida que consideram necessárias para ter filhos.
    • eu
    • 19 maio 2022 editado

     # 471

    Colocado por: ibytSe as creches e infantários forem gratuitos, os miúdos (ignorando os problemas de saúde) custam mais ou menos o mesmo a todos os pais


    spoiler: as despesas de criar um filho até à idade adulta não são apenas "creches e infantários".

    "pagar aos pais" ? Mais subsídios? E que tal reduzir os impostos a quem trabalha e produz?
    • ibyt
    • 19 maio 2022 editado

     # 472

    Colocado por: euspoiler: as despesas de criar um filho até à idade adulta não são apenas "creches e infantários".

    Leia com atenção o que eu escrevi.
  7.  # 473

    Colocado por: rjmsilvaAs pessoas adiam os filhos, porque primeiro querem ter as condições de vida que consideram necessárias para ter filhos.

    Como já foi explicado isso é treta. As pessoas não querem crianças por vontade própria e perfeitamente legitimas. Muito mais que o dinheiro é preciso vontade e ter de abdicar de conforto pessoal.
    Também não acho que ter muitas crianças resolva o problema da Segurança Social. Tal como já importamos grande parte do que comemos e usamos também cada vez mais iremos importar a mão-de-obra.
    O mundo já tem população a mais estão é mal distribuídos.
  8.  # 474

    Colocado por: euMesmo dentro dos países desenvolvidos há diferenças enormes que não são explicadas dessa forma.

    Eu acho que a diferença das taxas de natalidade desses países agora e há 50 ou 60 anos são exatamente explicadas dessa forma.

    Repare que com a exceção da Irlanda, todos esses países ficam abaixo do limite de renovação natural - 2,1 filhos por mulher em idade fértil - enquanto que há algumas décadas todos ou a maior parte deles ficava acima desse limite.
  9.  # 475

    Colocado por: CarvaiO mundo já tem população a mais estão é mal distribuídos.

    Pois é. A verdade é que há uma contradição insanável entre o discurso da moda, a sustentabilidade, a defesa do planeta, alterações climáticas...e a ideia de que é preciso mais bébés, mais população.
    Concordam com este comentário: eu
  10.  # 476

    Faltam bebés e por ano o SNS paga 15 mil interrupções voluntárias de gravidez.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Carvai
  11.  # 477

    Colocado por: HAL_9000Seria importante haver políticas pró-natalidade que não há de todo.


    A única política que é necessária é baixar o peso enorme da máquina do Estado. Reduzindo assim o sufoco que são estes impostos, deixando o mercado funcionar e que cada um possa decidir o que quer fazer com o que ganha e como o ganha.

    Mesmo que existisse agora um boom de nascimentos em Portugal, o resultado disso para a Seg Social só se veria daqui a 25 anos. São precisos imigrantes. Já há gente que sobra no mundo.

    Você se tivesse uma estabilidade maior, provavelmente não teria filhos na mesma... Porque dá valor a outras coisas nesta fase da vida. Tanto é que os mais pobres não têm nenhum problema em ter muitos...
    Concordam com este comentário: Carvai, eu
    • eu
    • 20 maio 2022

     # 478

    Colocado por: J.FernandesA verdade é que há uma contradição insanável entre o discurso da moda, a sustentabilidade, a defesa do planeta, alterações climáticas...e a ideia de que é preciso mais bébés, mais população.


    Yep.

    É o elefante na sala...
  12.  # 479

    Hall eu pedi horário flexível, desde que o meu filho nasceu a minha vida mudou já são 2 anos e 4 meses sem dormir direito 😅
    Apoio da família é importante, se não consegue mude de área e more perto deles.
    Para finalizar cito o papa que diz que a minha geração prefere ter 1 cão a um filho(ter filhos dá trabalho mas é muito gratificante, neus amigos adiam por conforto meramente e nãose querem comprometer)
    Concordam com este comentário: Casa da Horta
  13.  # 480

    Colocado por: Casa da Hortamas não é descabido sugerir que pense mais nas coisas maravilhosas que tem e relativize as preocupações com o futuro.
    Obrigado pelas palavas Casa da Horta. Apesar de parecer não sou mal agradecido com as oportunidades que tenho, com o que vou conseguindo conquistar. Dava tudo para conseguir ter a sua visão tão positiva perante a vida, como a sua, é sempre uma lufada de ar fresco ler as coisas que escreve.

    O país que temos tem de facto condições excecionais para podermos ter uma excelente qualidade de vida, daí que ainda insista em continuar por cá. Mas é precisamente isso que me chateia, é que com as condições que temos, porquê que temos de ser consistentemente mal geridos? Porque insistimos no erro?

    Mas posso-lhe tentar explicar, porque me revolto muitas vezes:
    Entrei no mercado de trabalho em 2010, com um ordenado decente (1900), mas numa área onde o "Eng" Socrates tinha vindo gradualmente a destruir as margens de rentabilidade, e toda a gente sabe que as primeiras pessoas a pagar a perda de rentabilidade são de uma determinada área são os assalariados, ainda que depois também chegue aos patrões.
    Devido à ótima gestão feita até então, o governo é obrigado a chamar a troica, a crise aprofunda-se, e quando eu iria ficar efetivo, a empresa onde trabalhava, faz uma redução brutal de funcionários, sendo que os primeiros a sair forma os últimos a entrar (eram os mais baratos de despedir).
    Com a "crise" "crise" "crise", as empresas naturalmente têm de fazer pela vida, e todas as ofertas de emprego que ia tendo, representavam sensivelmente metade do ordenado que estava a ganhar antes. Houve uma degradação completa das condições de trabalho para toda a gente que trabalhava na área de farmácia, industria farmacêutica.

    Pois bem decidi emigrar, qualificar-me ainda mais, ganhar dinheiro, aprender. Voltei em 2016, arrisquei o meu dinheiro, consegui financiamento, criei uma empresa, criei emprego. Uma empresa em inicio de vida é massacrada com impostos (só mesmo passando por isso se tem a noção), o estado exigia-me a ter condições no meu laboratório (representam milhares de euros), que eu nunca encontrei em nenhum laboratório do estado, e continuo a não encontrar (o estado tem laboratórios com as mesmas condições que tinha em 1974, mas está tudo bem neste caso).
    Ao fim de 3 anos de stress, preocupações e impostos (é o que me marca mais), decido colocar a empresa em stand by, e voltar aos contratos de trabalho. O ordenado não é mau, mas também não é bom. E é sobretudo instável stressante, exigente. Metade do meu salário vai para o estado, e chateia-me de ver que os impostos que eu pago, e que todos pagamos, são mal aplicados, são mal geridos, são mal distribuídos. Não se planeia o futuro, governa-se na lógica do "logo se vê". O país não cresce economicamente, e ei tenho menos poder de compra hoje que tinha em 2010 no meu primeiro contrato de trabalho.

    No meio disto tudo há planos de vida adiados essencialmente por falta de tempo. Queria mesmo ver isto só pelo lado positivo, mas até ver não tem dado.


    Colocado por: Casa da Horta- tem uma casa de campo, tem espaço
    - tem gosto pela terra
    Esta é a parte da minha vida que mais alegria me dá, e sobretudo paz. Sempre que deixo Lisboa e vou para a terra, sai-me 1 tonelada de cima :).



    Colocado por: Casa da HortaSabe, o que mais lhe desejo, bem a sério, é um "acidente" daqueles que acabam com a nossa mulher grávida. Vai ver como a perspetiva muda tanto. Muda tudo Hal. E também lhe desejo um trator, é verdade.
    Oxalá que esse "acidente" ocorra rápido. Ficaria preocupado com o que viria a seguir, mas sem duvida feliz. Nem me fale no trator, que ando há um ano a convencer a esposa das vantagens de ter um. Ainda agora quando paguei para limpar o terreno, reforcei mesmo muito que o trator seria um ótimo investimento. Mas pronto, há outras prioridades, e os tratores são banhos a ouro.



    Colocado por: rjmsilvaSe o homem não tem dinheiro para um filho, vai ter dinheiro para um trator? :D
    Obrigado rjmsilva, tem sempre comentários construtivos e de levantar o ânimo. A principal razão por detrás da decisão de adiar ter filhos é a falta de tempo e de estabilidade, como você muito bem entendeu. Se bem que é verdade que se eu tivesse muito dinheiro resolvia ambas as questões :).

    Nós só percebemos verdadeiramente as situações quando passamos por elas. Se saio de casa ás 8h da manhã e entro ás 21h, não sobra muito tempo para a família não é?



    Colocado por: euPrincipalmente a nível de IRS.
    Concordo. Mas isso seria só uma das políticas. Mas muito mais haveria de ser feito. O principal problema hoje em dia é que o conceito de horários de trabalho regulados desapareceu. Uma parte muito significativa dos jovens trabalha em horários rotativos, que incluem fins de semana, horários até as 22, 23h, em contratos precários. E acima de tudo a média salarial que aufere não é suficiente para conseguir ter uma vida que não seja simplemente sobreviver.

    Nestas condições, como é possível fazer planos de família?
 
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