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  1.  # 1

    Voltar a preços "do antigamente" (última crise) não creio que aconteça neste seguimento.

    Os próprios aumentos que se têm observado nos índices de construção só neste último ano subiram mais acentuadamente e mesmo assim não ultrapassaram os 7%. Até 2021 os aumentos rondavam os 2~3%.

    Não me parece uma disrupção, sobretudo se assumirmos que parte destes aumentos se devem aos materiais e à instabilidade das cadeias de produção e transporte, fruto das paragens do covid.

    A mão de obra (e mais concretamente, a falta de empreiteiros), também tem sido um factor dos "preços de atirar o barro à parede".
    No entanto, parece que entretanto já viram que essa estratégia não deu em nada. Entretanto malta que "estava ocupada na próxima década", já "conseguem encaixar a obra".

    Caso a inflação continue e se mexam no juros, é muito provável que haja uma quebra de procura, que poderá pressionar a componente "mão de obra".
    Se entretanto as cadeias mundiais forem sendo reestabelecidas, a pressão poderá aliviar na componente "materiais".

    Mas como disseram acima, neste ponto no tempo, pelas mais diversas razões, entregar uma obra para chave-na-mão não parece ser o melhor caminho. Para construção residencial, isto é.
  2.  # 2

    Colocado por: SMBSem Évora custa encontrar alguém nas obras que tenha menos de 55 anos

    Este setor foi talvez o que menos se modernizou nas ultimas décadas.
    Ainda que nos possamos orgulhar de ter uma melhor qualidade construtiva que muitos outros países, somos talvez os que menos evoluímos nos métodos construtivos e na rentabilidade.
    Esse é um preço que vamos pagar muito caro.
    Concordam com este comentário: Bruno@FC
  3.  # 3

    Colocado por: pguilhermeé muito provável que haja uma quebra de procura, que poderá pressionar a componente "mão de obra".

    É garantido que vai haver uma quebra de procura já isso pressionar a componente mão de obra tenho sérias duvidas.
    Existe e vai continuar a existir uma eleva falta de mão de obra.
    A que ainda vai existindo é de muito má qualidade.
    O setor onde vai continuar a haver procura é o da qualidade média alta, isso implica o uso de mão de obra condizente o que implica que o preço a pagar por essa mão de obra não vai baixar.
    A grande maioria dos profissionais começa a ter noção do seu real valor e a ter consciência que se não lhe pagarem aqui o que pretende basta querer sair da sua zona de conforto para ganhar o dobro.
  4.  # 4

    Se existir quebra de procura, irá afectar a oferta. Isso é inegável.

    Digo que afectará a componente "mão de obra" no sentido de "serviço" e "empreiteiros", ao contrário do preço da matéria prima, que não será afectado pela nossa diminuição local de procura de construção.

    Se quem sofrerá mais com isto serão os pequenos e os de "qualidade média alta" continuarão a ter muito trabalho, não me atrevo a conjecturar.
    Mas parece-me pouco provável que sejam os 5~10% dos agregados mais ricos que suportem continuamente todo o mercado em alta.

    Colocado por: zedasilvater consciência que se não lhe pagarem aqui o que pretende basta querer sair da sua zona de conforto para ganhar o dobro

    Está a referir-se a emigração?

    Se assim for, julgo que tal seja verdade para... todo e qualquer sector de actividade económica?
    A nossa economia é comparativamente fraquinha e, seja qual for a linha de trabalho, pode emigrar e ganhar muito mais.
    • DR1982
    • 12 janeiro 2022 editado

     # 5

    Colocado por: zedasilva
    Este setor foi talvez o que menos se modernizou nas ultimas décadas.
    Ainda que nos possamos orgulhar de ter uma melhor qualidade construtiva que muitos outros países, somos talvez os que menos evoluímos nos métodos construtivos e na rentabilidade.
    Esse é um preço que vamos pagar muito caro.
    Talvez a coisa comece por Aqui
      FAE2A784-62AC-465B-91FE-3DC298FD8EB9.jpeg
  5.  # 6

    Colocado por: DR1982E nao foi sempre assim?
    Pelo menos na minha zona as moradias sao feitas pelo manel que tem uma carrinha e 3 ou 4 gatos pingados.
    As grandes empresas sao para grandes obras.

    Se tem uma carrinha e 3 ou 4 gatos pingados já não é mau...as empresas de oportunidades são aquelas que não estão legalizadas ( a maioria fazem biscates), que usam ferramentas do Lidl e que aproveitam esta onda de remodelações particulares ou os serviços subcontratados a metro, tipo pladurs, pinturas, assentamentos, etc que geralmente não têm custos com compra de materiais.... digo eu!
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, Joao Dias
  6.  # 7

    Colocado por: pcgiao
    Se tem uma carrinha e 3 ou 4 gatos pingados já não é mau...as empresas de oportunidades são aquelas que não estão legalizadas ( a maioria fazem biscates), que usam ferramentas do Lidl e que aproveitam esta onda de remodelações particulares ou os serviços subcontratados a metro, tipo pladurs, pinturas, assentamentos, etc que geralmente não têm custos com compra de materiais.... digo eu!
    Concordam com este comentário:Vítor Magalhães

    E são estes que a maioria dos "novos investidores" procuram para dar aquele bump no T2 de 60K que depois vai para o mercado a 150K...

    O "investidor" compra por 60K, escritura por 50K, gasta 10K com o biscateiro (sem IVAS nem nada que se pareça) e vende ou aluga com uma considerável margem de lucro, depois é o empreiteiro na generalidade que lucra à grande e à francesa, os aumentos na verdade só se cifram em % de um digito, etc...
    Existe de tudo, quem se lixa é quem precisa de comprar ou alugar e a m.erda do salário que recebe não chega. É o que temos.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  7.  # 8

    Para os distraídos https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/a-inflacao-na-zona-euro-nao-vai-ser-tao-transitoria-como-esperado-admite-vice-presidente-do-bce

    E já agora não estou a encontrar o link mas Portugal emitiu dívida ontem de não estou em erro ao dobro dos juros q emitiu à 1 ano, o país está a ser apanhado de cuecas na mão. Termina as compras do BCE e vai ser bonito vai...
    Concordam com este comentário: Palmix, pguilherme, NMGS
  8.  # 9

    vamos ter o PS para ajudar a economia :)
  9.  # 10

    Colocado por: pedrorainhoPara os distraídoshttps://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/a-inflacao-na-zona-euro-nao-vai-ser-tao-transitoria-como-esperado-admite-vice-presidente-do-bce

    E já agora não estou a encontrar o link mas Portugal emitiu dívida ontem de não estou em erro ao dobro dos juros q emitiu à 1 ano, o país está a ser apanhado de cuecas na mão. Termina as compras do BCE e vai ser bonito vai...
    Concordam com este comentário:Palmix


    Até o PRR vai ser mandado ao lixo...
    Ela vem aí....outra vez...

    Mas agora vai ser diferente. Vai haver uma pressão inflacionista, que vai impedir que se meta dinheiro na economia.
    O que se vai induzir é a poupança, quebra de consumo. Precisamente o contrário do que foi feito na ultima crise, onde aquilo que se pretendia era a implementação de politicas expansionistas.

    Em todo o caso, será de esperar um plano de apoio aos países mais debilitados, como Portugal...
    Concordam com este comentário: pedrorainho
  10.  # 11

    Quem estava neste setor na ultima crise, já viu este filme, só que agora já sabemos o que pode acontecer... esperemos que não, e que a ser seja algo mais suave.
  11.  # 12

    Não sou muito apologista de esperar por correcções ou alterações de mercado para poder agir, mas tudo aponta estarmos num momento pivotante e, assim sendo, há que ponderar sobre eventuais alterações estratégias a adoptar num futuro breve, sobretudo ao nível de compromissos/financiamento/alavancagem
  12.  # 13

    Colocado por: zedasilvaAs obras acima do 300K 400K são cada vez em maior numero.
    Com a nossa média de ordenados custa-me muito compreender quem está a financiar essas obras. Sempre tive alguns colegas com pais ricos, e outros que fizeram boas escolhas profissionais e até ganham relativamente bem, mas mesmo assim são uma minoria. Se calhar a minha amostra de sociedade está pejada de pés rapados e remediados, e provavelmente uma amostra mais representativa da sociedade tem pessoas com um poder de compra muito mais elevado.
    Concordam com este comentário: JotaP, Apfm
  13.  # 14

    Colocado por: pguilherme
    1. Não sou muito apologista de esperar por correcções ou alterações de mercado para poder agir, mas tudo aponta estarmos num momento pivotante e, assim sendo, há que ponderar sobre eventuais alterações estratégias a adoptar num futuro breve, sobretudo ao nível de compromissos/financiamento/alavancagem


    Mesmo estando a contruir agora, tento fazer uma gestão cautelosa/ racional do investimento, para não ficar descapitalizado quando acabar a obra, convém que sobre alguma coisa para alguma contingência...
    • FT87
    • 14 janeiro 2022

     # 15

    As empresas de cá que procurem e saiam da zona de conforto.
    Basta ir aqui aos vizinhos do lado para encontrar melhor preço e muitas vezes diferenças muito consideráveis.
    Um exemplo simples numa determinada marca de iluminação italiana com representação em Portugal que deu cotação a um colega meu cerca de 120k como saia fora dos valores que ele pretendia começou a procurar outra até que a própria marca se apercebeu interviu e disse lhe para pedir preço a representantes espanhóis qual o espanto quando recebe a cotação para a mesma solução tudo igual por cerca de 75k.
    Ora ele tentou perceber o que se passava e a resposta dos italianos foi o preço é igual para todos os nossos distribuidores a nível mundial mas uns contentam-se com margens de 20% a 30% outros querem mais.
    Depois queixam-se.
    Concordam com este comentário: pedrorainho
  14.  # 16

    Colocado por: FT87Basta ir aqui aos vizinhos do lado para encontrar melhor preço e muitas vezes diferenças muito consideráveis.


    Passo a vida a ver isto...

    Colocado por: FT87contentam-se com margens de 20% a 30% outros querem mais.


    Mais produtividade e menos margens, no final ganham o mesmo ou mais, mas são opções estratégicas das empresas.
  15.  # 17

    Colocado por: RUIOLIMais produtividade

    Este é o calcanhar de Aquiles das nossas empresas.
    Desde a gestão, métodos de trabalho e produtividade dos colaboradores estamos muito aquém do desejado.
    Hoje é fácil um pedreiro custar 2.000€ por mês a uma empresa mas uma grande maioria continua a produzir o mesmo que quando custava 1.000€
    Concordam com este comentário: RUIOLI, FT87, desofiapedro, jorgferr
  16.  # 18

    Colocado por: FT87As empresas de cá que procurem e saiam da zona de conforto.
    Basta ir aqui aos vizinhos do lado para encontrar melhor preço e muitas vezes diferenças muito consideráveis.
    Um exemplo simples numa determinada marca de iluminação italiana com representação em Portugal que deu cotação a um colega meu cerca de 120k como saia fora dos valores que ele pretendia começou a procurar outra até que a própria marca se apercebeu interviu e disse lhe para pedir preço a representantes espanhóis qual o espanto quando recebe a cotação para a mesma solução tudo igual por cerca de 75k.
    Ora ele tentou perceber o que se passava e a resposta dos italianos foi o preço é igual para todos os nossos distribuidores a nível mundial mas uns contentam-se com margens de 20% a 30% outros querem mais.
    Depois queixam-se.


    Concorro diretamente com empresas espanholas e outras europeias, e posso-lhe dizer que o que nos diferencia (portugueses) é mesmo a margem.
    Há alguma ajuda na fiscalidade, é verdade, sendo mais benéfica em Espanha.

    Mas, para produtos não transformados, aqui temos margens de 200%, enquanto lá esmagam aquilo para metade.
    A diferença é que eles vendem 100 unidades, enquanto os portugueses vendem 40, o que faz uma diferença brutal no valor realizado.
    As únicas formas de conseguirmos ganhar dinheiro como eles são:

    - ir competir para o mercado deles, para aumentarmos as quantidades vendidas;
    - sermos mais produtivos (que me parece extremamente difícil, embora dependa de setor para setor).

    Um colega meu, o 2º maior em Portugal, foi para Espanha. Entrou em grande, numa das melhores zonas de Madrid. Desde o 1º dia que perde dinheiro...jamais terá alguma hipótese ali. Mas, como é muito vaidoso, e ganha muito dinheiro em Portugal, pode dar-se ao luxo de andar ali a perder dinheiro, para dizer que tem uma loja em Madrid.

    Cuidado com a análise da margem.
    Eu posso vender 1000 unds de um produto e ganhar 1000€, enquanto o meu concorrente vende apenas 10 e ganha os mesmos 1000€.
    Pelo que tenho visto, em produtos não transformados, é aqui a grande diferença...só que eles vendem mais, e ganham mais que nós.
  17.  # 19

    Colocado por: zedasilva
    Este é o calcanhar de Aquiles das nossas empresas.
    Desde a gestão, métodos de trabalho e produtividade dos colaboradores estamos muito aquém do desejado.
    Hoje é fácil um pedreiro custar 2.000€ por mês a uma empresa mas uma grande maioria continua a produzir o mesmo que quando custava 1.000€
    Concordam com este comentário:RUIOLI,FT87,desofiapedro,jorgferr
    Tive uma pequena remodelação em casa há uns meses, pintura do apartamento e fazer alguns tetos falsos. Com a história dos materiais terem de secar não houve 1 dia em mês e meio que fizessem 8h. Ao fim de 5 a 7 h ia tudo para casa. E sim para casa, não iam para outra obra. Depois admiram-se quando se fala que na construção só se fala em aumentar preços, aumentar eficiência e produtividade no geral são apenas chavões.
  18.  # 20

    Já agora a título futuro/curiosidade como encontra.mos referências de empresas para o mesmo produto no país vizinho?
    Isto é para não sair um "pato bravo espanhol" 😄
 
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