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  1.  # 41

    Colocado por: RUIOLIse os preços aumentarem desproporcionadamente ao rendimento, a classe média só tem uma solução, reduzir as áreas, reduzir as instalações técnicas ao minimo, reduzir a qualidade de acabamentos... não faz muitos anos que era assim.

    Para mim o caminho é aumentar a produtividade, mas parece que a maioria não está para ai virada...

    Vou a uma obra esta semana, só com equipas espanholas... apesar de ter apenas 40 e poucos anos, sou o mais velho, tudo pessoal nascido nos anos 80 e 90...mas não pensem que eles andam rotos e sujos, que dormem em casas ao molho, que lavam marmita... nada disso, serviço de lavandaria para a roupa (alguns trocam de roupa à hora de almoço, já para não falar daqueles que têm creme para as mãos, ao inicio gozava com eles, mas eles é que estão certos), dormem em hotel, vão comer ao restaurante, etc. ganham pelo menos o dobro (o normal é o triplo) do que se vê nas folhas de ordenado em PT (ordenado minimo) e vêm cá ganhar obras com preços e prazos melhores... onde está o segredo? PRODUTIVIDADE e PLANEAMENTO!
    Concordam com este comentário:PREMISSA_ARQ
    eu também já estive muitos anos nesse mundo, mas lá não se fazem casinhas pelos preços habituais do mercado doméstico, aqui só se sabe olhar ao custo por metro quadrado
    • RUIOLI
    • 20 julho 2021 editado

     # 42

    Colocado por: jorgealveseu também já estive muitos anos nesse mundo, mas lá não se fazem casinhas pelos preços habituais do mercado doméstico, aqui só se sabe olhar ao custo por metro quadrado


    Estou a falar de uma obra do setor não habitacional, feita em Portugal, mais concretamente no norte de Portugal...os espanhóis da zona da Coruña/ Oviedo apresentaram preços melhores do que as empresas portuguesas que concorreram, uma delas com sede no concelho vizinho da obra... em termos de prazos nem se fala.
    • cross
    • 20 julho 2021 editado

     # 43

    Colocado por: RUIOLINem mais, mas alguns são gulosos... não diferenciam faturação de lucro e não lhes interessa a componente risco...


    Sim existirão sempre quem não vê mais que o dia de hoje. Tem que ser visto como uma parceria.


    Colocado por: RUIOLIUm ou outro material que ficou do lado dele e aumentou de preço, tive o cuidado de lhe indicar empresas que fazem bons preços, para ele não ficar a perder, foi assim com os tubos dos drenos, comprou mais barato no fornecedor que lhe indiquei do que no habitual e tinha usado como referência para o orçamento.


    Já sei que normalmente o dono de obra não deveria ficar com todo este risco mas as coisas podem-se acautelar igualmente.

    Até porque a sensação que me dá é que é um mercado muito fechado. Os empreiteiros mais pequenos, normalmente vão ao fornecedor do costume e não têm a estrutura tipo que vão negociar e procurar qual o melhor proposta para o material. Trabalhando conjuntamente com o dono de obra que lhe interessa conseguir o melhor negocio pelo preço/qualidade e completar o trabalho mais rapidamente.
    Concordam com este comentário: RUIOLI
  2.  # 44

    Colocado por: RUIOLIos espanhóis da zona da Coruña/ Oviedo

    Eu já trabalhei numa grande empresa espanhola dessa zona e o sistema era o mesmo que o nosso.
    Quer desenvolver esses métodos construtivos com tanta produtividade?
  3.  # 45

    Tanto o pessoal do fórum, como a maior parte dos empreiteiros, quer dizer biscateiros, porque a maior parte dos donos de obra que por aqui anda, nunca falaram com um empreiteiro, não sabem nem nunca ouviram falar de "revisão de preços".
  4.  # 46

    Colocado por: Picareta
    Eu já trabalhei numa grande empresa espanhola dessa zona e o sistema era o mesmo que o nosso.
    Quer desenvolver esses métodos construtivos com tanta produtividade?


    Não é um método construtivo, é uma metodologia de gestão da construção (do projeto à exploração, passando pela obra), pesquise por Lean Construction...
  5.  # 47

    Colocado por: RUIOLIpesquise por Lean Construction...

    Já pesquisei e fiquei a saber o mesmo, você podia resumir :-))
  6.  # 48

    Colocado por: PicaretaTanto o pessoal do fórum, como a maior parte dos empreiteiros, quer dizer biscateiros, porque a maior parte dos donos de obra que por aqui anda, nunca falaram com um empreiteiro, não sabem nem nunca ouviram falar de "revisão de preços".


    A revisão de preços nestas obras pequenas é à bruta, ou pagam mais ou abandono a obra...

    Para mim, desde que acordado de início, é uma boa metodologia.

    Quando faço contratos de prestação de serviços a longo prazo as alterações dos honorários são indexados ao índice de preços ao consumidor, simples e objetivo para todas as partes.
  7.  # 49

    Colocado por: RUIOLI

    Não é um método construtivo, é uma metodologia de gestão da construção (do projeto à exploração, passando pela obra), pesquise por Lean Construction...
    procure primeiro por lean e veja a toyota que foi aí q foi inventado e depois transposto para IT e outros sectores. Nem sabia que as metodologias ágeis usadas no IT e Industris agora tb ja se usam nas obras sempre a aprender. QQ dia vão ter Scrum masters nas obras :) quando fizer a minha casa vou pensar q meteorologia usar.
  8.  # 50

    Colocado por: pedrorainhoprocure primeiro por lean e veja a toyota que foi aí q foi inventado e depois transposto para IT e outros sectores. Nem sabia que as metodologias ágeis usadas no IT agora tb ja se usam na construção sempre a aprender. QQ dia vão ter Scrum masters nas obras :)


    Mas já há funções parecidas :)

    O problema das obras com planeamento em PT é que o planeamento é muito waterfall e pouco por sprints... há muito por explorar nesta área.
    • cross
    • 21 julho 2021 editado

     # 51

    Colocado por: pedrorainhoprocure primeiro por lean e veja a toyota que foi aí q foi inventado e depois transposto para IT e outros sectores. Nem sabia que as metodologias ágeis usadas no IT e Industris agora tb ja se usam nas obras sempre a aprender. QQ dia vão ter Scrum masters nas obras :) quando fizer a minha casa vou pensar q meteorologia usar.


    Não acho que a metodologia "Agile" seja a melhor numa obra, porque implica que as sprints vão sendo feitas e depois se não atinge os objectivos, para, analisa, vê o que correu mal e demancha e volta a fazer... Não acho que o Dono de Obra vá nisso.

    Sobre o Lean e qualquer outra metodologia "pull" isso sim tal como na produção é sobre a optimização dos fluxos de materiais e evitar bottlenecks... O que numa obra como qualquer outro projecto faz sentido o sequenciamento dos trabalhos e basicamente uma tarefa puxa a outra... intuitivamente é isso que fazemos também quando optimizamos nem que seja na nossa cabeça e não no papel.
    Esperar que acabe um trabalho para começar outro porque o anterior não foi bem planeado, ou tempo de espera de secagem, ou de limpeza, ou faltas de material... isso são tempos que a partida poucos devem considerar nos projetos e só consideram mesmo execução e o resto vai para o "buffer" - ah e tal... 20% são tempos mortos ou considero eficiência 80% e tal... coisas pequenas faz todo o sentido.
    Como muitos trabalhadores isso é quase obrigatório, agora com poucos é um bocado de planeamento e bom senso em que a experiência é ponto mais importante.
    Concordam com este comentário: RUIOLI
  9.  # 52

    Uma obra é essencialmente uma gestão de fluxos de materiais e mão de obra. Um dos problemas nas obras é excesso de optimização da tarefa que prejudica a optimização global da obra. Cada subempreiteiro está a tentar otimizar a sua tarefa, nem que com isso prejudique a dos outros e da obra no global.

    Relativamente aos gargalos, para os evitar podemos fazer stock em armazém com muita antecedência de todos os materiais e as equipas entram na obra e só saem com 95% do trabalho terminado, nem que estejam sem fazer nada, não andam a saltar de obra em obra, assim garantimos que o fluxo está controlado, nunca vão faltar materiais nem mão de obra, atrasos em cadeia, etc.
    Aumenta custos de armazenagem e de mão de obra, mas são facilmente recuperáveis na eficiência global e no prazo.
    O armazém que falei anteriormente serve também para fazer muita pre-montagem, evitando a sobreposição de trabalhos em obra e a rentabilização dos equipamentos de elevação.
    A obra deixa de ser um armazém, só vai para a obra o material para aplicar naquele meio dia ou dia.

    Há muita coisa que se pode fazer aplicando o Lean Construction... mas depende muito do contexto de cada obra. Há exemplos de aplicação em moradias em Espanha, aqui em PT nunca vi... mas gostava
  10.  # 53

    Colocado por: RUIOLIfazer stock em armazém com muita antecedência de todos os materiais e as equipas entram na obra e só saem com 95% do trabalho terminado, nem que estejam sem fazer nada, não andam a saltar de obra em obra
    acha que um qualquer subempreiteiro vai nesta conversa quando o orçamento é logo "castrado" a cabeça?
    Sabe os custos inerentes a uma mecânica deste tipo para uma empresa que por exemplo execute 10 obras em simultâneo porque não consegue entrar e fazer tudo de uma só vez? Por exemplo eu tenho 3 a 5 intervenções em obra todas elas condicionadas a trabalhos anteriores, para fazer o que propõe tinha custos de stocagem brutais ao contrário das grandes obras onde o estaleiro é o armazém de produtos e mercadorias.

    No fundo isto e tudo muito bonito mas paga-se e todos os intervenientes tem que estar em sintonia o que honestamente é quase impossível no nosso país.

    Óbvio que somente me refiro a obras particulares de pequena dimensão com é o caso da edificação de moradias unifamiliares.
  11.  # 54

    Colocado por: jorgealvesÓbvio que somente me refiro a obras particulares de pequena dimensão com é o caso da edificação de moradias unifamiliares.


    Como eu disse, depende muito do contexto de cada obra. Nas moradias unifamiliares o planeamento em regra é ... não haver planeamento.

    Numa obra de 5 semanas, se vamos estar a espera de materiais e mão de obra... acontece como a ultima feita por uma empresa portuguesa que acompanhei, 15 semanas...só em multas e afins devem ter perdido 40% do valor da obra. Não foi por falta de aviso e de oferta de ajuda, mas sempre fizeram assim, ao inicio ainda gozavam com as sugestões que dávamos, no fim até ficaram com a lágrima no canto do olho, deve ter doído... solução, despedir o diretor de obra, ou seja, continua tudo na mesma...zero de gestão da produtividade, zero de planeamento colaborativo, zero de gestão de risco. Mas a concorrência deles em PT não é muito melhor, estão safos.

    Esta semana vou a uma obra, que era para ter iniciado na primeira semana do mês passado, a promessa de fornecimento de um vidro com especificações pouco comuns era para a segunda semana de obra, chegou a semana passada... tinha sido bonito se tivessem iniciado a obra sem o vidro estar em Portugal... lá se ia ter de improvisar, + prazo, + custos...
 
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