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    •  
      CMartin
    • 1 fevereiro 2010 editado

     # 1

    Bom dia a todos,

    O tema desta discussão nem era este. Mudei-o.
    (Em vez de "retalhar" algumas das minhas questões em vários "quebra-cabeças"), decidi pegar no assunto de uma forma mais abrangente, e recolher informações sobre a reconstrução e recuperação que recorre ou mantém o mais possível a/os materiais e técnicas de construção antigas empregues nestas construções, muitas delas casas de centros históricos.

    Por serem muito particulares, parece-me que merecem um tratamento à parte. (Confesso a minha dificuldade em decidir cada vez que tenho uma manutenção ou melhoramento a fazer). Assim, talvez consiga anular as minhas duvidas, recolhendo várias matérias. Se não servir para isso, vou me deliciando certamente com estes novos/velhos saberes.
    Nem tenho perguntas a fazer, participemos com opiniões e conhecimentos, e coisas que recolhemos.

    Cumprimentos,
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 2

  1.  # 3

    Casas antigas: Propostas de lei para impor obras de recuperação é criticada por todos
    13-07-2009 / Público

    Os números falam por si: na União Europeia mais de um terço do que é investido no mercado da construção é em obras de reabilitação. Em Portugal, em cada cem euros investidos, só 6,5 se destinam à reabilitação. Ou seja, apenas um em cada 15 que são gastos no mercado imobiliário. Não surpreende por isso que nos concelhos de Lisboa ou do Porto, com centros urbanos maiores e mais antigos, mais de metade das habitações necessitem de ser reabilitadas, enquanto, nos subúrbios, cresceram como cogumelos as novas urbanizações.
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 4

    Casa abandonada, Cascais.
    Casas antigas de Cascais e suas cores
    Autor(a) Antonio Felix
      515387.jpg
  2.  # 5

    Pequena casa recuperada, Cascais.
    Casas antigas de Cascais e suas cores,
    Autor(a) Antonio Felix
      498579.jpg
    • LuB
    • 3 fevereiro 2010

     # 6

    Leis, leis, leis.....
    Somos tão abastados em leis....Tanto papel para nada!

    Soluções é que PRECISAMOS!
    O NRAU é disso um exemplo: não trouxe quase nada de novo e, para efeitos de reabilitação urbana, ninguem o está a aplicar. Porquê?
    Pq as soluções que lá são preconizadas, pouco ou nada solucionam, e ainda por cima estão completamente paralisadas pela burocracia. Jà lá vão três ou quatro anos, e nada se alterou na paisagem Urbana.

    Entretanto apareceu mais legislação...
    A Nova lei que saiu em 2009 e que obriga os proprietários a fazer a recuperação dos prédios, sem os mesmos terem os meios para o fazer, e ameaçando mesmo retirar-lhes a propriedade se não se despacharem com as obras, é uma aberração de tal ordem que desconfio que o governo não terá capacidade para por aquilo a andar sem criar uma verdadeira revolução... Deixaram de falar dela: é mais uma Lei mal feita, às pressas em fim de legislatura que, se Deus for nosso amigo, ficará apenas no papel...
    Que assim seja!!!
    Acho que mereciamos melhor legislação (e em menor quantidade)!

    SUGESTÔES??
    Deixem funcionar o mercado!

    1.º - Propriedade que rende, permite ao senhorio pagar as obras de reabilitação e impostos a condizer!
    2.º - Se as casas forem rentáveis o estado pode ter mais receitas com os impostos e assim ajudar os velhinhos e outros que as habitam em condições por vezes de degradação extrema.
    3.º - As nossas cidades ganharão em qualidade de vida dos cidadãos, estética e segurança. Olhem se acontece um sismo....

    Mas neste país faltou sempre a CORAGEM para enfrentar os problemas!
    Por este andar, a avestruz nunca mais vai tirar a cabeça da areia...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oskar
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 7

    LuBartolas,

    A minha casa é num centro histórico, mas a realidade que eu vivo será diferente da sua, sei isto porque simplesmente, não sei bem a que se refere.
    Estou sempre em recuperações lá em casa, é a minha habitação própria permanente. Não me rende nada para além de uma imensurável satisfação pessoal de a habitar.
    Burocracias não existem porque na Câmara está tudo em ordem em relação à casa. Como não faço alterações a fachadas e respeito, ou tento ao máximo, respeitar a construção original (daí às vezes a minha grande dificuldade em encontrar quem me o faça) não me tenho sentido particularmente afectada pelo nosso notório sistema burocrático, mas posso imaginar.
    Por outro lado, suspeita-me que haverá apoios para recuperação, deste tipo de casas. É a isso que se refere, LuBartolas? Nunca recorri a nenhum, nem sei se vale a pena tentar (mas, suspeito que não).
    Com cumprimentos,
    PS. Não sei se quer explicar melhor o seu desabafo para perceber do que fala, desculpe a minha ignorância.
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 8

    "(...)
    Para saber mais sobre a sua casa aconselho a que se informe junto das pessoas mais idosas de Manique, principalmente as mulheres, talvez elas a consigam informar de algum pormenor: quem a mandou fazer, que famílias lá viviam e que profissões teriam.
    Estas casas ditas de arquitectura popular têm a sua origem, já comprovada, na cultura regional moçárabe, visigótica/ Islãmica, de que mais tarde se formaram os saloios. Os modelos repetem-se ao longo dos séculos e hoje já são raros devido aos gostos modernos e muitas das vezes às dimensões dos seus interiores comparados a um T0 ou T1.
    Eram construções realizadas inteiramente por mestres pedreiros e carpinteiros de origem saloia. A casa era construída para um membro da localidade interajudado por outros elementos da sua relação social. As pessoas que ajudavam a fazer estas casas davam o seu trabalho desde o arrancar da pedra para a alvenaria até à colocação do telhado. O único pagamento que se fazia aos que ajudavam o proprietário era o almoço do pau de fileira e uns garrafões de vinho. No entanto, a contrapartida principal era que de futuro, ou no passado, ajudasse a construir a casa dos outros que o tinham ajudado.
    Este costume era muito comum no concelho até aos anos 60, rareando a partir daí. As datas mais modernas que conheço para este tipo de arquitectura estão balizadas na 1ª década do século XX, desaparecendo a partir daí."
  3.  # 9

    Colocado por: CMartinPS. Não sei se quer explicar melhor o seu desabafo para perceber do que fala, desculpe a minha ignorância.

    È o celebre artigo 22 - Os loucos estão dispensados de combater, mas se alegarem loucura, provam que não está louco e pode continuar a combater.

    Existe rios de legislação para tentar fazer a quadratura do circulo, que é tentar resolver o problema da reabilitação urbana e a desertificação dos centros urbanos sem resolver o problema de base: Rendas congeladas durante demasiados anos.

    Se os proprietários nem recebem em rendas o suficiente para pagar uma pintura, não vão meter dinheiro deles para o Estado andar a fazer caridade social com o dinheiro dos outros. Sem isto resolvidos, podem parir as leis que quiserem que nada irá funcionar.

    Chega-se à estupidez de as exigências que eles colocam aquando se recorre aos RECRIA tornarem as obras muito mais caras do que se as fizermos sem recorrer a esses programas. Andamos com um caso às voltas em que de uma boa solução por 120.000€, passámos a uma solução de m***a por 160.000€. A solução deles é tão boa que estamos na disposição de abandonar o processo, porque há coisas que nem em tempo de crise se fazem

    Eu propus caixilharia em madeira nova com vidros duplos e eles apenas aceitam pagar a reparação e pintura das existentes. Pena é, que estas sejam de fraca qualidade com vidro simples e em estado pouco recomendável. Reparar aquilo é ficarmos com um cancro nas mãos.

    Além do problema da pouca atenção que a reabilitação merece, quando merece é por parte de um conjunto de fundamentalista que apenas sabem responder by the book, sem correr quaisquer riscos e sem pensar um pouco que seja, quando a principal qualidade de alguém que esteja ligado à reabilitação, é o bom senso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oskar
  4.  # 10

    É tudo muito bonito.... mas o pior é conseguir atravessar todos os passos exigidos para a recuperação de qualquer casa num centro histórico... A minha caminhada já dura há 3 anos e meio...

    Na minha opinião, e dado que é do interesse de todos, a recuperação dos centros históricos devia ter uma legislação especifica, de preferencia bem feita, que tornasse todo o processo de alguma forma mais célere do que os restantes. No entanto é precisamente o contrário que se verifica. Demorei quase 2 anos para registar o terreno com a área correcta, visto que o mesmo tinha sido mal registado em 1800 e troca o passo. Entre conservatórias, Câmara e Finanças, passaram 3 anos. Tal facto não faz para mim sentido nenhum, uma vez que a casa se encontra "entalada" entre um prédio já recuperado e outra moradia, sendo por isso muito fácil constatar a área sem grandes polémicas... Mas à Tuga isso não acontece, á sempre que complicar o que é óbvio.

    Depois esperei 1 ano e 3 meses pela aprovação da arquitectura e neste momento espero pela aprovação das especialidades... o que numa Câmara que pretende recuperar o seu centro histórico fica sempre bem... demonstra o empenho dos seus funcionários em tal objectivo...

    Neste momento e caso tivesse desistido deste projecto já estaria comodamente instalada numa casinha nova que tinha comprado já feita e que não me tinha dado nem 1/4 do trabalho que esta me está a dar.... e esta casa velha como tantas outras ficava ao abandono e a embelezar os centros históricos que é isto que os nossos Municipios merecem....
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oskar
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 11

    Colocado por: PauloCorreia
    Além do problema da pouca atenção que a reabilitação merece, quando merece é por parte de um conjunto de fundamentalista que apenas sabem responder by the book, sem correr quaisquer riscos e sem pensar um pouco que seja, quando a principal qualidade de alguém que esteja ligado à reabilitação, é o bom senso


    Recorrendo-se para beneficiar do programa Recria acaba-se afinal por complicar muito mais, para receber pouco ou nada em troca de esse fundamentalismo? Mas, e, para que se quer o Recria, qual o objectivo de a ele recorrer?
    (Esse fundamentalismo que fala, PauloCorreia, existe com intenções de conservar sem considerar que as casas devem também oferecer condições (actuais) de habitabilidade?)
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 12

    Acho que começo a perceber.
    Deve ser como uma história/anedota que uma vez li algures: Um senhor comprou um prédio num centro histórico e comentou com os amigos que queria mandar acrescentar uma janela, disseram os amigos que certamente tal não seria possível dado a localização histórica do edifício, alterações tais não seriam permitidas. O senhor decidiu fazer o contrário, e em vez de pedir autorização para fazer mais uma janela, pediu aprovação para retirar uma janela do local onde ele queria fazer. Recebeu por parte da Câmara um resposta peremptória, de "pedido indeferido" por ser um edifício com aquelas características e em zona histórica a janela nunca poderia ser retirada.
    E o senhor pôde acrescentar a janela descansado, e guardou religiosamente o papel da câmara onde dizia que ele não podia retirar a janela, no caso de ser preciso futuramente comprová-lo.
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 13

    Não conheço o Recria, pois não se aplica ao meu caso. A minha casa histórica não é para arrendamento. Por uma questão de cultura geral fui pesquisar, e deixo aqui a definição.
    Recria
    Objectivos
    O Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (RECRIA) visa financiar a execução das obras de conservação e beneficiação que permitam a recuperação de fogos e imóveis em estado de degradação, mediante a concessão de incentivos pelo Estado e pelos municípios.
    Poderão beneficiar dos incentivos previstos neste regime as obras a realizar em edifícios que tenham pelo menos uma fracção habitacional cuja renda tenha sido objecto de correcção extraordinária nos termos da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro.
    • LuB
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 14

    Estou sempre em recuperações lá em casa, é a minha habitação própria permanente. Não me rende nada para além de uma imensurável satisfação pessoal de a habitar.


    Claro que as casas antigas são uma maravilha, depois de bem recuperadas. E, têm uma vantagem na localização, porque ficam normalmente nos centros das cidades. É do enorme valor dessas casas que emergem os problemas a que me referi.

    Hoje não se chega a saber quem é o "verdadeiro" dono dos prédios arrendados antes de 1991 (rendas antigas):
    - O proprietário que as tem de recuperar?
    - Ou o Inquilino que as utiliza quase de borla?

    Pela lei actual, são ambos donos, mas o inquilino é, por assim dizer, o "dono da melhor parte" :)))

    Como C. Martin é dono da sua casa, faz as suas obras na paz do senhor e usufrui das comodidades que daí resultam... é normal e justo.
    O meu caso é realmente diferente. Tenho um prédio muito velho para recuperar a fundo, (a câmara obriga-me a recuperar). Eu pensava faze-lo com qualidade, mas sei que não vai ser nada fácil.

    É necessário:

    - Vencer burocracias infinitas
    - Elaborar projectos de arquitectura e todas as especialidades (devem ser para aí seis ou sete), e depois entregar papéis e pedidos de autorização para tudo, e esperar anos pela aprovação camarária.
    - Depois vem a obra: reforçar o edifício, com ferro, de alto a baixo e reformular fundações, não vá aquilo cair ao primeiro abanão. Arranjar tudo de novo... substituir portas, janelas, tectos, cozinhas, casa de banho, luz, àgua... Enfim, nada se aproveita, e fica até + caro do que se fosse novo! Mas, a Câmara não deixa demolir, faz parte da política, só é demolido o que já caiu mesmo.
    - Depois vêm os realojamentos: os inquilinos não podem permanecer no prédio nestas condições durante a obra. Por isso vai ser necessário alugar uma casa temporária para cada um deles, em boas condições dentro da cidade de Lisboa ( Talvez um ano???) para mais tarde os voltar a realojar. Além disso, vai ser necessário pagar "balurdios" mensais para poder encerrar temporariamente um restaurante e uma casa comercial que funcionam nos pisos inferiores.

    - Entretanto, no meu caso, tive o bom senso candidatar ao recria:

    Mas aí deveria ter percebido muito bem, desde o início, como aquilo funciona, o que não foi o caso. E, pelos vistos, se não apresentarmos o orçamento de uma maneira "especial" que só alguns conhecem eles conseguem fugir e pagam bem menos do que está previsto na própria lei.

    - Depois terei de hipotecar o prédio para conseguir empréstimos bancários bem chorudos...
    - Finalmente, quando os inquilinos estiverem realojados posso subir as rendas qq coisa, através de umas tabelas que eles, Recria, têm para o efeito, (renda condicionada)
    mas não é com isso que eu vou recuperar o que investi.
  5.  # 15

    LuBartolas,
    Não vou adiantar em muito a conversa, mas vale a pena ter conhecimentos. Contar-lhe-ia duas histórias verídicas de grande interesse, mas, não o vou fazer por algumas razões. Se calhar nem vale a pena dar o nome de conhecimentos mas antes de sistema, o sistema que até funciona com conhecimentos.
    Imagino que no Recria o "sistema" se aplique de igual maneira.
    Já me lembro de ter lido o seu caso, aqui no forum. Achei tão, "nem sei qual a palavra a empregar" que até me custa, francamente a acreditar.
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 16

    Histórias.

    “O primeiro Estoril que apareceu, o Estoril-pai. foi o do meio – Santo António do Estoril. Lá tem ainda a sua igreja e as suas casas velhas, entre os chalets novos(...). Dele nasceram dois filhos: um, à direita, chamado Monte Estoril, e feito pela alta burguesia; outro, à esquerda, chamado S. João, e feito pela burguesia modesta."
    “Enquanto o Monte Estoril fazia um parque elegante, sombreado, de ruas de areia fina, S. João fazia as suas ruas a Mac-Adam, e discutia a mão-de-obra das suas casas."
    “Enquanto o Monte salpicava o seu pinhal de chalets, esbeltos como os chalets de Cannes, S. João fazia os seus como fosse mais barato e punha-lhes por fora os nomes de suas filhas ou de suas cara-metades."
    “O Monte iluminava-se a luz eléctrica! S. João contentava-se com o petróleo.
    “O Monte levantava um grande Casino, armava roleta luxuosa, dançava cotillons, com marcas de Paris, jogava lawn tennis, tomava banhos ao meio-dia, em toilettes complicadas? S. João dançava polcas no edifício dos Banhos de Poça, jogava croquet quando se sentia vicioso, vestia um fato de banho de baeta vulgaris e tomava o seu banho, lavando os ouvidos para não gastar em casa a água doce."
    “(...) O pai, o Santo António, participa dos dois em chalets e banhistas. Mas nada tem de pessoal, a não ser um moderno edifício de banhos, moderno de gosto, com piscina e rendilhados árabes.”(ANTÓNIO BANDEIRA, revista Portugal-Brasil, 1899)."
  6.  # 17

    Histórias II
    PATRIMÓNIO CASCALENSE: O FIM DO PRINCÍPIO...
    João Aníbal Henriques
    Fevereiro de 2000

    A arquitectura tradicional, com o seu cariz vincadamente popular, traduz a essência das tipologias chãs, fornecendo às formulações eruditas os princípios que orientarão a sua posterior integração, e a manutenção de uma harmonia que só o presente tem conseguido destruir.
    A falta de interesse, de meios, de capacidade e, muitas vezes de sensibilidade para com o património edificado, aliado a uma legislação desadequada face à realidade, tem contribuído para que se assista a uma paulatina degradação do património arquitectónico cascalense nas suas diversas vertentes arquitectónica, arqueológica e rural.
    O número de imóveis abandonados e sujeitos às pressões do tempo e das vontades, para além de ter aumentado, tem também conhecido uma progressão qualitativa, pois actualmente, para além das tradicionais habitações de características aldeãs que, pela sua singeleza poucos se preocuparam em defender, também as construções eruditas têm conhecido igual destino. Palácios, chalés e habitações de personagens ilustres da História de Portugal, com uma espacialidade própria e características muitas vezes irrepetidas em todo o Mundo, são também eles alvo deste processo degradativo, o qual culmina inexoravelmente na destruição e na sua substituição por imóveis recentes, descaracterizados e inoperantes.
  7.  # 18

    Colocado por: CMartin
    Recorrendo-se para beneficiar do programa Recria acaba-se afinal por complicar muito mais, para receber pouco ou nada em troca de esse fundamentalismo? Mas, e, para que se quer o Recria, qual o objectivo de a ele recorrer?

    O objectivo seria ajudar a financiar os custos, mas acho aquilo tão estúpido por apenas financiar as partes comuns dos prédios, (Cobertura, fachadas e cx de escada). Onde as pessoas vivem em condições degradantes, nada se paga.

    Colocado por: CMartin(Esse fundamentalismo que fala, PauloCorreia, existe com intenções de conservar sem considerar que as casas devem também oferecer condições (actuais) de habitabilidade?)

    Não é conservar, é apenas repor o que existia no projecto que está na câmara (bom ou mau) e reabilitar com os mesmo materiais e soluções construtivos originais. Ora naquela altura, preocupações com o conforto térmico e acústico eram inexistentes.

    Portanto, se quando chove, as coberturas de zinco fazem imenso barulho, que continuem a fazer mas colocar lá isolamento acústico é que não, não existia nessa altura.
  8.  # 19

    Não é conservar, é apenas repor o que existia no projecto que está na câmara (bom ou mau) e reabilitar com os mesmo materiais e soluções construtivos originais. Ora naquela altura, preocupações com o conforto térmico e acústico eram inexistentes.

    E o que fazem quando o projecto não está na câmara?

    E, por outro lado, o que acontece relativamente ás certificações energéticas (ou nestes casos não se coloca a questão?)
    •  
      CMartin
    • 3 fevereiro 2010 editado

     # 20

    how I came to buy my house in portugal
    (Por Emma)
    I didn’t come to Portugal looking for a house, but I think the houses came looking for me.
    I liked Portugal right away. The people are so laid back and unpretentious, the coffee and pastries are to die for, and the architecture is amazing. Lisbon and Porto, and many of the smaller towns are extraordinarily grand but so many of the richly decorated buildings are neglected and falling down. Passing through the countryside in the train or bus, I’d see hundreds of gorgeous old houses and stone buildings in ruins. And everywhere: for sale signs. Mostly old and crappy hand written ones that are also saying “no one wants me”. I was intrigued.
    The idea of living here for a while was really appealing.
    ler em http://www.emmashouseinportugal.com/the-beginning/
 
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