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  1.  # 1

    Estive a experimentar a demo deste programa e gostaria de saber a vossa opinião sobre o assunto.

    Já agora qual o programa de controlo de obras e orçamentação que aconselham?


    Obrigado
  2.  # 2

    Caro Vasco Tomé

    Penso estarmos a falar do Arquimedes, que é o módulo do Cype para Orçamentos. Comprei-o à 4 anos e embora o achasse um programa fácil de entrar, era muito limitado na parte os fechos de orçamento e nas consultas. Sei que de lá para cá foi melhorado, pelo menos na parte dos fechos, mas desconheço o estado actual dele e as possibilidades que oferece. No entanto, por experiência acredito pouco ou nada em pré-orçamentos, medições automáticas, assistentes para a geração automática de medições e orçamentos.

    Quando andei à procura de programa de orçamentação, testei alguns e a solução para si, dependerá muito daquilo que pretende. No mercado existem 3 tipos de porgramas:

    1º - Para projectistas
    O Arquimedes é um caso, que dá para fazer umas estimativas rápidas, mas se se quiser puxar por ele a sério, rapidamente se esgota.

    2º Os integrados
    Os tudo em 1. Como os programas são comprados por gestores, as empresas vendedoras, apresentam um pacote que à primeira vista é excelente, porque poupa imensa trabalho, ao integrar os orçamentos, a contabilidade, as compras e o controle de obra, poupando muito trabalho na introdução de dados. É uma integração que noutras industrias talvez funcione, mas na construção civil, simplesmente não funciona. Para funcionar, teríamos de ter uma classificação comum entre os diversos departamentos, o que é difícil, porque cada um têm necessidades especiais, o que na prática, se traduz numa classificação que não interessa a ninguém ou interessa mais a um dos departamentos, e aqui a contabilidade, geralmente ganha. Para funcionar teríamos de ter uma pessoa que seria o responsável por esta classificação, pessoa essa que teria de ter um nível de conhecimentos muito alto, sendo portanto cara. Ora estas pessoas não podem ser desperdiçadas nestas funções, dada a sua escassez no mercado.
    Exemplos destes programas, são os da SAGE e os da PHP

    3º - Os dedicados
    São programas dedicados a um ou dois dos módulos, orçamentos e/ou autos de medição. Como são dedicados, especializaram-se tendo grande competência naquilo que fazem e que pressupõem uma filosofia diferente no controle de obra e que funciona com bastantes menos recursos. No entanto esse poder pressupõe uma maior curva de aprendizagem, exigindo uma pessoa dedicada para isto. Um exemplo, que é o que eu uso, é o CCS, programa utilizado na maioria das grandes empresas de construção civil. È algo caro (500€ por licença e 140€ de aluguer por mês), mas tem a melhor assistência técnica que existe no mercado e nas mãos de alguém competente qb, é magnifico.

    O controle de obra, dependerá da solução escolhida das acima referidas, mas aquele que eu faço, é o controle indirecto, isto é, agrupo os recursos por especialidades do lado do orçamento, faço o mesmo do lado das compras e comparo. Se houver desvios, então vou analisar o porquê. Requer pouco recursos humanos e na construção civil, sabemos que 20% dos recursos, são responsáveis por 80% dos custos, e é estes 20% que temos de controlar. Quero lá saber do prego, senão o custo do controle é superior ao custo do recurso. Depois poderei explicar melhor o sistema

    Cumps
    Paulo Correia
  3.  # 3

    RF disse:
    Por acaso estou a iniciar agora uma nova empresa e gostaria de implementar um sistema de controle de obra eficiente (claro!), e com poucos recursos.

    Estou a pensar em utilizar como centros de custo para o controle de custos os capítulos principais do orçamento. Utilizando as quantidades registadas em autos, valorizadas a preços de custo, tenho o valor que deveria estar a gastar na obra, comparando-o com o total de guias e partes diárias de mão de obra e maquinaria tenho o controle de custos realizado.
    Teoricamente funciona, não estou a ver é como vou conseguir imputar correctamente guias e partes diárias aos centros de custo, com poucos recursos, claro. Têm alguma sugestão??
    Algo que também me levanta algumas dúvidas é o controle de subempreiteiros, basta estabelecer um preço por unidade e depois é controlar qualidades de tempos?

    Já agora agradecia que o Paulo Correia se estendesse um pouco mais no seu processo de controlo...

    RF
  4.  # 4

    Caro RF

    Mais do que explicar o meu sistema de controle, que talvez seja mais complexo do que aquilo que necessita, se vai começar, permita-me antes dar-lhe uma sugestão para fazer o seu controle de obra.

    As hipóteses que têm de montar um sistema, depende da forma como está feito o seu orçamento, se está descriminado por artigos e se os preços são compostos por recursos ou não. Exemplificando, pode colocar como preço para uma parede de alvenaria 10€/m2 e isto é o máximo que consegue saber sobre este preço, ou pode ter a sua descomposição em mão de obra, tijolo e argamassa, situação esta, que deriva de um orçamento bem elaborado.Como esta é uma situação mais evoluida, vou pressupor que a sua situação é a de quem tem apenas os preços unitários.

    Pode fazer controle de obra de 2 maneiras: Directa e indirecta

    Por directa, consiste em alocar a cada artigo do orçamento os custos respectivos. Se no caso das subempreitadas, não é muito complicado, no caso dos materiais e mão de obra, complica-se e muito, porque, a menos que esteja na obra a tempo inteiro, irá sempre depender das informações fornecidas pelo encarregado e/ou engenheiro da obra. Ora se o controle de obra pretende controlar e são estes senhores os responsáveis pela obra, as informações que lhe irão dar, não serão de confiança, porque irão esconder os seus erros e rapidamente destroem a confiança nos números. Sendo esta uma industria cheia de esquemas, você irá estara destruir esses esquemas, o que não interessa nada a eles. Método a evitar.

    Por indirecta, consiste em fazer um cruzamento entre os custos reais das especialidades que constituem a obra e os custos previstos. Faz-se da seguinte maneira.

    1º - distribuição dos custos
    Cria-se uma lista de especialidades e agarramos no orçamento e distribuimo-lo por essas especialidade. A minha lista de especialidade é a seguinte: (os numeros em branco são reservas)

    01 Andaimes
    02 Demolições
    03 Movimento de terras
    04 Saneamento básico
    05 Betuminosos
    06 Calcetamentos
    07 Jardins
    08 Eq. desportivos
    09 Armaduras
    10 Betão
    11 Cofragem
    12 Serralharias
    13 Isolamentos
    14 Impermeabilizações
    15 Coberturas
    16 Alvenarias
    17 Argamassas
    18 Estuques
    19 Cerâmicos
    20
    21 Zincos e cobres
    22 Epoxis
    23 Vinilicos e alcatifas
    24 Cantarias
    25 Limpeza de cantarias
    26 Divisórias e tectos falsos
    27 Pinturas
    28 Carpintarias
    29 Caixilharia Aluminio / PVC
    30 Serralharias Ferro / Inox
    31 Portas CF / Grades
    32 Vedações
    33 Eq. Sanitário
    34 Vidros e espelhos
    35 Mobiliário
    36 Cozinhas
    37 Estores
    38 Águas e esgotos
    39 AVAC
    40 Electricidade
    41 Gás
    42 Elevadores
    52 Estaleiro

    No final deverá ter um valor previsto para cada uma das especialidades que existam na obra. Não se esqueça que os valores, são os de custo e não os de venda.


    2º - Custos reais
    Num ficheiro Excel alguém lança todas as facturas que entram na empresa, que são classificadas com um centro de custo (a obra a que pertencem) e a especialidade a que pertencem. Esqueças as guias de remessa que só baralham ejá ninguém se atrasa a facturar. As partes diárias de mão de obra são tratadas como uma factura, podendo distribuir pelas categorias profissionais. Com uma tabela cruzada (Pivot Table) no Excel, Tem sempre um resumo por obra e por especialidade dos custos realizados.

    3º - Custos previstos
    Agarra no ficheiro criado no passo 1 e para cada especialidade, multiplica pela percentagem já efectuada (+/-) ficando o valor que deveria ter gasto por specialidade e na obra

    4º Cruzamento
    Metes os valores lado a lado e verifica qual a situação. Onde houver desvios entre o que devia ter gastos e o que gastou, vá investigar porquê.

    É a forma mais simples que conheço que funciona. Caso tenha o orçamento com recursos, ai poderemos ver o sistema que utilizo

    Dúvidas, diga, que nem sempre consigo explicar bem.

    Cumps
  5.  # 5

    RF disse:
    Obrigado pela resposta .

    A empresa que estou a iniciar será pequena e terá poucos empregados, por isso não espero grandes esquemas dentro dela. Dessa forma pretendo efectuar um controlo baseado em alguma informações passadas pelo encarregado (pessoa de confiança).

    Numa fase inicial certamente irei realizar orçamento baseados em preços directos, sem indicação de mão de obra, materiais, etc. Mais tarde, já com alguma experiência, penso em recorrer à composição dos preços, especialmente para aqueles mais importantes realizados pela empresa.

    Nessa fase, como aconselha o controlo? um controlo material a material, isto é comparar o orçamentado com o comprado?
    Outra dúvida com que fico prende-se com a melhor forma para controlar uma obra com todas as situações: trabalhos compostos e não compostos; trabalhos subcontratados e não subcontratados.

    Agradeço a atenção disponibilizada,

    RF
  6.  # 6

    Existe um velho ditado alemão que diz. Confiança é bom, controle é melhor. Mas como o dinheiro é seu, não sou eu que vou opinar acerca da confiança neste mundo da construção.

    Para controlar material a material, necessita de ter preços compostos, senão fica dificil de alocar qual o valor a atribuira cada item. Imagine o muro de vedação, rebocado, pintado, com capeamento e vedação. Como é que faz?

    No caso dos trabalhos subcontratados, é simples, com um mapa de controle de controle de subempreiteiros, faz um controle mensal dos trabalhos realizados. tem um no meu pequeno site: http://pagc1966.googlepages.com/

    Nos trabalhos compostos terá necessariamente de os decompor, senão é por palpite, isto para os materiais e nessa altura compare caso a caso.

    Os seus (e nossos) problemas estão na mão de obra. Caso o encarregado seja realmente de confiança, pode pedir que na parte diária do pessoal à hora, ele indique o que andaram a fazer. O pessoal contratado a metro, deverá ser tratado como um subempreiteiro.

    Pessoalmente faria o seguinte. Pode dar os orçamentos em preços directos e quando ganhar a obra, então faça o reorçamento, mas com preços compostos e a partir dai terá bases para comparar e organiza os seus custos pelas especialidade que lhe indiquei acima. Inclusive é a melhor forma de aferirmos os nossos preços e a partir dai consegue ir melhorando a qualidade dos seus orçamentos.

    Cumps
  7.  # 7

    Anónimo disse:
    Aversão actual do programa Arquimedes permite realizar o orçamento a partir de uma base de dados criada pelo utilizador ou recorrendo ao Gerador de preços.

    Os módulos de estimativas orçamentais são isso mesmo, estimativas que o programa gera automaticamente em função dos dados introduzidos. Têm por objectivo ajudar projectistas e construtores na fase de estudo de um novo investimento. O orçamento gerado pode depois ser optimizado para o projecto real, removendo e adicionando trabalhos e actualizando as medições. Toda a estrutura destes programas é pensada para relizar o projecto e o concurso de uma obra, privada ou publica.

    O programa Arquimedes pode também servir para uma empresa construtora seguir uma obra. Como referi pode-se utilizar bases de dados criadas pelo utilizador, importar articulados do Excel, criar preços compostos directamente no orçamento, etc.

    Permite definir orçamento de custo e orçamento de venda. Possibilita também criar planos de trabalho, de pagamento, etc.
    Relativamente ao acompanhamento da obra podem ser registados autos de medição ao promotor. Ainda não permite que se realizem autos a subempreiteiros.
    Para o controle de custos podem ser registados documentos, como guias e facturas e através de um processo de imputação a centros de custo (que terão de ser níveis do orçamento - capítulos, subcapítulos ou artigos) obtêm-se os desvios.

    Devido à complexidade e personalização do processo de controle de custos, como aqui já foi referido, é necessário cada empresa analisar friamente o processo que pretende realizar.

    O software da Cype é um software "dedicado" como foi referido por PauloCorreia, e para o caso de uma empresa a iniciar poderá adaptar-se bem, no entanto empresas maiores pretendem outro tipo de controlo, mais "integrado", e nesse caso tendem a escolher soluções mais pesadas como também PauloCorreia referiu.

    Cumprimentos
  8.  # 8

    Amigo Paulo Correia e Anonimo

    Eu neste momento tenho o programa Magniobras Elite que me custou no ano passado 1500€, é um programa que faz facturação, orçamentação, controlo de obras, etc e parece bastante completo, embora a sua assistencia tecnica seja um pouco fraca (pouco para ser simpatico).

    Estive a falar com um Sr. que vende o programa Cype e existe duas modalidades:
    -comprar apenas a base de dados para orçamentação
    -comprar a base de dados e todo o programa de medição, etc

    A minha duvida é qual o coeficiente para decompor os trabalhos (mão de obra, equipamento, material), se este se altera dependendo do trabalho a realizar ou se podemos usar o mesmo coeficiente para qualquer trabalho.

    A minha outra questão é (o Sr. Paulo Correia tem muita experiencia) o Cliente prefere o orçamento com o valor total ou om os vários rtabalhos discreminados?

    Estou a pensar entregar aos meus encarregados uma folha para que no final do dia me entreguem com as horas e trabalhos realizados por cada empregado, será uma boa ideia? Poderão eles pensar que estou a pressionar em demasia.

    Visto a mão de obra ser sempre a maior parte do custo e o que flutua mais influenciando o orçamento, estou a tentar implementar um sistema com os empregados por objectivos, se conseguirem efectuar o trabalho durante x dias recebem y, mas se levarem x+x1 dias recebem y-y1, o que pensam deste sistema?

    Obrigado pela vossa ajuda.


    A minha questão é quando estou a decompor
  9.  # 9

    Anónimo disse:
    Caro vasco tome,

    A base de dados que a Cype comercializa apresenta uma composição de preços que varia em função do tipo de trabalho e do tipo de obra.
    Por exemplo, uma parede de alvenaria de tijolo pode incluir na composição um tijolo de 30x20x11 ou de 30x20x15, dependendo do tijolo seleccionado o Gerador de preços gera a composição do trabalho incluindo o material respectivo, assim como o descritivo do trabalho e as condições técnicas para o caderno de encargos.
    O Gerador de preços permite ainda ter em conta as condições da obra: tipo de geometria, acessos, etc., estes parâmetros modificam depois ligeiramente e criteriosamente os preços ou rendimentos dos materiais, mão-de-obra e maquinaria utilizados para definir os preços compostos.

    Ao utilizar a base de dados para a realização de um orçamento apenas é necessário configurar inicialmente as características da obra para que os preços gerados sejam o mais aproximado possível da realidade.

    Note que a base de dados inclui composições teóricas que depois terão de ser adaptadas, em termos de composição e rendimentos, à especificidade de cada empresa. O Gerador de preços têm como principal objectivo auxiliar projectistas e construtores na orçamentação e definição de projectos.

    Cumprimentos
  10.  # 10

    Colocado por: vasco tomeEstive a falar com um Sr. que vende o programa Cype e existe duas modalidades:
    -comprar apenas a base de dados para orçamentação
    -comprar a base de dados e todo o programa de medição, etc


    Se comprar, compre apenas a base de dados de orçamentação, mas antes de comprar pode experimentar a versão AfterHours, que lhe permite trabalhar fora de hora e ao fim de semana. Assim pode experimentar antes de comprar
    http://versoes.cype.pt/after_hours.htm

    Colocado por: vasco tome
    A minha duvida é qual o coeficiente para decompor os trabalhos (mão de obra, equipamento, material), se este se altera dependendo do trabalho a realizar ou se podemos usar o mesmo coeficiente para qualquer trabalho.

    Esse coeficiente não existe, dado variar muito de artigo para artigo. Enquanto nas demolições é quase tudo mão de obra, na montagem de luminárias é quase tudo materiais. É para isso que são necessárias fichas de rendimentos, dado terem a composição e consequente distribuição por tipo de custo


    Colocado por: vasco tome
    A minha outra questão é (o Sr. Paulo Correia tem muita experiencia) o Cliente prefere o orçamento com o valor total ou om os vários rtabalhos discreminados?

    Descriminados sem qualquer dúvida, Além de dar um aspecto profissional ao orçamento, demonstra conhecimento de preços e para mim a grande vantagem, é defenir claramente o que estou a propor e para o cliente o que está a comprar. Protege ambas as partes e evita discussões durate a obra.

    Colocado por: vasco tome
    Estou a pensar entregar aos meus encarregados uma folha para que no final do dia me entreguem com as horas e trabalhos realizados por cada empregado, será uma boa ideia? Poderão eles pensar que estou a pressionar em demasia.

    Nem pense numa coisa dessas, só perde tempo e cria problemas. Já vi várias tentativas dessas falharem. O que se pretende com o controle é perceber onde houve desvios e porquê. A maioria dos porquês devem-se a 3 situações:
    Mau planeamento dos trabalhos (Engenheiro/encarregado)
    Má execução dos trabalhos, obrigando a refazer trabalhos por erros (Encarregado)
    Compras de materiais tardias, provocando quebras de rendimento (Engenheiro)
    Compras de materiais caras (por tardias ou não procura de melhores preços) (Engenheiro)

    Se um encarregado cometer uma asneira, não está à espera que lho vá dizer pois não? Ele irá por nas partes diárias a mão de obra que usou em excesso, alocada a outra actividade e o controle foi-se. Idem para o engenheiro.
    Pior que isso, aquilo que nós pretendemos controlar, são os esquemas dos encarregados (mão de obra, contentores de entulho, etc) e dos engenheiros (Compras aos amigos, subempreitadas mafiadas. etc). ambém não está é espera que lho vão dizer pois não? Esse sistema de controle directo, não funciona porque é sempre mafiado.

    Colocado por: vasco tomeVisto a mão de obra ser sempre a maior parte do custo e o que flutua mais influenciando o orçamento, estou a tentar implementar um sistema com os empregados por objectivos, se conseguirem efectuar o trabalho durante x dias recebem y, mas se levarem x+x1 dias recebem y-y1, o que pensam deste sistema?

    Pode ser bom, mas precisa de saber exactamente quanto têm para gastar, mas para isso precisa sempre de fichas de rendimento.Sem isso é por palpite e arrisca-se a perder dinehiro.

    Cumps
  11.  # 11

    Para entender aquilo que eu disse acima, acerca do controle indirecto, veja o exemplo que está na fotografia.

    Nas colunas do custos previstos, estão os custos que estavam previstos em orçamento, divididos por mão de obra, equipamento, materiais e subempreitadas. Como vê o índice de que falava, não existe. Nas colunas do custos reais, estão os custos efectivamente gastos na obra. Por comparação coluna a coluna, posso ver onde onde desvios e tentar perceber se o erro estava no orçamento ou na gestão de obra. Os primeiros são baseados nas fichas de rendimento do orçamento, os segundos nos custos da contabilidade.

    Note-se que esta é uma obra antiga e os valores que lá estão são semi-reais, servindo apenas para exemplo. Para produzir estes mapa para todas as obras, preciso apenas de uma pessoa e facturamos 5 milhões de euros anuais.



    Espero ter exemplificado melhor agora. Este sistema permitiu-me corrigir imensos preços e tornar a empresa competitiva ao ponto de termos uma taxa de sucesso de 25% na taxa de ganho dos orçamentos, quando a generalidade do mercado está no 5%. Permitiu ainda acabar com certas teorias de preços m2 de construção (uns certos 500€ ehehe)

    Cumps
  12.  # 12

    Desde já quero agradecer a vossa ajuda e principalmente a disponibilidade do Sr. Paulo Correia.

    Como a minha empresa é pequena eu tenho de fazer de encarregado, engenheiro, orçamentista, etc, por vezes ao tentar fazer tudo acabo por não fazer nada. Mas tenho a vantagem que esses negocios com eng. e encarregados não existem, porque passa tudo directamente por mim.

    Nesta construção que estou a fazer com um socio, a situação é idêntica, eu fiquei responsável pela construção e ele pela parte financeira.

    Também penso que entregar os orçamentos com os valores das várias etapas é muito melhor, embora estejamos a desvendar os preços com que trabalhamos, vou seguir essa politica então.
  13.  # 13

    Caro Paulo Correia

    No seguimento deste assunto, que método aconselha para um atelier de arquitectura manter controle nos custos durante a fase de projecto. É que cá em Portugal não existe o conceito do medidor que acompanha o projecto, e temos procurado alguém que faça as vezes do "quantity surveyor" inglês mas sem grande sucesso, o que nos faz perder imenso tempo em estimativas de custo intermédias, já que essa não é a nossa vocação.
  14.  # 14

    Caro f_ribeiro

    Os QS ingleses existem em Portugal mas são poucos e actualmente existe uma procura enorme no mercado, por parte dos empreiteiros, levando a um aumento dos ordenados e da sua escassez, por isso, não é de estranhar que tenha dificuldades em encontrá-los. Para ajudar à festa, as nossas escolas continuam a formar gente em áreas que estão mais do que saturadas, desleixando áreas emergentes, pelo que a situação não irá melhorar nos próximos anos.

    No caso dos gabinetes de arquitectura, a coisa ainda piora, porque geralmente, pagam mal e a más horas, pelo que como mercado de trabalho, têm pouco interesse. Pessoalmente a única razão que posso ver para colaborar com um arquitecto, é precisamente essas simulações de custos, onde se aprende muito e se vê situações novas.

    Sem saber a área em que trabalha, é difícil de dar um conselho, porque determinados simuladores de custos, podem funcionar bem numa área e mal noutra. No entanto, após este tópico, e estando a Téktónica a decorrer, estive no pavilhão da Cype e estiveram-me a fazer uma demontração do gerador de orçamentos e fiquei realmente impressionado. Para fazer estimativas, desde que a obra se enquadre nas tipologias deles, gostei mesmo muito. Exportando depois, para o Arquimedes e fazendo lá as afinações finais, penso que está ali uma boa ferramenta para os projectistas.

    Pensamento final e pessoal.
    Por enquanto e nos próximos anos, a área dos orçamentos nos empreiteiros vai pagar muito bem, mas como tudo nesta vida, este período terminará. A seguir teremos o período dos planeamentos e então chegará o tempo dos projectos, porque os clientes, querem ter a certeza de 2 coisas: Que a obra termina dentro do prazo e do orçamento e adivinhe que estará em melhores condições para assegurar isso?
  15.  # 15

    Quando o Ciente nos entrega um projecto para orçamento, seja uma moradia ou edifício, num tem as quantidades e o valor estimativo do custo da obra só serve para rir.

    Porque depois para fazer um orçamento sem recorrer ao tal x=area*preço/m2, temos que estudar, medir e ter atenção a todos os custos, levando uns 3 a 4 dias para completar.

    Eu usei um orçamento que fiz no ano passado de um edificio de 3 pisos sem cave e com 3 apartamentos T3 e dois T2, o valor do orçamento entregue ao cliente foi de 360 000,00€, fiz uma simulação com Cype para ver (embora tenha sido por alto) e deu 555 000.00€ a diferença ainda foi alguma.
    De reparar que o Cliente que pedio o orçamento do edifício entregou ainda por 320 000.00€, mas isso já é uma loucura, porque no meu orçamento já estava no limite.
  16.  # 16

    Caro Vasco tomé

    Ontem quando lá estive, a simulação para uma vivenda de gama média deu-me 785€/m2, mas se calhar tive sorte, não sei. Disse antes que desconfio sempre muito de orçamentos automáticos porque me parecem que para simulações, ainda servem, mas para orçamento real, são muito perigosos.

    No seu caso, ou utiliza o Arquimedes com as bases de dados deles, senão terá de criar milhentas fichas de rendimento ou caso queira ir para o CCS, consigo que lhe arranjem uma licença provisória para experimentar durante 2 ou 3 meses e forneço-lho a minha base de preços com as minhas fichas de rendimentos. Mas cuidado, porque aquilo são ferramentas e se as não souber usar, não serve de nada e a curva de aprendizagem, ainda assim é puxada. A minha mulher que têm bons conhecimentos informáticos, demorou uma semana a entrar no sistema e à noite ainda a ajudo. Mas depois de dominado é um programa magnifico.

    Cumps
  17.  # 17

    Anónimo disse:
    Caros Vasco tomé e PauloCorreia,

    As estimativas orçamentais geradas automaticamente pelo sistema de orçamentação automatizado da Cype não deve ser utilizado como orçamento final de uma obra, quer do ponto de vista do projectista e muito menos do ponto de vista do construtor.

    Se forem utilizados os Pré-dimensionadores é gerado, com base em informações genéricas sobre o projecto, uma estimativa orçamental. Como é natural a estimativa é baseada em determinadas premissas que o sistema estabelece. Por exemplo, é estabelecida determinada configuração para os sanitários (tubagens, revestimentos, etc.). O software gera, com base nos parâmetros definidos pelo utilizador, um articulado e estima as quantidades (com base nas áreas de construção indicadas pelo utilizador) para cada uma dos artigos do orçamento.

    Se forem utilizados os Geradores do orçamentos tem-se acesso a mais opções, é possível definir com mais detalhe as características físicas do edifício (áreas de varandas, etc.) e também as qualidades dos vários trabalhos. Por exemplo, é possível definir o tipo de tubagem ou os sanitários a utilizar nas wc's. Neste software define-se com bastante profundidade os acabamentos finais e solução a adoptar, no entanto é mais uma vez o software a estimar as quantidades de cada trabalho.

    Estes tipos de software nunca poderão gerar os valores exactos, pois cada caso é um caso, no entanto geram estimativas aproximadas e detalhadas (artigo a artigo).
    Do ponto de vista do projectista podem ser uma grande ajuda. O sistema de orçamentação Cype pode gerar, numa fase inicial do projecto, estimativas ou verificar que repercussões económicas podem ter diferentes soluções a adoptar. Com o projecto mais definido pode-se exportar a estimativa para o programa Arquimedes e assim definir correctamente o orçamento.
    Do ponto de vista da empresa construtora as estimativas orçamentais servem apenas para isso. Neste caso terá de ser criada a base de dados da empresa de construção, com os seus rendimentos específicos, preços que consegue, etc. Neste caso pode-se utilizar o Arquimedes que permite ainda realizar autos de medição ou o controle de custos.

    Cumprimentos
  18.  # 18

    Sr Paulo Correia

    Se for possível fornecer a base de dados agradecia imenso.

    Pois sempre serve de apoio ao orçamento, para ver se estou dentro dos preços de mercado e não acima ou abaixo.

    O meu email é [email protected]

    Obrigado pela vossa ajuda
  19.  # 19

    Caro Anónimo

    Concordo consigo e já o disse antes, que para projectista me parece uma excelente ferramenta, mas que deve ser bem usada para dar valores tão correctos quanto possível. Mal de nós quando esse tipo de programa der o valor correcto automaticamente. Após a visita à Tektónica, mudei a minha opinião em relação ao programa e não tenho dúvidas em o aconselhar, especialmente ao nível dos projectistas e/ou pequenas empresas que não possam ter orçamentistas a tempo inteiro.

    Caro Vasco tomé
    Vou enviar a minha base principal, mas deve ter em atenção que aqueles preços devem ser olhadas com atenção, porque tanto orçamento obras de 50.000€ como de 900.000€, pelo que, tenho índices de correcção no programa de forma a alterar os preços para se adaptarem ao tipo, volume e graus de dificuldade da obra.
    Aquilo que faço (já não sou eu,tenho 3 orçamentistas mais novas que o fazem), é orçamentar a obra com aquelas fichas de rendimento, que usam recursos sem desconto e depois colocar os descontos dos materiais que têm mais peso e aplicar índices de correcção à mão de obra, obtendo assim o valor final seco.

    Cumps
  20.  # 20

    Caro Paulo Correia

    Agradeço o comentário. Neste momento projectamos utilizando o Revit o que nos permite obter quantidades de materiais e equipamentos de forma automática, ou seja, cada alteração ao projecto é imediatamente medida. O que nos faz falta é preços para os vários materiais e a experiência de quem constantemente anda no mercado a obter preços. É que uma pedra, a titulo de exemplo, muda de preço consoante as dimensões e é este conhecimento e experiência que nos faz falta e que penso que nenhum software nos pode ajudar. De qualquer forma vou avaliar o programa para perceber até que ponto nos pode ser útil.

    Atenciosamente
 
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