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    • AMG1
    • 11 fevereiro 2025

     # 21

    Colocado por: dmanteigas

    Ha desonestidade intelectual, quando o proprio TdC diz que separar todos os subsistemas e so uma forma de 'camuflar' as responsabilidades do estado relativamente a previdencia.
    O resto e como disse.



    Quando se discute reformas em Portugal, so o e possivel fazer de forma honesta se se considerar todas as despesas e todas as receitas relativas a previdencia social.



    Ora ai esta a conclusao que interessa...



    E por isso e que eu disse que os reformados com 50+ anos de descontos sao 'um mito', no sentido em que existem realmente muitas pessoas reformadas ou prestes a reformar-se com carreiras longas de trabalho mas nao tao longas contributivas. A % de pessoas que esta reformada com 50+ anos de descontos e uma pequena % das pessoas reformas com efetivos 50+ anos de trabalho. Logo nao se pode comparar como o fez, dando a entender que era 'normal' no passado alguem se reformar com mais de 50 anos de descontos.




    E obvio que resultam. A experiencia, vivencia, conhecimento que cada um de nos tem molda o nosso pensamento sobre a sociedade e politica.
    Dificilmente alguem tem opinioes completamente desligadas da sua situacao pessoal. Sao uma raridade e grande parte deles, hipocritas.
    Nao e por acaso que ideias liberais pouco pegam em paises com demasiada pobreza. Mas alguem que vive na pobreza consegue ter a claridade de pensamento para ter uma opiniao desligada do seu interesse pessoal? Que acha que sim, devemos reduzir impostos aos 'ricos' e reduzir os servicos que o estado presta? Ok...
    O que existe sempre e malta hipocrita. Por exemplo, o Ricardo Araujo Pereira e um famoso comediante/comentador de esquerda e quem o ouve ate pensa que ele na sua empresa nao usa todas as artimanhas fiscais possiveis e imaginarias para fazer a mesma 'optimizacao fiscal' que critica as 'grandes empresas'. E um bom exemplo de um hipocrita. Quer outro? O Rui Tavares... tambem e de esquerda, defende muito os servicos publicos e o 'fim' dos privados enquanto prestadores de funcoes core do estado pois ao existirem estao a enfraquece-lo, mas os filhos andam no colegio e quando esta doente vai ao Hospital da Luz. Quer mais exemplos? O Chega defende a castracao quimica de pedofilos enquanto tem nas suas fileiras eleitos que andam a pagar para serem mamados por menores.


    O dmanteigas mistura e torce argumentos até conseguir ter razão, mesmo quando sabe que não a tem. Isso é que é desonestidade intelectual.
    Vamos lá ver, o que estava em causa eram as eventuais alterações necessarias ao sistema contributivo da seguranca social para o tornar sustentavel, ou eram as responsabilidades do estado, nomeadamente, com as pensões, que ja agora até são mais do que as da CGA?
    Logo no meu primeiro comentário chamei a atenção para a questao da CGA onde estaria um problema muito maior do que no sistema contributivo da SS, mas claro que os seus preconceitos ideológicos toldaram-lhe a vista e pelos vistos também o raciocínio e por isso, ou não viu ou ignorou o que leu.
    Portanto este passeio pela catacumbas da CGA deve-se exclusivamente a sua vontade prepositada de demonstrar que a situação do sistema contributivo é pior do que na verdade é.
    Obviamente que eu não falei de preconceito ideológico, por acaso, mas porque julgo saber donde veio.
    Agora a sua referência a posição dos juizes do TC chega a ser hilariante. Olhando para o que você escreveu sobre o RAP ou o RT, apetece-me perguntar-lhe se por acaso se esqueceu que nesta matéria (responsabilizar a SS pelas pensoes da CGA) os juizes do TC são também juizes em causa própria.
    Mas é claro que, mais uma vez a confundir. O o TC diz, no essencial, é que as pensões da CGA, tal como as da SS, constituem ambas responsabilidades do estado. Mas que grande novidade que os srs. Juizes do TC nos dão.
    Outra coisa diferente é querer juntar os dois sistemas, sem ter em conta que o sistema contributivo não vai poder rwsponder por responsabilidades que não são suas.
    Mas claro que os esquerdistas radicais como eu, ou como p.e. o Bagao Félix, é que estamos a ser cegos ao não ver o obvio. Ou seja, que o sistema contributivo da SS tem responsabilidades e receitas enquanto o da CGA só já tem responsabilidades sem receitas. Mas ainda bem que existe uma nova direita inteligente e séria para nos ensinar que a responsabilidades do estado servem não para este as procurar cumprir, mas apenas para demonstrar que não as pode cumprir. Enfim...
    Quando as pessoas com mais de 50 anos com contribuições, mais uma vez, porque parece não querer perceber. Era dessas que eu estava a falar e não das que você conhece e que trabalharam sem descontar, porque essas não vão receber nada da SS por esse periodo, logo não contam para nada, as que contam são aquelas que mencionei. Sim não eram muitas e eu até avancei o numero, cerca de 2000 (de memória), possivelmente foi porque com esse numero quiz dar a entender que eram muitas. Portanto, também mais este passeio por algo completamente lateral (quem trabalhou sem descontar) só acontece porque você quer misturar tudo para que a sua frágil argumentação possa parecer mais do que na verdade é.
    Agora vamos lá à hipocrisia. Antes de mais, uma declaração de interesse que você até pode confirmar noutro comentários. Eu, para além de não ter qualquer interesse nas pensões da segurança social, também não sou utilizador do SNS e, infelizmente, não tenho nenhuma margem para pagar menos impostos, sem jncorrer em ilegalidades, senão fa-lo-ia sem qualquer problema de consciência. Será que por causa dessa minha situação, particular estou tolhido moral ou civicamente de defender que quem não tem as possibilidades que eu tenho, também possa ter direito a uma pensão decente ou a serviços publicos de saúde?
    Nada disto é contraditório, com o facto de sermos todos fruto das circunstâncias em que nos formamos e vivemos, mas até a extrema esquerda, de que parece ser um observador previligiado, abandonou esse determinismo ha muito, será que agora é a direita mais liberal que o adoptou?
    Será que p.e. na IL não existem pessoas com origens humildes e que tem vidas que não se confundem com as carreiras profissionais fulgurantes ou grandes êxitos empresariais?
    Não defendem todos os mesmos ideais?
    Eu até percebia esse seu azedume para com o RAP ou com o RT, mas isso seria se o RSP defendesse a fuga aos impostos, ou o RT a proibição do ensino e da saúde privada, mas pelo que percebo não o fazem. Portanto, mais uma vez fomos dar uma espécie de "volta ao bilhar grande" argumentativo, neste caso quase insultuoso, porque simplesmente não há mais nada para dizer do que lugares comuns.
    Depois, meu caro dmanteigas até eu acho que você é capaz de mais do que comparar o comportamento do RAP ou do RT com o do inergumero do CHEGA. Há limites para o descaramento.
    Apesar de voce achar que eu sou um extremista de esquerda (quiçá até perigoso), a verdade é que não navego nas mesmas águas ideologicas do RT, mas considero que vivo no mesmo mundo que ele, como também vivo no mesmo mundo de alguns amigos que estão muito mais a direita do que eu, alguns até naquele partido que já candidatou a presidencia da República, um que depois se veio a verificar ser um falsificador confesso de assinaturas. Por isso tenho de lhe dizer que mete-los no mesmo saco, certamente de forma impensada, que o Pardal dp Chega é um insulto não só aos próprios, mas a todos os que acreditam que podemos todos viver juntos e nalguma harmonia, mesmo que não estejamos de acordo em quase nada.
    • AMG1
    • 11 fevereiro 2025

     # 22

    Colocado por:

    Mas nao e o que tem sido feito sistematicamente?
    Ainda hoje por exemplo, quem se reforma ainda apanha um beneficio da antiga lei dos 'melhores 10 dos ultimos 15 anos' na contabilizacao da reforma. Cada vez menor claro, mas ainda existem. Cada reformado desde que esta lei foi revogada e afetado negativamente no apuramento da sua reforma. De forma progressiva, para nao se notar muito. Quem se reforma em 2025 e substancialmente mais afetado que alguem que se reformou em 2015. Obviamente que como e um pequeno valor em cada ano, as pessoas nem notam. E quando chegarmos a uma fase em que a reforma e apenas calculada com base em toda a carreira contributiva (quem comecou a trabalhar apos 2002)...
    https://www.seg-social.pt/pensao-de-velhice

    A sustentabilidade da SS tem sido assegurada assim. E assim continuara a ser no futuro


    Agora é que eu fiquei sem perceber.
    Afinal você acha que tal como está e com as regras actuais, que vigoram desde 2007, o sistema tem a sustentabilidade assegurada?

    Por acaso o dmanteigas já foi ao simulador da SS ver em que idade se vai reformar e qual será o valor da sua pensão nessa altura?
    • reg
    • 11 fevereiro 2025

     # 23

    Colocado por: dmanteigasA sustentabilidade da SS tem sido assegurada assim. E assim continuara a ser no futuro


    assim nada, eventualmente deixa de fazer sentido fazer tantos descontos
    • reg
    • 11 fevereiro 2025

     # 24

    Colocado por: AMG1Por acaso o dmanteigas já foi ao simulador da SS ver em que idade se vai reformar e qual será o valor da sua pensão nessa altura?


    o simulador da SS é apenas teórico, nada garante nem ninguém sabe se haverá dinheiro na altura, por isso os valores apresentados são meramente indicativos
    • AMG1
    • 12 fevereiro 2025

     # 25

    Colocado por: reg

    o simulador da SS é apenas teórico, nada garante nem ninguém sabe se haverá dinheiro na altura, por isso os valores apresentados são meramente indicativos


    Pois. Isso é uma grande verdade!
    Amanhã também podemos estar todos mortos e acabar-se o problema.
    Parece é que o reg, ainda não percebeu como é que o sistema funciona. Assim de simples, o dinheiro que os activos entregam à SS servem para pagar as pensões aos reformados. Depois há um fundo e mais uns proveitos, mas isso já é mais complicado.
    A eventualidade do sistema se tornar insustentável ocorre se o valor a pagar for maior do que o valor recebido pela SS. Claro que não é o facto de durante um dado período de tempo isso poder acontecer que será um problema, o tal fundo serve para essas eventualidades. A questão é a duração desse período. Neste momento o que se sabe é que durante a proxima década haverá um periodo de alguns anos em que isso pode ocorrer. Agora se vão ser 3, 5, 8 ou 10, bem como a dimensão desses défices, isso ainda não se consegue antecipar com garantia, porque depende essencialmente do comportamento do mercado de trabalho. A troyca p.e. estimou que esse periodo tivesse início ainda nesta década, mas hoje já se sabe que dificilmente ocorrerá antes de 2033. Depois desse periodo (o crítico do rácio activos/reformados), o expectável é que a situação volte ao equilibrio.
    A questão é que há muita insegurança nestas previsões, porque dependem de inumeras variáveis cujo comportamento é dificil antecipar.
    O que deve ser feito, se não quiserem mudar mesmo a natureza do sistema, é irem monitorizando o comportamento para poderem tomar medidas com tempo e evidentemente que qualquer esforço deve ser repartido por todos.
    Agora é um facto indesmentível que as regras actuais são menos generosas do que as existentes ate 2007, mas também foi para isso mesmo que elas foram mudadas e podem voltar a ser alteradas por vontade do parlamento. Por isso é que os jovens se deveriam interessar por isto, em vez de não querem saber ou então andarem a carpir. Talvez, ao menos, talvez votar de forma informada fosse mais sensato.
    Também convém ter em conta que muitos dos que se reformaram exclusivamente com as regras antigas, ou já se foram, ou estão a caminho, mas é facto que vai haver sempre uns mais rijos, que vão ficar por cá muito tempo a chatear a juventude!
  1.  # 26

    Colocado por: AMG1Agora é que eu fiquei sem perceber.
    Afinal você acha que tal como está e com as regras actuais, que vigoram desde 2007, o sistema tem a sustentabilidade assegurada?


    Talvez nao me tenha explicado bem de todas as vezes que comentei este assunto... mas ca vai novamente :)
    A sustentabilidade do sistema tem sido sistematicamente assegurada por medidas como essa que vigora desde 2007. Sem a introducao do fator de sustentabilidade e da alteracao das regras de contabilizacao dos anos de descontos, o sistema de previdencia a muito que era deficitario. O futuro vai implicar regras semelhantes, onde o efeito se vai sentindo a longo prazo, um bocadinho em cada ano, prejudicando sempre ou as condicoes de acesso (idade) ou as condicoes de apuramento da reforma.


    Colocado por: AMG1Por acaso o dmanteigas já foi ao simulador da SS ver em que idade se vai reformar e qual será o valor da sua pensão nessa altura?


    Ja. Como desconto sobre um valor simpatico, mesmo com a estimativa conservadora de crescimento salarial do simulador ficarei potencialmente com um valor simpatico, quando me poder reformar aos 68 anos e 10 meses apos quase 47 anos de descontos :)
    No valor eu nao acredito, e na idade estou a trabalhar para me poder reformar nem que seja parcialmente muito antes...
    Mas nao passa de um exercicio teorico. Como eu disse, e natural que muito em breve existam mais umas 'reformas' que prejudiquem um bocadinho de cada vez quem se vai reformar no futuro.
    Eu no meu caso ja sou penalizado em impostos por ganhar bem e tenho a certeza que tambem serei penalizado no futuro na reforma por esse mesmo motivo. E sempre mais facil e aceite ir aos 'ricos' que ganham um bocadinho acima da media que estao ca para pagar e nao bufar.

    Colocado por: AMG1Por isso é que os jovens se deveriam interessar por isto, em vez de não querem saber ou então andarem a carpir. Talvez, ao menos, talvez votar de forma informada fosse mais sensato.


    100% de acordo.
    Por isso e que eu disse que nao temos qq direito a queixar-nos. Nao podemos pedir aos reformados ou pessoas a caminho da reforma em breve que votem em alternativas que proponham sacrificar o seu presente em detrimento do futuro dos outros. Isso vai contra a natureza humana.

    Colocado por: AMG1Também convém ter em conta que muitos dos que se reformaram exclusivamente com as regras antigas,


    Eu acho que ate 2030 ainda vamos apanhar malta a beneficiar pelo menos parcialmente do antigo sistema, e que ficaram a usufruir de um apuramento mais benefico que os futuros pensionistas em media ate 2050.
    E este o impacto de nao se mexer em 'direitos adquiridos'
    • AMG1
    • 12 fevereiro 2025

     # 27

    Colocado por: dmanteigas

    Talvez nao me tenha explicado bem de todas as vezes que comentei este assunto... mas ca vai novamente :)
    A sustentabilidade do sistema tem sido sistematicamente assegurada por medidas como essa que vigora desde 2007. Sem a introducao do fator de sustentabilidade e da alteracao das regras de contabilizacao dos anos de descontos, o sistema de previdencia a muito que era deficitario. O futuro vai implicar regras semelhantes, onde o efeito se vai sentindo a longo prazo, um bocadinho em cada ano, prejudicando sempre ou as condicoes de acesso (idade) ou as condicoes de apuramento da reforma.




    Ja. Como desconto sobre um valor simpatico, mesmo com a estimativa conservadora de crescimento salarial do simulador ficarei potencialmente com um valor simpatico, quando me poder reformar aos 68 anos e 10 meses apos quase 47 anos de descontos :)
    No valor eu nao acredito, e na idade estou a trabalhar para me poder reformar nem que seja parcialmente muito antes...
    Mas nao passa de um exercicio teorico. Como eu disse, e natural que muito em breve existam mais umas 'reformas' que prejudiquem um bocadinho de cada vez quem se vai reformar no futuro.
    Eu no meu caso ja sou penalizado em impostos por ganhar bem e tenho a certeza que tambem serei penalizado no futuro na reforma por esse mesmo motivo. E sempre mais facil e aceite ir aos 'ricos' que ganham um bocadinho acima da media que estao ca para pagar e nao bufar.



    100% de acordo.
    Por isso e que eu disse que nao temos qq direito a queixar-nos. Nao podemos pedir aos reformados ou pessoas a caminho da reforma em breve que votem em alternativas que proponham sacrificar o seu presente em detrimento do futuro dos outros. Isso vai contra a natureza humana.



    Eu acho que ate 2030 ainda vamos apanhar malta a beneficiar pelo menos parcialmente do antigo sistema, e que ficaram a usufruir de um apuramento mais benefico que os futuros pensionistas em media ate 2050.
    E este o impacto de nao se mexer em 'direitos adquiridos'


    Bom, uma simulação é, por natureza, um exercício teórico, por isso deve ser vista como tal. Se os pressupostos se alterarem, evidentemente que o resultado será outro.
    Quanto a futuras mexidas, se necessárias, tambem me parece claro que nunca serão para beneficiar ninguém. O máximo que se pode ambicionar é que o esforço seja repartido por todos.
    Embora assumindo que as regras anteriores eram mais generosas, a verdade é que era uma fórmula que beneficiava fundamentalmente as carreiras estáveis que iam evoluindo em rendimento ao longo da vida, em que o último período era, em geral, aquele em que o rendimento tambem era maior. No fundo era o chamado emprego para a vida. Com a nova fórmula, essas carreiras também são as mais prejudicadas, mas também serão cada vez menos, eu até posso estar enganado, mas acho que nem boa parte dos jovens já quer esse emprego para a vida.
    Por isso é que continuar a olhar para trás e para algo que seguramente nao vai voltar, de pouco vai adiantar.
    A mim parece-me ainda não se percebeu bem a natureza da reforma de 2007. A meu ver, mais do que a sustentabilidade de longo prazo, o que esteve em causa foi o risco para as contas públicas. Tanto que o objectivo principal foi criar uma solução que limitasse esse risco. O factor de sustentabilidade, na prática o que pretende é limitar a duração da reforma, ou o seu valor. Ou seja, o foco não foi o tempo que se está como activo, mas o tempo que se esta na situação de reformado. Ora o que isto nos diz é que o estado esteve basicamente interessado em circunscrever o "custo" de cada reformado e esse custo, em tempo médio, foi o que existia na altura (2007). Podia ser outro, mas optaram por aquele.
    Ainda que você ou outros achem que a minha opinião é ditada pela idade e situação, a verdade é que eu até acho, que se quisermos manter o sistema até pode ser que se aguente, embora com alguns acertos, p.e. a questão das actualizações, ou as pensões de sobrevivencia que deviam estar sujeitas a condição de recursos e mais uma quantas coisitas que ajudavam.
    Agora eu não esqueço que já se criou na sociedade portuguesa a ideia de que não é possível manter o sistema, porque é insustentável, não há evidência nenhuma disso, mas não adianta, é uma daquelas percepções que não há forma de fazer desaparecer, até porque ninguém pode afirmar com segurança o contrário. Talvez estejamos no domínio das tais "professias que se auto-realizam, que um certo sociólogo teorizou (sempre estas pseudo ciências "da treta"), mas adiante.
    Como disse, logo no inicio desta conversa, já não tenho qualquer dúvida de que mais cedo, ou mais tarde, vamos ter o plafonamento das contribuições mais elevadas. Se isso vai beneficiar os pensionistas ou aummentar a sustentabilidade do sistema que tera de se manter como exclusivo para a maioria, isso logo veremos.
    Com a plafonamento, até pode acontecer uma coisa engraçada. Se esse segundo pilar de capitalização tiver uma opção publica e outra privada, a maioria dos activos preferira opção pública,em detrimento da privada. Mais uma vez, esperar para ver.
    Agora e ja fora das pensões, você para "liberal encartado" que se pretende, parece-me que se preocupa demais com os slogans do BE. Se o objectivo do liberalismo é crescer e não ficar ao nivel do BE, talvez seja melhor alterar o alvo.
    Todos sabemos, talvez menos o BE e o PCP (o Chega não sei, mas desconfio que eles também não), que a progressividade dos impostos sobre o rendimento dos particulares é demasiado elevada e deveria ser reduzida. Mas isso pode ser dito, a meu ver, de forma muito mais eficaz do que apenas contrariar slogans parvos do BE. Até porque a progressividade que temos atinge demasiado, mesmo aqueles que não são ricos, eu até diria que atinge sobretudo aqueles que não são verdadeiramente ricos. Portanto em vez de alinhar na retoria tonta do BE, embora de sinal contrário, fazer diferente talvez fosse mais eficaz. Isto claro, se o liberalismo quiser mesmo crescer. Mas lá está, como você disse ontem, o liberalismo não agrada aos pobres, por isso talvez fosse melhor para os objectivos do liberalismo colaborar para que deixemos de ser um país de pobres, em vez se optarem por se assumirem como contraponto do BE.
    Depois, até qualquer liberal mais convicto sabe perfeitamente que a progressividade nos impostos sobre o rendimento está presente em todo o mundo ocidental, pode é ser maior ou menor, por isso talvez valha a pena ficarmos por essa discussão e excluir conversas sobre os ricos, até porque esses são poucos e sabem tratar de si.
    Se os liberais quiserem estar para o PSD, como o BE tem estado para o PS, então continuem, porque estão no caminho certo e não tirem a mira do BE e sobretudo assumam que a extrema esquerda começa no PS, ou até mesmo no PSD, porque ouvindo alguns discursos, parece que já não estamos longe disso.
  2.  # 28

    Colocado por: rego simulador da SS é apenas teórico, nada garante nem ninguém sabe se haverá dinheiro na altura, por isso os valores apresentados são meramente indicativos


    Isso não é razão para menosprezá-los.
    É como a estimativa de quanto crescerá a economia este ano, é como o orçamento de espaço, é como uma estimativa orçamental duma obra... Teórico é sempre, e derrapagens haverá muitas vezes também. Contudo, é o que há. É o que se aproxima mais duma bola de cristal. Deve ser tido em conta, com alguma margem para relativizar. Ainda assim, são estas previsões futuras que ajudam a definir o presente. Não devem ser menosprezados.

    É sempre melhor decidir em função dos números do que com base em percepções ou "adivinhações".
    • reg
    • 12 fevereiro 2025

     # 29

    Colocado por: N Miguel OliveiraÉ como a estimativa de quanto crescerá a economia este ano, é como o orçamento de espaço, é como uma estimativa orçamental duma obra...


    vou mudar um pouco o tema, basta governos da alemanha e frança por exemplo mudarem, o putin invadir a europa e nada disso fará mais sentido, porque o problema da SS vai deixar de existir
    • reg
    • 12 fevereiro 2025

     # 30

    Ao longo de uma carreira contributiva de 40 anos, uma carreira com a duração normal, a carga fiscal paga por um trabalhador pode atingir valores milionários.

    https://maisliberdade.pt/maisfactos/quanto-arrecada-o-estado-ao-longo-da-carreira-contributiva-de-um-trabalhador/
  3.  # 31

    Colocado por: regAo longo de uma carreira contributiva de 40 anos, uma carreira com a duração normal, a carga fiscal paga por um trabalhador pode atingir valores milionários.

    https://maisliberdade.pt/maisfactos/quanto-arrecada-o-estado-ao-longo-da-carreira-contributiva-de-um-trabalhador/

    Falta acrescentar o IVA e os outros impostos
  4.  # 32

    Colocado por: regvou mudar um pouco o tema, basta governos da alemanha e frança por exemplo mudarem, o putin invadir a europa e nada disso fará mais sentido, porque o problema da SS vai deixar de existir


    Pois, e se... e se...
    E se morrer aos 50, nem à reforma chego...
  5.  # 33

    O que muitos boomers não entendem:

    https://www.youtube.com/shorts/en_VpZtUFcE
  6.  # 34

    Acerca da discussão que ocupou as últimas páginas. Estes pelo menos não pretendem ajudar a garantir a sustentabilidade da SS

    https://www.publico.pt/2025/02/07/p3/noticia/maioria-universitarios-porto-pondera-emigrar-portugal-nao-pais-jovens-2121697
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
      Screenshot_2025-02-14-23-12-46-966_com.android.chrome.jpg
  7.  # 35

    Acho completamente surreal quando um T1 custa um salário mínimo(!)
    Em Rebordões(!!!) numa casa “remodelada”.
    Concordam com este comentário: Djdasa
      IMG_2096.jpeg
  8.  # 36

  9.  # 37

  10.  # 38

    Colocado por: HAL_9000https://www.publico.pt/2025/02/07/p3/noticia/maioria-universitarios-porto-pondera-emigrar-portugal-nao-pais-jovens-2121697


    Eu já disse isto aqui. Eu sou de 2000, a geração de 1998 a 2005 está toda a ir-se embora (eu próprio tenho mais de 70% dos meus amigos emigrados, e claro que eles agora estão a puxar-me para emigrar também). Eu já recebi uma proposta para ir trabalhar para a Vodafone UK em Londres, eles pagam 3,5X o salário liquido de cá e o quarto só custa em média mais 200 euros do que em Lisboa. Se não tivesse casa em Lisboa era garantido que já não estava em Portugal.

    E não é só dinheiro, há a questão das Inglesas e das Alemãs ;)
    • AMG1
    • 22 fevereiro 2025

     # 39

    Colocado por: rod_2000

    ...E não é só dinheiro, há a questão das Inglesas e das Alemãs ;)


    Finalmente um boa razão para os jovens emigrarem. Só que para isto não precisavam de muita qualificação, pelo menos daquela que se obtém nas universidades.
  11.  # 40

    Curiosamente, fui ver a evolução de preços da freguesia onde habito...

    Comecei a acompanhar o imobiliario em 2020, e em janeiro de 2020 o medio preço era 4500 €/m².

    5 anos antes, em janeiro de 2015, era 1750 €/m².

    Ou seja, na altura tinha subido 2,6x em 5 anos.

    Agora, 5 anos depois, o preço medio está nos 5050 €/m².

    Ou seja, 1,1x mais elevado do que 5 anos antes.

    Portanto, subiu 160% de 2015 para 2020, e 10% de 2020 para 2025.

    Curiosamente, também está 5,3% mais baixo que janeiro de 2024, e 4,9% mais baixo que em dezembro de 2024.

    Por acaso contraria totalmente a minha perceção do ultimo ano. Pensei que em 2024 tivesse subido mais do que antes.
 
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