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  1.  # 1

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Certo.
    É preciso começar a fazer o mesmo:
    https://www.publico.pt/2025/04/13/ciencia/noticia/universidades-portuguesas-defendem-criacao-programa-europeu-atrair-cientistas-eua-2129201
    Agora é boa altura para isso!


    Se o Trump continuar nesta senda de querer controlar o sistema universitário, pode abrir-se uma oportunidade para o sistema europeu, mas para isso seria necessario investimento e um esforço de transformação, que eu não vejo como podia ocorrer num curto espaço de tempo, sobretudo no caso português onde ainda impera a "rainha do guichet", que é a designação que usamos cá em casa para a burocracia e que foi inspirada na figura duma dada senhora chefe da secretaria da escola onde a senhora minha esposa trabalha.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  2.  # 2

    Colocado por: AMG1Se não estava a criticar o sistema europeu e apenas a dizer que é diferente do americano,

    Sim estava a criticar algum do sistema europeu (porque mesmo na EU nem tudo é igual). Quando o Estado retira quase 50% á economia o termo saque não é muito desapropriado. Claro que os USA também não são propriamente o paraíso na terra (será que isso existe?). Até porque a frase que eu mais detesto é o clássico - Isto só em Portugal. Mas não significa que esteja de acordo com tudo o que a minha geração fez no pós 25A e não tenho vergonha de dizer que criamos um sistema de "roubos" adquiridos que hoje é quase impossível mudar.
  3.  # 3

    Colocado por: Carvai
    Sim estava a criticar algum do sistema europeu (porque mesmo na EU nem tudo é igual). Quando o Estado retira quase 50% á economia o termo saque não é muito desapropriado. Claro que os USA também não são propriamente o paraíso na terra (será que isso existe?). Até porque a frase que eu mais detesto é o clássico - Isto só em Portugal. Mas não significa que esteja de acordo com tudo o que a minha geração fez no pós 25A e não tenho vergonha de dizer que criamos um sistema de "roubos" adquiridos que hoje é quase impossível mudar.


    Eu percebo, que não seja simples, mas o estado não retira nada à economia, o valor dos impostos que todos pagamos não saem da economia. São entregues ao estado que depois os devolve das mais diversas formas.
    Podemos discutir se este modelo é melhor ou pior do que outros, ou se o nosso estado é eficaz a fazer essa redistribuição. Só não podemos é enquinar esse debate começando por dizer que somos roubados pelo estado.
    A Carga fiscal media na EU (impostos+contribuições sociais/PIB) é de 40% e Portugal até fica ligeiramente abaixo disso (37,6 em 2024). Já os descendentes dos vikings estão todos a rondar os 50% e nem por isso deixam de ter vidas melhores do que as nossas ou de outros que ainda pagam menos impostos do que nós.
    Os impostos são um instrumento, que pode ser maior ou menor, mas a grande diferença está na forma como esse instrumento é usado...isto faz-me lembrar outra coisa, mas saiu mesmo por acaso.
    Quanto ao que a nossa geração fez no pós 25A, aí admito que o Carvai esteja mais a vontade do que eu, porque pessoalmente não sinto nada que me envergonhe, porque nessa altura nao estava cá. O estado português nunca gastou um centimo com a minha formação. Quando cá cheguei tinha 45 anos e no primeiro salario que me pagaram fiquei logo "carimbado" com o rótulo de bom cliente do fisco e assim continuou até hoje. Nunca pedi um subsidio ao estado seja para o que for. Nunca o estado gastou um centavo na formação, saúde ou o que quer que seja dos meus descendentes, nem sequer hoje, já reformado, recebo nada da Segurança Social Portuguesa.
    Portanto eu nunca tive desses "direitos roubados", mas reconheço que sem os meus impostos e os dos restantes, muitos dos nossos concidadãos teriam uma vida muito pior do que aquela que têm e isso não me irrita nada, pelo contrário até me descansa.
    Mas estou longe, mesmo muito longe, de considerar que o estado em Portugal faz o melhor uso dos impostos que pagamos e obviamente que como qualquer mortal, também gostava de pagar menos, mas eu também gostava de vir a conhecer os netos dos meus netos e sei que não será possivel.
  4.  # 4

    Colocado por: AMG1agora ideias e capacidade de gestão para as concretizar, não creio que as possamos exigir aos políticos.
    Portanto, empresários com imaginação e vontade precisam-se com urgência!


    Se voce plantar uma macieira numa solo sem terra e adubo mas apenas casculho esta a espera de ter macas na primavera seguinte?
    Uma e a consequencia da outra. Nao da para ter empresarios criativos, eficientes e competitivos num ambiente como o nosso, burocratico, informal e cheio de protecoes do estado. Os politicos criam e o ambiente atual, nao exclusivo de Portugal, onde por cada problema aparecem 100 empresarios a pedir 3 subsidios.


    Colocado por: jg231que loucura, mas a prestacao deve andar nos 1k, para 2 pessoas, enquanto estivermos em pleno emprego, não deve haver problema, quero ver o que vai acontecer quando vier a recessao, mais ajudas?


    Eu acho e que o jg ainda vive com o valor do dinheiro de 2014...

    Em 2014 o SMN era 485e. Em 2025 e 870 e 'parece' que daqui a 4 anos sera de 1100e.
    Ou seja, a tal prestacao de 1k para um emprestimo de 300k daqui a 4 anos vai ser o valor do SMN!

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe eu pedir um crédito para comprar computadores, uma plotter, comprar um espaço comercial ou alugar um pelo menos, comprar software, mesas de escritório, etc etc... via crédito... com o objectivo de daqui a 3 ou 4 anos começar a gerar lucro, riqueza, começar a empregar 2 ou 3 Arquitectos ou Engenheiros... Que sinal dá o Estado perante um banco?


    O N miguel e que e um tipo honesto, porque se pesquisasse um bocadinho e tivesse as conexoes certas, ate a Camara Municipal lhe 'emprestava' um espaco para montar um mega escritorio e podia utilizar os 40 mil apoios a contratacao para ter empregados quase de borla durante 1 ano... o apoio Y para 'digitalizar' a empresa... enfim, Portugal e um paraiso para quem queira andar a viver de apoios sem criar valor nenhum. Pessoas e empresas :)

    Colocado por: AMG1Onde é que existem em Portugal os fundos de capital de risco "a sério" para investir em negocios emergentes?


    Vou tambem ser bonzinho e assumir que o AMG1 tambem e um tipo honesto entao desconhece esse mercado... em 2025 nao porque o mundo no geral esta uma bosta, mas de 2021 a 2023 por exemplo ate um negocio de algodao doce se fosse apresentado em ingles e com a palavra IA, digital, etc la no meio conseguia financiamento de capital de risco de valores avultados. Antes disso tambem ja havia muito investimento nessa area disponivel... em Portugal nao existe e muita 'cultura' disso. O que nao faltam sao casos, de negocios cuja apresentacao nao me convencia a investir 5e que vi conseguirem mais de 2/3 milhoes em sucessivas rondas de financiamento.

    Colocado por: AMG1A Carga fiscal media na EU (impostos+contribuições sociais/PIB) é de 40% e Portugal até fica ligeiramente abaixo disso (37,6 em 2024). Já os descendentes dos vikings estão todos a rondar os 50% e nem por isso deixam de ter vidas melhores do que as nossas ou de outros que ainda pagam menos impostos do que nós.


    O que nao e comparavel... a nossa carga fiscal e fruto por um lado da economia informal (muito rendimento nao declarado) e por outro de termos por exemplo 50% de familias que nem IRS pagam por nao auferirem rendimentos para tal. Pelo menos no papel.


    Colocado por: AMG1Eu percebo, que não seja simples, mas o estado não retira nada à economia, o valor dos impostos que todos pagamos não saem da economia. São entregues ao estado que depois os devolve das mais diversas formas.


    Depende... o problema nao e o dinheiro sair da economia, e o valor pelo qual multiplica quando la entra. O estado em tudo o que nao e core, regra geral, por cada euro que mete na economia deve tirar e valor negativo. Tipo os 3.2B da TAP. Deixar esse dinheiro as empresas e pessoas provavelmente permitia meter 1e e ir buscar 1.1.
  5.  # 5

    Colocado por: reg

    alugar custa o mesmo senão mais


    pois, eu ainda não pago isso, senão tinha comprado tmb, mas o estado está literalmente a aumentar os preços dos imóveis

    fomenta a procura por rendas -> rendas aumentam -> não consegues arrendar, compra lá casa -> casas aumentam
  6.  # 6

    Colocado por: dmanteigas
    Eu acho e que o jg ainda vive com o valor do dinheiro de 2014...

    Em 2014 o SMN era 485e. Em 2025 e 870 e 'parece' que daqui a 4 anos sera de 1100e.
    Ou seja, a tal prestacao de 1k para um emprestimo de 300k daqui a 4 anos vai ser o valor do SMN!


    pois, tmb vi isso, se realmente o salário mínimo aumentar para 1.1k tenho mesmo que comprar...

    o problema é que por 300k já não se arranja nada, arranjei uma de banco em Agosto, decidi não comprar e puff 400k+ agora casas ao lado que não valem nem metade xD

    por 400k já construo com um terreno engraçado, entretanto tmb estou de olho numa que ficou em tijolo e é o que se arranja mais barato, encontrei outra muito boa (tmb de banco) mas longe e iria ter que mudar o meu filho de escola, andei a ver os rankings e não gostei muito, agora percebo pq os americanos tem em conta a escola quando compram casa 😅
  7.  # 7

    Colocado por: jg231pois, tmb vi isso, se realmente o salário mínimo aumentar para 1.1k tenho mesmo que comprar...


    mas quando se fala no preco da habitacao, e extremamente importante contextualizar isto para depois nao dizermos certas palermices.
    Todos dizem que o preco da habitacao esta pela hora da morte... no entanto vendem-se mais casas agora que em 2014 e por precos muito superiores.
    Claro que muita mente iluminada culpa 'a especulacao', sem sequer perceberem muito bem o que e a especulacao. Nas 'caves da extrema esquerda', copiando a expressao da Catarina Martins, conspira-se que andam fundos maquiavelicos a comprar apartamentos para os deixar vazios e vende-los em 2040 para subir o preco das casas. Quando na pratica especulacao e precisamente o que nao existe... existe a simples lei da oferta e da procura. Se eu meto um apartamento a venda por 300k e aparecem 10 compradores, vou vender o proximo por 200k? E a outra pergunta que fica e... se temos um problema de acesso a habitacao, como e que os precos continuam a aumentar e as transacoes tambem?

    A resposta para isto de certa forma e muito simples. Prende-se com 2 fatores. Um aumento substancial da poupanca e rendimentos nos ultimos anos, e um clima de confianca economico acentuado. Dai que eu tenha falado da relacao prestacao vs SMN. Em 2014 um apartamento de 150 mil euros custava 1 SMN em prestacao. La para 2027 e bem provavel que um apartamento de 300 mil euros tambem custe 1 SMN em prestacao. Dai que apesar de o jg dizer 'mas como e possivel alguem comprar um apartamento e ficar a pagar 1000e de prestacao', na realidade o que acontece e 'olha vou comprar um apartamento e ficar a pagar um SMN de prestacao'. Enquanto as pessoas continuarem a acreditar que no futuro os rendimentos e precos das casas vao aumentar, nunca faltara quem tenha capacidade de comprar casas de 300/400 e 500k.
    A unica forma de contrariar esta tendencia e com uma crise economica, em que as pessoas perdem a confianca nos rendimentos e precos das casas crescentes. E muito facil comprar um apartamento e pagar uma prestacao de 1000e se tudo indicar que esses 1000e vao ser o SMN daqui a pouco mais de 2 anos e que o meu apartamento vai valer mais 20 ou 30 mil euros do que paguei por ele. Agora tomar essa decisao se eu temer pelo meu emprego e deixar de ter a certeza que o meu apartamento sobe de preco...
  8.  # 8

    Colocado por: dmanteigas

    Se voce plantar uma macieira numa solo sem terra e adubo mas apenas casculho esta a espera de ter macas na primavera seguinte?
    Uma e a consequencia da outra. Nao da para ter empresarios criativos, eficientes e competitivos num ambiente como o nosso, burocratico, informal e cheio de protecoes do estado. Os politicos criam e o ambiente atual, nao exclusivo de Portugal, onde por cada problema aparecem 100 empresarios a pedir 3 subsidios.


    Se você tiver um belíssimo terreno, o melhor adubo e disponibilidade para tratar da macieira, mas se a qualidade das maçãs não valer um caracol, de nada lhe valem os meios e o esforço, porque o resultado vai ser na mesma mau.
    Isto são só as habituais desculpas, para que nada aconteça a não ser o que já temos. Mais ou menos aquela lógica de que a culpa é sempre do outro.
    Depois os politicos podem ser substituidos a cada 4 anos, o resto é tudo mais dificil, até porque depende mais do que nos vai na cabeça do que dos políticos. Na verdade as costas dos políticos são sempre um bom álibi para que cada um se demita do que podia fazer e não faz. Incluindo mudar os politicos e a politica, se for esse o caminho.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  9.  # 9

    Colocado por: dmanteigas

    Vou tambem ser bonzinho e assumir que o AMG1 tambem e um tipo honesto entao desconhece esse mercado... em 2025 nao porque o mundo no geral esta uma bosta, mas de 2021 a 2023 por exemplo ate um negocio de algodao doce se fosse apresentado em ingles e com a palavra IA, digital, etc la no meio conseguia financiamento de capital de risco de valores avultados. Antes disso tambem ja havia muito investimento nessa area disponivel... em Portugal nao existe e muita 'cultura' disso. O que nao faltam sao casos, de negocios cuja apresentacao nao me convencia a investir 5e que vi conseguirem mais de 2/3 milhoes em sucessivas rondas de financiamento.


    Eu também vou ser bonzinho e admitir que o dmanteirgas não leu, ou não entendeu o contextiem que escrevi isso. Obviamente que nao me estava a referir a tretas de "qualquer coisa tech", cuja utilidade económica, para o país, é nula ou perto disso.
    Se vir ate mencionei empresas com capacidade de alanvacar outras...a última coisa que tinha em mente seria uma App para ensinar os putos a atar os sapatos, ou outra qualquer palermice parecida.
    Seguramente que existem, nos mais variados sectores pequenas e medias empresas com modelos de negócio rentáveis e com futuro, onde se podia investir, por forma que possam alterar a escala em que operam.
  10.  # 10

    Colocado por: dmanteigas
    O que nao e comparavel... a nossa carga fiscal e fruto por um lado da economia informal (muito rendimento nao declarado) e por outro de termos por exemplo 50% de familias que nem IRS pagam por nao auferirem rendimentos para tal. Pelo menos no papel.

    Não é comparável porquê?
    A nossa carga fiscal é fruto da riquezee impostos declarados.
    O que tem a economia informal a ver com isto?
    É verdade que não paga impostos, mas a riqueza que produz também não é contabilizada, logo para este efeito é irrelevante, o que esta a dizer é que se não tivessemos essa economia teriamos um PIB maior e também mais impostos, mas não sabemos se o racio se alteraria e de que forma.
    Quanto as familias que não pagam impostos, porque os rendimentos que auferem (ou declaram) as isenta desse pagamento, estamos na mesma, se tivessem mais rendimemto também tinhamos mais imposto. O impacto no esforço fiscal individual dos que pagam, até pode ser relevante, mas na carga fiscal pode não ser significativo.
    Depois o IRS é só um dos impostos que temos e nem sequer é aquele através do qual o estado arrecada a maior fatia de receita.
    Depois acha que os suecos ou os dinamarqueses pagam os impostos que pagam porque gostam?
    Eles se pudessem fugir também o faziam e alguns ainda tentam, a diferença fundamental está no controle e na sanção quando são apanhados, incluindo a censura social.
    • reg
    • há 4 dias

     # 11

    Colocado por: dmanteigasOu seja, a tal prestacao de 1k para um emprestimo de 300k daqui a 4 anos vai ser o valor do SMN!


    nesta altura 300k vai ser o preço de um t0
    • reg
    • há 4 dias

     # 12

    Colocado por: jg231pois, eu ainda não pago isso, senão tinha comprado tmb, mas o estado está literalmente a aumentar os preços dos imóveis


    pois aumenta, aumentar o SMN também aumenta tudo, não tem como fugir
  11.  # 13

    Colocado por: dmanteigas

    Depende... o problema nao e o dinheiro sair da economia, e o valor pelo qual multiplica quando la entra. O estado em tudo o que nao e core, regra geral, por cada euro que mete na economia deve tirar e valor negativo. Tipo os 3.2B da TAP. Deixar esse dinheiro as empresas e pessoas provavelmente permitia meter 1e e ir buscar 1.1.


    Depende do quê?
    O dinheirk dos impostos não é "roubado a economia" que foi o objectivo do.meu comentário.
    A questão que levanta é outra, mas a que eu também aludi. Saber se o destino que o estado da a esse dinheiro é mais ou menos eficiente para o bem comum. Eu também tenho duvidas sobre isso, mas no plano dos princpios, esta é uma daquelas conversas tipo miss mundo. Creio que a maioria de nós tambem acha que o que o estado gasta na saúde, ensino e infraestruturas, por definição é bem gasto, depois há que ver os detalhes e é aí que pode estar a ineficiência.
    Investir numa empresa, ou salvá-la da falência, é o mesmo, tanto pode fazer sentido como não. Você dá o exemplo da TAP, mas também tem outros. Quantos negócios foram salvos durante a pandemia, porque o estado usou o dinheiro dos impostos para os salvar?Mesmo numa escala maior, alguém coloca em causa que salvar os bancos em 2011 foi muito melhor do que deixar colapsar o sistema?
    Podemos ter os princípios ideológicos que tivermos e isso é importante no debate das soluções, mas frequentemente a realidade sobrepõe-se as soluções que esses principios prescrevem.
    Claro que depois dos actos terem ocorrido todos podemos ter as mais variadas opiniões e até concluirmos que num caso o dinheiro foi bem empregue e noutros não, mas isso não muda o facto de em ambos os casos o acto praticado pelos politicos tenha sido o mesmo: usar impostos para salvar empresas.
    Claro que posso e devo avaliar a decisão dos politicos e ter isso em conta no momento de votar, o que não posso é ter como principio que o estado não deve salvar empresas, a não ser naqueles casos em que eu concorde, como frequentemente se ouve e lê.
    • reg
    • há 4 dias

     # 14

    Colocado por: AMG1Investir numa empresa, ou salvá-la da falência, é o mesmo, tanto pode fazer sentido como não. Você dá o exemplo da TAP, mas também tem outros. Quantos negócios foram salvos durante a pandemia, porque o estado usou o dinheiro dos impostos para os salvar?Mesmo numa escala maior, alguém coloca em causa que salvar os bancos em 2011 foi muito melhor do que deixar colapsar o sistema?


    não se pode comparar, nos bancos está o nosso dinheiro que ia todo à vida se o estado não ajudasse, já história com a TAP é outra. Se andamos a ajudar com os nossos impostos, devíamos por exemplo ter direito à viagens gratuitas, só que não, para isso mais vale privatizar e acabou a mama.
  12.  # 15

    Colocado por: AMG1Não é comparável porquê?
    A nossa carga fiscal é fruto da riquezee impostos declarados.


    Muito simples.
    Em quase todos os estudos, a economia informal em Portugal nunca baixa de valores na casa de pelo menos 17% do PIB. Nos paises que refere a economia informal e praticamente negligenciavel...
    https://aipor.pt/7102-economia-paralela-portugal-entre-os-tres-piores-da-ue

    isto interessa porque?
    Porque a economia informal existe para fugir aos impostos. Para nao pagar IRS, SS, TSU, etc... logo ha muita gente que de momento ou nao paga impostos ou paga muito menos do que devia, simplesmente porque o seu rendimento real e declarado diferem. Portanto nao podemos comparar cargas fiscais entre paises e dizer que 'os nordicos pagam muito e nos nao pagamos assim tanto'. O esforco fiscal em Portugal e tremendo. A diferenca e que esta concentrado em poucos. Um exemplo simples. Se eu tenho 100 pessoas onde 10 ganham 500, 80 ganham 2000 e 10 ganha 20000 e o imposto e distribuido da seguinte maneira:
    - abaixo de 1000 nao se paga nada.
    - entre 1000 e 5000 paga-se 20%
    - acima de 5000 paga-se 40%
    Ora pelo exemplo acima, 90 pessoas pagam impostos.
    Agora com os seguintes escaloes de impostos:
    - abaixo de 1000 nao se paga nada.
    - entre 1000 e 5000 paga-se 50%
    - acima de 5000 paga-se 80%
    mas com 100 pessoas onde 60 ganham abaixo de 1000, 30 ganham 2000 e 10 ganham 20000... iamos ter uma menor carga fiscal neste exemplo, mas o esforco fiscal e substancialmente mais elevado.

    O caso de Portugal e este ultimo com uma agravante. Daqueles 60 que nao pagam imposto, ha muitos que ganha realidade ganham acima de 1000 e deviam pagar...


    Colocado por: AMG1Depois acha que os suecos ou os dinamarqueses pagam os impostos que pagam porque gostam?
    Eles se pudessem fugir também o faziam e alguns ainda tentam, a diferença fundamental está no controle e na sanção quando são apanhados, incluindo a censura social.


    Obviamente. eu nunca fui pelas teorias culturais. Em portugal foge-se aos impostos porque e facil, nao se e apanhado, nem penalizado. E mais uma vez... quem foge e o Ze manel do tasco. Nao e a Galp, Sonae, etc...



    Colocado por: AMG1Você dá o exemplo da TAP, mas também tem outros. Quantos negócios foram salvos durante a pandemia, porque o estado usou o dinheiro dos impostos para os salvar?Mesmo numa escala maior, alguém coloca em causa que salvar os bancos em 2011 foi muito melhor do que deixar colapsar o sistema?


    Sao coisas diferentes. Uma coisa e salvar bancos numa crise de liquidez, sabendo que no futuro se vai reaver esse dinheiro. Outra coisa e salvar empresas zombie, como a TAP ou a efacec, cujo futuro e vendas com prejuizo massivo para o estado, regresso aos prejuizos ou inevitavel falencia.


    Colocado por: AMG1Claro que posso e devo avaliar a decisão dos politicos e ter isso em conta no momento de votar, o que não posso é ter como principio que o estado não deve salvar empresas, a não ser naqueles casos em que eu concorde, como frequentemente se ouve e lê.


    Eu acho precisamente que por defeito o estado nao deve salvar empresas, excepto em situacoes excepcionais e pontuais. Como a pandemia, que falou e bem, onde os layoffs salvaram as empresas.
    Outra coisa completamente diferente e o que se faz em Portugal. salvar TODAS as empresas da falencia.
    Ainda bem que tivemos um governo de direita agora no caso da INAPA... se nao era mais uma...
    Concordam com este comentário: Carvai
  13.  # 16

    Colocado por: reg

    não se pode comparar, nos bancos está o nosso dinheiro que ia todo à vida se o estado não ajudasse, já história com a TAP é outra. Se andamos a ajudar com os nossos impostos, devíamos por exemplo ter direito à viagens gratuitas, só que não, para isso mais vale privatizar e acabou a mama.


    Mas quem é que comparou?
    Apenas disse que o principio foi o mesmo: o eatado usou os impostos (tecnicamente nem foi bem assim, mas adiante) para salvar empresas. Se nuns casos fez bem e noutros não, isso já depende da avaliação de cada um.
    O que não podemos concordar com o principio, apenas quando ele é usado nos casos em que concordamos, senão não é principio nenhum.
    Você p.e. acha que nos bancos foi bem empregue e até avança uma justificação ("o nosso dinheiro ia todo a vida se o estado não ajudasse"), já na TAP não concorda e embora nao diga porquê, sempre avança que "...deviamos por exemplo ter direito a viagens gratuitas...", imagino que nesse caso já seria aceitável.
    Só que este seu raciocínio, para alem de desadequado, também esquece que para salvar os bancos ("o nosso dinheiro") foram usados os impostos de todos, mesmo daqueles que não tinham lá nada para salvar. Portanto mesmo nesse caso também não houve contrapartida, pelo menos para todos.
    • reg
    • há 4 dias

     # 17

    Colocado por: AMG1foram usados os impostos de todos, mesmo daqueles que não tinham lá nada para salvar


    isto não é bem assim
  14.  # 18

    Colocado por: reg

    isto não é bem assim


    Pois não, para além dos impostos ainda foi criada dívida que irá acabar por ser paga até por aqueles que ainda nem sequer pagavam impostos, quanto mais terem dinheiro nos bancos para salvar.
    Eu também concordo que foi melhor opção salvar os bancos do que deixar ruir o sistema, só que eu não tenho qualquer preconceito ideológico quanto ao principio do estado poder salvar empresas.
  15.  # 19

    Colocado por: dmanteigas

    Muito simples.
    Em quase todos os estudos, a economia informal em Portugal nunca baixa de valores na casa de pelo menos 17% do PIB. Nos paises que refere a economia informal e

    isto interessa porque?
    Porque a economia informal existe para fugir aos impostos. Para nao pagar IRS, SS, TSU, etc... logo ha muita gente que de momento ou nao paga impostos ou paga muito menos do que devia, simplesmente porque o seu rendimento real e declarado diferem. Portanto nao podemos comparar cargas fiscais entre paises e dizer que 'os nordicos pagam muito e nos nao pagamos assim tanto'. O esforco fiscal em Portugal e tremendo. A diferenca e que esta concentrado em poucos. Um exemplo simples. Se eu tenho 100 pessoas onde 10 ganham 500, 80 ganham 2000 e 10 ganha 20000 e o imposto e distribuido da seguinte maneira:
    - abaixo de 1000 nao se paga nada.
    - entre 1000 e 5000 paga-se 20%
    - acima de 5000 paga-se 40%
    Ora pelo exemplo acima, 90 pessoas pagam impostos.
    Agora com os seguintes escaloes de impostos:
    - abaixo de 1000 nao se paga nada.
    - entre 1000 e 5000 paga-se 50%
    - acima de 5000 paga-se 80%
    mas com 100 pessoas onde 60 ganham abaixo de 1000, 30 ganham 2000 e 10 ganham 20000... iamos ter uma menor carga fiscal neste exemplo, mas o esforco fiscal e substancialmente mais elevado.

    O caso de Portugal e este ultimo com uma agravante. Daqueles 60 que nao pagam imposto, ha muitos que ganha realidade ganham acima de 1000 e deviam pagar...
    ...

    Obviamente. eu nunca fui pelas teorias culturais. Em portugal foge-se aos impostos porque e facil, nao se e apanhado, nem penalizado. E mais uma vez... quem foge e o Ze manel do tasco. Nao e a Galp, Sonae, etc...
    ...

    Sao coisas diferentes. Uma coisa e salvar bancos numa crise de liquidez, sabendo que no futuro se vai reaver esse dinheiro. Outra coisa e salvar empresas zombie, como a TAP ou a efacec, cujo futuro e vendas com prejuizo massivo para o estado, regresso aos prejuizos ou inevitavel falencia.
    ...

    Eu acho precisamente que por defeito o estado nao deve salvar empresas, excepto em situacoes excepcionais e pontuais. Como a pandemia, que falou e bem, onde os layoffs salvaram as empresas.
    Outra coisa completamente diferente e o que se faz em Portugal. salvar TODAS as empresas da falencia.
    Ainda bem que tivemos um governo de direita agora no caso da INAPA... se nao era mais uma...
    Concordam com este comentário:Carvai


    Mas porque raio é que confunde esforço fiscal com carga fiscal?
    Eu falei de "carga fiscal" e você argumenta como se fossem a mesma coisa ou eu estivesse a falar do esforco fiscal.
    O que estava em causa era a carga fiscal e tal como eu escrevi e você obviamente não contestou, se diminuir a economia informal aumenta os impostos e aumenta o PIB, logo a carga fiscal (é um racio!) Pode ficar na mesma, aumentar ou reduzir, depende da evolução de cada uma das duas variáveis.
    Quanto ao esforço fiscal, obviamente que estamos de acordo, se houvesse mais gente a pagar ou tinhamos mais impostos, como acontece nos nordicos e/ou os que pagam podiam pagar menos, mas isso é mais ou menos o mesmo que dizer que a terra é redonda e não era isso que estava sequer em causa. O que estava em apreço era a dimensão da riqueza que o estado arrecada em impostos, ou seja a carga fiscal e não esforço fiscal.
    Eu sei perfeitamente que quem foge aos impostos em Portugal é o Ze do tasco, não é a Galp ou a Sonae, contra quem não tenho absolutamente nada.
    Depois eu vivi decadas a ver aquilo a que nas grande empresas se chama planeamento fiscal, que até pode ser mais ou menos agressivo, consoante o nivel de risco de litigancia que comporta. Portanto sei razoavelmente o que está em causa e as cambalhotas que por vezes é preciso dar. Tudo coisas que não estão ao alcance do Zé do tasco, esse limita-se a não declarar.
    Contudo, eu não condeno quem faz o que pode para pagar menos, desde que sejam meios legais, só que alguns desses meios só compensam quando o que está em causa é muito mais do que aquilo que vale o Zé do Tasco.
    Eu nunca defendi que o estado deve salvar todas as empresas, apenas disse que não tenho qualquer preconceito ideologico quanto ao estado salvar empresas. Ou seja, não disse que o estado as deve salvar por defeito, para usar a sua terminologia.
    Nunca discuti a bondade (ou a maldade) de salvar a TAP ou os Bancos, apenas que não tenho qualquer preconceito que o estado o faça. Depois cá estaremos nós eleitores para avaliar se bem ou mal. Ninguem no seu perfeito juizo defende nacionalizações "por defeito" (salvo o PCP, julgo), mas não eu.
    Ja agora e sobre os Bancos, talvez valha a pena actualizar a informação, o dinheiro que lá foi colocado não foi só para reforço de capitais dos que eram solúveis, nalguns casos, como sabe, foi mesmo para tapar o buraco que alguns banqueiros abriram. Portanto não vale a pena branquear a história.
    Bem quanto ao governo de direita e a INAPA, deixe-me fazer-lhe uma pergunta: o que acha se em vez dos 2000 trabalhadores que ficaram sem emprego serem alemães, fossem portugueses?
    Será que o governo de direita teria tido a mesma atitude. Talvez, eu não sei.
    Finalmente, deixe-me que lhe diga, que a ideia de quem não alinha nos ditames do liberalismo económico mais simples, para não dizer mesmo basico, só pode ser alguém que defende a estatizacao da economia, apesar de estar conforme com os tempos que correm, não tem qualquer adesão com a realidade.
    Na verdade, não há só preto e branco, pelo meio existem varios tons de cinzento e se quisermos mesmo perceber a realidade em vez de nos fixarmos no branco e no preto, talvez valha a pena olhar tambem e sobretudo para os cinzentos, senão não falamos, só fazemos discursos, como se estivessemos num comício à espera das palmas. Eu se quisesse isso estava na politica, não a comentava.
  16.  # 20

    Colocado por: dmanteigasO N miguel e que e um tipo honesto, porque se pesquisasse um bocadinho e tivesse as conexoes certas, ate a Camara Municipal lhe 'emprestava' um espaco para montar um mega escritorio e podia utilizar os 40 mil apoios a contratacao para ter empregados quase de borla durante 1 ano... o apoio Y para 'digitalizar' a empresa... enfim, Portugal e um paraiso para quem queira andar a viver de apoios sem criar valor nenhum. Pessoas e empresas :)


    Começando nas IPSS...
 
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