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  1.  # 1

    Colocado por: ferreiraj125Mas segundo o colega não há problema nenhum com o aumento da procura pois há uma solução simples: basta construir mais e está resolvido.


    Como você adora meter palavras na boca dos outros. Para sí só existe o sistema binário, o 0 ou 1, o preto ou o branco. Mania de polarizar as coisas.

    Mas vou lhe contar um segredo. Você pode fazer duas coisas ao mesmo tempo. Pode trabalhar do lado da procura e do lado da oferta em simultâneo.

    Mas pronto, também entendo que é enfadonho discutir os temas que realmente interessam, porque são demasiado técnicos, e ninguém está com paciência para debater teorias da Antropologia, Demografia, Urbanismo, Sociologia, Direito, etc... e Ordenamento do Território. É muito melhor centrar o discurso dos ignorantes sobre a única coisa que acham que têm uma opinião fundamentada. A imigração. Foi pena que passou do Tabú a Tema Único. Se antes era mau não se falar do tema, tampouco estamos melhor agora, que só se fala disso e se ignora tudo o resto.

    O tema do Ordenamento do Território até na triagem dos imigrantes deveria estar presente. Mas quem é que realmente percebe do tema? Onde é que estão os debates sobre isso? Com os profissionais que se dedicam a estes assuntos? Chapéu!


    Quanto ao construir mais. Igual. Imagino o tamanho dessas palas nos olhos.
    Já por aqui escrevi diversas vezes. Construir por construir, só a guiar-se pelos numeros do Excel... de pouco serve. Muito mais que um número, o que interessa é o critério, donde e de como se constrói. (Não estou para discutir isso agora com alguém que claramente não percebe um chavo sobre isso).
    Mas a legislação também precisa dum abanão... é muito dispersa, está uma confusão... e depois nem o Estado cumpre as próprias regras... eu sei lá quantos projectos conheço em águas de Bacalhau pelos atrasos dos novos PDM, supostamente deveriam ter sido apresentados em 2024.

    Mas já percebi que consigo não há meio termo. Se acha que a resposta é expulsar os imigrantes, está no seu direito de pensar o que bem entender. Escusa é de polarizar a opinião dos outros cada vez que alguém não vai consigo à bola. Um dia talvez entenda que quem vota diferente de sí não é seu inimigo. Apenas não é seu "colega", nem andou consigo na escola.
  2.  # 2

    Para ter uma ideia das coisas, preciso de menos tempo para desenhar um PIP de 400 fogos em edificios de 10-20 pisos na Califórnia por exemplo, que para legalizar um barraco para guardar lenha numa Câmara-PequenoReino qualquer em Portugal.
    Idem para os prazos e taxas. É muito mais caro e demora muito mais tempo fazer qualquer coisinha em Portugal, que em qualquer outro país onde meti projectos.
    Mas o mais caricato são as mini-burocracias, os pedidos disto e daquilo... é tudo pesadão em PT.

    Mas pronto, é culpar o "indiano" e o "brasileiro".... Enfim...

    Ou se tiver um bocadinho de vontade... é tentar corrigir as regras e o controlo. Mas não pode entender que a solução é acabar com as regras e assunto arrumado. Ou atirar a responsabilidade para os técnicos. Isso é muito fácil. É preciso critério e uniformização dos processos.
    Idem para as novas construções.
    No curto prazo, talvez não fosse pior começar com o que já existe.
  3.  # 3

    Colocado por: N Miguel Oliveiraque para legalizar um barraco para guardar lenha numa Câmara-PequenoReino qualquer em Portugal.

    Mas isso é uma obra complexa, basta ler um tópico ao lado para saber que mudar uma torneira pode dar prisão (ou no mínimo uma averiguação preventiva)...
  4.  # 4

    Colocado por: CarvaiMas isso é uma obra complexa,

    Ainda este mês me aprovaram um PIP, que é o suficiente para tratar de outras coisas como financiamentos, parcerias, etc... para 138 apartamentos numa cidade por ali... Esse PIP demorou talvez 2 ou 3 semanas a desenhar, de principio a fim, 8 pisos, com renderings e tudo. Óbvio que haverá projectos de execução a fazer e afins... e muito trabalho dará como que se fosse em qualquer lado, com a coordenação, desenhos de pormenor, etc. O detalhe está em que, pelo menos numa fase inicial, a resposta duma Câmara baseia-se naquilo que realmente importa ao nivel do urbanismo, áreas, afastamentos, altura, estacionamento, etc...
    O resto é tema muito técnico, e isso é mais para ser desenvolvido com empreiteiros e afins.

    Em Portugal tem o contrário, qualquer PIP tem a mesma complexidade dum Licenciamento. E os projectos são orientados para o que a Câmara quer ver, e não para a construção e obra em sí.

    O modo como as coisas funcionam, é frustrante para quem quer investir e construir. Aliás, até a noção de "investir" é deturpada. Baseia-se em comprar o que está construído e siga. O papel das imobiliárias é ridículo. Em outros países, "Realtor" é uma profissão que carece de certificação ao nível do ensino superior e tudo. São alguém que realmente percebem das coisas, e sacam o potêncial de certos terrenos, com visões de futuro e cálculos sobre o que pode custar construir. Em Portugal vendem o que está feito...
  5.  # 5

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe acha que a resposta é expulsar os imigrantes, está no seu direito de pensar o que bem entender.


    Não, vou dar-te razão: a solução pode passar por fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

    Mais construção e menos imigrantes.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  6.  # 6

    embora eu não tenho muito apreço por arquitetos, tenho que concordar a tudo a 100% do que o sr. Miguel Oliveira tem dito aqui.

    Nós somos um país com... 308 municípios... cada município tem o seu PDM !!! (coitados dos arquitetos em relação a isto), há municipios que há muita informação que não é pública, em alguns casos nem sequer em formato digital tem que se levantar a informação em papel localmente !!! Em alguns municipios os projetos das especialidades tem que ser entregues em papel para licenciamento !!!

    O pessoal paga uma brutalidade de impostos quer para o estado (23% iva para quase tudo), quer para o municipio mas no final das contas os municipios também não fazem nada com isso (IMI e IMT) e imputem os custos da infraestrutura do loteamento ao dono de obra. Os investidores naturalmente que não fazem caridade e isto abate tudo no preço final da habitação.

    Na minha opinião não faz sentido este sistema administrativo que temos nos moldes atuais (camaras municipais e juntas), não é possível que todos os municipios do país tenham corpo técnico especializado para analisarem todos os projetos que apareçam e que respondam com os prazos legais exigidos. Faria mais sentido acabar com todas as juntas e criar um organismo a nível distrital e manter as camaras. Isto com certeza que seria benefico concentrar os recursos mais técnicos nesse organismo distrital e os recursos de "campo"/"terreno" nas camaras.

    Um pouco offtopic mas nem vou pegar na burocracia que são os concursos públicos e que é inevitável que haja derrapagens da forma como os concursos são lançados...

    falando mais sobre o tópico do que seria eficaz para baixar o preço da habitação em geral, naturalmente no mundo ideal a solução mais à prova de bala seria os municipios terem terrenos para se fazer x prédios com Y fogos tipo T2/T3 tudo igual com a mesma arquitetura em escala, nenhum privado tem capital próprio nem irá arriscar em tamanha aventura portanto teria que ter alguma salvaguarda do municipio caso viesse uma crise. Mas como não vivemos no mundo ideal e os municipios não tem terrenos (venderam tudo há 20/30 anos aos industriais da região por tostões) isso não é possível.

    Com a quantidade de obras que se tem que executar por causa do PRR e o investimento que tenho visto em novos prédios para este ano, o pessoal da construção está com a agenda cheia até ao final do ano toda preenchida, fazem-se agora os preços que querem.

    Eu o que me entristece mais é que o preço a que se vendem as habitações(principalmente as remodeladas e os apartamentos) não reflete de perto o valor e qualidade dos materiais que estão aplicados. Tem havido um bom salto tecnológico em termos de materiais de construção, de climatização, elétricos mas por pura especulação, inflação e constante subida de salário mínimo muito acima em percentagem ao crescimento do PIB a habitação de modo geral é feita pelos mínimos olímpicos. Pensem por exemplo na evolução que tem havido nos carros em termos de extras e comparem com o quão estagnado está a habitação que se faz de modo geral (quase o mesmo que no século passado em certos casos com piores materiais).
    • jg231
    • há 7 horas editado

     # 7

    isto está tudo comido da cabeça, tenho acompanhado algumas casas em leilão, bancos, etc

    casas em leilão querem vender acima de preço de mercado!!

    localização muito pior, acima 50k de uma casa que vi há uns meses numa localização muito melhor, sem ser leilão, sem problemas de humidade e sem ninguém a habitar o imóvel, isto não pode ser sustentável

    noutro caso vi um barraco a ser vendido por 200k, eu percebo que a prestação seja barata e as rendas estão como estão mas 200k por um barraco... fds, isto é uma aldeia, n é nenhum Porto nem Lisboa
  7.  # 8

    Colocado por: jg231noutro caso vi um barraco a ser vendido por 200k, eu percebo que a prestação seja barata e as rendas estão como estão mas 200k por um barraco... fds, isto é uma aldeia, n é nenhum Porto nem Lisboa


    Os preços atuais não têm lógica económica nenhuma, só são praticados porque há um grupo populacional (com 1,5 milhões de pessoas) desesperado para encontrar um teto.

    Eu já tinha reparado nos leilões online, o “lixo” das habitações é vendido a preços ridículos, sem qualquer lógica. Muitas vezes casas em que se pedir 300 euros de renda não aparece ninguém, mas lá está, quem compra não sabe disto, porque não conhece o mercado Português.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  8.  # 9

    Colocado por: rod_2000

    Os preços atuais não têm lógica económica nenhuma, só são praticados porque há um grupo populacional (com 1,5 milhões de pessoas) desesperado para encontrar um teto.

    Eu já tinha reparado nos leilões online, o “lixo” das habitações é vendido a preços ridículos, sem qualquer lógica. Muitas vezes casas em que se pedir 300 euros de renda não aparece ninguém, mas lá está, quem compra não sabe disto, porque não conhece o mercado Português.


    aqui ha pouco tempo ainda se arranjavam coisas baratas, eu é que nao tinha os €s...

    mesmo agora estou de olho numa, se sair por pouco mais de 200k sou capaz de comprar, problema é que é geminada e queria mesmo com terreno, mesmo assim sai pelo preço de mercado embora agora já as andem a tentar vender por 285k lol...

    vi um apartamento novo tmb, n sei se vendeu, foi antes ou durante o covid, quando comecei a olhar para o mercado, 120k, pensei isto não deve valer nada... estava era ainda a preços antigos, vi agora um desses à venda, 240k, fds o dobro em 3 ou 4 anos
  9.  # 10

    Colocado por: jg231

    aqui ha pouco tempo ainda se arranjavam coisas baratas, eu é que nao tinha os €s...

    mesmo agora estou de olho numa, se sair por pouco mais de 200k sou capaz de comprar, problema é que é geminada e queria mesmo com terreno, mesmo assim sai pelo preço de mercado embora agora já as andem a tentar vender por 285k lol...

    vi um apartamento novo tmb, n sei se vendeu, foi antes ou durante o covid, quando comecei a olhar para o mercado, 120k, pensei isto não deve valer nada... estava era ainda a preços antigos, vi agora um desses à venda, 240k, fds o dobro em 3 ou 4 anos


    https://hrportugal.sapo.pt/ha-mais-pessoas-a-deixar-de-conseguir-pagar-a-renda-pedidos-de-ajuda-aumentaram-muito/

    esta mer** é inacreditavel, há gajos em Lisboa a pagar menos de renda do que eu por um barraco numa aldeia, como é que os preços hão de baixar

    De acordo com o jornal, face a 2023, 87 mil contribuintes perderam o apoio à renda.


    fds, 87 000, quantos é que beneficiam disto?

    tenho que passar a "consultor" de IT com ajudas de custo ficticias? passo logo a receber abono, apoio a renda, apoio à merd**

    é inacreditável, mesmo farto deste país e depois tem caso destes

    https://www.gofundme.com/f/doe-para-ajudar-esta-familia-a-ter-casa
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  10.  # 11

    Colocado por: EspalhaBrasasNós somos um país com...


    São muitos factores.
    Há inumeras causas.
    Não há o menor incentivo à construção em grande escala, não há interesse no mercado de arrendamento (pois vender dá o retorno imediatamente), nem há um rácio adequado de tipologias pequenas como T1, e T0.
    Há inumeros espaços vazios, em que muitas vezes têm um uso desadequado, e que não permite uso residencial. Há vastas manchas de zona residencial onde carecem os serviços e os transportes. E depois há a crónica malha urbana caracterizada por um tecido difuso e disperso. Nada disto ajuda, a que todos tenham um tecto.
    A imigração é outro factor, mais notado nos grandes centros. Pois tem tido um efeito importante do lado da procura nos últimos anos. Porém, mesmo assim, temos mais ou menos a mesma população que há 15 ou 20 anos.
    Há ainda as mudanças quanto ao agregado familiar, numero de filhos, divórcios, etc...

    Se é certo que para muitos factores, a legislação pode passar os sinais ideiais. Para outros, não depende do Estado.
 
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