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  1.  # 241

    Colocado por: N Miguel OliveiraEntão quem escolhe trabalhar a 200kms de casa, ou melhor dizendo, ter casa a 200kms donde há trabalho..
    Só acho um pouco hilariante o Miguel considerar que na maior parte das situações isso é realmente uma escolha :)
  2.  # 242

    Colocado por: HAL_9000Só acho um pouco hilariante o Miguel considerar que na maior parte das situações isso é realmente uma escolha :)


    É uma escolha sua que os nossos governos permitem... ao deixá-lo a sí construir a 200kms de onde há trabalho, ou pior ainda, de não considerar cidades mais próximas da sua casa em Cascos de Rolha para a instalação de emprego afunilando tudo em Lisboa e Porto.
    É a mesma coisa, quando têm que levantar 4kms de estrada para fazer chegar saneamento a 5 casas perdidas na paisagem... porque herderam um pedaço de terra.
    Tudo isso é hilariante, porque a bem dizer, qualquer um pode construir onde quiser. E mesmo quando constrói em zonas não permitidas tipo zona florestal ou agricola... ninguém as deita abaixo... mas a malta exije transportes e centro de saúde. Ou ainda ler relatos de quem vive a 2kms do centro se queixar da falta de transporte e de que não há nenhuma outra alternativa ao carro a combustão.

    Isso sim é "um pouco hilariante".

    Eu não vejo nenhum problema em que existam cidades perdidas no meio do nada. O nosso problema não são as cidades, mas o tecido difuso e disperso que as rodeia. O problema não é do Joaquim que faz 200kms de comboio porque é Eng. Espacial em Lisboa e vive na aldeia beirã... O problema é dos outros 100 mil que vivem a 10-15kms e não concebem outra alternativa à viagem pendular duma pessoa por carro.

    O próprio Hal já nos deu N de exemplos dos seus colegas que não largam o carro, mesmo podendo ir de transporte público.
    O mesmo acontece nas aldeias... que todos se queixam dos transportes mas nem sequer sabem os horários dos mesmos...
    Concordam com este comentário: paulo.g, dmanteigas
  3.  # 243

    Colocado por: gil.alvespagas mas tens qualidade e consumos baixos!

    Meramente do ponto de vista de consumos, conciliando com os detalhes que N Miguel referiu acerca da restrição dos vão (ou de um aumento de custo avultado), será que essa poupança nos consumos justifica o sacrifício no investimento inicial?

    Pessoalmente, preferia aumentar os vãos se com isso pudesse ter um ambiente mais luminoso, mesmo que implicasse sacrificar um ligeiro aumento de consumo energético (que até pode ser compensado com painéis FV).

    Depende da zona do país, mas por aqui o esforço da climatização é mesmo muito reduzido (para não dizer nulo) na esmagadora maioria do ano.

    No Funchal, por exemplo, só liguei o AC para ver se chegava ar nas condutas e é um apartamento grande e com pouca utilização 😅

    Quanto à certificação, sem dúvida que é uma excelente garantia de qualidade. Qual a mais valia que se traduz na venda, creio haver poucos casos para se poder balizar. Acredito que estas casas terão sempre mercado, mas também é provável que cá em PT gere menos interessados do que outros aspectos.

    Colocado por: durielNo momento de tomar a (na maioria dos casos) maior decisão financeira da vida

    Até venderem e trocarem por outra.
    Vejo este argumento frequentemente, mas conheço pouca gente que more na primeira casa que comprou, o que leva indirectamente à questão dos consumos e retorno de investimento.

    Colocado por: N Miguel Oliveirauma casa em que a preocupação é com o conforto, a qualidade do ar, etc

    Sem dúvida. A qualidade do ar então, é fundamental e frequentemente esquecida. Já o conforto térmico creio ser mais comum conseguir-se, com maiores ou menores consumos, isto é.

    Resumindo: creio que os princípios passivhaus são muito relevantes e mereciam maior atenção por parte dos compradores. Por outro lado, é provável que o clima ameno na nossa zona costeira atenue alguns dos seus argumentos e por isso tenha mais impacto no norte da europa (?)

    Se houvesse mais interesse dos compradores, mesmo sem certificação, talvez se elevasse a fasquia na construção, em termos de eficiência, conforto e qualidade. Talvez se um dia o mercado da construção abrandar...
  4.  # 244

    Colocado por: pguilhermeSem dúvida. A qualidade do ar então, é fundamental e frequentemente esquecida. Já o conforto térmico creio ser mais comum conseguir-se, com maiores ou menores consumos, isto é.

    Resumindo: creio que os princípios passivhaus são muito relevantes e mereciam maior atenção por parte dos compradores. Por outro lado, é provável que o clima ameno na nossa zona costeira atenue alguns dos seus argumentos e por isso tenha mais impacto no norte da europa (?)

    Se houvesse mais interesse dos compradores, mesmo sem certificação, talvez se elevasse a fasquia na construção, em termos de eficiência, conforto e qualidade. Talvez se um dia o mercado da construção abrandar...


    Concerteza. Os compradores e donos de obra não sabem o poder que têm.
    De pouco adianta calcular as coisas, se depois chuta-se para canto os cálculos feitos. Vale mais a palavra dum serralheiro que 6 anos de estudo dum Engenheiro. É o que é. Sem dúvida que estes temas são muito mais importantes onde o clima não é uma benção como o português. Porém, não podemos usar este argumento para continuadamente se entregarem ao mercado imobiliário casas novas em que necessito de 3 cobertores no Inverno. Como em tudo, é uma questão de equilibrio. Quanto ao espaço luminoso, nem tudo se resume ao tamanho do vão. Influi a posição dele na parede, a orientação solar, e os tons dos materiais dentro e fora de casa. Um casa não precisa de ser um microondas no verão e um frigorifico no inverno para que tenha luz natural em todo o lado.

    Colocado por: pguilhermemas conheço pouca gente que more na primeira casa que comprou

    Já para quem constrói talvez não seja bem assim. E os temas energéticos são tão ou mais importantes também.

    Nada disto é novo. Desde as construções romanas a norte, à influência árabe no sul... muitos detalhes e truques podem ser usados sem sacrificar a qualidade da vivência duma casa. O díficil é trabalhar com a lista do Pinterest do cliente, em que metade das referências são de São Paulo e arredores.
    • NFSAN
    • 19 fevereiro 2025

     # 245

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Não. Eu já vivi na cidade, na aldeia, em apartamentos, em casas, em terrenos grandes e em pequenos. Não é por aí.
    Eu bem sei o polémico que seria aumentar 500% o gasóleo e as consequências que isso teria. Assim como sei das consequências que teria para alguns se todo e qualquer transporte público fosse gratuíto, veja-se o que acontece na periferia da cidade do Luxemburgo para dar um exemplo... Ou do que acontece na tripla fronteira entre a Austria, Eslováquia e Hungria.
    Eu bem sei, e não é nenhum tabu.

    Mas também sei, o que implica para um municipio dotar todos os arruamentos de saneamento básico, de abastecimento de água e gás, e de transporte, etc... por termos a péssima ideia de permitir a distribuíção difusa e sem controlo das construções ao longo do território. Para mim, isso não é nenhum tabu. É um tema que até trago com alguma frequência. A densidade populacional.

    E isso está intimamente ligado ao preço do gasóleo, dos bilhetes do transporte público e da eficiência da economia duma região.


    Não pode é pôr as responsabilidades todas num só lado. Então quem escolhe trabalhar a 200kms de casa, ou melhor dizendo, ter casa a 200kms donde há trabalho... não tem nenhum tipo de responsabilidade?



    Caro N Miguel Oliveira, está completamente errado.

    1º O terreno que comprei, tem esgotos, e saneamento básico.
    2º Não moro a 200Km da cidade! Nem isolado no meio do “mato”! No meu caso, vivo a 100 KM do meu atual trabalho (200km ida e volta), porque para conseguir pagar uma casa que em 7 anos disparou dos 110 mil euros para 300 mil, tenho que me deslocar do interior para o litoral, sim, porque no interior pagam-me pouco mais do ordenado mínimo, sem evolução na carreira (pelo menos no ultimo emprego que tive por aqui), e na minha Área (IT) aqui no interior (pelo menos na minha ultima experiência) parece que além de programar, administrar servidores, também tenho que ser eletricista, reparador de eletrodomésticos, etc! Mas no litoral mais que duplica o valor, e com outras vantagens(Evolução na carreira, etc)… então em Lisboa estamos a falar em 3x mais (E digo isto porque já tive proposta para ir para Lisboa).
    Mesmo que quisesse mudar, provavelmente ia ter uma dificuldade imensa de alugar uma casa, e depois era a minha mulher que teria que fazer 200 km, porque trabalha aqui. Além disso, com filhos menores, e a chegar a casa a horas tardias, sem a ajuda dos avós para os ir buscar por vezes à escola, e para as suas atividades… é muito complicado sair daqui.

    Bem… mas após tudo isto, acabei de fechar negócio à pouco com 1 empreiteiro meu conhecido, que vivia a uns 30km do local, e que nem tinha pedido orçamento por achar que era um pouco distante, e mesmo assim, ainda consegui um orçamento ligeiramente mais baixo, relativamente a quem tem empresa a 5 ou 6 km do local 😊. Alem disso, tenho confiança na pessoa. Vou ter é que esperar um anito para iniciar a obra.
  5.  # 246

    Colocado por: NFSANCaro N Miguel Oliveira, está completamente errado.


    Eu não me referia ao seu caso, não faço ideia donde vive e do que faz nem da sua vida. Falo no geral. Você não pode excusar-se das decisões que tomou, da profissão que escolheu, da mulher com que se casou, das oportunidades de trabalho que aceitou, etc.
    No limite, ninguém o obrigou a absolutamente nada, muito menos a ter que construir casa de raíz. Foram opções suas, não do Estado, nem minhas, etc. Para mim simplesmente não vejo sentido entre os empregos do casal distarem 100kms entre sí.

    Quanto ao empreiteiro, fico feliz por sí. Desejo-lhe a melhor das sortes. Afinal por quanto ajudicou por comparação com a primeira vez? Ainda mantém a do "está tudo maluco?".
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Camões
  6.  # 247

    Colocado por: N Miguel OliveiraÉ uma escolha sua que os nossos governos permitem...
    Já percebi de onde vieram os 200km, e posso ter interpretado mal. Mas fazemos assim também é uma escolha minha e de grande parte da população viver a + de uma hora do local de trabalho? ou é uma imposição das circunstâncias?

    Colocado por: N Miguel OliveiraO próprio Hal já nos deu N de exemplos dos seus colegas que não largam o carro, mesmo podendo ir de transporte público.
    O mesmo acontece nas aldeias... que todos se queixam dos transportes mas nem sequer sabem os horários dos mesmos...
    É um facto. Eu tinha percebido mal o seu ponto de vista. O que me estava a referir é a situação que refiro em cima, ou seja, muitas vezes as pessoas não moram onde escolhem, mas onde conseguem.
    • NFSAN
    • 20 fevereiro 2025

     # 248

    Colocado por: N Miguel OliveiraEu não me referia ao seu caso, não faço ideia donde vive e do que faz nem da sua vida. Falo no geral. Você não pode excusar-se das decisões que tomou, da profissão que escolheu, da mulher com que se casou, das oportunidades de trabalho que aceitou, etc.
    No limite, ninguém o obrigou a absolutamente nada, muito menos a ter que construir casa de raíz. Foram opções suas, não do Estado, nem minhas, etc. Para mim simplesmente não vejo sentido entre os empregos do casal distarem 100kms entre sí.

    "Para mim simplesmente não vejo sentido entre os empregos do casal distarem 100kms entre sí."


    Ainda bem que por exemplo não vive/casou com uma professora! :) Há certas situações na vida, que não se escolhe... nem são previsíveis antecipadamente.
    Enfim, a vida é mesmo assim, e não me queixo disso…


    Quanto ao empreiteiro, fico feliz por sí. Desejo-lhe a melhor das sortes. Afinal por quanto adjudicou por comparação com a primeira vez? Ainda mantém a do "está tudo maluco?".


    Sim, continuo a achar que está tudo maluco, aliás, esse meu conhecido empreiteiro disse-me isso mesmo, que realmente há muito trabalho, e como há muito trabalho, a percentagem de lucro é muito superior. Até me "confidenciou" que a adjudicação que fez antes da minha, deu 1 valor alto, baseado apenas nos m2 sem analisar em detalhe a obra, e para espanto dele, ficou com a obra. Pelos vistos os orçamentos que tinham ainda eram mais altos que o dele.
    Relativamente ao orçamento que tinha, poupei perto de 10 mil euros. (Sinceramente fiquei admirado). Já dá para a mobília da cozinha (ou talvez não...) :D
  7.  # 249

    Colocado por: HAL_9000É um facto. Eu tinha percebido mal o seu ponto de vista. O que me estava a referir é a situação que refiro em cima, ou seja, muitas vezes as pessoas não moram onde escolhem, mas onde conseguem.

    Precisamente.
    Onde conseguem, porque o governo permite-lhes construir em Cascos de Rolha sem que exista infraestrutura, ou sem sequer um plano viável para que isso acontença algum dia no futuro. É tão simples quanto isso. Por isso insisto tanto num OT estruturado e multi-concelho, não vale a pena fazer casas por fazer, sem coordenar isso com emprego, comércio e serviços, infraestrutura e transporte.
    Concordam com este comentário: paulo.g
  8.  # 250

    Colocado por: NFSANAinda bem que por exemplo não vive/casou com uma professora! :) Há certas situações na vida, que não se escolhe... nem são previsíveis antecipadamente.
    Enfim, a vida é mesmo assim, e não me queixo disso…

    Cada um com as suas.
    Eu casei com alguém que nasceu a 9'000 kms de donde nasci eu, com outro idioma, etc.

    Se um dos elementos do casal está em migração permanente, talvez comprar casa fixa num sítio, não seja a melhor opção, digo eu.
    Sendo de IT, que mais quer para trabalhar de modo remoto?
    (é retórico, não é para que responda)... Ninguém melhor que você saberá que vida quer para sí e para a sua família. Isso não está em causa.

    Não podemos é achar sempre que a culpa disto é sempre deste ou daquele... sem nunca pôr em causa as decisões tomadas por sí próprio.
  9.  # 251

    Colocado por: NFSANme "confidenciou" que a adjudicação que fez antes da minha, deu 1 valor alto, baseado apenas nos m2 sem analisar em detalhe a obra


    Tudo excelentes sinais :) Brio acima de tudo :)
    • NFSAN
    • 20 fevereiro 2025 editado

     # 252

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Cada um com as suas.
    Eu casei com alguém que nasceu a 9'000 kms de donde nasci eu, com outro idioma, etc.

    Se um dos elementos do casal está em migração permanente, talvez comprar casa fixa num sítio, não seja a melhor opção, digo eu.
    Sendo de IT, que mais quer para trabalhar de modo remoto?
    (é retórico, não é para que responda)... Ninguém melhor que você saberá que vida quer para sí e para a sua família. Isso não está em causa.

    Não podemos é achar sempre que a culpa disto é sempre deste ou daquele... sem nunca pôr em causa as decisões tomadas por sí próprio.


    Caro N Miguel Oliveira, mas eu não me estou a queixar, se vivo longe do meu trabalho etc, só me queixei do que está mencionado no tópico. E claro que é um desabafo e também serve de alerta. E não estou a dizer nenhuma mentira, pois são mesmos os próprios empreiteiros que assumem que os preços estão inflacionados! Não digo que a culpa seja deles. Isto é tal e qual como a história da botija do Gás que falei anteriormente (Preço em Portugal Vs Espanha), é só o dobro. Ainda bem que isto ainda não chegou à saúde... (até ver!).

    Sim, a parte de trabalho em IT atualmente as empresas estão a deixar o "full remote" no geral, e a passar mais para o "Híbrido", mas não tanto para quem tem por vezes necessidade de aceder fisicamente a equipamentos (Servidores/redes...etc), que neste momento é o meu caso. Mas sim, por vezes consigo ficar em casa a trabalhar remotamente.
  10.  # 253

    Colocado por: N Miguel OliveiraÉ tão simples quanto isso. Por isso insisto tanto num OT estruturado e multi-concelho, não vale a pena fazer casas por fazer, sem coordenar isso com emprego, comércio e serviços, infraestrutura e transporte.
    Certo, mas assumindo a situação atual, qual era a escolha da generalidade dessas pessoas, ir morar para uma caixa de cartão (estou a ser literal) à porta do trabalho? Eu concordo consigo, a questão é que falta ordenamento e infraestruturas. Eu moro a 40Km do meu local de trabalho e demoro entre 1:15-1:30 h de transportes. Mas a alternativa era essa ou abdicar da estabilidade financeira. O ideal? era morar na mesma a 40km, mas demorar 30 min a chegar de transportes públicos.
    Concordam com este comentário: paulo.g
    • NFSAN
    • 20 fevereiro 2025 editado

     # 254

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Tudo excelentes sinais :) Brio acima de tudo :)



    Pelo que me deu a entender, nem lhe interessava a obra, mas porque os senhores eram da mesma terra, deu 1 valor mais alto a pensar que não aceitavam o orçamento. Pelos vistos foi só para ser "simpático/educado" e dar orçamento. Mas pelo que tenho visto, neste momento aqui na minha zona é o que todos fazem! Mas sobre isto, nem toco mais no assunto... acho que já houve mais pessoas aqui a dizer a mesma coisa. Vale o que vale!
    No meu caso, acredito que se não fosse conhecido dos meus pais, nem sequer me dava orçamento.
    Basicamente é o que me aconteceu com a maior parte dos empreiteiros, ou deram valor altos, ou não deram sequer orçamento (na maior parte dos casos).
  11.  # 255

    Colocado por: NFSANmas eu não me estou a queixar, se vivo longe do meu trabalho etc

    Pois, mas queixar-se-ia se o gasóleo custasse bastante mais (com tal de suportar o custo dos transportes públicos), ou percebi mal?

    Colocado por: HAL_9000O ideal? era morar na mesma a 40km, mas demorar 30 min a chegar de transportes públicos.
    Pois. é o que digo... passa a responsabilidade para os outros... E que tal morar mais perto donde trabalha, ou de trabalhar mais próximo donde mora? Também são opções, ou não? Agora, é natural que se me diz que precisa duma casa de 200m2 para guardar a enchada e 500m2 de jardim para fins terapeuticos, ou que o emprego que escolheu só existe num centro urbano porque é super especifico, é normal que seja inviável mudar esses 40kms entre os dois locais. O Estado que resolva... afinal "a culpa é dele". O Hal já faz a sua parte usando os transportes, ajudando pagando bilhete e afins. E está muito bem. Agora é só esperar que os seus concidadãos pensem do mesmo modo usando os transportes também. Isso só acontece indo à carteira, desincentivando o uso do transporte individual por um lado, e criar melhores condições comuns por outro. A julgar pelos lucros da GALP, parece que não há grande stress...
    • NFSAN
    • 20 fevereiro 2025

     # 256

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Pois, mas queixar-se-ia se o gasóleo custasse bastante mais (com tal de suportar o custo dos transportes públicos), ou percebi mal?


    Não percebi bem a sua pergunta... mas se aumentasse 500% conforme dizia, tinha que ficar aqui na zona, a ganhar pouco mais que o ordenado mínimo, pois já não era viável a viagem tendo em conta o custo do combustível. Transportes públicos neste momento não há para o local onde trabalho. Mas posso-lhe dizer que andei 3 anos de Comboio, em que me levantava às 6h e pouco, para ir para Coimbra (trabalhei lá 3 anos), e só chegava lá às 9h e piques. Comprava o passe que me ficava mais barato, mas a viagem era terrível... muitas horas de viagem. Fazia em média 5h por dia de Comboio, e não era no conforto do Alfa Pendular como pode imaginar. :)
  12.  # 257

    Colocado por: N Miguel OliveiraE que tal morar mais perto donde trabalha, ou de trabalhar mais próximo donde mora?
    Em ambas as opções comprometo a estabilidade financeira da minha família. Numa delas porque a habitação é muito cara, na outra porque os rendimentos oferecidos são muito baixos. É o mesmo que me dizer: é que tal deixar de comer para morar mais perto de onde trabalha?

    O que o N Miguel Oliveira se recusa a aceitar é a conclusão que emana da imagem abaixo. A escolha que diz que existe, não é escolha nenhuma, é uma imposição das circunstâncias. Com isto não ilibo a minha responsabilidade nas minhas opções de vida, apenas aponto as circunstâncias que as justificam. Se isto vai de mal a pior, não vejo porque que se tem de calar e comer e não se pode dizer que o rei vai nu quando ele efetivamente vai nu.

    Também lhe posso dar a escolher entre passar fome ou passar frio. O N Miguel Oliveira escolhe uma das opções. Mas será que foi realmente uma escolha?
      IMG_0353.jpeg
  13.  # 258

    Colocado por: NFSANtinha que ficar aqui na zona


    Uma vez mais, não concebemos nunca a ideia da casa estar plantada no sítio errado.

    Quanto ao comboio, eu percebo bem o que quer dizer pois tive uma situação idêntica e não era por falta de utilizadores. Até era o contrário, havia tanta gente que fazia a viagem de 1h e tal em pé. Eram preciso mais horarios, mais comboios, mais de tudo. E para isso é preciso dinheiro. Onde? Ir ao preço dos combustiveis desincentivava uns quantos, passando a usar um serviço melhorado e com maior capacidade, etc. Obviamente 500% é uma força de expressão, não sei que valor deveria ser.
  14.  # 259

    Colocado por: N Miguel OliveiraAgora, é natural que se me diz que precisa duma casa de 200m2 para guardar a enchada e 500m2 de jardim para fins terapeuticos, ou que o emprego que escolheu só existe num centro urbano porque é super especifico, é normal que seja inviável mudar esses 40kms entre os dois locais.
    Esqueça isso. A casa da enxada nada tem a ver com a casa que estava a falar. Ninguém consegue ter uma casa da enxada a 40km do meu local de trabalho. Aliás conseguir até consegue, mas ou é rico ou herdeiro. A classe média tem um apartamento de áreas modestas e já fica feliz.
  15.  # 260

    Colocado por: HAL_9000O que o N Miguel Oliveira se recusa a aceitar é a conclusão que emana da imagem abaixo


    Eu aceito perfeitamente essa conclusão.
    Até lhe digo mais, há 20 anos, nos bancos da universidade discutiamos a questão do péssimo urbanismo e ordenamento do território que tinhamos. O barco só se mantinha à tona por uma questão muito simples, construir era relativamente barato. Agora, isso eu só ouvia na escola, porque de quem paga, seja muito ou pouco, acha sempre tudo carissimo.

    A realidade mudou. E quem não quer aceitar a conclusão do gráfico não sou eu! Aliás, o Hal deve ter passado por alto as páginas em que se discutia se 130m2 são suficientes ou não.

    As pessoas ainda esperam o quê mesmo? De construir o mesmo que os pais em 2000? Que o cunhado em 2013? Que o primo em 2020?

    Fala-se em mudar de hábitos e caramba... nem pensar! "Então e a "habitação digna" da constituíção" e os imigrantes, etc...?

    Tudo isto se via vir em 2005! Nas aulas de Urbanismo! Pelo meio, temos gente a tratar destes assuntos sem estar ligado ao tema... onde vê entrevistas sobre a Habitação com Arquitectos, Engenheitos e Urbanistas? A juntar a isso temos uma população que em geral anda demasiado agarrada ao Instagram e zero informada de como abordar o tema e o sonho que trazem.

    O Hal já pensou, que no mesmo gráfico, eu posso concluir que os portugueses vivem muito acima das suas possibilidades? Pois andam a comprar casas muito acima dos seus rendimentos... já pensou nisso?
    Só que isso é tabu/impopular... quem falar disso termina como o Passos Coelho.
    Eu não digo que seja isso em exclusivo... mas pelo que vou comparando com outros países nesse mapa, acho que algo terá que ver também.
    Concordam com este comentário: paulo.g
 
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