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  1.  # 281

    Colocado por: jg231esta opinião é só triste, vinda de alguém com milhões de euros, muito fora da realidade que pretende denegrir, nem sei que ganha para andar a comentar sempre aqui no forum.

    só fala do que não sabe.


    Sim, aqui ninguém disse que a realidade é alegre.
    Ganho perspectiva, de gentes doutras paragens, que têm uma realidade diferente da de Braga, e de pessoas alheias ao sector da construção. O que opinam, como vêem as coisas, etc... Para mim, isso é importante. Isso ganho.
    Eu não pretendo denegrir coisa nenhuma, nem percebi o que quis dizer com isso.
    Por ser da área, vejo que há coisas que estão mal e sei que estão mal por causa duma coisa que herdámos (OT). O nosso território é este e não outro. Mas isso não invalida que seja o nosso triste fado para sempre e que não se possa corrigir de alguma maneira.

    Triste é passar a vida a queixar-se dos mesmos resultados, e ao mesmo tempo, não fazer nada de diferente para que isso mude.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  2.  # 282

    Colocado por: HFSFBem eu não concordo em tudo com N Miguel Oliveira mas acho que não se pode dizer que ele está assim distante da realidade.
    O que não falta em são casas dispersas e perto de florestas. Isso realmente faz com que seja mais difícil que os transportes publicos e todas as acessibilidades.

    Com isto digo que vivo numa aldeia e que não quero de todo viver na cidade e isto deveria continuar a ser possível desde que sejam cumpridos determinadas condições.

    Aqui ao lado o ano passado houve 7 fogos florestais. Este ano vai construir-se mais uma casa ainda mais perto da floresta. Isto não faz qualquer sentido.
    Nessa zona muitas casas estão desabitadas 11 meses no ano. Não é uma questão de possibilitar habitação a baixo custo de forma nenhuma


    Até parece que sou contra as aldeias. Eu nasci e cresci numa freguesia da periferia e não trocaria aquela infância por nenhuma outra numa cidade. O que eu sou contra é o despesismo desenfreado, e a falta de eficiência do tecido urbano... porque aí todos perdem. Perdem quem mora isolado porque não tem transportes ou infraestrutura suficiente mas paga para isso, e perde quem vive na cidade, que na volta até faz tudo a pé... e tem que pagar também para os transportes e infraestrutura que não usa.

    Se tenho 50 familias e usam 200m de colector de saneamento básico, podemos dizer que cada familia só "gasta" 4m de infraestrutura. Se uma familia vive a 200m do colector principal, das duas uma, ou paga ele esses 200m... ou é manifestamente injusto para as outras 50 familias, que agora são 51, mas pagam por 400m de infraestrura. Isso é um exemplo com pêras e maçãs... e transversal a quase tudo que tenha que ver com a densidade populacional...

    O ponto não é que muita gente "não tem escolha". Tem escolha sim... porque o Estado permite tê-la. E depois não é capaz de proporcionar infraestrutura em todo o lado. Eu preferia que se fizesse menos, e o que se fizesse fosse bem feito.
    Concordam com este comentário: paulo.g
  3.  # 283

    Colocado por: HAL_9000EU vi a questão é até que ponto têm de se ajustar as expectativas? Paramos no contentor marítimo, nas box para dormir como no japão, ou na caixa de cartão?

    Eu parei nos 130m2... o que parece uma obscenidade para muitos.
    Até 100m2 me parece possível.

    Colocado por: HAL_9000Não pensei nisso por uma razão simples: Onde estão as casas ao nivel das possibilidades dos portugueses?
    O que eu vejo é galinheiros com uma de mão de tinta, daquelas de 25 euros a lata de 15L, por 200k, numa qualquer periferia manhosa de um centro urbano. Uma familia de rendimentos médios adquirir isto é viver muito acima das possibilidades? Para mim é uma estupidez pegada, mas não é viver acima das possibilidades, é ser obrigado a fazê-lo pelas circunstâncias.

    Pois, pelos carros e casas que vejo na rua, eu não sei onde está essa tal pobreza...
  4.  # 284

    Colocado por: HAL_9000A casa do campo não é do tempo da crise da habitaçãeo. E sim, aí houve uma escolha.

    Agora o apartamento foi uma escolha imposta (digamos assim): ou comprava onde podia pagar, ou entrava no loop de pagar um galinheiro a preço de apartamento de luxo - e perante uma decisão destas, prefiro não pagar um valor acima do que o bem merece. Se fosse agora não comprava era nada. Acabou de ser vendido no meu prédio um apartamento igual ao meu por 4X o valor que paguei por ele em 2020. Isto cabe na cabeça de alguém?

    Até me pode dizer que podia vender a casa da enxada para morar mais perto de onde trabalho, continua a não fazer sentido, porque onde eu trabalho um T1 com 40m2 custa 350k. Em que mundo é que isto é aceitáel num país em que o rendimento médio são 1500 paus brutos? É essa a escolha?


    Talvez no mesmo mundo, onde um casal tem uma casa e um apartamento e vem falar de crise na habitação...
  5.  # 285

    Colocado por: paulo.gO que já não concordo é que este problema tenha alguma coisa a ver com sonhos e expetativas.


    Pois, para mim isso é o que eu considero "viver numa bolha"... de que tantos falam... mas não saem dela.

    Se com salário X, sei que só dá para a casa Y... eu bem posso sonhar com a casa Z... porque depois esbarro na realidade, vejo que afinal só posso ter Y, e começo a culpar tudo (empreiteiros, imobiliários, imigrantes, governo, etc), menos considerar que talvez a minha expectativa não estava ajustada à realidade.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  6.  # 286

    Colocado por: jg231o que é que o desordenamento de território tem a ver com habitação, saúde, educação e transportes???


    A sua frase é sintomática de cegueira...

    Tem tudo! O OT deveria ser o 5º ministério mais importante, depois de Finanças, Justiça, Educação e Saúde... Mas para já, não passa duma Secretaria de Estado sequer.
  7.  # 287

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Eu parei nos 130m2... o que parece uma obscenidade para muitos.
    Até 100m2 me parece possível
    .


    Pois, pelos carros e casas que vejo na rua, eu não sei onde está essa tal pobreza...


    Em frança construí muitas casas novas em loteamentos.
    A maioria eram 85/90m2 mais garagem de 20m2
    E metiam 3 quartos, cozinha, sala e a casa nunca parecia pequena, depois de prontas eram até bem agradáveis
    Uma casa de 140/150m2 nalgumas zonas de lá já é para classe média alta
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  8.  # 288

    Colocado por: ACRSA1948Em Portugal devia acabar o preconceito contra as casas pre-fabricadas
    não creio que haja pre conceito. no entanto há muita aldrabice, primeiro a maioria das casa pré fabricadas não cumprem as normas regulamentares, depois praticamente todas apenas publicam uma parte do valor da 'obra'. deixando de fora tudo o resto que eleva os valores para praticamente idêntico a uma casa de construção normal.. pequenos pormenores
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
  9.  # 289

    Colocado por: marcocar
    Em frança construí muitas casas novas em loteamentos.
    A maioria eram 85/90m2 mais garagem de 20m2
    E metiam 3 quartos, cozinha, sala e a casa nunca parecia pequena, depois de prontas eram até bem agradáveis
    Uma casa de 140/150m2 nalgumas zonas de lá já é para classe média alta


    Pois, vá dizer isso ao português comum, ao do rendimento médio... no país onde a grande maioria é proprietário da casa onde mora.

    Eu desenhei casas para diversos países... e posso bem comparar. Fora são 99% das vezes mais pequenas, e muitos dos clientes estrangeiros não têm profissões comuns... gente que ganha 100-200k por ano... e mesmo assim contenta-se com menos que o português que por ganhar 2 ou 3k ao mês já se acha a última bolacha do pacote. Em que "todos" devem ganhar mais, menos quem anda nas obras.

    Já que pegou no caso da França, por ali, você nem o desaterro fez e já tem as caixilharias todas encomendadas e em fabricação. É outra mentalidade.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  10.  # 290

    Colocado por: jg231quero ver os transportes públicos que o N Miguel Oliveira usa e a casa de 10m2 onde vive ;-)


    Polarizar é "bom" e você gosta. É do Chega?

    Deixei-lhe um exemplo, com áreas por compartimento, no comentário #148 da página 8.
    Se você acha isso insuficente é consigo. Se você acha que esta casa de 129m2 é indigna, isso é consigo. Se acha que um lote de 300m2 é pequeno, isso é consigo. Por mim está mais do que bom e também me considero um "português médio".

    Se quer saber como é a minha casa, posso dizer-lhe que uma delas, é uma daquelas 50 do exemplo "bonito" que deixei no comentário #183 da página 10. É um espectáculo!
  11.  # 291

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Pois, vá dizer isso ao português comum, ao do rendimento médio... no país onde a grande maioria é proprietário da casa onde mora.

    Eu desenhei casas para diversos países... e posso bem comparar. Fora são 99% das vezes mais pequenas, e muitos dos clientes estrangeiros não têm profissões comuns... gente que ganha 100-200k por ano... e mesmo assim contenta-se com menos que o português que por ganhar 2 ou 3k ao mês já se acha a última bolacha do pacote. Em que "todos" devem ganhar mais, menos quem anda nas obras.

    Já que pegou no caso da França, por ali, você nem o desaterro fez e já tem as caixilharias todas encomendadas e em fabricação. É outra mentalidade.
    Concordam com este comentário:desofiapedro


    Outra mentalidade, mas outras normas que ajudam muito mais a poder construir.
    Standardizaçao das armaduras, para qualquer casa comum já existe ferro para pilares e vigas que respeitam as normas,
    Se for uma casa muito diferente, pagasse 200€ por estudo de betão onde vem tudo discriminando como deve ser. Tudo se compra já pre fabricado,não há cá tempo perdido em mão de obra, eu até as vigas mandava vir já prontas em betão, era só pousar e chumbar ao resto.
    As padieiras são em U de 3 m de comprido, corta a medida e betonar, a reserva para os pilares já está nos blocos.
    E em zonas sísmicas é igual, tem tudo já pre existente, não é preciso um engenheiro a calcular tudo a maneira dele, e cada um de maneira diferente.
  12.  # 292

    Colocado por: dmanteigas

    Entao nao tem 136m3. Tem 176m2.




    Pois eu acho que tanto o jg como a carlota claramente nao perceberam o ponto.
    Eu vivo num T3 com 116m2 de area util e tambem esuficiente. Ha tralha que deixo em casa do meu pai ou dos meus sogros. Esta tudo meticulosamente organizado. A garagem, como se la meter o carro nao tenho espaco para mais nada, serve de arrecadacao.
    Antes disso vivia num T2 com 89m2 de area util. E tambem se vivia.

    Em nenhum momento eu disse que nao se vive numa moradia T3 com 130m2 de area bruta (que inclui garagem, varandas, etc). Ate se vive em menos. Os meus avos dos 2 lados criaram um total de 22 filhos em 'barracos' com muito menos area. E para muita gente, 130m2 de area bruta ja e muito bom. Mas esta bem longe de serideal.

    E se ha 20 anos, o portugues medio nao 'sonhava' com moradias de 130m2 mas quase o triplo, agora querem-nos dizer que o problema e na realidade nosso que estamos a sonhar com esse 'Porsche' que e uma moradia de 200m2?

    Tenham paciencia...
    Concordam com este comentário:HAL_9000


    O grande problema é que agora a maioria dos Portugueses não tem capacidade financeira para construir uma moradia de 100m2, quanto mais de 200m2 ou 300m2

    Acho que muitas pessoas não perceberam mas o custo de vida aumentou de forma galopante e o estilo de vida da maioria da nossa sociedade está a cair a pique.

    Obviamente que acho absurdo ser necessário gastar 500k para construir uma moradia de 200m2 de qualidade mediocre, mas essa infelizmente é a nossa realidade.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
  13.  # 293

    Por que se desconversa tanto? A isto chama-se perda de tempo e consumo de energia. Nao seria melhor aproveitar este tempo para descansar a mente e o espírito? Depois... admiramo-nos.
  14.  # 294

    Colocado por: marcocarOutra mentalidade, mas outras normas que ajudam muito mais a poder construir.
    Standardizaçao das armaduras, para qualquer casa comum já existe ferro para pilares e vigas que respeitam as normas,
    Se for uma casa muito diferente, pagasse 200€ por estudo de betão onde vem tudo discriminando como deve ser. Tudo se compra já pre fabricado,não há cá tempo perdido em mão de obra, eu até as vigas mandava vir já prontas em betão, era só pousar e chumbar ao resto.
    As padieiras são em U de 3 m de comprido, corta a medida e betonar, a reserva para os pilares já está nos blocos.
    E em zonas sísmicas é igual, tem tudo já pre existente, não é preciso um engenheiro a calcular tudo a maneira dele, e cada um de maneira diferente.


    Ora nem mais.
    Mesmo a nível de projecto é muito simples. Os técnicos dedicam-se a fazer a génese da sua profissão. A projectar para obra, em vez de preencher papeis. A Câmara pede só aquilo que é mesmo importante. Em obras pequenas, o projecto a entregar à câmara são meia dúzia de páginas. Muito simples mesmo. No final, todos os materiais estão quase prontos no mercado. É só ir comprar e instalar.

    O que também leva a haver menos "variantes" para os donos de obra escolherem. Escolhe-se entre A e B... já feito. Não há cá obra de alfaiate, com tudo à medida e personalizado. Essas só mesmo para quem tem dinheiro. Já em Portugal é tudo assim, tenha dinheiro para isso ou não tenha.
  15.  # 295

    A faragem de uma “casita” de uns 60milhoes, tirando a iluminação, claro:), esta acabada, betao normal sem qualquer tipo de cuidado, é uma garagem para carros.
    Em Portugal ainda tinha de levar o reboco a pintura, a ceramica no chao e se calhar ate um teto falso.
    Nao fosse o carro ter pesadelos durante a noite.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
      IMG_3303.jpeg
  16.  # 296

    ó DR
    olhe aqui em Portugal, tambem temos betão :)
      AZO_MARIO_SEQUEIRA_BRAGA_HOUSE_0433.jpg
  17.  # 297

    Colocado por: marco1ó DR
    olhe aqui em Portugal, tambem temos betão :)
      AZO_MARIO_SEQUEIRA_BRAGA_HOUSE_0433.jpg
    mas esse betão custa mais que o reboco e a pintura e tal e coiso.
    Eu disse que se trata de betao normal, nao é betão à vista. É betão normalissimo como qualquer cave em portugal leva, e diga me lá quantas caves ficam assim sem acabamento? 😆
  18.  # 298

    Colocado por: jg231
    o que é que o desordenamento de território tem a ver com habitação, saúde, educação e transportes???


    Caro jg231,
    Tem tudo a ver. Porque um país mal ordenado é como uma casa mal desenhada. Gastam-se imensos recursos que podiam ser aplicados em boas políticas públicas ou a reduzir a carga fiscal sobre os cidadãos. Já aqui foi explicado diversas vezes.

    Mas claro que o problema que temos com a habitação tem outras contribuições significativas como o turismo, a especulação imobiliária, a falta de investimento público.
    Não me parece que a imigração contribua significativamente para o custo da habitação no nosso "segmento alvo". Só se estiver a falar dos chamados "imigrantes bons"...
  19.  # 299

    Volta a história do armanço dos portugueses.. já chateia..

    Só os portugueses que estão emigrados é que sabem o que é a vida é que podem construir o que querem e como querem porque esses tem muito dinheiro..

    O pobre coitado agora já nem a garagem pode rebocar..

    Quantos português colocam melhores acabamentos na garagem para fazerem la as festinhas da família e evitar uma sala enorme que usariam 2 vezes por ano?

    Concerteza que se essa casa vale 60 milhões (deve ser em Beverly Hills) tem outros excessos bem mais ridículos que uma pintura e uma cerâmica no chão de uma garagem..
  20.  # 300

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Pois, para mim isso é o que eu considero "viver numa bolha"... de que tantos falam... mas não saem dela.

    Se com salário X, sei que só dá para a casa Y... eu bem posso sonhar com a casa Z... porque depois esbarro na realidade, vejo que afinal só posso ter Y, e começo a culpar tudo (empreiteiros, imobiliários, imigrantes, governo, etc), menos considerar que talvez a minha expectativa não estava ajustada à realidade.
    Concordam com este comentário:desofiapedro


    Pois, é aqui que divergimos um pouco. Eu percebo que o ajustamento das expectativas à realidade é um processo difícil. Mas também é verdade que aquilo que deixa o "o freguês com a pulga atrás da orelha" é a velocidade a que os preços subiram. A especulação existe. E então quando o vento é favorável e o estado/regulador é fraco, ela prospera sem limites. Posso estar a ser injusto com a indústria da construção, mas não me parece...
 
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