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  1.  # 1

    Colocado por: Bragas VVolta a história do armanço dos portugueses.. já chateia..

    Só os portugueses que estão emigrados é que sabem o que é a vida é que podem construir o que querem e como querem porque esses tem muito dinheiro..

    O pobre coitado agora já nem a garagem pode rebocar..

    Quantos português colocam melhores acabamentos na garagem para fazerem la as festinhas da família e evitar uma sala enorme que usariam 2 vezes por ano?

    Concerteza que se essa casa vale 60 milhões (deve ser em Beverly Hills) tem outros excessos bem mais ridículos que uma pintura e uma cerâmica no chão de uma garagem..
    claro que pode rebocar, até forrar a ouro, desde que se esteja disposto a pagar por isso.
    Quando o que se pretende é construir a preços controlados por algum lado se tem de começar, reduzir ao tamanho, reduzir acabamentos, parece-me seja por ai..
    Quanto ao armanço dos portugueses, seremos sim o povo que conheço com mais armanço nas casas, não é historia é o que é.

    A casa em questao é a uns metros do lac leman, 60milhoes sou eu a dizer que ela valerá, porque segundo por aqui falam custou 50milhoes e o dono decidiu refaze-la por completo e acrescentar piscina.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
  2.  # 2

    Colocado por: DR1982
    Quanto ao armanço dos portugueses, seremos sim o povo que conheço com mais armanço nas casas, não é historia é o que é.
    .


    Conhece pouco.. ou então, conhece a realidade que quer conhecer..
  3.  # 3

    Colocado por: Bragas V

    Conhece pouco.. ou então, conhece a realidade que quer conhecer..
    se calhar conheço pouco, realmente so trabalhei e vivi em 4 paises, e onde vejo casas maiores e com mais armanço como diz é em Portugal.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, desofiapedro
  4.  # 4

    Colocado por: DR1982se calhar conheço pouco, realmente so trabalhei e vivi em 4 paises, e onde vejo casas maiores e com mais armanço como diz é em Portugal.


    Não viveu em 4 países.. terá vivido em quatro locais de 4 países..
  5.  # 5

    Colocado por: Bragas V

    Não viveu em 4 países.. terá vivido em quatro locais de 4 países..
    leve lá os pedais.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  6.  # 6

    Colocado por: DR1982leve lá os pedais.


    Ok
  7.  # 7

    Colocado por: paulo.gPois, é aqui que divergimos um pouco. Eu percebo que o ajustamento das expectativas à realidade é um processo difícil. Mas também é verdade que aquilo que deixa o "o freguês com a pulga atrás da orelha" é a velocidade a que os preços subiram. A especulação existe. E então quando o vento é favorável e o estado/regulador é fraco, ela prospera sem limites. Posso estar a ser injusto com a indústria da construção, mas não me parece...


    Foram muitos factores. E quando se está muito dependente dos mercados exteriores, pomo-nos a jeito.
    Eu não discordo de sí. Não me parece haver dúvidas que existe especulação.
    Mas também sei, que termina por ser algo natural em função dum desiquilibrio entre a procura e a oferta. Há 15 anos, quem estava na mó de baixo não era o Dono de Obra. Nessa altura não o vi queixar. Do mesmo modo que não vejo nenhum empreiteiro na miséria agora como vi naquela altura. Faz parte. Não lhes tenho nenhuma inveja, atravessaram o deserto durante anos para se manter à tona. Agora recebem a compensação pela resiliência, com juros e tudo. Não duvido que haja estratégias que o governo possa tomar para equilibrar a balança. E as ferramentas para isso, estão numa mísera Secretaria de Estado chamada Ordenamento do Terrirório juntamente com outras coisas, como a valorização do Ensino Profissional por exemplo, ou maior controlo e restrição da banca. Você só dá 400k por uma casa se os tiver ou se conseguir pedi-los emprestados. Foi também isto que modificou e muito as nossas expectativas. Quantos não pedem/sonham com a casa em função daquilo que o banco empresta?
    De resto, se você vê que alguém lhe pode pagar 20... não lhe vai pedir 10 quando a concorrência mais barata anda nos 17 ou 18 no mínimo...
  8.  # 8

    Uma conjectura de varios fatores levou ao estado que estamos hoje, existe um grande problema de ordenamento do tecido urbano.
    É necessário repensar as estratégias, alguns dos paises que já tive oportunidade de conhecer, a área metropolitana esta bem definida e nas redondezas da mesma existem vilas cujo ordenamento consiste em pequenos terrenos 300 a 500 m2 com casas idênticas ao longo da vila, quase como se tratasse de apenas uma urbanização, um unico "projeto".
    Existe sim quase que um "projeto" sistemático e fabricação/construção standard!
    Possibilitando a que um maior numero de pessoas tenho acesso a habitação!
    Em Portugal infelizmente construimos para rivalizar quase com o vizinho, porque a minha é maior que a tua!
    Desculpem lá o desabafo mas dizer que uma moradia com 140m2 é pequena, é um verdadeiro absurdo! Assim como acho um absurdo que cada casa deve ser a medida de cada um, é necessário sistematizar processos, assim como quando se construem apartamentos (não é medida de cada um).
    Concordam com este comentário: desofiapedro, N Miguel Oliveira
  9.  # 9

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Foram muitos factores. E quando se está muito dependente dos mercados exteriores, pomo-nos a jeito.
    Eu não discordo de sí. Não me parece haver dúvidas que existe especulação.
    Mas também sei, que termina por ser algo natural em função dum desiquilibrio entre a procura e a oferta. Há 15 anos, quem estava na mó de baixo não era o Dono de Obra. Nessa altura não o vi queixar. Do mesmo modo que não vejo nenhum empreiteiro na miséria agora como vi naquela altura. Faz parte. Não lhes tenho nenhuma inveja, atravessaram o deserto durante anos para se manter à tona. Agora recebem a compensação pela resiliência, com juros e tudo. Não duvido que haja estratégias que o governo possa tomar para equilibrar a balança. E as ferramentas para isso, estão numa mísera Secretaria de Estado chamada Ordenamento do Terrirório juntamente com outras coisas, como a valorização do Ensino Profissional por exemplo, ou maior controlo e restrição da banca. Você só dá 400k por uma casa se os tiver ou se conseguir pedi-los emprestados. Foi também isto que modificou e muito as nossas expectativas. Quantos não pedem/sonham com a casa em função daquilo que o banco empresta?
    De resto, se você vê que alguém lhe pode pagar 20... não lhe vai pedir 10 quando a concorrência mais barata anda nos 17 ou 18 no mínimo...


    Não foram só os empreiteiros que atravessaram o deserto...

    E mesmo quando eles atravessavam o deserto, não cobravam mal (além de ganharem com a fuga aos impostos, tal como ainda acontece muito nos dias de hoje).

    Mas, é o que é.
  10.  # 10

    O N Miguel Oliveira tem filhos?
  11.  # 11

    Colocado por: fabsilNão foram só os empreiteiros que atravessaram o deserto...


    Mas atravessaram bem mais que os outros...

    Colocado por: fabsilE mesmo quando eles atravessavam o deserto, não cobravam mal


    Ai nao que nao cobravam... quantas nao cobravam ABAIXO de custo porque era melhor ter a empresa a trabalhar e a perder 100e por dia, que a nao trabalhar e a perder 3000.
    Isto sem falar das dezenas deles que faliram.
  12.  # 12

    Colocado por: dmanteigas

    Mas atravessaram bem mais que os outros...



    Ai nao que nao cobravam... quantas nao cobravam ABAIXO de custo porque era melhor ter a empresa a trabalhar e a perder 100e por dia, que a nao trabalhar e a perder 3000.
    Isto sem falar das dezenas deles que faliram.


    Que pena ninguém se ter lembrado, na altura, de organizar um peditório...

    Lembro-me muito bem e vivi esses tempos crise. Não foi só a construção que sofreu... infelizmente.

    Olhe... até a geração "à rasca" (na qual me incluo) ainda hoje leva vergastadas:
    - Sofreram todas as consequências da grande crise e a falta de oportunidades de trabalho;
    - Muitos, forçados a viver na casa dos pais até mais tarde e iniciar a sua vida mais tarde;
    - Sujeitaram-se a empregos de porcaria (alguns +/- explorados);
    - Mas ergueram-se, sobreviveram e começar a construir a suas vidas lentamente.

    E quando as coisas começaram a melhorar?
    Tiveram e têm que gramar com esta especulação imobiliária, sempre excluídos de qualquer apoio do estado.

    Portanto, desculpe, não consigo ter pena nenhuma dos empresários da construção de uma forma tão isolada.
    Todos passamos um mau bocado. E foram muitas as empresas a fechar, nos mais diversos setores de atividade.
  13.  # 13

    Colocado por: fabsilOlhe... até a geração "à rasca" (na qual me incluo) ainda hoje leva vergastadas:
    - Sofreram todas as consequências da grande crise e a falta de oportunidades de trabalho;
    - Muitos, forçados a viver na casa dos pais até mais tarde e iniciar a sua vida mais tarde;
    - Sujeitaram-se a empregos de porcaria (alguns +/- explorados);
    - Mas ergueram-se, sobreviveram e começar a construir a suas vidas lentamente.

    E quando as coisas começaram a melhorar?
    Tiveram e têm que gramar com esta especulação imobiliária, sempre excluídos de qualquer apoio do estado.


    Parece que esta a descrever a minha vida na perfeicao :)

    Quem acha que hoje se paga mal nas obras, devia comecar a trabalhar com um estagio profissional de 12 meses, sem ferias, a ganhar menos que o SMN porque so recebia 12 em vez de 14 meses... e trabalhava 12 e nao 11 meses :) ao fim de estudar 5 anos...


    Colocado por: fabsilPortanto, desculpe, não consigo ter pena nenhuma dos empresários da construção de uma forma tão isolada.
    Todos passamos um mau bocado. E foram muitas as empresas a fechar, nos mais diversos setores de atividade.


    Eu nao disse que foram os unicos. Mas a construcao foi provavelmente a area mais afetada e onde existiu maior destruicao de emprego. Destruicao essa que ainda hoje estamos a pagar. Muitos 'calotes'. Muita gente a entrar muito rapidamente na miseria, muitos por culpa propria.
    Nao quero que se organize um peditorio, mas nao vamos tambem fechar os olhos a realidade.

    Muitos dos que hoje se queixa da perde de poder de compra, como os funcionarios publicos, passaram por aquela fase com pouco sofrimento. E queixam-se mais que todos os outros.
  14.  # 14

    Colocado por: dmanteigas

    Parece que esta a descrever a minha vida na perfeicao :)

    Quem acha que hoje se paga mal nas obras, devia comecar a trabalhar com um estagio profissional de 12 meses, sem ferias, a ganhar menos que o SMN porque so recebia 12 em vez de 14 meses... e trabalhava 12 e nao 11 meses :) ao fim de estudar 5 anos...




    Eu nao disse que foram os unicos. Mas a construcao foi provavelmente a area mais afetada e onde existiu maior destruicao de emprego. Destruicao essa que ainda hoje estamos a pagar. Muitos 'calotes'. Muita gente a entrar muito rapidamente na miseria, muitos por culpa propria.
    Nao quero que se organize um peditorio, mas nao vamos tambem fechar os olhos a realidade.

    Muitos dos que hoje se queixa da perde de poder de compra, como os funcionarios publicos, passaram por aquela fase com pouco sofrimento. E queixam-se mais que todos os outros.


    Bom, sem duvida. Escrito dessa forma, já consigo estar de acordo :)
    • HFSF
    • 21 fevereiro 2025

     # 15

    Eu ainda não consigo estar de acordo com nada nesta politica do "eu posso queixa-me mais do que tu"

    A empresa não dá dinheiro? Fecha-se.
    Há novas oportunidades de mercado? Abre atividade.

    Se as pessoas estão mal em determinado momento podem e devem queixar-se, sejas empregados publicos, privados da construção, textil, operarios, camada de gestão. Podem ou não ser ouvidos.

    Ter uma empresa é estar exposto a um risco mais elevado, pode correr bem e nesse momento ganha-se muito mais dinheiro ou mal e passar uns meses a ganir. Se quer ninguém obriga ninguém a ter atividade aberta.
    Também fechar a atividade não faz de ninguém incompetente é apenas uma empresa a fechar.
    Concordam com este comentário: fabsil
  15.  # 16

    Colocado por: SirruperO N Miguel Oliveira tem filhos?

    Talvez para o ano, e o seguinte 1 ou 2 anos depois.
    Por? Que tem que ver? Obviamente que tenho em mente que seremos 4 (ou 5/6 juntando sogro/sogra ou pai/mãe na equação um pouco mais tarde), ao planear e comprar o que temos comprado. Aliás, como qualquer casal, até diria que os filhos são o factor mais determinante de qualquer escolha, desde o espaço, às tralhas necessárias, à proximidade a pé de creches, escolas, centros de saúde, ao trânsito, e à qualidade do ar e proximidade de vegetação, animais de estimação, etc. Sem esta visão e/ou condicionantes, o meu foco seria obviamente outro. Adorei a minha infância com permanente contacto com a terra, e a dos filhos não será diferente, em princípio.
  16.  # 17

    Colocado por: fabsilNão foram só os empreiteiros que atravessaram o deserto...

    E mesmo quando eles atravessavam o deserto, não cobravam mal (além de ganharem com a fuga aos impostos, tal como ainda acontece muito nos dias de hoje).

    Mas, é o que é.


    Eu acho que nem é comparpçável sequer com outros sectores... mas pronto.
    Uma coisa é perder o emprego, outra, bem diferente, é saber que todos os dias, está a pagar para trabalhar.
    Para depois terminarem no charco na mesma.

    Parte da crise de hoje, advém desse tempo, em que muitos largaram um sector para nunca mais regressar.
    O simples efeito de hoje em dia quase não haver nada em stock... leva a enormes atrasos numa obrazita que demora 3 anos em vez de 9 meses.

    Sem contar que todos aqueles que estavam em boa idade para seguir carreira emigraram. E os experientes, com família e raízes em PT, ao não emigrar aguentaram um barco, sem ensinar ninguém. Hoje esses vão chegando à reforma, e os que eram novos dificilmente regressarão dos países que os aconheram. Pelo que juntamos as duas piores situações, ficamos sem os que eram jovens e sem os que eram experientes. Sobram os que são jovens agora e os imigrantes, e ambos aprendem pelo telemóvel...
  17.  # 18

    voltanto ao tema inicial, se está tudo maluco então ninguém está.
    A concorrência, e existe, coloca os preços num patamar médio realista, normal, razoável...
    E se está mais caro hoje do que estava ontem, é porque o mercado paga esses valores.
    Ou então venha mais intervenção estatal... mas ainda nos chamam de comunistas ou algo pior.
  18.  # 19

    Colocado por: HFSFA empresa não dá dinheiro? Fecha-se.
    Há novas oportunidades de mercado? Abre atividade.


    Mas foi isso que aconteceu.
    E foi um penar até se decidir fechar.
    Só não voltou foi a abrir...

    Que haja novas oportunidades de mercado... não faz que você consiga montar uma constructora em dois dias. Não é uma florista.
    Basta pensar na frota... nos camiões, etc... É preciso muito tempo para montar uma empresa assim. E muito dinheiro. Mas é fácil desfazê-la numa crise. E mais era naquele tempo, quando muitos começavam obras sem um valor de adjudicação... em que o proprietário também entrou em quebra e ficou a dever. Para um constructor não há modo de reaver o pagamento... pois a obra é uma coisa imóvel, fixa ao terreno. Muitos deles receberam "em terrenos" por exemplo. Mas um lote, só lhe põe comida na mesa se por lá plantar umas batatas... em tempos que não consegue vender nada.

    A crise de hoje tem muito que ver com isto. Quem foi ao charco... entretanto abriu um restaurante, etc... ou emigrou... Ou tão simplesmente não está para aventuras nas obras depois de tudo o que lhe aconteceu ali por 2010-2013...
    Pelo que, a mim não me admira nada o abuso nos preços hoje em dia... enquanto der... vai-se juntando para quando isto fôr tudo ao charco outra vez.
    Concordam com este comentário: dmanteigas
  19.  # 20

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Talvez para o ano, e o seguinte 1 ou 2 anos depois.
    Por? Que tem que ver? Obviamente que tenho em mente que seremos 4 (ou 5/6 juntando sogro/sogra ou pai/mãe na equação um pouco mais tarde), ao planear e comprar o que temos comprado. Aliás, como qualquer casal, até diria que os filhos são o factor mais determinante de qualquer escolha, desde o espaço, às tralhas necessárias, à proximidade a pé de creches, escolas, centros de saúde, ao trânsito, e à qualidade do ar e proximidade de vegetação, animais de estimação, etc. Sem esta visão e/ou condicionantes, o meu foco seria obviamente outro. Adorei a minha infância com permanente contacto com a terra, e a dos filhos não será diferente, em princípio.

    Pois. Fala assim porque ainda nao tem filhos. Quando os tiver depois venha cá dizer que só tem um carro ou que vai andar de transportes publicos com eles de um lado para o outro.
 
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