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    • há 1 dia editado

     # 1

    Mas a IL serve para quê? A IL é uma cópia do BE, com a diferença de ter politicas económicas liberais.
    A única preocupação da IL tem sido os direitos da comunidade LGBTI+ e só os vejo a participar em movimentos LGBTI+.
    É um partido inútil que nunca se vai conseguir adaptar ás necessidades reais, deste país.
    Agora como estão em desespero e não conseguem crescer, já começam a entrar no tema imigração e a defender o controlo da imigração, quando no passado recente tanto criticavam o Chega por falar deste assunto. Só demonstram a hipocrisia como partido que são.
  1.  # 2

    Colocado por: novoMas a IL serve para quê?


    Serve para quê?
    Serve para por exemplo apresentar propostas parlamentares que vão a votação e que por coincidência têm uma das mais altas taxas de aprovação.
    Ora, um cenário bastante diferente do Chega, que com muitos mais deputados e que representam uma fatia maior da população... não consegue, nem de perto.

    Ora, eu leio isto do seguinte modo:

    - 95% da população são representados por 222 deputados (todos menos os da IL), que aprovaram uma alta % das iniciativas daquele partido.

    - 82% da população são representados por 180 deputados (todos menos os do Chega), que quase nunca votam a favor daquelas maravilhosas ideias que o Chega leva a votação.

    Pelo que, perante isto, a pergunta que me surge é precisamente a mesma que a sua:
    Afinal, para que servem os 50 deputados do Chega na prática, se fazem muito menos que os 8 da IL?
    Será que se forem 100 aprovam mais medidas? Pelos vistos não funciona assim...
  2.  # 3

    Colocado por: AMG1mas também há que ter em conta que a fragmentação promove a ingovernabilidade

    Mas traz também mais temas para cima da mesa.

    Hoje (ou "Hoije" como diria o LM) ouvi um podcast bastante interessante sobre o Volt Portugal:
    https://open.spotify.com/episode/7rD6qdwryDOLawxap0H2E7?si=Fkp0hIbvSM6XcwQxBUYZ5w

    Confesso que desconhecia esta vertente europeísta do partido.
    Achei bastante fresco, com os temas que a meu ver realmente interessam em 2025.
    Encaixa perfeitamente naqueles que além de se sentirem portugueses, são sobretudo europeus federalistas.

    Tal como o Chega e mais uns 10 ou 15, é um partido desiludido com a prestação de PS e PSD nestes últimos 50 anos.
    Qual é o problema deles? É que não berram tanto, por muito interessantes que sejam as ideias que trazem para debate.

    Achei bastante interessante também, o modo como vêm o Esquerda-Direita e porque se definem de Centro Pivot que joga dos dois lados... e o porquê de se basearem mais na evidência e menos na ideologia, sempre com a Europa como pano de fundo. Também achei curioso ser uma sucursal, em que existem vários Volt em diferentes países.

    Se tiver oportunidade oiça... pelo menos serve de "corta-sabores" depois de tantas noites de debates e de ouvir o PNS conjugar mal a 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito dos verbos terminados em "-ir"... :)
  3.  # 4

    Colocado por: N Miguel Oliveira- 95% da população são representados por 222 deputados (todos menos os da IL), que aprovaram uma alta % das iniciativas daquele partido.

    - 82% da população são representados por 180 deputados (todos menos os do Chega), que quase nunca votam a favor daquelas maravilhosas ideias que o Chega leva a votação.

    Eu meto isto de outra forma, sabendo o perfil dos eleitores, como é que seria a sociedade sem os 18% que votou no Chega?

    Mas nós caminhamos para uma sociedade diferente, sabiam que a AfD nas ultimas sondagens está com 26% ? Na Alemanha a coligação já está a retirar votos ao centro.

    Mas são paises diferentes de Portugal, descobri hoje que existem países na europa em que as mulheres se podem reformar até 5 anos mais cedo do que os homens, isto é justo porquê?
  4.  # 5

    Colocado por: rod_2000Eu meto isto de outra forma, sabendo o perfil dos eleitores, como é que seria a sociedade sem os 18% que votou no Chega?


    Bem, se esses 18% acreditassem integralmente naquilo, eram simplesmente marginalizados pois aparentemente as ideias que defendem não têm o mínimo respaldo dos restantes 82%.

    Fora da politica, haverá concerteza gente mais moderada, com quem até se pode conversar.
    Ainda assim, não lhes faz comichão aquele tipo de actitudes ao ponto de os demover na intenção de voto... seria interessante perceber o porquê disso.
  5.  # 6

    Colocado por: rod_2000sabiam que a AfD nas ultimas sondagens está com 26%

    E em Portugal seria tudo menos surpreendente se o Chega tivesse 26% ou mais até...
    Sim, na Alemanha o caso é diferente. Ainda assim não deixou de ser interessante o ódio anti-imigrante proliferar onde há menos imigrantes. Apesar disso não ser nada de novo.
    • reg
    • há 1 dia

     # 7

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    E em Portugal seria tudo menos surpreendente se o Chega tivesse 26% ou mais até...
    Sim, na Alemanha o caso é diferente. Ainda assim não deixou de ser interessante o ódio anti-imigrante proliferar onde há menos imigrantes. Apesar disso não ser nada de novo.


    curiosamente a extrema-direita cresce nos países ex-comunistas, na Alemanha por exemplo é precisamente na parte leste é onde a AfD domina
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  6.  # 8

    Colocado por: reg

    curiosamente a extrema-direita cresce nos países ex-comunistas, na Alemanha por exemplo é precisamente na parte leste é onde a AfD domina

    Não é curiosidade nenhuma, o comportamento de extremistas de direita e esquerda é exatamente o mesmo tirando algum tipo de linguagem. Por cá o PCP a seguir ao 25A tentou alcançar o poder como aconteceu em TODOS os regimes comunistas no mundo, através de golpes e/ou violência. Nunca os comunistas alcançaram o poder através de votos democráticos. E o comportamento no poder é exatamente o mesmo. E a diferença de alguma linguagem deve-se mais á atualidade dos comportamentos do que uma questão de civilidade. As redes sociais transferiram para uma maior audiência aquilo só ouvíamos nas tascas e comícios. O apelo á morte dos "inimigos" era exatamente o mesmo.
    Não é por acaso que ninguém consegue definir o atual regime de Putin, e outros regimes totalitários por esse mundo fora.
  7.  # 9

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Certo. É um argumento válido sim.
    Só não venha justificar que é porque tem melhores politicas anti-corrupção, ou que isto e aquilo... Nem sequer conseguiu responder em que é que são melhores que a IL.
    Se na verdade usa o mesmo argumento de manada do PSD e PS que tanto o Chega critica... é esse o tal anti-sistema que tanto se apregoa?

    O tal voto de protesto, o tal voto útil, ou seja o que fôr... podia acontecer no Chega como noutro dos 1O partidos de direita que não o PSD. Porém isso não acontece. O que sim é um facto, é que todas as habilidades deste partido não fazem demover quem neles vota.

    Bastava justificar com: "voto no Chega porque é o maior depois de PSD e PS". Simples. Não era preciso mais que isso...

    Como Ventura tem muita lábia é normal convencer mais pessoas...
    Ele a falar parece um vendedor de sonhos como o Sócrates mas um discurso diferente que devido á crise apela mais ás pessoas.
    Resumindo foi o que disse, sendo de protesto e votando á direita é mesmo por aí.
  8.  # 10

    Colocado por: spvalevotando á direita


    Pois, só falta perceber se na política fiscal e económica é mesmo de direita. Por vezes não parece nada.
  9.  # 11

    Colocado por: novoIL é uma cópia do BE


    Piada da década!

    Hahahahaha
  10.  # 12

    Colocado por: carvai
    Não é curiosidade nenhuma, o comportamento de extremistas de direita e esquerda é exatamente o mesmo tirando algum tipo de linguagem. Por cá o PCP a seguir ao 25A tentou alcançar o poder como aconteceu em TODOS os regimes comunistas no mundo, através de golpes e/ou violência. Nunca os comunistas alcançaram o poder através de votos democráticos. E o comportamento no poder é exatamente o mesmo. E a diferença de alguma linguagem deve-se mais á atualidade dos comportamentos do que uma questão de civilidade. As redes sociais transferiram para uma maior audiência aquilo só ouvíamos nas tascas e comícios. O apelo á morte dos "inimigos" era exatamente o mesmo.
    Não é por acaso que ninguém consegue definir o atual regime de Putin, e outros regimes totalitários por esse mundo fora.


    Por acaso até acho que a explicação para a AfD ser mais popular nas regiões alemãs ex-RDA, tem mais que ver com o facto dessas regiões serem também as mais pobres do país. Aquela malta deve sentir-se abandonada e vai atrás de quem lhe quer vender o paraíso ao virar da esquina.
    Quanto a afirmação "nunca os comunistas alcançaram o poder por via democratica", lamento mas não é factualmente verdade. A ultima vez que isso aconteceu foi na Grécia com o Siriza, que embora não ostente o nome de comunista, é claramente um partido de extrema esquerda. Já no princípio deste século, Chipre, que tem um regime presidencialista, teve um presidente e chefe do governo do Partido Comunista.
    Estes dois casos são os que me lembro recentes de liderarem governos, porque participar em governos europeus ao longo da segunda metade do sec XX isso aconteceu por várias vezes, p.e. em França e na Dinamarca. Um dos governos do Miterrand teve pelo menos dois ministros do PCF. As eleições de 1936 em França e em Espanha foram ambas ganhas por coligações (frente popular) que incluiam os respectivos partidos comunistas. Em Espanha esse evento descambou para a guerra civil e depois para o franquismo, mas em França houve uma transição de poder normalíssima, creio que logo dois ou três anos depois em eleições antecipadas.
    Isto foi de memória e muito "por alto" certamente que me falharam outras situações.
    Agora concordo com o que o Carvai descreve, se tivermos em mente as experiencias mais prolongadas, ou seja a chinesa e a russa e respectivos paises vassalos, ou como eles gostam de dizer "paises dentro da sua esfera de influência".
    Do ponto de vista puramente ideológico, no caminho para o comunismo, que inclui uma fase denominada (na concepção marxista) de "ditadura do proletariado", onde a democracia se resume ao chamado "centralismo democratico", mas isto é puramente conceptual, na prática aquilo é sempre uma autocracia, porque pura e simplesmente nem todos "os camaradas" têm voz.
    Agora não faltam exemplos de Partidos Comunistas que sempre respeitaram as regras do jogo democrático. A dita "geringonça" só era nova em Portugal, porque por essa europa fora foi razoavelmente comum durante a segunda metade do sec passado.
    Depois ainda temos o muito curioso caso italiano, com um Partido Comunista, que não era satélite da URSS e que juntamente com o Partido Democrata Cristão deram origem à chamada doutrina do "compromisso historico" que permitiu a formação de vários governos na década de 60/70. A sequência deste acordo é também muito curiosa. Com a implosão do sistema partidário italiano, os dois partidos deram origem a outros dois, que anos mais tarde, juntamente com o que sobrou do antigo partido socialista, acabaram por gerar o actual partido democrata, um partido do grupo dos socialistas e sociais democratas europeus, que ainda hoje tem por lá gente ex-comunistas e ex-democratas cristãos. Mas a politica italiana sempre foi muito "sui generis".
    Eu resumo, a realidade tende sempre a ser muito mais complexa do que certas análises que só vêem preto e branco conseguem reter.
    Mas como o Carvai diz e bem, a conversa das redes sociais é muitas vezes a conversa de tasca, onde a realidade conta muito pouco.
  11.  # 13

    Colocado por: novocomeçam a entrar no tema imigração e a defender o controlo da imigração, quando no passado recente tanto criticavam o Chega por falar deste assunto.


    Para mim é dos poucos pontos positivos que vejo no Chega enquanto partido com representação parlamentar. Meteu toda a gente a falar da emigração.

    Mas tal como a ecologia, a emigração é um tema que tem de ser seriamente debatido e enquadrado, sem entrar em cegueira ideológica, independente da ideologia política. Portanto seria de esperar que mais cedo ou mais tarde, os restantes partidos começassem a debater o assunto.
  12.  # 14

    Colocado por: AMG1Eu resumo, a realidade tende sempre a ser muito mais complexa do que certas análises que só vêem preto e branco conseguem reter.

    Agradeço a correção do "TODOS" para os quase todos, influência do falecido Papa.
    E a sua explicação da evolução dos Partidos comunistas nos países democráticos foi muito útil para avaliarmos o futuro da extrema direita nos mesmos países. No fundo passam de movimentos quase terroristas para possíveis parceiros confiáveis tipo geringonça.
    Na nossa juventude um terrorista sanguinário como o Che era idolatrado. Agora são os chamados influencers. Venha o diabo e escolha...
    Relativamente ás próximas eleições a única curiosidade é ver se o PNS se demite na noite eleitoral ou se espera para ser empurrando. De resto nada deve mudar.
  13.  # 15

    Colocado por: Carvai
    Agradeço a correção do "TODOS" para os quase todos, influência do falecido Papa.
    E a sua explicação da evolução dos Partidos comunistas nos países democráticos foi muito útil para avaliarmos o futuro da extrema direita nos mesmos países. No fundo passam de movimentos quase terroristas para possíveis parceiros confiáveis tipo geringonça.
    Na nossa juventude um terrorista sanguinário como o Che era idolatrado. Agora são os chamados influencers. Venha o diabo e escolha...
    Relativamente ás próximas eleições a única curiosidade é ver se o PNS se demite na noite eleitoral ou se espera para ser empurrando. De resto nada deve mudar.


    Carissimo,
    Nada garante que a história se repita. Até pode repetir-se, como diria o velho K Marx, sob a forma de comédia. Apesar do passado ser muito importante para a compreensão do presente e até definir o futuro, essa repetição mecânica da história não existe.
    Depois, mesmo quando ocorrem esses movimentos de aproximação, há sempre quem escolha ficar de fora, ou seja radicalizando-se. Os tais movimentos terroristas "do nosso tempo", eram quase todos as sobras desse processo de aproximação.
    A questão central é mesmo essa, como lidar com quem escolhe ficar de fora e disposto a tudo. No "nosso tempo" houve claramente muita dificuldade em lidar com isso.
    Quanto ao resultado das proximas eleições, óbviamente que como sempre esteve inscrito "nas estrelas" a AD irá ganhar, só mesmo uma catástrofe (maior que o PNS) poderia evitar isso. Resta saber o resto do filme, ou seja, com que dimensão e que relação de forças surge na direita.
    Quanto ao PS e ao PNS. Eu percebo que tenha o desejo de ver os dois pelas costas, mas olhe que não é muito avisado confundir os desejos com a realidade. Eu não tenho duvidas de que o PS não ficara muito aquém do resultado que teve em 2024, que convenhamos não foi brilhante. Mesmo o PNS, só o vejo a sair se o resultado for mesmo muito mau, o que até ver, não percepciono motivo compreensivel para que isso ocorra.
    Eu até tenho visto uma coisa muito curiosa nas sondagens relativamente ao PS, que ninguém comenta, mas isso deixamos para ver depois dos resultados.
    Eu até diria, que se o PS perder, mas se aguentar um resultado aceitável, isso pode ser bom para o PNS. Os tempos que aí vêm não parecem ser de feição para quem estiver no governo e em Portugal, dada a completa ausencia da tal cultura de compromisso, quem tem o azar de viver uma crise, paga inevitavelmente as "favas" na eleição seguinte.
    • reg
    • há 11 horas

     # 16

    Colocado por: CarvaiNão é por acaso que ninguém consegue definir o atual regime de Putin


    porque nem é carne nem peixe, uma mistura de estalinismo, nacionalismo e oligarquia
  14.  # 17

    Colocado por: AMG1Quanto ao PS e ao PNS. Eu percebo que tenha o desejo de ver os dois pelas costas, mas olhe que não é muito avisado confundir os desejos com a realidade.

    Não meu caro, nada tenho contra o PS apesar de nunca ter votado neles. Durante anos devido a ter sido dirigente voluntário de uma Organização Nacional lidei com vários ministros e secretários de estado do PS e da AD e curiosamente as piores relações foram com 2 ministros de ambos os lados e as melhores foram com 2 secretários de estado também dos 2 lados.
    E sim detesto o PNS e a assessora Leitão que conheci há muitos kgs atrás são políticos que não aprecio.
  15.  # 18

    Colocado por: Carvai
    E sim detesto o PNS e a assessora Leitão que conheci há muitos kgs atrás são políticos que não aprecio.


    Pessoalmente não também não tenho nada contra o Ventura. Imagine que aqui há uns anos, quando ele ainda era comentador de futebol, até tive oportunidade de o conhecer no contexto de um evento do Benfica e fiquei bastante agradado com o seu sentido de humor. Cáustico mas, ainda assim, elegante. O que contraria bastante a "persona" politica que ele criou.
    Contudo espero bem que ele nunca se aproxime do poder, porque não acredito que dali venha alguma coisa de positivo.
    Os dirigentes partidários são escolhidos pelos seus militantes, num contexto que só eles conhecem como ninguém. Aos outros só lhes cabe avaliar essa escolha no momento em que a questão se colocar. De qualquer modo gostarmos mais ou menos de alguém, ou do seu estilo, não torna necessatiamente esse alguém melhor ou pior lider partidario, ou mesmo PM. Está aí o exemplo do LM, claramente alguém por quem a opinião generalizada era bastante menos positiva enquanto dirigente do PSD do que como PM. Talvez os militantes do PSD o conhecessem melhor do que nós, o que é absolutamente natural. Claro que ter como principal oponente o PNS talvez ajude, ainda assim, eu não lhe retiro o mérito.
  16.  # 19

    Exatamente, cada um de nós forma a sua opinião de moto próprio. O PNS na TAP foi desastroso mas quanto ao Montijo estava 100% do lado dele. Isto em áreas que percebo alguma coisa.
    Quanto ás probabilidades do PNS continuar líder do PS se não ganhar as eleições acho improvável, basta ver o caso Rui Rio e Seguro.
    Até porque se o LM continuar com o "não é não" o PS tem de chegar á frente e o PNS não têm qualquer hipótese de negociar.
    O que está em causa nestas eleições é o voto útil na direita. Será que as 2 grandes bandeiras do Chega - imigração e corrupção - continuam a ser preponderantes?
  17.  # 20

    Colocado por: CarvaiExatamente, cada um de nós forma a sua opinião de moto próprio. O PNS na TAP foi desastroso mas quanto ao Montijo estava 100% do lado dele. Isto em áreas que percebo alguma coisa.
    Quanto ás probabilidades do PNS continuar líder do PS se não ganhar as eleições acho improvável, basta ver o caso Rui Rio e Seguro.
    Até porque se o LM continuar com o "não é não" o PS tem de chegar á frente e o PNS não têm qualquer hipótese de negociar.
    O que está em causa nestas eleições é o voto útil na direita. Será que as 2 grandes bandeiras do Chega - imigração e corrupção - continuam a ser preponderantes?


    O PNS domina completamente o aparelho do PS. Só mesmo uma derrota daquelas épicas é que iam colocar a sua liderança causa. Até porque vêm aí autárquicas e a cacicagem local não gosta de confusões quando está a tratar da sua vidinha. Depois não vejo ninguem no PS que neste momento queira mesmo desafiar o PNS. A minha convicção é de que ele ficará, salvo se quiser sair de modo próprio, mas a unica hipotese que vejo para isso seria a tal derrota esmagadora.
    O LM tem pelo menos dois anos pela frente sem precisar do PS para nada. Eu apostaria que ele até irá retirar alguma pressão do PS e tentar apontar ao Chega durante este periodo.
    Quanto ao Chega, muito sinceramente a mim parece-me que ainda não se percebeu que há uma fatia razoável do eleitorado que se revê naquilo, ou então em coisa nenhuma, porque se abstem.
    As bandeiras da imigração e da corrupção não vão desaparecer, porque sem isso fica sem nada, nem razão para as proclamações inflamadas do Ventura. Portanto, eu não vejo forma do Ventura deixar de assombrar o LM nos proximos tempos. Talvez não seja com 50 deputados, facto que a meu ver será irrepetível, mas serão sempre os suficientes para evitar que uma vitoria da AD, mesmo na sua mais que óbvia futura formula (PSD+CDS+IL) seja suficiente para governar confortavelmente. O Ventura só manterá autonomia se continuar a beliscar esse conjunto, caso contrário também é engolido.
    Ainda assim também convém não esquecer que o desvio demasiado brusco do PSD para a direita pode deixar órfãos alguns eleitores do centro, que o PS pode aproveitar. Ao PSD a existência de um Chega mais pequeno também convém, porque isso ajuda a manter uma postura de centro.
    O equilíbrio que é exigido ao LM é muito complexo, vamos ver o que ele consegue fazer.
    Com outro lider do PS, p.e. um Francisco Assis, ainda podia ser pior, mas nesse caso talvez nem tivéssemos eleições, que muito sinceramente não vão servir para nada, mas isso já todos sabíamos. Só vamos a eleições porque o LM e o PNS quiseram medir o tamanho das respectivas pilinhas, porque nenhum deles tem grande expectativa de que fique muito melhor do que estava.
 
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