Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Encontrei este isolamento térmico de espessura fina (o fabricante é a Bauter) que parece ter propriedades extraordinárias para a espessura aplicada.

    Segundo a declaração de desempenho CE (está em anexo) para uma espessura de 0.5mm
    - R=5.7 m²*K/W
    - λ 0.000088 W/m*K

    Já alguém trabalhou com este material?
    Existe algo equivalente no mercado?
  2.  # 2

    Existem produtos (rebocos/gessos) que têm por base aerogel que têm condutibilidades de 0,028 W/mK.
    Não conheço produtos declarados como os que refere mesmo que sejam declarados por uma empresa. Como cautela peça cópia do teste do laboratório que acreditou tal valor declarado. Sendo verdade é cumprir com as regras de aplicação do revestimento.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Shadow A
  3.  # 3

    Resposta do CGPT:

    Uma condutividade térmica de 0,000088 W/m·K (ou W/m²·K se você estiver se referindo à resistência térmica superficial) com uma espessura de 0,5 mm (0,0005 m) seria extremamente excepcional — e até fisicamente improvável com os materiais conhecidos atualmente.

    Vamos analisar:
    1. Condutividade térmica ultrabaixa
    A condutividade térmica de 0,000088 W/m·K é extremamente baixa. Para referência:

    Aerogel de sílica: ~0,013–0,017 W/m·K (um dos melhores isolantes conhecidos)

    Espuma de poliuretano: ~0,02–0,03 W/m·K

    Ar: ~0,026 W/m·K

    Portanto, 0,000088 W/m·K é cerca de 150 vezes mais isolante que o ar parado, o que beira o nível do vácuo total, que tem condutividade térmica praticamente nula.

    2. Espessura de 0,5 mm
    Com essa espessura tão pequena, qualquer material precisaria ter uma condutividade térmica extremamente baixa para ter um efeito significativo.

    Mesmo que fosse vácuo ou aerogel, a espessura de 0,5 mm limitaria muito a resistência térmica total.

    3. Conclusão física
    Atualmente, não existe nenhum material comercial ou de laboratório conhecido que tenha uma condutividade térmica de 0,000088 W/m·K.

    Se esse valor for verdadeiro, pode haver um erro de unidade, uma confusão com resistência térmica (R = espessura / k), ou uma idealização teórica (como o uso de multicamadas com vácuo intersticial em escalas nanométricas).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Shadow A
  4.  # 4

    O que dizem é a Resistencia Termica Equivalente e Condutividade termica Equivalente

    O principio do material é a Refletividade.
    Diz que tem uma Reflectividade de 93%. O que é relativamente alta.
    Conjugado com uma caixa de ar, como se faz em Janelas com pelicula Termica, existe um ganho termico pois a radiação é refletida e o ar serve de isolante da temperatura que a "pelicula" atinge.

    Para chegar a esses numeros calcularam um R teorico de 5.7 tendo em conta que existe uma caixa de ar de varios CM. Depois dividem esse ganho pela espessura da pelicula reflectora: 0.5mm


    Procure por "Radiant Barrier" (e.g. https://www.energy.gov/energysaver/radiant-barriers)
    Quando aplicado num telhado, permite reflectir 95% da radiacao do sol. O que é bom no Verao. Mas no Inverno nao evita que o frio entre.

    Colocado por: Shadow AExiste algo equivalente no mercado?

    É o mesmo principio que o Aerothem diz que tem. Mas na ficha do Aerotherm nao vejo la essa reflectivdade.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Shadow A
  5.  # 5

    Obrigado a todos.

    Pedi o relatório do teste de laboratório que foi usado para emitir a declaração de desempenho, tal como foi sugerido e também uma amostra do material para testar com a minha câmera termográfica.

    entretanto encontrei um estudo que fala sobre a performance das aerogel radiant barriers
  6.  # 6

    Colocado por: Vítor MagalhãesAerogel de sílica: ~0,013–0,017 W/m·K (um dos melhores isolantes conhecidos)

    Exatamente mas neste caso no considerando o fenómeno de transferência de energia por condução.

    Colocado por: PiafinhoO que dizem é a Resistencia TermicaEquivalentee Condutividade termicaEquivalente

    O principio do material é a Refletividade.
    Diz que tem uma Reflectividade de 93%. O que é relativamente alta.

    O que se enquadra em outro fenómeno, diferente, na transferência de energia, neste caso por radiação.

    Sendo fenómenos de transferência de energia distintos encontram-se combinados em alguns materiais de revestimento conjugando uma baixa de espessura de uma material de baixa condutibilidade térmica, com pequenas esferas de sílica, responsáveis pelo fenómeno da reflexão térmica.

    Estes tipos de materiais quando usados encapsulados (ex: caixas de ar, debaixo de telha, etc.) com espaço de ar, permitem valores de reflexão térmica bastante elevados. Tratando-se de espaços com ar não ventilados a forma de transferência de energia predominante entre as superfícies é a radiação térmica.

    Quando pensamos numa aplicação pelo interior, como revestimento em camada fina (tipo um gesso), conseguem reduzir os consumos energéticos na faixa dos 20%-25%.

    Pelo exterior a conversa já será outra já que sendo mais eficientes em tempo quente, no tempo frio também diminuem os ganhos devidos á radiação solar. Este facto acaba por ter impacto no cálculo final da eficiência energética do edifício.
    Nestes casos atendendo às atuais performances conhecidas nos materiais:
    Colocado por: Vítor MagalhãesAerogel de sílica: ~0,013–0,017 W/m·K (um dos melhores isolantes conhecidos)

    ...combinam-se com outros materiais como é o caso do reboco térmico da FIXIT.
    Neste exemplo com 2-3cm de espessura já se conseguem melhorias térmicas muitos interessantes.
    Obviamente que o produto é caro e pouco reconhecido cá por Portugal.
    Existem outros fabricantes e soluções semelhantes.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Shadow A
  7.  # 7

    Sem prejuizo do que já foi bem explicado, e desde já com o disclaimer de ser parte interessada pois fui eu que introduzi o produto cá, depois de anos a fabricar blocos de eps e cimento com 30 cm de espessura, os rebocos b-thermiq vendidos pela Bauter (e outros produtos semelhantes de última geração) funcionam de facto de maneira diferente do isolamento convencional (onde se usa materiais de baixa conductividade térmica e espessura para criar resistência à condução).

    Criam a tal barreira radiante através da elevada reflexão (de visivel e infravermelhos) mas há outras caracteristicas para além da reflexão que penso estão geralmente omissas nas análises. O produto, que no seu interior tem as tais microesferas de polimero em vácuo (outros fabricantes usam cerâmica) que criam um escudo denso e muito reflector, apresenta também alta emissividade (cerca de 0.9). Com o vácuo das microesferas e graças a esta alta emissividade (a tal parte omissa) consegue-se criar uma verdadeira barreira radiante, que rejeita efectivamente a carga térmica, sem ganhar temperatura e assim evitar o estabelecimento de um fluxo de condução signficativo, deixando a alta reflexão trabalhar, repelindo o calor que a quer atravessar.

    Estamos habituados a materiais muito reflectores mas não é tão habitual que estes tenham também esta alta emissividade, pois geralmente variam na razão inversa (alta reflectividade corresponde a baixa emissividade).

    Pelo exterior a conversa já será outra já que sendo mais eficientes em tempo quente, no tempo frio também diminuem os ganhos devidos á radiação solar. Este facto acaba por ter impacto no cálculo final da eficiência energética do edifício


    De facto, é o mito habitual, onde se é evidente a vantagem no Verão, de Inverno, acabam por piorar ligeiramente ao reflectir a radiação solar (só não sendo pior porque é pouca). O argumento não está errado e é lógico mas não considera um facto que faz toda a diferença: nós, no Inverno, aquecemos as casas e mantemos o interior mais quente que o exterior, activamente. Essa perda de calor por m2 (genericamente o U em W/m2.K ou o nosso consumo energético) que temos para o exterior é transportado por condução, através das paredes, para ser dissipado por convecção e radiação no exterior, bem mais frio.

    É aqui que a coisa muda, pois a presença da barreira radiante de alta reflectividade e emissividade vai novamente funcionar, impedindo-o de sair e retornando-o ao interior, fazendo com que o produto funcione quer de verão quer de Inverno. A unica diferença é que, ao termos o produto aplicado no exterior (versus aplicado pelo interior onde é imediata a reacção às fontes de calor), temos a inércia térmica acrescida da parede, que se não for no caso especifico de uma casa de fim de semana, que se tenha de aquecer do zero, não tem grande importancia para o conforto interior.

    Acresce a isto que o produto permite a parede respirar (permeabilidade ao vapor), controlando a humidade, e evitando condensações com forte impacto no conforto e salubridade. Além disso a condutibilidade térmica dos materiais, que usamos nos cálculos, é medida sem humidade (e correctamente para se poder comparar entre eles) mas que tal não corresponde à situação real, onde a presença de vapor e água liquida (boa condutora) nos intersticios que deveriam ter ar a isolar, podem baixar a resistencia da parede facilmente em 20 ou 30% no Inverno, mesmo em materiais de "close-cell" estanques.

    Anexo umas fotos termográficas de Fevereiro deste ano com 7ºC de temperatura ambiente, sem Sol, de dois edificios aquecidos onde o da esquerda tem capoto e o da direita 0.5 mm de b-thermiq. É bem visivel que a fachada b-thermiq apresenta cerca de 2-3 graus mais baixa, ou seja é mais eficaz a reter o calor no interior do edificio.

    Espero ter ajudado, de alguma forma, clarificar o conceito por detrás destes novos revestimentos que evidentemente são diferentes do habitual conceito de “revestimento” térmico. Boas obras e obrigado!
      sDJI_20250227112037_0055_V.jpeg
      sDJI_20250227112037_0055_T__2025_04_23_01_40_37.jpg
  8.  # 8

    Colocado por: apex_ptEstamos habituados a materiais muito reflectores mas não é tão habitual que estes tenham também esta alta emissividade, pois geralmente variam na razão inversa (alta reflectividade corresponde a baixa emissividade).


    Ou conseguiram fazer algo que quebra a lei de kirchhoff ou estao a falar de zonas diferentes de espectro porque, segundo a lei de kirchhoff, para materais opacos, se tem uma reflectividade de 0.95 a emissividade é de 0.05.

    Existem produtos que de facto combinam materiais que fazem com que durante o dia, com luz solar, exista uma barreira reflectiva e que, durante a noite, entre em açao a vertente emissiva.

    Mas isso serve para arrefecimento apenas. Essa emissividade permitir que o calor interior que foi acumulado durante o dia consiga sair durante a noite.

    Se for no mesmo especto, se o material é composto, de forma homogenea, pelo material A 0.9 emissivo e material B 0.9 reflectivo entao:
    Emissividade do material composto = EmA + EmB /2 = 0.9 + 0.1 /2 = 0.5
    Idem para a Relectividade = RmA + RmB / 2 = 0.1 + 0.9 /2 = 0.5

    Ou seja, na realidade tenho um material que nao seve para nada.


    Colocado por: apex_ptÉ aqui que a coisa muda, pois a presença da barreira radiante de alta reflectividade e emissividade vai novamente funcionar, impedindo-o de sair e retornando-o ao interior, fazendo com que o produto funcione quer de verão quer de Inverno.


    Pode elaborar melhor os principios fisicos que sustentam esta afirmação? É que, peço desculpa, mas isto soa 99% a banha da cobra.
    O que é que eu ganho, no inverno, em que um produto que esta aplicado pelo exterior seja emissivo?
    Isso nao faz fazer como que a energia que gastei para colocar a parede a uma determinada temperatura seja libertada para o exterior?


    Colocado por: apex_ptÉ bem visivel que a fachada b-thermiq apresenta cerca de 2-3 graus mais baixa, ou seja é mais eficaz a reter o calor no interior do edificio


    E o produto é tao bom que para alem de fazer como que as paredes fiquem mais frias faz tambem o mesmo as janelas.

    Um leigo como eu ia assumir que o facto das paredes estarem mais frias significava que o interior da casa estava mais frio.
    Pelos vistos estou errado.

    Seguindo essa linha de raciocinio, isso quer dizer que a casa que estou a renovar, e que nao tem qualquer material de isolamento, é ainda é melhor. É que as paredes estao quase a temperatura exterior.
  9.  # 9

    Colocado por: PiafinhoExistem produtos que de facto combinam materiais que fazem com que durante o dia, com luz solar, exista uma barreira reflectiva e que, durante a noite, entre em açao a vertente emissiva.

    Claro que existem, no entanto, será necessário existir massa (espessura do material). Não com 5mm.

    De qualquer forma independentemente dos argumentos que se coloquem, reflexão e emissividade, são caraterísticas que exigem uma camada de ar para ocorrerem, seja em soluções encapsuladas, seja numa aplicação pelo exterior ou pelo interior. No seio do material funciona apenas a condução e mais uma vez estamos a falar de 5mm.

    Por outro lado, consultando os documentos do fabricante o que afirmam é bastante bom!
    Tradução Chatgpt:
    "Isolamento térmico: A tecnologia BAUTER® apresenta um coeficiente de condutividade térmica extremamente baixo (λ = 0,0000877 W/mK), garantindo um excelente isolamento. A resistência térmica elevada com valor R=5,7, verificada pelo TÜV, melhora significativamente a eficiência energética dos edifícios."

    Depois tem uma caraterística que me deixa confuso quando é feita:
    Tradução Chatgpt
    "Conforto térmico: Graças às suas propriedades únicas de armazenar calor no verão e libertá-lo no inverno, os produtos BAUTER® oferecem conforto térmico durante todo o ano."

    O ideal seria mesmo libertar calor no verão e reter o calor no inverno, mas assumo que pode ser erro de tradução!

    Colocado por: apex_ptÉ aqui que a coisa muda, pois a presença da barreira radiante de alta reflectividade e emissividade vai novamente funcionar, impedindo-o de sair e retornando-o ao interior.

    Se estiver aplicado pelo interior, concordo.
    Colocado por: apex_pt fazendo com que o produto funcione quer de verão quer de Inverno.

    Se aplicado em ambas as faces (exterior e interior), concordo.

    Colocado por: apex_ptAnexo umas fotos termográficas de Fevereiro deste ano com 7ºC de temperatura ambiente, sem Sol, de dois edificios aquecidos onde o da esquerda tem capoto

    Simulando as temperaturas expetáveis no edifício que diz com capoto, assumindo 20°C no interior, não consigo compreender as temperaturas medidas tendo em conta que refere que a temperatura exterior é de 7°C.
 
0.0174 seg. NEW