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  1.  # 1

    Colocado por: AMG1

    Conte lá aqui aos bárbaros do sul, como é que se fazem greves nesses paises civilizados do norte.


    A minha experiencia duma greve em Munique: Os comboios (S-Bahn) continuavam a circular mas ficavam algum tempo parado nas estações. Faziam passar a mensagem, causavem perturbações, mas as pessoas conseguiam usar os comboios, embora com atrasos. Aqui é a politica da terra queimada. Os postos de trabalho estão garantidos, é irrelevante se o empregador gera receita ou não. A satisfação dos clientes tambem não interessa para nada.
    Alem disso, os trabalhadores da DB estavam a fazer greve mas no local de trabalho. Não aproveitam para ter uns dias de férias extras.
    Concordam com este comentário: desofiapedro, psergio57, HAL_9000, diouf_matos, 4por1, Dominus
  2.  # 2

    Como ex dependente de transportes publicos para ir buscar o pão de cada dia concordo que greves nos transportes publicos deviam ser tratadas com mais cuidado e feitas de forma diferente. Estas greves, no inicio ainda eram compreendidas por quem diariamente precisa, e repito precisa MESMO deste serviço, porque era esporádico e mal ou bem as alternativas iam existindo. O problema é a frequência com que elas ocorrem agora e a falta completa de alternativas. Estamos numa altura em que mesmo a funcionar de forma normal é terrível apanhar um comboio na linha de sintra à hora de ponta face ao volume de pessoas a acorrer ao serviço, imaginem num dia de greve tentar chegar ao trabalho, e multipliquem isso por greves sucessivas, que por mais que os trabalhadores tenham razão já a perdem aos olhos daqueles que eles estão ali para servir.

    Por mim é como se diz, ou faziam greve um mês inteiro na medida em que por exemplo não se cobravam bilhetes, podia-se ter a bilheteira aberta mas sem vender bilhetes, mantendo cancelas abertas, suprimir um ou outro comboio, muita coisa que poderia ser mais bem feita. Assim quem paga as favas é sempre o mesmo. A CP fica com o material e pessoal a descansar e o dinheiro dos passes tá no bolso.
  3.  # 3

    Como é obvio, uma Greve é para ter impacto. Caso contrário é andar a brincar às reivindicações.

    O problema é que as pessoas em vez de se queixaram junto da administração da CP ou da tutela política, preferem gastar o seu latim com discussões estéreis, ódios uns contra os outros, e atrevo-me a cogitar: boa parte desta destilação de ódio serve o propósito de disfarçar a sua própria inacção, medo, ou simplesmente cobardia (perdoem-me o termo forte) em, também, exigirem dos seus patrões ordenados e condições dignas.

    Se determinados grupos conseguem regalias é porque se bateram por elas, aos acomodados que acham que reclamar com outros trabalhadores é que é certo, resta o caminho da perpétua derrota, porque se não forem os próprios a defenderem-se, quem é que o fará por eles?

    Só tenho pena daqueles que não podem fazer greve porque, infelzimente, o Estado patrocina esta forma de repressão silenciosa que é a precariedade laboral, com os falsos recibos-verdes na linha da frente dos mais manietados na sua liberdade de contestação, entre outras formas de vínculo que, obviamente, são desproporcionais.

    imagine-se se o factor trabalho dispusesse de um mecanismo que, unilateralmente, fizesse subir o salário para o valor que se quisesse, seria desproporcional, certo? Pois bem, a capacidade de despedir um recibo-verde, ou um contratado de curta duração é a mesma coisa, inversamente. Daí que tenho pena destes grupos que não fazem greves porque por medo.

    E cada vez mais caminhamos para esta balança de poder desequilibrada.

    Por último, aqueles que lançam "bocas" e "piadolas", e que com isso acham que são o pináculo da argumentação, convinha reflectirem melhor sobre a forma de debater a causa pública, porque isso não é nada, só prova o grau de mediocridade que algumas pessoas têm na urbanidade e civilidade.

    Grandes problemas tem o país? Se dúvida. Se as greves são todas justas? E possível que não. Agora, como cidadãos, devemos, e temos a obrigação, de olhar para a raiz de fundo das coisas, e tentar perceber o que se passa. Devemos, como nação, ter um olhar mais crítico e unido, porque deixemo-nos de ilusões, haverá sempre quem queira se apoderar de tudo, e que lance para o tabuleiro as sementes da discórdia para, por entre os tumultos, mais facilmente conquistar objectivos. Dividir para reinar!
  4.  # 4

    Colocado por: Miguel AlmeidaComo é obvio, uma Greve é para ter impacto. Caso contrário é andar a brincar às reivindicações.

    O problema é que as pessoas em vez de se queixaram junto da administração da CP ou da tutela política, preferem gastar o seu latim com discussões estéreis, ódios uns contra os outros, e atrevo-me a cogitar: boa parte desta destilação de ódio serve o propósito de disfarçar a sua própria inacção, medo, ou simplesmente cobardia (perdoem-me o termo forte) em, também, exigirem dos seus patrões ordenados e condições dignas.

    Se determinados grupos conseguem regalias é porque se bateram por elas, aos acomodados que acham que reclamar com outros trabalhadores é que é certo, resta o caminho da perpétua derrota, porque se não forem os próprios a defenderem-se, quem é que o fará por eles?

    Só tenho pena daqueles que não podem fazer greve porque, infelzimente, o Estado patrocina esta forma de repressão silenciosa que é a precariedade laboral, com os falsos recibos-verdes na linha da frente dos mais manietados na sua liberdade de contestação, entre outras formas de vínculo que, obviamente, são desproporcionais.

    imagine-se se o factor trabalho dispusesse de um mecanismo que, unilateralmente, fizesse subir o salário para o valor que se quisesse, seria desproporcional, certo? Pois bem, a capacidade de despedir um recibo-verde, ou um contratado de curta duração é a mesma coisa, inversamente. Daí que tenho pena destes grupos que não fazem greves porque por medo.

    E cada vez mais caminhamos para esta balança de poder desequilibrada.

    Por último, aqueles que lançam "bocas" e "piadolas", e que com isso acham que são o pináculo da argumentação, convinha reflectirem melhor sobre a forma de debater a causa pública, porque isso não é nada, só prova o grau de mediocridade que algumas pessoas têm na urbanidade e civilidade.

    Grandes problemas tem o país? Se dúvida. Se as greves são todas justas? E possível que não. Agora, como cidadãos, devemos, e temos a obrigação, de olhar para a raiz de fundo das coisas, e tentar perceber o que se passa. Devemos, como nação, ter um olhar mais crítico e unido, porque deixemo-nos de ilusões, haverá sempre quem queira se apoderar de tudo, e que lance para o tabuleiro as sementes da discórdia para, por entre os tumultos, mais facilmente conquistar objectivos. Dividir para reinar!


    Desculpe-me a franqueza, mas mesmo reclamando junto de quem nos governa por melhores condições paraos trabalhadores da CP, melhor material circulante, melhores horários e acessos, as greves da CP são um castigo puro para os utentes, e por isso naquele momento, quando estão a tentar ir para os seus empregos onde os patrões estão-se bem marimbando para as greves e a tentar ao fim de um dia duro de trabalho voltar para casa a última coisa que o povo quer saber é "do olhar mais profundo para as coisas". Lamento, mas para o comum cidadão as coisas têm que ser mais simples e directas.
  5.  # 5


    Estimativa em 2024:

    Dias de paralisação total confirmados: 2 (Janeiro) + 2 (Fevereiro) + 2 (Março) + 1 (Maio) + 1 (Outubro) + 1 (Dezembro) = 9 dias.
    Dias de greves parciais ou com perturbações significativas: 3 (Janeiro) + 2 (Maio) + 10 (Outubro/Novembro, antes da suspensão) + 1 (Dezembro) = 16 dias adicionais.



    Achar isto normal, parece-me estranho. Uma pessoa que faz várias greves por ano só se percebe uma coisa, não tem competência para mais e sabe que "não passa daquilo". Caso contrário seguia em busca de melhor.
  6.  # 6

    Colocado por: AJS1974

    A minha experiencia duma greve em Munique: Os comboios (S-Bahn) continuavam a circular mas ficavam algum tempo parado nas estações. Faziam passar a mensagem, causavem perturbações, mas as pessoas conseguiam usar os comboios, embora com atrasos. Aqui é a politica da terra queimada. Os postos de trabalho estão garantidos, é irrelevante se o empregador gera receita ou não. A satisfação dos clientes tambem não interessa para nada.
    Alem disso, os trabalhadores da DB estavam a fazer greve mas no local de trabalho. Não aproveitam para ter uns dias de férias extras.
    Concordam com este comentário:desofiapedro


    Então eu dou-lhe um exemplo um pouco mais acima. Na Suécia, embora o recurso a greve seja algo muito excepcional, porque ao contrario do que ocorre cá, a concertação social até funciona. Ainda assim quando ocorrem, são exacatamente iguais as nossas. Quem faz greve não trabalha e não ganha. Quer essa greve dure uma horas, dias ou semanas.
    Outra diferença é que as greves por lá ocorrem sobretudo no sector privado. No sector público, ou no estado, que também é bastante maior do que o nosso, aí são ainda mais raras.
    Talvez o facto do nivel de sindicalização dos trabalhadores ser muito mais elevado do que se passa por cá e esses sindicatos terem uma presença muito significativa na vida economica e até social, também explique algumas diferenças com o que se passa aqui.
    Os efeitos duma greve em sectores essenciais, como os transportes, devem ser obviamente mitigados, mas não se pode esperar que não existam.
    Convém nao confundir o instituto da greve e o que ele representa na relação de forças no mundo laboral, com eventuais aproveitamentos dessa circunstância. Senão seria o mesmo absurdo que concluir que todas as empresas estão em condições de propiciar aos seus trabalhadores as mesmas condições de trabalho e remuneração, o que também não é verdade.
  7.  # 7

    Colocado por: desofiapedro
    ...
    Por mim é como se diz, ou faziam greve um mês inteiro na medida em que por exemplo não se cobravam bilhetes, podia-se ter a bilheteira aberta mas sem vender bilhetes, mantendo cancelas abertas, suprimir um ou outro comboio, muita coisa que poderia ser mais bem feita. Assim quem paga as favas é sempre o mesmo. A CP fica com o material e pessoal a descansar e o dinheiro dos passes tá no bolso.


    Nao creio que a lei da greve permita essa situação de manter os transportes a funcionar sem cobrar bilhetes. Mas como parece que a pretendem alterar, nada como fazer a sugestão.
    Agora a circunstância das pessoas não poderem usar um serviço que ja pagaram antecipadamente, isso deveria obrigar ao ressarcimento dessas verbas e eventualmente até a uma compensação a titulo de indemnização. Curiosamente não vejo nenhuma organização de defesa dos consumidorws a defender nada disso.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  8.  # 8

    Colocado por: Miguel AlmeidaGrandes problemas tem o país? Se dúvida. Se as greves são todas justas? E possível que não. Agora, como cidadãos, devemos, e temos a obrigação, de olhar para a raiz de fundo das coisas, e tentar perceber o que se passa. Devemos, como nação, ter um olhar mais crítico e unido, porque deixemo-nos de ilusões, haverá sempre quem queira se apoderar de tudo, e que lance para o tabuleiro as sementes da discórdia para, por entre os tumultos, mais facilmente conquistar objectivos. Dividir para reinar!
    Bonito discurso. Atrevo-me a dizer que o Miguel é um homem que nunca precisou de usar um comboio em dia de greve. Nessa situação também eu não teria qualquer dificuldade e fazer e concordar com discursos bonitos daqueles que vemos nos flyers das campanhas :)
  9.  # 9

    Acho que as greves são necessárias em determinadas situações.
    Na CP parece mais a historia do Pedro e do Lobo, Já não faz efeito nenhum.
  10.  # 10

    Colocado por: AMG1Na Suécia, embora o recurso a greve seja algo muito excepcional
    Aqui é que está o principal problema. O recurso à greve deveria ser algo excecional. Por cá, parece que não há um mês em que a CP não faça uma greve. Por isso é que já ninguém tem a mínima paciência para as greves da CP (ou Infraestruturas de Portugal, já agora) de ou para as reivindicações dos seus trabalhadores.

    Eu poderia usar o comboio, como meio de transporte único, para me deslocar diariamente no percurso casa-trabalho. E sabe que mais? causa-me menos transtorno e é mais confortável usar autocarro + barco + metro + metro, à noite fazer tudo ao contrário. Parece um contrassenso, não é?

    Colocado por: AMG1Os efeitos duma greve em sectores essenciais, como os transportes, devem ser obviamente mitigados, mas não se pode esperar que não existam.
    Só por curiosidade, esta greve afetou o AMG1 de alguma maneira?
  11.  # 11

    Colocado por: AMG1Só mesmo o dmanteigas para em três penadas antecipar a vida de alguem para os próximos 20 ou 30 anos.


    Se reparar, parte da minha descricao foi dos ultimos 15 anos da vida dela... prever o que serao os proximos 10 a 15 nao e muito dificil porque ja temos uma enorme amostra de malta com percursos semelhantes. Se fosse no PS, e como diz, podia ser uma instituicao publica ou privado.

    O ponto e que o argumento de terem o canudo pouco vale. Alguem acredita que a Mortagua estudou economia e nao sabe que tetos nas rendas sao uma patetice que nao so nao funciona, como ja foi testada em Portugal no passado (que teve o efeito que teve - criar um mercado de arrendamento completamente disfuncional que perdura ate hoje!) e como se ve por exemplo em Barcelona e em todo o lado onde foi implementada? Ela nao sabe as consequencias para o Pais se o programa economico do BE fosse implementado? Excepto se tiver obtido o canudo nos cromos do bolicao, ela tem perfeita nocao que tudo o que propoe e estupido, impossivel e com resultados desastrosos. A pergunta entao e... porque o defende? O unico motivo que eu vejo e a procura por tacho
  12.  # 12

    Colocado por: HAL_9000Aqui é que está o principal problema. O recurso à greve deveria ser algo excecional. Por cá, parece que não há um mês em que a CP não faça uma greve. Por isso é que já ninguém tem a mínima paciência para as greves da CP (ou Infraestruturas de Portugal, já agora) de ou para as reivindicações dos seus trabalhadores.

    Eu poderia usar o comboio, como meio de transporte único, para me deslocar diariamente no percurso casa-trabalho. E sabe que mais? causa-me menos transtorno e é mais confortável usar autocarro + barco + metro + metro, à noite fazer tudo ao contrário. Parece um contrassenso, não é?

    Só por curiosidade, estpa greve afetou o AMG1 de alguma maneira?


    Meu caro,
    Não me custa acreditar que o recurso a greve na CP serve para outras coisas do que para aquilo que deveria servir. Mas isso resolve-se com um enquadramento juridico que não permita esse uso abusivo.
    O que não faz sentido é começarmos a pôr em causa o próprio instituto da greve, porque existem sindicatos que abusam desse direito e poderes políticos com pudor (ou medo) de lhe pôr cobro.
    É óbvio que esta greve não me afectou em nada, aliás, correndo o risco de passar por uma vergonha, até confesso que só tive conhecimento dela por este topico. Mas não é isso que diminue a minha capacidade para compreender os transtornos que causou a muita gente, nem a ter a perfeita noção de que também há gente a instrumentalizar esses transtornos (que muitos também não têm!), para defender uma agenda que vai muito além de condenar os eventuais abusos que os trabalhadores da CP estejam a fazer dos seus direitos.
    Ja agora, se há abusos e não há consequências, das duas uma, ou a lei é uma treta sem nexo, ou as instituições são incapazes de garantir o cumprimento dessa lei. Para mim qualquer das duas opções tem um culpado óbvio!
  13.  # 13

    Colocado por: dmanteigas

    Se reparar, parte da minha descricao foi dos ultimos 15 anos da vida dela... prever o que serao os proximos 10 a 15 nao e muito dificil porque ja temos uma enorme amostra de malta com percursos semelhantes. Se fosse no PS, e como diz, podia ser uma instituicao publica ou privado.

    O ponto e que o argumento de terem o canudo pouco vale. Alguem acredita que a Mortagua estudou economia e nao sabe que tetos nas rendas sao uma patetice que nao so nao funciona, como ja foi testada em Portugal no passado (que teve o efeito que teve - criar um mercado de arrendamento completamente disfuncional que perdura ate hoje!) e como se ve por exemplo em Barcelona e em todo o lado onde foi implementada? Ela nao sabe as consequencias para o Pais se o programa economico do BE fosse implementado? Excepto se tiver obtido o canudo nos cromos do bolicao, ela tem perfeita nocao que tudo o que propoe e estupido, impossivel e com resultados desastrosos. A pergunta entao e... porque o defende? O unico motivo que eu vejo e a procura por tacho


    Vai desculpar-me, mas mais uma vez, a sua argumentação não passa da proposição inicial repetida de outra forma.
    O que eu puz em causa não foi se o ideário politico da Mortágua faz ou não sentido, coisa em que se calhar até teremos muitos pontos de acordo.
    A minha questão é que não é esse ideário que define a sua vida e as oportunidades de emprego (ou tacho, como você lhe chama), porque o percurso que você descreve ocorre com quem tem um ideário como o dela ou outro bem diferente!
    Claro que estou a admitir que você não esteja a defender que quem, na universidade, ensina as teorias economicas ligadas aos liberalismo tem um emprego honesto, enquanto quem ensina as ligadas ao universo marxista, só tem um tacho!
    A verdade, é que nem sequer me custa admitir que você até pense isto. Mas se é esse o caso, mais uma razão para ser estranho o futuro que antevê para a Mortágua, afinal as correntes mais em voga hoje nas universidades portuguesas, mas não só, estão muito longe de serem as de raiz marxista.
    Como lhe disse, o percurso da Mortágua, não será muito diferente do de qualquer outro que tenha começado na politica miudo e nunca tenha feito outra coisa. Nesse grupo voce tem de tudo, desde um extremo ao outro. Portanto o ideário de cada uma, muito provavelmente não é assim tão importante para definir percurso.
  14.  # 14

    Colocado por: AMG1Como lhe disse, o percurso da Mortágua, não será muito diferente do de qualquer outro que tenha começado na politica miudo e nunca tenha feito outra coisa. Nesse grupo voce tem de tudo, desde um extremo ao outro. Portanto o ideário de cada uma, muito provavelmente não é assim tão importante para definir percurso.


    AMG1, creio que nao me expliquei bem.
    O que eu disse foi que a Mortagua quase de certeza nao acredita nas ideias que defende. Ela defende aquelas ideias porque foi a forma que arranjou de chegar ao poder e por la se perpetuar.

    Saindo da Mortagua, podia falar do Ventura. Acha que o Ventura acredita em tudo o que diz? Mesma logica. Aqui a questao e que o argumento de autoridade na politica na existe. Nao podemos chamar para a discussao o canudo academico da Mortagua como se isso desse credibilidade ao seu discurso politico. Nao faz sentido.
  15.  # 15

    Cada dia de greve na CP é menos um dia de prejuízo..
  16.  # 16

    Colocado por: dmanteigas

    AMG1, creio que nao me expliquei bem.
    O que eu disse foi que a Mortagua quase de certeza nao acredita nas ideias que defende. Ela defende aquelas ideias porque foi a forma que arranjou de chegar ao poder e por la se perpetuar.

    Saindo da Mortagua, podia falar do Ventura. Acha que o Ventura acredita em tudo o que diz? Mesma logica. Aqui a questao e que o argumento de autoridade na politica na existe. Nao podemos chamar para a discussao o canudo academico da Mortagua como se isso desse credibilidade ao seu discurso politico. Nao faz sentido.


    Não se explicou mal, apenas está a reconhecer que estava enganado e prefere não o admitir.
    Dizer que a Mortágua "quase de certeza que não acredita nas ideias que defende", não passa de um processo de intenções, que pode não ter qualquer adesão com a realidade.
    Trata-se apenas de uma opinião com base nos seus preconceitos. Que, já agora, também o levaram a mencionar o PS, mas esquecendo-se do PSD, provavelmente porque não existem politicos na nossa praça que tenha começado a carreira na JDS e que, sem nunca ter feito mais (de produtivo) que não seja politica, até tenham chegado a primeiro ministro. De resto como também aconteceu no PS, só que desses você já se lembrou.
    Claro que os pergaminhos académicos da Mortágua não validam a ideologia que a rapariga perfilha, mas isso aplica-se a ela e à sua ideologia, como a qualquer outro, ou seja não serve para explicar nada.
    A menção ao Ventura, confesso que não a percebi. O Homem tem um doutoramento, creio que em direito, onde até defendeu (ao que dizem) ideias bem diversas do que agora defende como politico. Ou seja, esse será quase o exemplo contrário, alguém que defende não interessa o quê, apenas para se safar conforme as circunstâncias.
    Dificil é ser coerente com o ideário em que se acredita. Isso tem sempre um preço a pagar, independentemente de que ideario se trate.
    Claro que percursos como os que apontou para o futuro da Mortágua, existem no BE, PS,PSD e no CDS e no futuro também vão acabar por existir na IL e talvez no Chega, mas aqui já admito que seja mais dificil, afinal talvez seja preciso ter mais qualquer coisita do que temos visto...mas quem sabe!
    Você pode achar, de resto tal como eu, que em geral são percursos pobres e que podem criar redes de dependência, desaconselhaveis a quem detém cargos politicos relevantes, mas o facto é que eles existem e estão em todos os partidos.
    O ideal seria termos pessoas comuns, com as mais variadas inserções profissionais e que pontualmente pudessem participar na actividade política, mas já todos percebemos que isso é muito dificil de conseguir. Ainda assim, eu até prefiro os politicos que articulam essa carreira politica com a academia, aos que fingem que o fazem com o desempenho de uma actividade privada, como eu próprio presenciei no decursobda.minha hifa profissional.
    De resto deve ser bem dificil encontrar uma grande empresa que não tenha nos seus quadros, ou mesmo na sua estrutura dirigente não executiva, uma meia dúzia de politicos reformados ou em comissão de serviço enquanto não regressa à politica. Será que são todos do BE ou do PS?
    De qualquer modo, também temos bons exemplos de académicos e de outros profissionais que passaram pela politica, mas que regressaram as suas carreiras, quando o entenderam. Só que desses, os bons exemplos, nunca falamos. São sempre dos outros, os "videirinhos" é que são o tema.
 
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