Colocado por: AMG1
Conte lá aqui aos bárbaros do sul, como é que se fazem greves nesses paises civilizados do norte.
Colocado por: Miguel AlmeidaComo é obvio, uma Greve é para ter impacto. Caso contrário é andar a brincar às reivindicações.
O problema é que as pessoas em vez de se queixaram junto da administração da CP ou da tutela política, preferem gastar o seu latim com discussões estéreis, ódios uns contra os outros, e atrevo-me a cogitar: boa parte desta destilação de ódio serve o propósito de disfarçar a sua própria inacção, medo, ou simplesmente cobardia (perdoem-me o termo forte) em, também, exigirem dos seus patrões ordenados e condições dignas.
Se determinados grupos conseguem regalias é porque se bateram por elas, aos acomodados que acham que reclamar com outros trabalhadores é que é certo, resta o caminho da perpétua derrota, porque se não forem os próprios a defenderem-se, quem é que o fará por eles?
Só tenho pena daqueles que não podem fazer greve porque, infelzimente, o Estado patrocina esta forma de repressão silenciosa que é a precariedade laboral, com os falsos recibos-verdes na linha da frente dos mais manietados na sua liberdade de contestação, entre outras formas de vínculo que, obviamente, são desproporcionais.
imagine-se se o factor trabalho dispusesse de um mecanismo que, unilateralmente, fizesse subir o salário para o valor que se quisesse, seria desproporcional, certo? Pois bem, a capacidade de despedir um recibo-verde, ou um contratado de curta duração é a mesma coisa, inversamente. Daí que tenho pena destes grupos que não fazem greves porque por medo.
E cada vez mais caminhamos para esta balança de poder desequilibrada.
Por último, aqueles que lançam "bocas" e "piadolas", e que com isso acham que são o pináculo da argumentação, convinha reflectirem melhor sobre a forma de debater a causa pública, porque isso não é nada, só prova o grau de mediocridade que algumas pessoas têm na urbanidade e civilidade.
Grandes problemas tem o país? Se dúvida. Se as greves são todas justas? E possível que não. Agora, como cidadãos, devemos, e temos a obrigação, de olhar para a raiz de fundo das coisas, e tentar perceber o que se passa. Devemos, como nação, ter um olhar mais crítico e unido, porque deixemo-nos de ilusões, haverá sempre quem queira se apoderar de tudo, e que lance para o tabuleiro as sementes da discórdia para, por entre os tumultos, mais facilmente conquistar objectivos. Dividir para reinar!
Estimativa em 2024:
Dias de paralisação total confirmados: 2 (Janeiro) + 2 (Fevereiro) + 2 (Março) + 1 (Maio) + 1 (Outubro) + 1 (Dezembro) = 9 dias.
Dias de greves parciais ou com perturbações significativas: 3 (Janeiro) + 2 (Maio) + 10 (Outubro/Novembro, antes da suspensão) + 1 (Dezembro) = 16 dias adicionais.
Colocado por: AJS1974
A minha experiencia duma greve em Munique: Os comboios (S-Bahn) continuavam a circular mas ficavam algum tempo parado nas estações. Faziam passar a mensagem, causavem perturbações, mas as pessoas conseguiam usar os comboios, embora com atrasos. Aqui é a politica da terra queimada. Os postos de trabalho estão garantidos, é irrelevante se o empregador gera receita ou não. A satisfação dos clientes tambem não interessa para nada.
Alem disso, os trabalhadores da DB estavam a fazer greve mas no local de trabalho. Não aproveitam para ter uns dias de férias extras.
Colocado por: desofiapedro
...
Por mim é como se diz, ou faziam greve um mês inteiro na medida em que por exemplo não se cobravam bilhetes, podia-se ter a bilheteira aberta mas sem vender bilhetes, mantendo cancelas abertas, suprimir um ou outro comboio, muita coisa que poderia ser mais bem feita. Assim quem paga as favas é sempre o mesmo. A CP fica com o material e pessoal a descansar e o dinheiro dos passes tá no bolso.
Colocado por: Miguel AlmeidaGrandes problemas tem o país? Se dúvida. Se as greves são todas justas? E possível que não. Agora, como cidadãos, devemos, e temos a obrigação, de olhar para a raiz de fundo das coisas, e tentar perceber o que se passa. Devemos, como nação, ter um olhar mais crítico e unido, porque deixemo-nos de ilusões, haverá sempre quem queira se apoderar de tudo, e que lance para o tabuleiro as sementes da discórdia para, por entre os tumultos, mais facilmente conquistar objectivos. Dividir para reinar!Bonito discurso. Atrevo-me a dizer que o Miguel é um homem que nunca precisou de usar um comboio em dia de greve. Nessa situação também eu não teria qualquer dificuldade e fazer e concordar com discursos bonitos daqueles que vemos nos flyers das campanhas :)
Colocado por: AMG1Na Suécia, embora o recurso a greve seja algo muito excepcionalAqui é que está o principal problema. O recurso à greve deveria ser algo excecional. Por cá, parece que não há um mês em que a CP não faça uma greve. Por isso é que já ninguém tem a mínima paciência para as greves da CP (ou Infraestruturas de Portugal, já agora) de ou para as reivindicações dos seus trabalhadores.
Colocado por: AMG1Os efeitos duma greve em sectores essenciais, como os transportes, devem ser obviamente mitigados, mas não se pode esperar que não existam.Só por curiosidade, esta greve afetou o AMG1 de alguma maneira?
Colocado por: AMG1Só mesmo o dmanteigas para em três penadas antecipar a vida de alguem para os próximos 20 ou 30 anos.
Colocado por: HAL_9000Aqui é que está o principal problema. O recurso à greve deveria ser algo excecional. Por cá, parece que não há um mês em que a CP não faça uma greve. Por isso é que já ninguém tem a mínima paciência para as greves da CP (ou Infraestruturas de Portugal, já agora) de ou para as reivindicações dos seus trabalhadores.
Eu poderia usar o comboio, como meio de transporte único, para me deslocar diariamente no percurso casa-trabalho. E sabe que mais? causa-me menos transtorno e é mais confortável usar autocarro + barco + metro + metro, à noite fazer tudo ao contrário. Parece um contrassenso, não é?
Só por curiosidade, estpa greve afetou o AMG1 de alguma maneira?
Colocado por: dmanteigas
Se reparar, parte da minha descricao foi dos ultimos 15 anos da vida dela... prever o que serao os proximos 10 a 15 nao e muito dificil porque ja temos uma enorme amostra de malta com percursos semelhantes. Se fosse no PS, e como diz, podia ser uma instituicao publica ou privado.
O ponto e que o argumento de terem o canudo pouco vale. Alguem acredita que a Mortagua estudou economia e nao sabe que tetos nas rendas sao uma patetice que nao so nao funciona, como ja foi testada em Portugal no passado (que teve o efeito que teve - criar um mercado de arrendamento completamente disfuncional que perdura ate hoje!) e como se ve por exemplo em Barcelona e em todo o lado onde foi implementada? Ela nao sabe as consequencias para o Pais se o programa economico do BE fosse implementado? Excepto se tiver obtido o canudo nos cromos do bolicao, ela tem perfeita nocao que tudo o que propoe e estupido, impossivel e com resultados desastrosos. A pergunta entao e... porque o defende? O unico motivo que eu vejo e a procura por tacho
Colocado por: AMG1Como lhe disse, o percurso da Mortágua, não será muito diferente do de qualquer outro que tenha começado na politica miudo e nunca tenha feito outra coisa. Nesse grupo voce tem de tudo, desde um extremo ao outro. Portanto o ideário de cada uma, muito provavelmente não é assim tão importante para definir percurso.
Colocado por: dmanteigas
AMG1, creio que nao me expliquei bem.
O que eu disse foi que a Mortagua quase de certeza nao acredita nas ideias que defende. Ela defende aquelas ideias porque foi a forma que arranjou de chegar ao poder e por la se perpetuar.
Saindo da Mortagua, podia falar do Ventura. Acha que o Ventura acredita em tudo o que diz? Mesma logica. Aqui a questao e que o argumento de autoridade na politica na existe. Nao podemos chamar para a discussao o canudo academico da Mortagua como se isso desse credibilidade ao seu discurso politico. Nao faz sentido.