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  1.  # 1

    Colocado por: DecrZoneRelativamente a lage vou colocar fotos, surgiu a dúvida na altura do porque de não ser feito o betão de limpeza como estava no projeto de arquitetura ao que o diretor de obra disse não ser necessário porque o terreno não é barrento


    Mas você não tem nada para discutir com o director técnico do empreiteiro. Quem deve fazer isso é o seu Fiscal, que certamente percebe mais disto que você.
  2.  # 2

    A verdade é que os DO ainda não entenderam o poder que têm nas mãos pois quem tem o dinheiro para investir é quem manda não o contrário como muitos fazem crer e que ainda parece um favor.
    Os DO sem investir na construção sobrevivem já as empresas sem quem lhes dê trabalho morrem rapidamente.
    Sou apologista de pagar tudo a pronto mas não adiantado e deveria ser tudo assim e ninguém ficava mal é o toma lá da cá simples.
    Se assim fosse o mercado ficava limpo de aldrabões pois empresa que é empresa não necessita de dinheiro adiantado.
    Concordam com este comentário: dmanteigas
  3.  # 3

    Há de tudo...e pelos vistos, percebi que há realidades de zona para zona, como se faz e como se paga.

    Uma coisa é certa hoje uma construção de uma moradia simples, dá 2x mais problemas que a contrução de um prédio há 20 anos atrás...e com os mesmos RH's.

    Em relação a responsabilidade e afins, continuo na minha...o consentimento para algo, só é válido se a pessoa estiver informada. E isso é responsabilidade dos profissionais.

    Tive algumas coisas que funcionaram muito bem outras nem tanto, mas também por algum conhecimento, jamais iria para chave na mão e % por cento adiantado, a não ser com uma empresa 6* e com enorme feedback/garantia (e como é óbvio isso fica, e bem, muitos por cento mais caro).

    Tenho o exemplo aqui onde estou a teclar. Um terreno ao lado que foi a tribunal pelos marcos que andaram a mexer para bater "certo" sem falarem com ninguém ou chamarem quem deviam e ainda nem começou a construção.
    E eu não me lixei no meu (lotes todos mal marcados), porque o contrutor (não o engenheiro que se fiou em marcos ou arquitecta), chegou, limpou, aterrou o terreno e depois mediu como deve ser...chamou logo topógrafo e só depois telefonou.
    Deu para esclarecer e resolver a bem no dia a seguir com quem me vendeu e sem estar entalado com o "chave na mão" e 25% ou mais adiantado, senão desse.
    E para garantir que não havia a mínima dúvida, antes de fazer a os muros, veio outro topógrafo, feito e discutido à frente do dono do resto dos terrenos e desta vez com o engenheiro...mais uma vez, iniciativa do construtor, sem eu mexer uma palha.
  4.  # 4

    Colocado por: N Miguel OliveiraEntão o Dono de Obra não tem nenhuma responsabilidade em quem contracta?
    tem, mas se for mal assessorado por quem contratou que adianta? ele confia, assina onde lhe dizem para assinar e contrata que lhe é indicado na confiança.. no fundo é aldrabado. Neste caso vejamos.. O sujeito que ele contratou para diretor de fiscalização em algum momento lhe disse que não podia legalmente cumprir essa função? confia joca e mais 200€ para o bolso. Cumpria ao DO ir ler os regulamentos deontológicos da respectiva ordem ou cumpria ao tal sujeito agir da forma que esse mesmo código manda?
  5.  # 5

    Colocado por: antonylemosque fiscalização?.. quase todos os DO que conheço perguntam-me se faço também a fiscalização (sendo autor do projecto). digo que não.


    As vezes tambem falta que da parte do projeto se faca alguma pedagogia junto dos DOs para lhes explicar a importancia de ter um fiscal separado.
  6.  # 6

    A construção é de facto a unica industria que conheço que é preciso um fiscal para fiscalizar os fiscais dos fiscais.
  7.  # 7

    Colocado por: ricardoantunesA construção é de facto a unica industria que conheço que é preciso um fiscal para fiscalizar os fiscais dos fiscais.

    Se fosse assim tão simples...
  8.  # 8

    Conhece outra industria onde seja assim?

    Colocado por: Ruikode
    Se fosse assim tão simples...
  9.  # 9

    Colocado por: dmanteigaspara lhes explicar a importancia de ter um fiscal separado.
    em 90% dos casos eles não entendem, mesmo depois de lhes explicar. na mente deles o facto de eu ser autor faz com que eu seja o melhor fiscal.. 'porque é do meu interesse'
  10.  # 10

    No dia em que houvesse uma pesada penalização por inconformidades em obra sejam lá elas se por causa de maus projetos ou execução, talvez todos os intervenientes cantassem mais fininho e tivessem mais brio no que fazem. A atual legislação até caminha nesse sentido ou seja as camaras não aprovam nada e quem se responsabiliza são os intervenientes, projetistas, empreiteiros, fiscais, diretores de obra, ....era preciso é que a justiça depois funcionasse e fosse célere.
    Concordam com este comentário: paulo.g
  11.  # 11

    Colocado por: ricardoantunesA construção é de facto a unica industria que conheço que é preciso um fiscal para fiscalizar os fiscais dos fiscais.
    credo.. vale a pena andar a criar porcos para o DO fica só com um presunto e meia dúzia de rojões...
  12.  # 12

    Colocado por: marco1era preciso é que a justiça depois funcionasse e fosse célere.

    Esse é de facto um problema mas também é verdade que são poucos os DO que se aventuram a pedir responsabilidades.
  13.  # 13

    Colocado por: zedasilvamas também é verdade que são poucos os DO que se aventuram a pedir responsabilidades


    Se calhar se a justiça funcionasse e fosse célere haveria mais DO a pedir responsabilidades...
    e depois ficava lenta outra vez com tantos processos :D
  14.  # 14

    Colocado por: elfo106e depois ficava lenta outra vez com tantos processos :D

    Ou então teríamos menos processos e menos DO enganados.
    Enquanto técnicos e empreiteiro não forem responsabilizados, para quê mudar de estratégia se o crime continua a compensar e muito.
    Concordam com este comentário: elfo106
  15.  # 15

    Colocado por: DecrZonePróxima pergunta SFF:
    Alguém conhece alguma empresa que tenha diretores de obra a trabalhar na zona de Palmela, quinta do conde e arredores que eu possa pedir orçamento?

    Directores técnicos, todas terão, no papel...



    Colocado por: DecrZonePreciso de alguem do meu lado que possa argumentar com o arquiteto e construtor pois eu vou fazer figura de parvo sempre que ele der uma resposta com algo técnico.

    O que custa mais disto tudo é ter pago toda a arquitetura, especialidades, câmara e avançar com a obra que nem sei se vai prosseguir.


    Essa é a função do Fiscal.

    Agora, se o seu Fiscal é o Arquitecto e está relacionado com o Empreiteiro, que tipo de imparcialidade pode ter.
    Você é UM cliente. Se queimar a sí, paciência. Não irá queimar o empreiteiro, que na volta lhe arranja uns serviços de vez enquando...

    Procure alguém independente.
  16.  # 16

    Colocado por: DecrZoneAvanço com a obra mas realmente vou ter de contratar alguém que faça essa fiscalização como deve de ser apertando com o construtor


    Sim, e com urgência. Procure alguém sem relação com esse Empreiteiro. Nesta fase, e perante o tipo de problemas que têm aí, procure um Engenheiro.
  17.  # 17

    Colocado por: zedasilvaEstá explicado mas não está desculpado.

    Nº 5 do artigo 5º do Código deontológico da Ordem dos Arquitetos.

    5.O arquiteto deve evitar situações em que é julgador e parte, não podendo designadamente, numa mesma tarefa, ser responsável pela conceção arquitetónica e assistência técnica à obra e pela apreciação ou fiscalização da mesma.


    Eu concordo integralmente com esse Artigo. Aliás, nem é uma questão de concordar ou não, é o que está escrito no código deontológico. Mas deixo uma ressalva, que faz alguma diferença:

    Na prática, é bastante comum, os Donos de Obra abandonarem os projectos na fase de Licenciamento. O projecto está aprovado pela Câmara, pronto, adeus papeladas. Os projectos de licenciamento têm um objectivo especial, ligado ao urbanismo, às distâncias, afastamentos, áreas, altura, etc. Mas carece, muitíssimas vezes duma componente técnica, ligada à construção, à obra, à orçamentação, e carece também de algo extremamente importante, coordenação entre o Proj. de Arquitectura e os 8 ou 9 Proj. de Engenharia que são feitos ou afinados depois do Proj. de Arquitectura aprovado. Ou seja. O Dono de Obra, ao contratar um Fiscal, normalmente entrega-lhe uma manta de retalhos, uns quantos projectos avulsos, sem haver um desenho de coordenação.

    Os Donos de Obra querem poupar, no proj. e no Fiscal. Normal. Mas isso joga em contra.
    O trabalho do Fiscal não é coordenar os projectos todos. Ou se o faz, irá cobrar mais por isso...

    Tudo isto para dizer que, numa omolete sem ovos, pode efectivamente dar muito jeito, contratar para Fiscal, a pessoa, que maior amplitude de visão tem sobre o projecto, que foi o Arquitecto que desenhou o Proj. de Arquitectura. Ou seja, na ausência de projectos de coordenação, de execução, etc... é normal que o Arquitecto detecte futuros problemas por se lembrar melhor do projecto no seu todo, e por, em teoria, ter uma facilidade em imaginar as coisas a 3 dimensões. O mesmo é válido para o Engenheiro da Estrutura durante a fase so grosso. Aliás, faz sentido que parte dos honorários para Fiscalização pagos ao Arquitecto, se destinem a consultas com os Engenheiros. Isso é normal.

    O que diz o Artigo 5o do Código D. da O.A. faz todo o sentido de facto, no mundo ideal. Em que todos os players são independentes. O Fiscal é alguém totalmente independente. Não obstante, nesse mesmo mundo ideal, o Dono de Obra entrega ao Fiscal um Projecto Coordenado, ou de Execução pelo menos. No fundo, dá ao Fiscal mais do que um ovo estalado (Proj. Licenciamento descoordenado) para fazer a sua omolete.

    Por isso, custa ler este "isentar" de responsabilidades do Dono de Obra, quando na verdade, o mundo ideal do Cógido Deontológico da OA, não se verifica porque a cegueira em poupar em tudo leva ao Fiscal Independente não ter as condições mínimas para poder trabalhar.

    Os Arquitectos não quebram este Artigo porque lhes apetece. Mas porque de facto, se não forem eles a fiscalizar, ou no mínimo a acompanhar a obra, dificilmente alguém o fará melhor com o nível de projecto que o cliente tem nas mãos e não quis desenvolver mais. Poderá dar-se o caso do próprio Arquitecto não querer desenvolver mais o projecto. Mas acredito que isso seja a excepção, e não a regra.

    Agora, também sei que muitos aceitam esta função sem conhecimentos adequados. Sem experiência prévia em obra, etc... e que podem ser levados de paleio pelo empreiteiro de qualquer das formas. E isso tanto é válido para Arquitectos como para Engenheiros. Ainda assim, melhor figura devem fazer que o DO digo eu, que na volta é cozinheiro ou fisioterapeuta ou professor de música...
  18.  # 18

    pois mas que me perdoe o zedasilva mas para mim o mundo ideal era os senhores projetistas acompanhar ( fiscalizar a sério) os seus projetos até ao fim da obra, ou seja a arquitetura e projetos em geral deixavam de ser algo apenas no "papel" e teriam o seu epilogo no fim da obra, portanto menos projetos ( papel) por ano mas digamos, obras completas do inicio ao fim, e fim dos projetos meramente para licenciamento.
    "intigamente" o mestre ( arquiteto/ engenheiro) de uma catedral, palacio, etc...portanto não fazia uns rabiscos para entregar ao rei ou promotor e ia á sua vida, não, ficava lá até ao fim da obra.
    mas efetivamente não sendo isto possivel na pratica, a lei está bem, o DO deve ter um fiscal ou equipa de fiscalização do seu lado totalmente independente de projetistas e empreiteiros.
    Concordam com este comentário: dmanteigas, N Miguel Oliveira
  19.  # 19

    Colocado por: DecrZoneVisto estar pago vou colcuir esta fase pois estou de mãos atadas


    Não o mande já embora.
    Para já mande parar os trabalhos, para a bola de neve não aumentar de tamanho.
    Depois, vá de férias 3 dias, perto de casa, não pense nisto, nem venha ao fórum.
    Quando tiver a cabeça fresca, procure na sua zona, um gabinete que faça fiscalização. Mande alguém visitar a obra e faça um ponto da situação. Você não vá.
    Aguarde as considerações dessa visita à obra, e proceda em conformidade.

    Eu entendo que se sinta de pé e mãos atadas se já pagou 25% por uma porcaria.

    Agora imagine se continua... estará a enterrar os outros 75% sobre uma base que um dia pode ruir... e será fonte de patalogias sem solução. Os erros são estruturais, com isso não dá para facilitar. O que não tiver correção, deite abaixo.


    Mãos atacadas terá um dia, se continua com esta base... aí, é que não terá um tostão, e mesmo que tivesse não conseguiria reverter os problemas. Não enterre mais dinheiro sobre esta base.

    Tem que ser pragmático. Não pense com o coração, nem com a carteira. Imagine que a obra não é sua.
  20.  # 20

    Colocado por: marco1mas efetivamente não sendo isto possivel na pratica


    Concordo com todo o comentário, excepto aqui.
    Possível é, aliás, é precisamente isso que se faz na Suíça. É só copiar.
    Mas isso não tem que ver só com a lei.
    No dia em que o gabinete de projecto/fiscalização cobre 15% do valor da obra, como acontece por lá, caía o Carmo e a Trindade.
    Em Portugal, temos um contexto, em que é normal gastarem-se apenas 2 ou 3% (no melhor dos casos) do valor da obra em projectos. E 1000 paus com o Fiscal, se tanto.
    Concordam com este comentário: marco1
 
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