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  1.  # 1

    Colocado por: marco1um projeto antes de entrar em camara tem que ter as afinações e versões que forem necessárias até o DO estar satisfeito e validar e isso não altera o preço acordado.
    Precisamente é esse o papel do arquiteto ao fazer um projeto


    Depende.
    Sem contexto, tanto pode ser como não.
    Se faço a versão A, a B, a C, a D, a E... etc... e vamos seguindo o caminho da C... com a C1, a C2, a C3, C10... e estamos semanas e semanas a afinar uma coisa... e depois o cliente vem dizer: "afinal quero mais um quarto", ou... "afinal quero regressar à A", que era o oposto da C... o preço deverá manter-se? Ou quando vem a do: "e se fosse em dois pisos?"...
    Não terá o Arquitecto andado a trabalhar para o boneco?


    Eu acho essencial que se perca certo tempo antes do primeiro risco, para que o cliente pondere e decida o que quer. Depois começa-se o projecto com base nisso. Se essa base muda, isso para mim é justificação mais do que suficiente para cobrar extra. Sem dúvida.

    Num caso como este, não sabemos exactamente o acordado. Primeiro acho mal um Arquitecto apresentar uma só versão. Se foi o caso, o cliente bastava dizer, "não quero a garagem ali". Assim de simples. Nada mais normal. Afinal a casa é para quem?
    Se o técnico quer cobrar mais... está aí uma grande red flag. Pois passa uma mensagem muito má para o futuro da obra...


    E nos casos em que o cliente quer térrea e faz-se, e depois afinal quer cave... e depois em 3 pisos? Isso é mais comum do que se julga...
    E pelo meio andámos a discutir se a sanita fica deste lado ou daquele... já vi de tudo um pouco.
    Trabalhar para o lixo acontecerá sempre, pois posso fazer 20 versões, mas só 1 se constrói... isso faz parte. O problema é quando o cliente hoje diz uma coisa e amanhã quer o oposto... e invalida as afinações que aconteceram entretanto.
  2.  # 2

    Nuno, nao confundir as coisas, uma coisa é um projeto ir evoluindo e sendo aperfeiçoa do e afinado, outra é andar a brincar no processo tipo hoje gosto de gelados e amanha dizer que detesto gelados, ou algo extremamente radical nas premissas (ou circunstancias) pedidas inicialmente.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  3.  # 3

    Exactamente.
    Por isso digo "depende".
    Podem ser tantas coisas... em que umas justificam cobrar extra e outras não.

    Depende do momento do projecto em que se está, a nível de detalhe. Nós aqui só vimos esta planta. Não sabemos o que houve por detrás ou que foi conversado de facto.

    O importante mesmo, é não aceitar uma coisa de que não se gosta. Mesmo "mudar de ideias", ao longo do projecto duma casa, acho que é algo natural. Melhor agora, que em obra.
    Concordam com este comentário: marco1, FrancLopes
  4.  # 4

    sim estamos de acordo
    mas convem dizer que eu fiz esta intervenção porque li o Duriel e até outros que parece que é um drama e com custos pedir ao arquiteto que desenvolva ou aperfeiçoe mais o projeto ou mesmo que experimente algumas opções.
    no fundo este é afinal o verdadeiro prazer desta profissão, a busca, o resolver questões com o objetivo de alcançar a solução o mais perfeita para o DO e para aquele terreno / situação real.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, FrancLopes
  5.  # 5

    Colocado por: marco1no fundo este é afinal o verdadeiro prazer desta profissão


    Sem dúvida.
    Por isso dá mais gosto desenhar para um cliente específico, e ver a mutação das coisas... que desenhar standard para venda, ou para outros usos... porque só mesmo pelo prazer. Pois diria, que entre todos os tipos de projecto, escalas e usos, desenhar uma moradia individual é de longe (no meu/nosso caso) o tipo de projecto menos rentável... e não raras vezes dá mesmo prejuízo.
    Concordam com este comentário: marco1, FrancLopes
  6.  # 6

    Colocado por: marco1sim estamos de acordo
    mas convem dizer que eu fiz esta intervenção porque li o Duriel e até outros que parece que é um drama e com custos pedir ao arquiteto que desenvolva ou aperfeiçoe mais o projeto ou mesmo que experimente algumas opções.
    no fundo este é afinal o verdadeiro prazer desta profissão, a busca, o resolver questões com o objetivo de alcançar a solução o mais perfeita para o DO e para aquele terreno / situação real.
    Concordam com este comentário:N Miguel Oliveira


    Estou alinhado consigo Marco, mas fiquei com a impressão que o arquitecto do FrancLopes já deu a entender que quer cobrar mais para fazer as alterações propostas. Daí ser talvez preciso uma "negociação".
    Logicamente que é essencial o FrancLopes definir o que quer e imaginar o mais possível a sua vivência na casa, para também mostrar ao arquitecto o caminho para a conclusão do projecto.
    Concordam com este comentário: FrancLopes
  7.  # 7

    Colocado por: marco1um projeto antes de entrar em camara tem que ter as afinações e versões que forem necessárias até o DO estar satisfeito e validar e isso não altera o preço acordado.


    Eu tive mais de 2 anos a corrigir o projecto de uma moradia: para alem de corrigir as coisas que os próprios técnicos faziam mal ou escreviam mal, o projecto era submetido na CM e depois de largos meses >4 era chumbado por algum ponto que os técnicos não consideraram previamente. Até por questões linguistas os projecto teve de ser re-submetido. Experiências horriveis que passei entre visistas pessoais à câmara, stresses, custos extras, etc.

    Este é um processo para quem tem paciência e para quem esteja habituado e goste de burocracia.

    Se não tem paciência e tempo, compre uma casa já feita. As chatices são outras ou entao opte pelo Simplex.
  8.  # 8

    Não posso dizer o que penso de arquitectos/as, sempre foi o calcanhar de Aquiles na família durante 3 gerações, fosse em moradias, prédios, lotamentos ou um simples armazem....mas são imposição legal e portanto é tentar "trabalhar" com ângulos menos obtusos :p

    Eu pessoalmente na minha casa (e última obra) tive 3 reuniões com a arquitecta (escolhida por ser maleável) e sem custo extra:
    1º apresentação do projecto
    2ª segunda reunião com lista de alterações pensadas, remoídas e justificadinhas (mesmo sendo maleáveis, senão "já fostes") » remoção de ~1/5 das varandas (bascimente era varanda a 360º contínua, sem privacidade ou corte entre zonas quartos/cozinha ou quartos/sala, sem cortes que ajudam no sombreamento no Verão, e a área real que roubava ao imóvel), alteração de abertura de escadaria (12m2 de abertura...porque pelos vistos eu tinha de ver a porta de saída de entrada do piso debaixo estando no piso de cima, lol), modifação de saídas de exaustão (explicar a questão dos fotovoltaicos e sombras) remoção de duas janelas XXL (sem necessidade de mais luz, viradas onde o sol "estala" no Verão a roubar parede de garagem e a expor-me mais em caso de tentativa de assalto....e com o bonús que com sol das 15-20h tenho reflexão da luz solar da parece para piscina), alteração de uma janela XXL para XL (privacidade futura quando construirem ao lado, ou mesmo quando se almoça/janta em relação a quem passa na rua), remoção de divisórias na garagem (fazem open space a torto e a direito, mas ai jesus uma garagem completamente ampla é heresia), remoção de portas e portinhas entre escritório, lavandaria, WC... Não me lembrei/pensei em diminuir um avançado sem qualquer função (nem de sombreamento), mas que me deixou uma ponte térmica (implicou "pilares" de horizontais de betão) e esqueci-me que os arquitetos gostam de decorar casas com azulejos escuros, mais orientados ao sol de Verão em vez do sol de Inverno, sorte que o isolamento se tem mostrado eficaz),
    3ª terceira depois de eu e o construtor andarmos a ruminar sobre a topografia do terreno/entrada para a garagem/portão, lá tive de mostrar que o desenho do projecto ia ficar muito longe da realidade (aterrar terreno 1.2m e portão da garagem desviado ~10m, para ajudar a suavizar....coisa pouca).

    Nenhuma reunião demorou mais de 20/30min. Querem falar com arquitectos, estudem bem as alterações que querem, arranjem justificaçõeS funcionais, para cada alteração e não andar com rodeios e a perder tempo de terceiros e/ou a picar miolos a toda a hora.
    Concordam com este comentário: CJo
  9.  # 9

    cada um sabe, ou acaba por saber com quem se mete, vale para todas as profissões.
    • CJo
    • há 2 dias

     # 10

    ALCLCF
    Dada a sua experiência e "problemas" de projeto, não quer opinar acerca da minha planta? É que me parece que tenho exatamente os problemas que mencionou e alterou no seu projeto....
  10.  # 11

    O que opino é o que escrevi...o projecto tem de ter razão/função. As reuniões é para serem poucas, rápidas e produtivas e a haver alterações são 2x máximo (uma em escritório/reunião, outra em obra se algo escapou a ambas as partes)

    Projectos podem variar de acordo com o cliente e as suas prioridades (por exemplo a mim a função está sempre à frente da estética)...mas se um arquitecto não consegue contrapôr a sugestão do cliente e/ou justificar as decisões deles, o problema é só um.

    Agora também há clientes e clientes.
    • CJo
    • há 1 dia

     # 12

    Pois. Eu acho é praticamente impossível em 2x chegar-se ao resultado final...tantas são as dúvidas nesta fase... ( Eu que o diga🫣)
    Mas não quero estar a "poluir" este tópico, que não é meu.
    Mas, tendo em conta que gosto da sua postura, gostaria de saber a sua opinião.

    https://forumdacasa.com/discussion/100433/6/e-possivel-piso-terreo/#Item_19
  11.  # 13

    Colocado por: ALCLCFAgora também há clientes e clientes.


    Como há Arquitectos e Arquitectos.
    Tem que começar a escolher melhor.

    "Arquitectura" só com Função/Razão chama-se Engenharia. Há uma componente artística na Arquitectura. E a Arte tem na sua definição o "não servir para nada" como ponto de partida.
    Concordam com este comentário: CJo
  12.  # 14

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Como há Arquitectos e Arquitectos.
    Tem que começar a escolher melhor.

    "Arquitectura" só com Função/Razão chama-se Engenharia. Há uma componente artística na Arquitectura. E a Arte tem na sua definição o "não servir para nada" como ponto de partida.
    Concordam com este comentário:CJo


    Está a ver como é impossível escolher ;) Mas é problema genético, não preocupe...escolhem-se sempre os maleáveis
  13.  # 15

    Colocado por: ALCLCFEstá a ver como é impossível escolher ;) Mas é problema genético, não preocupe...escolhem-se sempre os maleáveis


    Eu preocupado não estou, você é que devia estar mas nem percebe porquê.

    Fossemos todos assim, ainda hoje andavámos todos de Yugo na estrada, relógio Casio no pulso, e escolhiamos a esposa ou o marido entre os vizinhos, um/uma que fosse maleável.

    Se acha que não tem nada que aprender com os Arquitectos, fico feliz por sí. É sinal que sabe tudo já.

    Sem Arte ou Cultura, já nada nos distinguiria dos animais...
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  14.  # 16

    Pois acho que eu tenho problemas cognitivos, a serio, é que nao percebi nada do que o AlCLCF quiz dizer
  15.  # 17

    Eu acho que o FrancLopes esta a precipitar-se se esta a pensar de arquiteto. Eu acho que tem um bom projeto que com alguns retoques fica no ponto.
    É uma situação bem diferente da minha com o 1o arquiteto que escolhi que me apresentou 2 soluções que se notou claramente que nao percebeu nada daquilo que pedimos
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, marco1, FrancLopes
  16.  # 18

    Colocado por: N Miguel OliveiraArquitectura" só com Função/Razão chama-se Engenharia. Há uma componente artística na Arquitectura. E a Arte tem na sua definição o "não servir para nada" como ponto de partida.

    Precisamente. São aquelas construções que não nos fazem sentir nada, que não mexem connosco. Funcionais mas estéreis.
    Efectivamente, há arquitectos e arquitectos, e há clientes e clientes. E a cada um o seu dono. Quem não sente arquitectura e não sabe o que é, (história das artes, estética, hierarquias, fluxos, proporções (ou desproporção),…até ciências sociais (psicologia,)), basta-lhe uma engenharia. E toca a andar…até dão menos trabalho, é só cumprir a função !
  17.  # 19

    eu faria a seguinte alteração, a instalação sanitária de serviço alterar de sítio para meter naquele canto da sala de estar junto à entrada, metia a despensa no sitio onde está a IS serviço, a lavandaria no sítio da despensa e a zona técnica no sítio da lavandaria.

    Falta ai espaço para se meter um quadro de entrada em condições junto à entrada, a não ser que se meta um quadro de entrada mais pequeno e depois um quadro parcial na garagem onde se alimente a maior parte dos circuitos da habitação (seria o ideal desta maneira porque fica num sítio central dentro desse L). O ideal também seria meter um bastidor na garagem.

    edit: as áreas dos quartos também me parece que dava para optimizar mais dado que há um escritório. Quartos mais pequenos = mais rápido para climatizar com menos custos.
  18.  # 20

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Como há Arquitectos e Arquitectos.
    Tem que começar a escolher melhor.

    "Arquitectura" só com Função/Razão chama-se Engenharia. Há uma componente artística na Arquitectura. E a Arte tem na sua definição o "não servir para nada" como ponto de partida.
    Concordam com este comentário:CJo


    quando o fator custo é o maior denominador, é natural que a engenharia seja mais chamada à atenção dentro do bolo das especialidades que compõem uma construção.
 
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