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    • Jonh
    • 31 março 2010 editado

     # 61

    Colocado por: pedrox2marciamelo, disse:
    "Não tenho casa, não me quero molhar com empréstimos. Arrendei uma. Tenho emprego, sim, porque lutei por ele em vez de ficar quetinha à espera do subsidio de desemprego. Oportunidades? Algumas, quando aparece uma boa promoção no supermercado. Sempre poupo uns trocos.

    Falo assim porque defendo que deve sempre olhar para os dois lados da coisa. Ter o mesmo comportamento quando se atravessa uma estrada: olhar para os dois lados. Não lhe agrada a minha visão, tudo bem. Não faça é juízos de valor a meu respeito sem, lá está, olhar para os dois lados."

    Continuo a repetir: o senhor tem tido sorte, e não estou a dizer que não a mereça, mas o senhor deve saber, basta-lhe ler os jornais, que não existe emprego para toda a gente por isso nem todos podem trabalhar, por isso haverão sempre pessoas que terão que andar a pedir... E lembro que toda esta conversa começou a preposito de pessoas (os ciganos romenos) a quem ninguém aceita dar trabalho.

    Vejamos o que acontece com os ciganos portugueses, ninguém gosta deles, e certamente que agora que falo neles irá alguém contar aqui um caso de um cigano que conheceu e que lhe roubou não sei o quê, mas poucas pessoas têm noção de que se essas pessoas vivem na marginalidade, em grande parte a culpa é de todos porque os escorraçamos por serem diferentes e não lhes damos oportunidades.

    Antigamente, os ciganos vendiam burros nas feiras (dai aquele velho ditado: "um olho no burro e outro no cigano"), mas depois que já ninguém compra burros, tentaram negociar outras coisas (cds piratas, e todo o tipo de pirataria, inclusive drogas) nas feiras, só que a policia não os deixa vender nada... É certo que aquilo que eles vendem é bastante discutível, mas que outras opções eles têm ?


    Que outras opções? Você deve estar a gozar não?
    Muito directamente vou lhe responder a isso com factos reais, eu aqui há 12 ou 13 anos recrutava muitos indivíduos para trabalhar no campo, bastantes deles ciganos, uns por virem pedir, outros por eu os convidar...
    Hoje, esses mesmos ciganos, nem um que quer trabalhar, e dizem descaradamente que devido a receberem o rendimento não podem e não querem trabalhar senão cortam lhes o rendimento...

    Perante isto, você quer ainda acreditar nessa sua teoria?
    Os que não são ciganos, ainda hoje (passados os tais 12 ou 13 anos) são os mesmo que pedem trabalho e trabalham de sol a sol pagando todos os impostos.

    Há excepções sim senhor, mas apenas estou a apresentar factos.
    O rendimento mínimo, actualmente deveria ser 100% fiscalizado a toda a hora, e o mesmo deveria servir para ninguém passar fome isso sim...
  1.  # 62

    E muito resumidamente, este é um tópico onde todos têm razão. Porque há injustiças quer de um lado quer do outro. Porque se uns vêm as coisas a preto, outros vêem a branco. Podemos estar aqui a discutir e a dizer "espero que não lhe aconteça nada de mal", mas a verdade é que cada um vê a vida pelos olhos da sua experiência. E a minha diz-me que os bons nem sempre são bons e os maus nem sempre são maus. E há aí muita gente a fazer-se passar por coitada. Tem é que se ter cuidado com as utopias, sejam de direita, sejam de esquerda, e com as generalizações. Tanto para um lado como para o outro. E volto a frisar esta questão de se olhar para os dois lados da história.
  2.  # 63

    "Hoje, esses mesmos ciganos, nem um que quer trabalhar, e dizem descaradamente que devido a receberem o rendimento nao podem e nao querem trabalhar senao cortam lhes o rendimento..."

    Talvez, o maior erro (e também o mais antigo) seja acreditar na "integração" de todos os povos, achando que o certo é todas as raças e culturas se fundirem numa só (ou seja, na nossa), mas isto é um desejo puramente egoísta e ditador porque pretende aniquilar todas as diferenças e forçar todas as pessoas a agirem e a pensarem como a maioria...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Jonh, marciamelo
  3.  # 64

    Porque é que os bons samaritanos que dão esmola aos pedintes que estão na rua, não canalizam as suas dádivas para os albergues noturnos, sopa dos pobres, bancos alimentares e outras instituições de caridade? Eles bem precisam.
    Dar esmola na rua é perpetuar, muitas vezes, um modo de vida e é, na prática, trocar a nossa moeda pela dignidade de quem realmente precisa.
    Se ninguém desse esmola e a polícia afastasse essas pessoas dos seus poisos que é que acontecia? Quem realmente precisasse de tecto e comida ía procurá-los naquelas instituições, não precisando de se humilhar perante os transeuntes. Já os que querem o dinheiro para outra coisa que não a comida, teriam que se fazer à vida.

    Tenho que voltar à história da romena que foi arrastada pela polícia, porque não compreendo o choradinho de alguns pela pobre mulher.
    Se a convidaram a entrar no carro para ir à esquadra porque não acatou a ordem pacificamente? Isso é que era ter dignidade. É o dever de qualquer cidadão.
    E o dever da polícia é fazer cumprir a lei, nem que como último recurso tenha de recorrer à força. O que é que sugerem? Que perante o pranto da mulher, voltassem atrás na ordem e a deixassem ir para casa?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marciamelo, MartaD
  4.  # 65

    Colocado por: CMartinAcho que o que as pessoas estão aqui a dizer não é propriamente que regozijam com o azar que acontece aos outros, LuisFigueiredo, que é o que esse "provérbio" traduzido (da pimenta no rabo dos outros..) , significa, Se tivessemos que escolher, escolheriamos todos estarem muito bem e com uma vida digna, mas, não sendo assim a realidade, e a única realidade que se conhece é termos que fazer as nossas próprias condições de vida, pergunto-lhe a si e ao Pedro: O que acham que poderiamos fazer de diferente ?


    Caro CMartin percebo claramente o que disseram e concordo consigo plenamente, mas acho que nestes temas sociais, por muito leve que seja a pincelada de arrogância ou prepotência pelo menos a mim não caí nada bem.
    Dar uma opinião relativamente a um assunto quando nele somos a parte superior pelos mais diversos motivos, há que saber ponderar todos os lados, perspectivas e situações, porque é fácil entrarmos em moralismos hipócritas.

    Porque o que realmente falta neste País é educação e respeito.

    Cumprimentos
  5.  # 66

    LuisFigueiredo,
    Tem razão quando diz que ao darmos uma opinião sobre estes assuntos é fácil caír no erro dos falsos moralismos, mas a culpa não é nossa que damos a opinião, é apenas a forma que vemos as coisas, do nosso cantinho, seja ele qual for. Penso que nem é intenção dizê-la (a opinião) de forma arrogante ou superior mas pode parecer, como do outro lado da questão pode nos parecer ingrato haver gente tão mediocre com estas suas opiniões cheias de falsos moralismos e pretensões que nem sabem do que falam. Afinal, "acusam-se" (não sei se acusar é a melhor palavra) mutuamente.
    Penso que talvez a culpa seja também mesmo do "ter-se". Valorizamos em demasia os bens materiais, tanto que em sociedade os que parecem ter muitos bens materiais parecem inclusivamente obter maior respeito socialmente, do que os restantes. O que eu quero dizer é: vendo bem as coisas, não se louva o trabalho, não se respeitam as pessoas, louva-se e respeita-se as posses. As pessoas acabam por ser aquilo que têm.
    (e se calhar quando nada têm,..perdem tudo o resto socialmente).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuisFigueiredo
  6.  # 67

    É desta forma violenta e cruel, sem o menor respeito pelos direitos humanos, que Portugal está a tentar combater o problema dos emigrantes ilegais que vêm para cá mendigar ? Resta saber, o que aconteceu a esta pobre mulher depois de ter sido arrastada á força para a esquadra do Benfica...


    Certamente saiu da esquadra com umas nódoas negras, depois de acidentalmente tropeçar num degrau. Mas
    isso não incomoda ninguém, como aliás se vê pelas reacções neste tópico, mas como se viu com mais nitidez naquele caso da morte de um cidadão que desrespeitou uma ordem de paragem numa operação Stop. É nestas alturas que se manifesta com toda a pujança a mesquinhez e o espírito canino de muita gente, que acha natural e desejável o uso da força, quantas vezes desproporcionada, pelas forças da autoridade - justificada muitas vezes com aquela conversa do "eles" (os criminosos), ou pior, do "quem não deve não teme".
    • Giba
    • 31 março 2010

     # 68

    Uma nação vale o que vale através da sua forma solidária de agir e de pensar. Não esquecendo contudo que uma nação representa um conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua. Ser solidário representa uma virtude, esta solidariedade manifesta-se principalmente em nações mais desenvolvidas, na forma de emprego, assistência social, educação e mais um cem número de gestos e acções. O bem-estar que uma nação proporciona ao seu concidadão deverá ser sempre proporcional ao contributo que este por sua vez, o indivíduo, deverá retribuir à sociedade em que está inserido.

    Agora poderá existir no decurso de uma existência, para algumas pessoas, períodos de altíssima turbulência, semelhante ao período que estamos a vivenciar neste momento, onde poderão jogar para o infortúnio um número indeterminado de agregados familiares. Em situações extremas, existem pessoas que escolhem a imigração para poderem suprir os seus compromissos, sejam eles de índole financeira, patrimonial ou até mesmo de cariz comportamental. Quando me refiro ao comportamento, pretendo sinalizar um padrão onde o indivíduo parte à procura de soluções para suprimir o estado inconformista da sua actual situação. Este comportamento não escolhe formação académica, financeira ou até extracto social. Além de que por natureza, raros serão os indivíduos que procuram a imigração como forma espontânea de modos de vida.

    Afirmar jocosamente que a culpa é sempre de terceiros e nunca chamar a si uma parcela da culpa, mesmo ínfima que seja, também contribui para o estado das coisas. Naturalmente que estou a me referi r à actual situação de inconformismo que se alastra em vários sectores da nossa sociedade.

    Quando verdadeiramente a sociedade/nação colocar em prática princípios basilares como:
    Rigor, transparência, eficácia, controle, método, iniciativa, demanda, assistência. Em todos os sectores, sejam eles de competência pública ou privada. Neste caso concreto, raríssimos, para não dizer residuais, serão as manifestações e citações como aquela a que deu inicio a este tópico.

    A insatisfação gera o inconformismo, por sua vez este estado de espírito cauteriza atitudes e dissertações fracturantes, sem contudo deixar de explanar o real estado da situação em muitos casos.

    Giba
  7.  # 69

    Colocado por: CMartinEu acho que acima de tudo trata-se de uma questão de dignidade. As pessoas, acima de tudo têm direito a terem dignidade, e acima de tudo têm o direito de preservar a sua dignidade.
    CMartin, está trocar direitos com DEVERES.

    Sou no entanto daquelas pessoas a quem custa muito não dar uma moeda porque está dentro das minhas possibilidades dar e porque não sei, a olho nú, e naquele preciso instante, distinguir casos de preguiçosos dos casos de pessoas que estão apenas a precisar dessa tal mão. É o mínimo que posso fazer para ficar de bem com a minha consciência.
    Essa de ficar de bem com a sua consciencia...! :-)
    Acha que é UMA MOEDINHA que vai mudar o destino do mendigo? Que lhe vai melhorar a condição?

    Pois eu acho PRECISAMENTE O CONTRÁRIO. É por irem recebendo moedinhas que eles continuarão nessa actividade.
    Se NINGUÉM der moedinhas, é que se lhes muda a atitude (a necessidade aguça o engenho!) e, talvez até, o destino!

    Conheci um cantor que ia para os corredores do Metropolitano, com a sua guitarra, cantar a a troco de moedinhas (ok... sempre é melhor que mendigar).
    Mas, por mais de uma vez, estando as moedinhas ali à mão de semear, foi assaltado - até por uma amiga minha que, nessa época, andava numa vida um bocado desregrada, e que corria mais do que o cantor! :-))
    Ele teve de abandonar a pedinchice (porque era assaltado por outros ainda mais aflitos que ele), e... hoje toda a gente o conhece. «Deixa-me rir...».


    Atente às palavras de «Everything's alright», em Jesus Christ Superstar.
    Judas (para Maria Madalena, que tinha estado a massajar Jesus com um óleo): «Woman your fine ointment, brand new and expensive, could have been saved for the poor!Why has it been wasted? We could have raised maybe three hundred silver pieces or more. People who are hungry, people who are starving, matter more than your feet and hair.»
    Resposta de Jesus: «Surely you're not saying we have the ressources to save the poor from their lot? There will be poor always, pathetically struggling...»
    Coro : «Everything's alright, yes, everything's alright...».

    Isto é, não é ajudando (sobretudo com "uma moedinha") UM mendigo que vamos eliminar a mendicidade. Pelo contrário. Estaremos a dar um péssimo sinal a outros potenciais mendigos...

    Nem é com "uma moedinha" que alivio a minha consciência ao ver a pobreza que para aí grassa.
    Eu (também) prefiro dar emprego, tendo a clara noção que sou responsável pelo bem-estar de uma carrada de famílias.
    Eu prefiro pagar todos os impostos que devo, convencendo-me que (pelo menos uma parte) será distribuído por quem realmente precisa.

    Colocado por: LuisPereira Quer dinheiro? Trabalha! Esmola não dou a ninguém.
    Apoiado.

    Permito-me citar o que uma amiga minha (quando éramos adolescentes) me escreveu num papelinho, que ainda guardo, passados mais de 35 anos:
    «a vida é bela, porque é uma luta».
    E, sempre gostei daquela frase (muito repetida por um político que admiro, apesar de nunca ter votado no partido dele):
    «na vida, só é sempre derrotado quem nunca vai à luta».
  8.  # 70

    Colocado por: luisvv
    É desta forma violenta e cruel, sem o menor respeito pelos direitos humanos, que Portugal está a tentar combater o problema dos emigrantes ilegais que vêm para cá mendigar ? Resta saber, o que aconteceu a esta pobre mulher depois de ter sido arrastada á força para a esquadra do Benfica...


    Certamente saiu da esquadra com umas nódoas negras, depois de acidentalmente tropeçar num degrau. Mas
    isso não incomoda ninguém, como aliás se vê pelas reacções neste tópico, mas como se viu com mais nitidez naquele caso da morte de um cidadão que desrespeitou uma ordem de paragem numa operação Stop. É nestas alturas que se manifesta com toda a pujança a mesquinhez e o espírito canino de muita gente, que acha natural e desejável o uso da força, quantas vezes desproporcionada, pelas forças da autoridade - justificada muitas vezes com aquela conversa do "eles" (os criminosos), ou pior, do "quem não deve não teme".

    Não confunda as coisas. O uso da força deverá ser sempre o último recurso e deve ser feito com equilíbrio e proporção, mas deve ser usado sempre que se justificar. E na minha opinião justifica-se arrastar ou empurrar para o carro de polícia alguém que resiste à autoridade e não o quer fazer ordeiramente.
    Outra coisa diferente é o uso abusivo e desproporcional de uma arma de fogo para tentar parar um carro em fuga.
    Acerca do meu suposto espírito canino, deixe-me dizer-lhe que você é que rosnou e tentou morder quem não alinhou na tese dominante de que os coitadinhos dos pedintes são umas vítimas nas mãos desses malvados de farda e casse-tête.
  9.  # 71

    Luis K.W.
    Não dar nada faz-me sentir-me mal. Não consigo evitar. Penso que seja na linha do „dar-se o que se pode“, para mim, parece-me melhor do que não dar nada. Sei que no „grande plano“ (big picture), termo tão usado actualmente, possa estar a fazer mal e até a contribuir para a mendicidade, mas não o sinto assim. Quem sabe, naquele dia precisamente, em que eu não dou a moeda, a pessoa precisou mesmo dela. Da moeda e do meu acto (como dizem, e que soa tão mal, de dar uma esmola). Sim, a consciência, .é hipócrita.
    O que digo em cima em nada se relaciona com os meus sais e champôs, tem razão.
    Cada coisa no seu lugar. E dizer isto faz-me sentir hipócrita e se calhar por isso amanhã em vez de uma moeda darei duas. É o que posso fazer.
    E talvez não saiba gerir muito bem as coisas, dos sais e da consciência. E depois há ainda aquela outra razão, que se calhar é por essa e isso que toda a gente diz, que deveriam era trabalhar não o fazem porque não querem. É um pensamento que talvez nos deixe todos mais tranquilos, achar que são preguiceirões que não querem trabalhar.
    Como vê, percebo muito bem o que diz. De qualquer das formas..a consciência lá no fundo diz-nos que é uma hipocrisia (dar a moeda ou mandar trabalhar).
  10.  # 72

    Colocado por: CMartinComo vê, percebo muito bem o que diz.
    Pois...
    E eu, embora possa não parecer, também entendo perfeitamente o que V. sente.
  11.  # 73

    Sabem porque é que não ofereci umas coisitas aos amigos do Pedro?
    Porque eu trabalho e não é pouco, também fui estrangeira noutro tempo, vivia num quarto de 3m x 4m, cuja cozinha era partilhada e não morri por causa disso.
    Porque todos os dias estafo os meus olhos a pintar, mesmo que seja a desoras, porque não tenho um dia de folga por semana e porque nos países onde tive o prazer de estar a estudar todos se levantavam ás 6h da manhã e tinham um dia de cerca de 12h-13h de trabalho. Não é por mal, mas a cultura do esforço, do suor deveria ser mais trabalhada por nós. Somos demasiado brandos. Todos nós o sabemos. Penso que muito poucos de nós teriam a lata de emigrar ilegalmente para um país estrangeiro para ir para lá pedir. Graças a Deus, a maioria dos que emigra vai em busca de melhores condições de vida, informação, mérito, aprendizagens, á espera de se incluir positivamente na cultura do país para onde vai e não para ir chatear, apertar, desrespeitar aqueles que lá vivem. Aprendi ás minhas custas a ser um pouco mais rija, porque a vida não me foi mole. O português é um "bonzão", um querido, sinto uma imensa ternura por esta nossa faceta ingénua que é tão caracterísca nosso, mas que só nos prejudica, porque os outros estão longe de ser assim. Aproveitam-se da nossa bondade, metam isso na cabeça, Pedros deste Portugal!
  12.  # 74

    Colocado por: LuisFigueiredo

    Desejo que nunca tenha azar na vida....


    Muitos azares na vida já eu tenho, e não ando a ser arrastada pela polícia.

    Colocado por: pedrox2
    # MartaD, disse:

    Podia ser qualquer um de nós? Eu não era de certeza :)
    Essa mulher já não devia ter muita dignidade e teria poucos direitos.


    Quem sabe a vida um dia a faça mudar de opinião e obrigue a mudar essa sua visão tão insensata e egoísta...


    Eu digo-lhe porque nunca poderia ser eu:

    1- Não sou Romena ou outro imigrante
    2- Usaria soutien
    3- NUNCA resistiria à polícia
    4- Mesmo pobre nunca iria pedir esmola para a rua (como alguém disse: " quem é realmente pobre, necessitado, não pede esmolas na rua por vergonha")

    E agora, explique-me porque é uma opinião insensata e egoísta eu dizer que nunca vou estar a ser arrastada à força pela polícia. E agora sim eu digo: Ainda tenho a minha dignidade e sempre a terei.
  13.  # 75

    Considerações avulsas

    Coitadinhos dos imigrantes!!
    Os ciganos romenos vêm para cá pedir, o que como já aqui disseram, é uma actividade ilegal e acho muito bem que a polícia actue (sejam romenos, portugueses ou chineses). Se há crítica que se possa fazer é a da polícia raramente actuar.
    Essa peripécia da senhora romena arrastada por dois polícias, é realmente de fazer chorar as pedras da calçada, se as pessoas resistem à autoridade e não entram ordeiramente no carro da polícia que alternativa resta senão o uso da força?


    E qual é exactamente o dano causado à sociedade pelo acto ilegal de pedir?

    Se há coisas que eu abomino são a xenofobia e o racismo. Mas nestes casos, o radicalismo inconsequente da "defesa" cega de emigrantes e/ou outras raças acaba por criar efeitos contraproducentes. Às tantas, segundo alguns comentários, parece que devíamos ir todos embora de Portugal para que outros possam aqui ter a sua oportunidade. Assim como parece que é escandaloso que empresas nacionais dêem preferência a trabalhadores portugueses em detrimento de estrangeiros. Haja bom senso.


    Para começar, raça há só uma: a humana. Ósdepois, não vejo qualquer motivo para que a nacionalidade tenha qualquer influência na contratação de um funcionário. Características particulares de cada indivíduo - um menor domínio da língua, por exemplo - podem ser uma desvantagem, mas a nacionalidade parece-me irrelevante. Um profissional competente e empenhado, é o que eu procuro.

    Não concordo que seja uma visão insensata. Repare, neste caso em concreto a dita senhora perdeu a dignidade porque quis. O mais provável é que tenha resistido à autoridade ou feito ouvidos moucos à autoridade.



    Se a convidaram a entrar no carro para ir à esquadra porque não acatou a ordem pacificamente? Isso é que era ter dignidade. É o dever de qualquer cidadão.E o dever da polícia é fazer cumprir a lei, nem que como último recurso tenha de recorrer à força. O que é que sugerem? Que perante o pranto da mulher, voltassem atrás na ordem e a deixassem ir para casa?


    Pela forma como escrevem, claramente nunca se viram perante o abuso da autoridade. Sorte a vossa. Um dia que vos calhe ir parar a uma esquadra, conversamos. Ou quando ouvirem um polícia, do alto da sua "autoridade", queixar-se de que os cidadãos têm muitos direitos. Ou lamentar-se das chatices, se "lhe partir um dedo ou uma perna".

    Acerca do meu suposto espírito canino, deixe-me dizer-lhe que você é que rosnou e tentou morder quem não alinhou na tese dominante de que os coitadinhos dos pedintes são umas vítimas nas mãos desses malvados de farda e casse-tête.


    Esta merece uma resposta mais longa. Mas de uma forma geral, não há qualquer justificação para uma actuação violenta como resposta a uma ilegalidade não violenta.
  14.  # 76

    A nossa polícia é tão molinha! Tão branda... em qualquer desses países "civilizados" essa mulher teria sido imediatamente recambiada, sem qualquer argumentação! Claro que a mim também me custa ver, principalmente quando se trata de crianças, mas esses já vêem com a escola toda! A sério, eu tinha vergonha de andar noutro país a pedir fosse o que fosse a alguém.
  15.  # 77

    Colocado por: KaruraA nossa polícia é tão molinha! Tão branda... em qualquer desses países "civilizados" essa mulher teria sido imediatamente recambiada, sem qualquer argumentação! Claro que a mim também me custa ver, principalmente quando se trata de crianças, mas esses já vêem com a escola toda! A sério, eu tinha vergonha de andar noutro país a pedir fosse o que fosse a alguém.


    A vergonha é um sentimento que muitas vezes nos salva de muitas situações más :)
    Adoro ter vergonha de tudo, se bem que às vezes penso que estou a perder imensa coisa por causa da vergonha.
  16.  # 78

    Enfim, Marta, tem que se ver pelo que é se está a perder a vergonha, mas por meia dúzia de euros é que não é!
  17.  # 79

    Colocado por: KaruraEnfim, Marta, tem que se ver pelo que é se está a perder a vergonha, mas por meia dúzia de euros é que não é!


    Ora, claro.
    Por isso disse. Nunca vou estar no lugar daquela romena, nem que chovam picaretas (como a minha mãe diz). É que além de ter vergonha de pedir na rua, sempre terei a minha dignidade. Há instituições de caridade e grupos de apoio social. Felizmente ainda não preciso desses apoios, porque tenho apoios por outro lado. Mas se um dia precisar deles, não terei vergonha (acho eu). Mas andar na rua com o meu filho (como muitas fazem), a resistir à polícia e aos gritos, ai isso podem ter a certeza que NÃO.
  18.  # 80

    Mais uma vez peço desculpa se feri a a moina a alguem!
    F...
 
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