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  1.  # 21

    então a minha responsável como dono de obra, continua em que aspectos?
  2.  # 22

    Sergio
    A responsabilidade de qualquer ocorrência (acidente, ilegalidade ou não conformidade) na sua obra é sempre sua até prova em contrário.
    Se conseguir fazer prova que tendo conhecimento dessa ocorrência fez alguma diligência para a corrigir a sua responsabilidade termina aí.
    Um exemplo:
    A sua obra tem uma inspecção da ACT (sim existem também inspecções nas obras pequenas) e é detectado que os andaimes estavam apoiados em cima de tijolos e não possuíam guardas de segurança.
    O 1º responsável é você pois não pode permitir que este tipo de situações aconteça na sua obra.
    Se conseguir provar que nomeou um coordenador de segurança e este fez inspecções periódicas á obra a responsabilidade passa para ele (ele depois saberá como passa-la para o empreiteiro)
    Outro exemplo:
    Na mesma inspecção é detectado que um dos trabalhadores que estava a recibo verde não tinha seguro.
    A responsabilidade é sua pois tem que exigir ao empreiteiro a apresentação do seguro de todos aqueles que participam na obra, Sejam ou não da sua empresa.
    Se houver um coordenador e um PSS concerteza isso estaria salvaguardado.
    O que é que lhe acontece a si? O previsto nos artigos 25, 26 e 27 do DL 273/2003 ou seja uma coimazita que costuma começar na ordem do 500€ mais coisa menos coisa seguida do embargo da obra.
  3.  # 23

    Colocado por: zedasilvaSergio
    A responsabilidade de qualquer ocorrência (acidente, ilegalidade ou não conformidade) na sua obra é sempre sua até prova em contrário.
    Se conseguir fazer prova que tendo conhecimento dessa ocorrência fez alguma diligência para a corrigir a sua responsabilidade termina aí.
    Um exemplo:
    A sua obra tem uma inspecção da ACT (sim existem também inspecções nas obras pequenas) e é detectado que os andaimes estavam apoiados em cima de tijolos e não possuíam guardas de segurança.
    O 1º responsável é você pois não pode permitir que este tipo de situações aconteça na sua obra.
    Se conseguir provar que nomeou um coordenador de segurança e este fez inspecções periódicas á obra a responsabilidade passa para ele (ele depois saberá como passa-la para o empreiteiro)
    Outro exemplo:
    Na mesma inspecção é detectado que um dos trabalhadores que estava a recibo verde não tinha seguro.
    A responsabilidade é sua pois tem que exigir ao empreiteiro a apresentação do seguro de todos aqueles que participam na obra, Sejam ou não da sua empresa.
    Se houver um coordenador e um PSS concerteza isso estaria salvaguardado.
    O que é que lhe acontece a si? O previsto nos artigos 25, 26 e 27 do DL 273/2003 ou seja uma coimazita que costuma começar na ordem do 500€ mais coisa menos coisa seguida do embargo da obra.


    e já agora, visto ser tão importante o coordenador de segurança, para que valores poderá andar este tipo de serviço?
  4.  # 24

    Os valores para um serviço de coordenação de segurança seguem a mesma filosofia dos valores para os projectos.
    50€ pode ser caro mas 500€ pode ser barato.
    Depende do serviço que o técnico presta efectivamente e da periodicidade com que visita a obra.
    Na minha opinião para uma moradia é aceitável como mínimo 2 visitas mensais de cerca de 1 a 2 hora no estaleiro mais 1 hora em gabinete para elaboração do respectivo relatório escrito e fotográfico que deverá ser enviado ao dono de obra e ao empreiteiro.
    • eu
    • 7 abril 2010 editado

     # 25

    Na minha opinião a segurança em obra devia ser da responsabilidade exclusiva dos intervenientes. Os empreiteiros e trabalhadores é que devem conhecer as regras de segurança e aplicá-las. Isto podia ser feito com cursos obrigatórios e vistorias aleatórias pela ACT. No fundo, a segurança deveria ser uma questão entre os empreiteiros e a ACT, deixando o dono de obra de fora.

    Quanto ao CSO: porque raio precisam de alguém a repetir-lhes sempre as mesmas coisas em cada obra?

    Independentemente disto, na minha obra estou a cumprir a lei: tenho um CSO e fiz a comunicação à ACT. Resultados práticos disto para a melhoria da segurança: zero! O CSO vai lá uma vez por mês, no resto do tempo os trabalhadores fazem o que lhes apetece.
  5.  # 26

    eu
    Permita-me dizer que apesar de estar a cumprir a lei o dinheiro que está a gastar com o seu coordenador de segurança é a coisa mais mal gasta na sua obra.
    Permita-me tb dizer que o que está a aconteçer na sua obra é o que aconteçe na maioria, razão pela qual a coordenação de segurança é vista apenas como uma imposição legal que nenhuma valia traz á obra.
    O que deveria estar a aconteçer na sua obra era o seguinte.
    O contrato com o empreiteiro continha uma clausula com penalizações relativas ás não conformidades detectadas relativamente á segurança.
    O seu coordenador em cada vistoria elaborava um relatório com essas não conformidade detectadas dando um prazo para as mesmas serem corrizidas.
    Se as mesmas não fossem era aplicada a penalização ao empreieteiro.
    Garanto-lhe que a partir da 1ª as coisa mudavam logo.
    Agora imagine uma situação.
    O seu coordenador avisou que os andaimes não podiam estar assentes em tijolos nem sem protecções.
    O empreiteiro e os seus empregados borrifaram-se para a recomendação.
    O seu coordenador fez um relatório referindo isso que lhe entregou a si ou escreveu no livro de obra.
    Você visita a obra com regularidade e até já reparou que o empreiteiro se esta a borrifar mesmo depois de você dizer que não pode ser.
    Há um acidente e alguém se aleija. Vêm os seguros com os seus peritos especializados em dizer que não pagam nada pk não foram cumpridas as regras de segurança. A coisa vai para tribunal. O empreiteiro, o DT, o coordenador e você "vão sentar o **** no mocho"
    O empreiteiro e o dt são condenado por não cumprirem as regras de segurança
    O coordenador está safo pk avisou e até fez um relatório que lhe entregou e escreveu no livro de obra.
    Você está tramado pk teve conhecimento e não mandou parar a obra.
  6.  # 27

    Colocado por: zedasilvaTretas. Isso só acontece nas obras grandes. Nas obras pequenas eles não vão.
    E como dono de obra não tenho nada que me meter na vida do empreiteiro. Eu pago-lhe é para ele ter as coisas em condições. Não tenho que ser responsabilizado pelos erros dele.
    Isso dos coordenadores de segurança é mais um tacho para meia dúzia de comedores.

    :)


    Ai vão sim, à minha vivenda foram 2 vezes com intervalo de um mês, e trabalhavam lá uns 4 ou 5 homens! Detectaram umas irregularidades (menores) que tiveram de ser corrigidas porque eles voltaram para verificar. Quanto ao coordenador de segurança, lembro-me muito bem de assinar uns papéis a respeito disso. Como eu contratei um eng. que tratava de tudo (era um projecto chave na mão), foi ele que resolveu o assunto, mas lá está. eu era a responsável e para todos os efeitos era a mim que cabia esse trabalho.
    • eu
    • 7 abril 2010

     # 28

    Colocado por: zedasilvaPermita-me tb dizer que o que está a aconteçer na sua obra é o que aconteçe na maioria, razão pela qual a coordenação de segurança é vista apenas como uma imposição legal que nenhuma valia traz á obra.

    Eu diria que é isto que acontece em 99% das pequenas obras. Daí ter dito que é fácil ao dono da obra pensar que o CSO é apenas um tacho.
  7.  # 29

    becas
    Detectaram umas irregularidades menores pk provavelmente era a 1ª vez que fiscalizavam uma obra daquele empreiteiro. Se fosse um empreiteiro daqueles reincidentes com a mania que são artistas garanto-lhe que as coisas piavam mais fino.
    Já me chatearam pk não havia ou manual de instruções de de uma rebarbadoura na obra.
    Essa não era uma responsabilidade do Dono de obra mas do coordenador que deveria ter exigido.
    Depois confessaram que aquele empreiteiro era já reincidente chegando ao cumulo de ameaçar uns inspectores pelo que agora faziam-lhe uma perseguição cerrada em todas as obras
  8.  # 30

    eu
    A maioria das pequenas obras nem tem coordenador de segurança e aquelas que tem funcionam da mesma forma que a sua está a funcionar.
    Mas lembrem-se de uma coisa a ACT tem que apresentar resultados, pois tem sido alvo de duras criticas por não estar a fazer o seu trabalho.
    Quais os estaleiros que eles podem encerrar e detectar o maior numero de anomalias? Os pequenos pois nos grandes para além de estarem já mais organizados é fácil saber quando vai haver uma inspecção (ups eu não disse isto)
  9.  # 31

    é fácil saber quando vai haver uma inspecção (ups eu não disse isto)

    Essa é forte...

    Problemas comuns da actuação dos coordenadores de segurança:

    - Excesso de autoritarismo (Consideram-se estar num patamar acima dos trabalhadores, puro engano)
    - Não sabem falar com os trabalhadores
    - Não falam com os encarregados para perceber os problemas
    - Não actuam antes do inicio dos trabalhos
    - Alguns ainda confundem perigos com riscos
    - Actuam nos problemas e não nas causas (exemplo:


    Actuação no problema: Um Coordenador de segurança (perfil tipo) ao ver este senhor da foto (não conheço a fonte) na obra atira dois berros para ele por o capacete na cabeça como deve ser, e poderá registar em relatório ou não e vai-se embora.

    Actuação nas causas: O Coordenador de segurança "paga" um corte de cabelo ao homem (provavelmente com uma rebarbadora) e dá uma formação de 10 minutos acerca da forma correcta de utilizar o capacete.



    Se actuarem sempre nos problemas seria necessário estar sempre na obra, como se fossem policias...
      worker.GIF
  10.  # 32

    yuri
    A menos que você tenha formação na área da HST permita-me que lhe apresente os meus parabéns por tão sabiamente ter aqui exposto o verdadeiro perfil que deve ter um coordenador de segurança.
    Eu costumo dizer nas minhas obras para me verem como o gajo a quem se recorre quando entra no estaleiro e não o gajo de quem se corre ou se corre.
    Grande parte das chatices que tenho com os senhores/as inspectores/as da ACT prende-se com os aspectos burocráticos como sejam a faltas dos registo de inspecções das máquinas ou o manual de instruções. Para mim esses são aspectos menores quando em obra há ainda tantos "pormenores para rectificar"
    A minha experiência diz-me que 99% dos trabalhadores estão receptivos a mudar comportamentos quando lhes é explicado o que pode correr mal.
  11.  # 33

    Já agora aproveito para deixar aqui um exemplo daquelas burocracias que um Dono de obra/coordenador de segurança deve acautelar pois os srs/as da ACT costumam implicar.
    Estes são documentos da responsabilidade do empreiteiro mas que o Dono de obra é obrigado a exigir que estejam no estaleiro.
      ACT.jpg
 
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