Colocado por: lobitoComo a construção civil é o sector mais importante na economia paralela (que não inclui actividades estritamente ilegais embora às vezes não pareça quando se visitam algumas discussões deste fórum!), achei que este artigo podia interessar-vos. Debruça-se mais especialmente sobre os números da Alemanha, Áustria e Suíça, mas tem também um quadro comparativo interessante sobre os países da OCDE. Tudo indica que a importância da economia paralela está associada simultaneamente à elevada carga tributária e à baixa confiança no Estado (e, segundo diz a Visa, olha quem!, ao facto de se usar mais ou menos dinheiro vivo nas transacções). De qualquer modo, é sempre interessante ver estudos comparativos, acho eu:
http://www.econ.jku.at/members/Schneider/files/publications/LatestResearch2010/ShadEcOECD2010.pdf
Colocado por: Jorge RochaColocado por: lobitoComo a construção civil é o sector mais importante na economia paralela (que não inclui actividades estritamente ilegais embora às vezes não pareça quando se visitam algumas discussões deste fórum!), achei que este artigo podia interessar-vos. Debruça-se mais especialmente sobre os números da Alemanha, Áustria e Suíça, mas tem também um quadro comparativo interessante sobre os países da OCDE. Tudo indica que a importância da economia paralela está associada simultaneamente à elevada carga tributária e à baixa confiança no Estado (e, segundo diz a Visa, olha quem!, ao facto de se usar mais ou menos dinheiro vivo nas transacções). De qualquer modo, é sempre interessante ver estudos comparativos, acho eu:
http://www.econ.jku.at/members/Schneider/files/publications/LatestResearch2010/ShadEcOECD2010.pdf
Lobito,isso é para inglês ver.
Cá para mim o obvio paralelismo económico acontece em qualquer país que perca poder de compra,ou tenha efectivamente poder de compra...não precisa de estudos neste campo para nada,basta observar também o crescendo de criminalidade quando a economia decresce a níveis baixos.
Colocado por: lobitoSe reparar nos quadros, os números provisórios para 2009 sobem em todos os países, como seria de esperar.
Colocado por: lobitoPenso que a Itália está em segundo lugar, e não está muito endividada.
Colocado por: FDE a eficácia da máquina fiscal, entrará na equação?
Colocado por: lobitoO endividamento publico é grande, mas o privado não (sem essas contas, Portugal não estaria tão mau assim). Por outro lado, os escandinavos não estão especialmente endividados, mas a economia paralela deles é relativamente importante. Penso que a relação não esta ai, mas posso estar enganada.
Colocado por: FDE a eficácia da máquina fiscal, entrará na equação?
Colocado por: Jorge RochaColocado por: lobitoO endividamento publico é grande, mas o privado não (sem essas contas, Portugal não estaria tão mau assim). Por outro lado, os escandinavos não estão especialmente endividados, mas a economia paralela deles é relativamente importante. Penso que a relação não esta ai, mas posso estar enganada.
O problema maior que temos é a dívida com os bancos a nível internacional,maior que a da Grécia.
Colocado por: Barba NegraA economia paralela sempre existiu e sempre existirá, penso que não há como acabar com ela a menos que o mundo inteiro fosse justo de forma a que a economia paralela não compensasse, de forma que óbviamente num cenário destes côr-de-rosa teríamos o chamado o mundo ideal ou aquele que nós gostaríamos.
Infelizmente nem todos assim pensam e temos o mundo que temos.
Num país como o nosso, onde os ordenados são baixos (na sua maioria), onde os grupos económicos ditam as regras entre outros, onde a carga fiscal é uma das maiores (face ao rendimento da maioria), onde a corrupção impera e prolifera a partir dos topos é mais que óbvio que face á perca do poder de compra sistemático, que face ás contas para pagar que são certas e na iminência ou já no facto consumado do sobre-endividamento a economia paralela é certamente o caminho mais lógico para quem não quer passar fome, perder os seus haveres, não ter dinheiro para dar de comer aos filhos etc.
Outros optam pelo pior caminho o da criminalidade quando já nem a economia paralela lhes pode valer ou com o objectivo de realizar mais rápidamente os valores pretendidos.
Enfim é uma discussão que dará muito pano para mangas, mas para aqueles que acharem que quem pratica esses actos (economia paralela), que deveria ser condenado, convido-o a viver exclusivamente com o seu agregado familiar com apenas 500€ mensais e a pagar uma renda de casa, água, luz, gás, dar de comer aos filhos, pagar ATL´s ou em alternativa a esposa fica em casa a tomar conta dos filhos, vestir, calçar, comprar livros escolares, pagar medicamentos e taxas moderadoras, e afins, já nem sequer coloquei telefones e internet porque com o valor que apresentei certamente isso será um luxo bem como pagar tv por cabo, coisa que a breve trecho parece que vai ser obrigatória com o fim do sinal digital.
É fácil falar de barriga cheia e com bons ordenados, afinal com o mal dos outros posso eu bem, o pior é se ele nos toca á porta e de repente nos vimos em situação idêntica ou pior que a dos outros.
Depois qual é a solução?
Cumps
Colocado por: lobito Para mim, que não sou economista (e tenho a impressão que para muitos economistas), a economia paralela não parece ser uma coisa inequivocamente má. Pelo menos dentro de certos limites, parece óbvio, pelos números, que não tem a ver com a prosperidade dos países: a Bélgica e os escandinavos, países bastante prósperos, têm níveis só ligeiramente abaixo dos dos países do sul, menos prósperos. Segundo os cálculos, cerca de dois terços do dinheiro produzido assim volta a entrar na economia, portanto não vai parar às Caimão ou a Gibraltar como é o caso de outros tipos de evasão fiscal. Além disso, tudo indica que certas actividades não se realizariam doutra maneira. É um bocado a impressão que eu tenho ao ler as discussões neste fórum sobre o custo da construção: se tudo, tudo, absolutamente tudo, fosse estritamente legal, talvez alguns donos da obra não se pudessem permitir mandar fazer certas obras e talvez algumas empresas não se pudessem permitir fazê-las também.
Colocado por: lobitoColocado por: Barba NegraA economia paralela sempre existiu e sempre existirá, penso que não há como acabar com ela a menos que o mundo inteiro fosse justo de forma a que a economia paralela não compensasse, de forma que óbviamente num cenário destes côr-de-rosa teríamos o chamado o mundo ideal ou aquele que nós gostaríamos.
Infelizmente nem todos assim pensam e temos o mundo que temos.
Num país como o nosso, onde os ordenados são baixos (na sua maioria), onde os grupos económicos ditam as regras entre outros, onde a carga fiscal é uma das maiores (face ao rendimento da maioria), onde a corrupção impera e prolifera a partir dos topos é mais que óbvio que face á perca do poder de compra sistemático, que face ás contas para pagar que são certas e na iminência ou já no facto consumado do sobre-endividamento a economia paralela é certamente o caminho mais lógico para quem não quer passar fome, perder os seus haveres, não ter dinheiro para dar de comer aos filhos etc.
Outros optam pelo pior caminho o da criminalidade quando já nem a economia paralela lhes pode valer ou com o objectivo de realizar mais rápidamente os valores pretendidos.
Enfim é uma discussão que dará muito pano para mangas, mas para aqueles que acharem que quem pratica esses actos (economia paralela), que deveria ser condenado, convido-o a viver exclusivamente com o seu agregado familiar com apenas 500€ mensais e a pagar uma renda de casa, água, luz, gás, dar de comer aos filhos, pagar ATL´s ou em alternativa a esposa fica em casa a tomar conta dos filhos, vestir, calçar, comprar livros escolares, pagar medicamentos e taxas moderadoras, e afins, já nem sequer coloquei telefones e internet porque com o valor que apresentei certamente isso será um luxo bem como pagar tv por cabo, coisa que a breve trecho parece que vai ser obrigatória com o fim do sinal digital.
É fácil falar de barriga cheia e com bons ordenados, afinal com o mal dos outros posso eu bem, o pior é se ele nos toca á porta e de repente nos vimos em situação idêntica ou pior que a dos outros.
Depois qual é a solução?
Cumps
Para mim, que não sou economista (e tenho a impressão que para muitos economistas), a economia paralela não parece ser uma coisa inequivocamente má. Pelo menos dentro de certos limites, parece óbvio, pelos números, que não tem a ver com a prosperidade dos países: a Bélgica e os escandinavos, países bastante prósperos, têm níveis só ligeiramente abaixo dos dos países do sul, menos prósperos. Segundo os cálculos, cerca de dois terços do dinheiro produzido assim volta a entrar na economia, portanto não vai parar às Caimão ou a Gibraltar como é o caso de outros tipos de evasão fiscal. Além disso, tudo indica que certas actividades não se realizariam doutra maneira. É um bocado a impressão que eu tenho ao ler as discussões neste fórum sobre o custo da construção: se tudo, tudo, absolutamente tudo, fosse estritamente legal, talvez alguns donos da obra não se pudessem permitir mandar fazer certas obras e talvez algumas empresas não se pudessem permitir fazê-las também.